19/09/2010
Eliana Dias
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de leitura |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Para motivar a classe, o professor levará os alunos à sala de informática para acessarem o site youtube de Sandy e Júnior "A Lenda", disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=oOPSqvsE4pk&feature=related
Em seguida, perguntará aos alunos se a letra da música lhes permite definir o que é lenda e perguntará:
Professor, se os alunos não conseguirem responder, prometa que, ao final desta unidade, eles terão subsídios para responder à pergunta.
Atividade 2
Parta esta atividade, o professor deverá entregar aos alunos cópia do texto abaixo adaptado pela autora da aula ou, se preferir o texto original, pedirá aos alunos que acessem o site.
O nascer de uma lenda
Quase dois séculos após ter sido publicado pela primeira vez, Frankenstein ou o moderno Prometeu (1818) da britânica Mary Shelley continua a assustar e fascinar leitores de todas as idades, além de continuar a influenciar quase todos os autores do terror moderno.
O livro, inicialmente publicado sem o nome da autora após dois anos de ter sido escrito, teria duas republicações, em 1823 e 1831, após revisões, adição de um prefácio e mudanças feitas pela autora até chegar a sua edição definitiva. A história pode ser geometrizada como duas linhas que possuem alguns pontos em comum. Na primeira linha narrativa, a principal personagem é o capitão R.Watson, que através de cartas a sua irmã na Inglaterra conta suas aventuras em um navio explorador com destino ao Pólo Norte. A segunda linha é o Doutor Victor Frankenstein, um brilhante cientista de Genebra, que após o fracasso em uma de seus experimentos, corre o mundo para destruir o mal que criou para seus semelhantes. As linhas se encontram quando o navio de R.Watson encalha no mar congelada e logo após o descongelamento, resgatam o Doutor Victor Frankenstein que conta a sua história para R.Watson, que transcreve para a sua irmã. E assim como acontece na geometria, Watson e Frankenstein se afastam novamente, deixando Watson como personagem principal mais uma vez.
Esse processo de se criar uma história inicial-final (R.Watson), que acaba servindo de moldura para a principal (Victor) é chamada de narrativa moldura e é uma das principais características do terror gótico, movimento que Frankenstein é um dos percussores. Outros livros do movimento são O médico e o Monstro (1886) de Robert Louis Stevenson, O retrato de Dorian Gray ( 1891) de Oscar Wilde e Drácula (1897) escrito por Bram Stoker, onde novamente o leitor primeiro é introduzindo num universo intimista para depois ser assustado com as descrições quase realistas.
O mundo criado por Shelley rendeu inúmeras adaptações nas mais diversas mídias, apesar disso, seria na sétima arte que a obra de Shelley ganharia suas maiores adaptações, mesmo com algumas modificações. Mas qual seria o motivo para a história de Victor Frankenstein e sua criatura fazer sucesso até os dias atuais? Uma das respostas pode estar no subtítulo do livro: "o moderno Prometeu" que é um titã grego, misto de deus menor, herói e ancestral, que com a ajuda de outros titãs recebe a incumbência de criar todos os animais do mundo, mas sua história mais conhecida é de quando roubou o fogo divino e o entregou aos mortais.
Victor é Prometeu no primeiro momento da história, ao dar vida a sua criatura, e sua cria acaba se tornando um representante da humanidade que nasce ignorante, mas consegue se transformar sem a ajuda de seu criador. É disso, afinal, que se trata o romance: a pesquisa da centelha vital, capaz de dar vida aos mortos, a contrapartida biológica da alquimia da pedra filosofal.
É neste sentido que "Frankenstein", o monstro, se torna a alegoria dos resultados da ciência moderna e Frankenstein, o médico, se torna, por seu lado, numa alegoria do desejo humano de transcender a própria condição humana, desejo esse presente desde a pré-histórica até à mais recente engenharia genética. Com os atuais esforços da biomedicina, muito se fala na real possibilidade do surgimento da vida a partir de células mortas ou da criação uma pessoa a partir de células de outras pessoas. Porém, até esse dia chegar, a leitura que deu origem a um dos maiores mitos da literatura e do cinema merece ser lida.
Texto adaptado de:
http://blogandroceu.blogspot.com/2008/05/resenha-o-nascer-de-uma-lenda.html
Na sequência, solicitará aos estudantes que respondam as questões que deverão ser xerocadas para os alunos:
1- Para o grupo, que ingredientes tem a história escrita por Mary Shelley para fascinar leitores e escritores ainda depois de dois séculos?
2- O que o grupo entendeu por: "A história pode ser geometrizada como duas linhas que possuem alguns pontos em comum". Expliquem as duas linhas.
3- O que pode se entender por narrativa moldura?
4- O cinema é conhecido como sétima arte. Vocês concordam que, para ser sétima, há outras seis que o antecedem. Pesquisem, com seu professor de artes, por exemplo, e indiquem estas artes.
5- Estabeleça uma comparação entre:
Mary Shelley Prometeu
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6- O sonho de criar abandonou o homem? Justifique.
7- Segundo definição encontrada em http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda , lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana. Conforme esta definição, Frankstein é uma lenda? Que elementos justificam sua inclusão nesta narrativa?
Atividade 3
Atividade interdisciplinar
Professor, apresento-lhe em seguida, três sugestões que são excludentes. Se a opção for de uma das duas primeiras, convide um professor de Biologia e outro de História, principalmente se seus conhecimentos destas duas disciplinas não forem suficientes para fornecer todas as informações que uma leitura mais profunda exige. Os professores lerão o livro ou assistirão ao filme e selecionarão informações adicionais que podem enriquecer ou esclarecer a leitura.
1ª - Se os alunos demonstrarem interesse por assistirem ao filme, ele é facilmente encontrado em locadoras.
2ª - Se preferirem ler o livro, há uma ótima adaptação feita por Cláudia Lopes para a Editora Ática.
3ª - Se os alunos ainda não conhecem as lendas que devem fazer parte de seus conhecimentos.
O site abaixo traz lendas das várias regiões do Brasil. Distribua a turma em cinco grupos e sorteie entre os grupos o nome da região que irão representar. Distribuídas as regiões entre os estudantes, peça que leiam todas as lendas da região e escolham a mais interessante para apresentarem à classe.
http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm
Orientação para o trabalho de dramatização.
a- Reafirmar que cada grupo, de posse do nome da região que lhe foi atribuída, deverá ler todas as lendas e encontrar a mais interessante para que possam apresentar à classe. Estimule os alunos a se caracterizarem para fazer a dramatização sem narrador.
Finalizado o trabalho, discuta com os alunos os tópicos que ainda puderem oferecer dúvidas.
Professor, indique aos alunos a leitura dos textos contidos nos sites:
http://www.raizesportuguesas.com/rubrique,o-galo-de-barcelos,25120.html
http://www.raizesportuguesas.com/rubrique,a-torre-dos-namorados,28838.html
http://contoselendas.blogspot.com/2004/12/lobisomem.html
Os alunos deverão ser avaliados de acordo com a participação nas atividades propostas. É importante observar o entrosamento dos alunos nos grupos e se todos contribuíram durante as discussões. O professor deverá observar: se escolheram a representação, nesse caso, se a entonação, a interpretação e a expressão corporal estão adequadas para a apresentação da lenda.
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