02/12/2010
MARIA CRISTINA WEITZEL TAVELA
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Os alunos poderão aprender que além dos argumentos, existem estratégias de convencimento que aumentam o poder de persuasão de um texto argumentativo.
Os alunos aprenderão que o exemplo é uma estratégia argumentativa interessante devido ao seu alto poder explicativo.
Os alunos perceberão que dados numéricos, quando bem usados, podem mudar o ponto de vista das pessoas.
Os alunos aprenderão que outra estratégia de convencimento importante é a citação de especialistas no assunto (ARGUMENTO DE AUTORIDADE) que têm o mesmo ponto de vista daquele que escreve o texto.
OS ALUNOS JÁ DEVEM SABER O QUE É UMA TESE E O QUE SÃO ARGUMENTOS.
1ª etapa: reflexão e discussão do tema.
Professor: Inicie a aula exibindo a imagem abaixo. Peça aos alunos que descrevam o que vêem. É importante que eles cheguem, através de pistas, à conclusão de que a imagem faz referência a um baile funk.
disponível em: http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTyEj4Fvf_rvwg_fcjVLTgNgl3XfvA-2rdPoEqGC_XLshhQ7el_mg
Quando os alunos terminarem de descrever a imagem anterior, mostre-lhes a próxima:
Disponível em http://funknacaixa.wordpress.com/2010/05/18/joao-brasil/
Trabalhe com seus alunos as interpretações da leitura da imagem, considerando as cores da Bandeira Nacional, a imagem de Tom Jobim, a simbologia do coração. Os alunos deverão chegarà possibilidade de se entender o funk como produto genuinamente brasileiro como sendo a intenção comunicativa de quem produziu a imagem. Trabalhe em cima dessa perspectiva.
A partir das discussões das imagens, pergunte aos alunos se eles ouvem/gostam de funk. Faça uma enquete e coloque os resultados no quadro ( quantos gostam/quantos não gostam). A seguir, peça aos alunos que ouvem e gostam desse estilo musical que argumentem a favor do funk. Faça o mesmo com os alunos que não gostam do estilo. Anote no quadro (mas peça também a um aluno para anotar, em papel avulso) os argumentos em duas colunas, divididas em O funk é um estilo musical bom/ o funk é um estilo musical ruim.
Distribua entre os alunos tiras de papel nas quais eles deverão citar trechos de letras de funk que eles conheçam e das quais se lembrem ( PROFESSOR: tenha o cuidado de recomendar aos alunos que palavrões e expressões chulas devem ser substituídos por asterisco). O professor deverá levar para sala uma cartolina na qual serão colados todos os trechos citados pelos alunos. Quando todos tiverem colado suas tiras, o professor deverá pedir a um aluno da turma que os leia em voz alta.
A partir dos trechos citados e lidos, o professor tentará fazer a relação entre os argumentos arrolados pelos alunos (listados no quadro) e os trechos registrados na cartolina. Por exemplo, se alguém argumentou que o funk tem um texto pornográfico, o professor deverá levar os alunos a identificarem exemplos na cartolina que ancorem este argumento. Peça, também, aos alunos que pesquisem mais letras para a aula seguinte.
2ª etapa: Professor: contextualize o estilo musical funk, dando aos alunos ( você pode também pedir que eles pesquisem) várias informações sobre este estilo. Você pode acessar o link informações sobre funk (http://www.brasilescola.com/artes/funk.htm) Confronte as informações pesquisadas com a letra do funk Som de preto (http://letras.terra.com.br/amilcar-e-chocolate/162677/).
3ª etapa: distribuição da notícia sobre a lei que torna o funk manifestação cultural ( http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1288505-5606,00-DEPUTADOS+REVOGAM+LEI+QUE+PROIBIA+BAILE+FUNK+EM+COMUNIDADES.html). Após a leitura e a compreensão da notícia, discuta com os alunos o que significa elevar o funk à categoria de manifestação cultural.
4a etapa: PROFESSOR:distribua o texto de Ruth Aquino "O bonde do funk agora é cultura" http://revistaepoca.globo.com/.../0,,EMI91666-15230,00-O+BONDE+DO+FUNK+AGORA+E+CULTURA.html.
Após a leitura, peça que os alunos identifiquem: a tese da autora, os argumentos usados por ela. No quadro, vá junto com os alunos esquematizando todo o texto, identificando e nomeando as estratégias de convencimento que a autora usou. Por exemplo, pergunte aos alunos por que Ruth Aquino começa o seu artigo com um trecho de funk. Leve-os a perceber que o exemplo é uma estratégia de convencimento importante por ser auto-explicativo. O trecho de música escolhido pela autora é um EXEMPLO que dá suporte à sua argumentação. Mostre aos alunos a inserção do ARGUMENTO DE AUTORIDADE, como outra estratégia de convencimento importante ( no texto, a fala de uma antropóloga). Enfatize, ainda, o uso de cifras numéricas (DADOS ESTATÍSTICOS) como modo de persuadir e convencer. Professor: contextualize com os alunos situações do dia a dia em que todas essas estratégias são usadas como, por exemplo, quando se vai explicar uma nota baixa aos pais. O esquema resultante do texto pode ser organizado por parágrafos.
4a etapa: PROFESSOR: retome com seus alunos as principais críticas feitas ao funk (apologia ao crime e à violência, vulgarização da mulher, apologia à pedofilia, letras pornográficas, palavrões, apologia às drogas ) . Volte à cartolina na qual seus alunos colaram os trechos de funk e tente categorizá-los de acordo com esses problemas. Verifique com seus alunos se algum trecho não foi incluído em nenhuma das categorias.
5a etapa: PROFESSOR: esclareça aos alunos que existem dois tipos de funk: o "proibidão" cujas letras têm todos os problemas elencados na etapa 4 e o "permitidão", cujas letras são voltadas a temas sociais.Se for possível, exiba um desses funks permitidões para os alunos funk permitidão http://www.youtube.com/watch?v=JxPmb3QakLY. Discuta com os alunos que assumiram não gostar de funk se os chamados funks permitidões mudariam a opinião deles.
6a etapa: PROFESSOR, após toda a sequência didática executada, pergunte aos alunos se o funk merece ou não, ser elevado à categoria de manifestação cultural do Brasil.
Nesse blog você, professor,encontra uma opinião bem clara sobre o funk, além de um vídeo considerado pelo blogueiro como funk de raiz. Os comentários dos internautas também constitui um rico material para se trabalhar a temática e questões de língua. Opinião e vídeo sobre funk http://www.carloscardoso.com/2006/06/25/desculpe-tati-mas-isso-que-e-funk/
PROFESSOR: divida a turma em grupos. Cada grupo escolherá um estilo musical brasileiro- samba, forró, MPB, pagode, etc. O grupo deverá se preparar para argumentar a favor ou contra esse estilo musical ( Eu odeio pagode/ Eu amo pagode). Por meio de pesquisa, os grupos deverão: 1) colecionar trechos de músicas (exemplos) do estilo musical escolhido que favoreçam a tese defendida; 2) pesquisar dados numéricos que reforcem a argumentação ( vendagem de CDs, público em shows, etc); 3) Opiniões de especialistas (argumento de autoridade); 4) selecionar argumentos contrários ao ponto de vista defendido pelo grupo ( há sites do tipo "Eu odeio pagode" ). Com essa pesquisa em mãos, o grupo deverá retomar o esquema textual do artigo de Ruth Aquino e redigir seu próprio artigo. Depois de corrigidos e revisados, esses artigos podem ser expostos em um painel com fotos e textos.
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