14/09/2010
Lucia Fernanda da Silva e Miriam Abduche Kaiuca
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de leitura |
Não há necessidade de conhecimentos prévios.
1ª atividade:
Comece o trabalho conversando com os alunos, dizendo o título da história “PEQUETITO” e perguntando se eles a conhecem. É provável que eles não conheçam, mas explore as ideias que fazem sobre uma história com este título, o que pensam ou imaginam. Seria interessante escolher um aluno para ser o escriba e anotar o que for dito pelos colegas.
Quando todos estiverem curiosos para ouvir a história, faça a leitura em voz alta e peça para que imaginem cada cena como se estivessem no cinema.
Ao longo da leitura, é importante fazer pequenas pausas e perguntar aos alunos como a personagem vai resolver a situação ou como deve estar se sentindo.
Pequetito
Era uma vez um casal que só depois de muito esperar e pedir aos deuses conseguiu ter um filho. O menino nasceu com saúde e era bem bonito, mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.
Assim equipado, Pequetito partiu, navegando até a capital, Quioto, onde foi ter ao casarão de uma família que se encantou com ele e o convidou para morar ali.
Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões, uma linda jovem que gostava muito dele. No caminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar a moça. “Primeiro vai ter que lutar comigo!”, o corajoso rapaz exclamou, brandindo a agulha.
O ogro riu, agarrou-o e sem perda de tempo o engoliu.
Lá no estômago do ogro, Pequetito o espetou tanto com sua agulha que o malvado papão o cuspiu fora. Assim que se viu livre., o moço lhe furou os olhos com a agulha. O ogro gritou de dor e correu, deixando cair um pequeno objeto de metal. “É um martelo mágico que realiza desejos”, a jovem explicou. “Então me dê uma martelada, para ver se me faz crescer”, o rapaz falou. A filha de seus anfitriões lhe martelou a cabeça com toda a força…e Pequetito se transformou num samurai alto e garboso, com quem ela logo se casou.
PHILIP, N. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, p. 23.
Concluída a leitura, promova uma discussão sobre a história, como imaginaram alguns acontecimentos, como era o cenário de algumas cenas, se concordam ou não com a atitude das personagens , se gostaram de como terminou a história.
Após a discussão, releia com a turma as ideias inicias que tiveram sobre a história e comparem se conseguiram descobrir ou não do que se tratava.
2ª atividade:
Pergunte aos alunos se conhecem outra versão da história “Pequetito”. Caso ninguém mencione, apresente a versão de Charles Perrault, O Pequeno Polegar.
Apresente a história no data show ou se preferir na sala de informática, cada aluno ou dupla acompanha a leitura feita pelo professor no computador. Para isso, utilize o site: http://www.contandohistoria.com/o_pequeno_polegar.htm
Depois da leitura, peça às crianças para compararem a história do Pequetito com a do Pequeno Polegar, primeiro explore oralmente as observações feita pelos alunos. Em seguida, entregue um roteiro de observação para escreverem o que acabaram de dizer e analisarem outras partes da história.
Ex:
HISTÓRIAS |
PEQUETITO |
O PEQUENO POLEGAR |
PERSONAGEM PRINCIPAL E SUAS CARACTERÍSTICAS |
|
|
PERSONAGEM SECUNDÁRIO E SUAS CARACTERÍSTICAS |
|
|
ONDE SE PASSA A HISTÓRIA |
|
|
ACONTECIMENTOS E DESFECHO DA HISTÓRIA |
|
|
Professor, faça a leitura de uma versão portuguesa chamada Manuel Feijão, mas antes converse com a turma sobre o texto: trata-se de uma versão muito antiga trazida do Porto e dos Açores com uma lingagem típica da região.
MANUEL FEIJÃO
Dois casados viviam muito tristes por serem já velhos e não terem filhos, Vai a mulher disse uma vez:
— A cousa que eu mais queria neste mundo era ter um filho, ainda que ele fosse do tamanho de um feijão.
Passados tempos, quando menos o esperavam, a velha teve um filho, tão pequerruchinho, tão pequerruchinho, que era mesmo do tamanho de um feijão. Criou-se o menino, e puseram-lhe o nome de Manuel Feijão; a mãe nunca tirava o sentido dele, e ainda assim muitas vezes o perdia. De uma vez foi botar umas gavelas ao boi, e entre elas tinha-se perdido Manuel Feijão e o boi engoliu-o. A mãe muito apoquentada começou a gritar por toda a parte:
- Manuel Feijão! Manuel Feijão!
Ele respondia dentro da barriga do boi:
— Crós, crós!
— Manuel Feijão, onde estás?
— Crós, crós! Na barriga do boi.
A mãe pôs-se a aparar o que o boi fazia, e assim tornou a achar Manuel Feijão todo sujinho; lavou-o muito bem lavado, mas o pequeno era muito traquina, não tinha medo dos bois, e até os queria levar para o campo. Metia-se-lhe numa venta, e assim os guiava para pastar e para voltar para casa, e até para levar no carro o jantar ao pai.
De uma vez teve uma necessidade, e abaixou-se debaixo de uns feitos; ora andava por ali uma cabra a pastar, e indo comer os olhinhos do feito, engoliu Manuel Feijão. A mão ficou desta vez mais aflita porque o pequeno não aparecia; a cabra com as dores de barriga, corria por combros e valados, mas sempre vinha dar à horta do pobre lavrador; por fim cansado de escorraçar a cabra, temendo que fosse coisa ruim, o pai de Manuel Feijão deu uma estourada na cabra, e matou-a, e atirou com ela para o meio da estrada. Veio de noite um lobo e comeu as tripas da cabra, e lá se foi Manuel Feijão aos tombos dentro da barriga do lobo. Começou a dar-lhe voltas nas tripas, e o lobo com as dores subiu-se por um pinheiro acima. Nisto vêm uns ladrões carregados com uns sacos de dinheiro, em cima de um macho; Manuel Feijão faz com que o lobo se atire lá de cima, arrebentou no meio do chão, e os ladrões fugiram espantados. Manuel Feijão assim que apanhou o lobo com as tripas de fora, saiu lá de dentro, e subiu para o macho, meteu-se dentro de uma orelha e começou a beliscá-lo. O macho botou a fugir, a fugir, e ele guiou-o para a casa do pai, e chegou à porta ainda de noite, a fazer muito estrupido.
Perguntaram de dentro:
— Quem é que está aí?
— Ê Manuel Feijão, crós, crós!
A mãe conheceu-o, veio abrir à pressa; abraçou-o, lavou-o, e o pai foi descarregar o macho e guardar os sacos de dinheiro, e foram todos muitos felizes.
http://www.consciencia.org/o-pequeno-polegar
Faça a comparação com as outras histórias escrevendo como na tabela anterior.
3ª atividade:
Proponha aos alunos que formem duplas ou trios para criarem uma nova versão da história. Chame atenção deles para o tamanho do menino, os objetos que ganha, onde ele nasceu,para onde iria, que dificuldades ele poderia encontrar pelo fato de ser pequeno, como ele resolveria os problemas e como terminaria a história.
Se quiser, coloque sua personagem no mundo de hoje, vivendo entre pessoas e objetos modernos.
Por último, cada grupo troca de história com o outro: lê o texto produzido pelos colegas, dá sugestões, corrige e elogia. Depois desfaz a troca e o grupo lê e realiza a revisão da história seguindo ou não os comentários dos outros.
Sugiro uma roda de leitura para todos poderem apreciar as histórias criadas pela turma e ainda podem ilustrá-las.
Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo, seus pais lhe deram uma agulha para servir de espada, uma cuia de comer arroz para ser seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de remos.
Outra versão da história Manuel Feijão:
http://cantinhodosmiudos.blogs.sapo.pt/14556.html
Ouça a história do Pequeno Polegar: http://mais.uol.com.br/view/jd9j06acbdc2/regina-duarte-audio-08-pequeno-polegar-0402366EE0995366?types=A&
História Polegarzinha de Andersen:
Avalie durante a realização de cada atividade:
Se o aluno leu e comparou as versões da história.
Se o aluno conseguiu identificar semelhanças e diferenças entre as histórias.
Se o aluno participou com sugestões, argumentos e foi entendido por todos.
Se aluno colaborou com os outros colegas na produção do texto.
Se aluno realizou a revisão do seu texto e do colega.
Cinco estrelas 1 calificaciones
Denuncia opiniones o materiales indebidos!
19/09/2010
Cinco estrelasApreciei muito a aula, pois a mesma nos permite ler e recriar os textos já conhecidos, com isso os alunos podem dar "asas" à imaginação, ir além do conhecido.