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Gêneros do cotidiano

 

20/11/2010

Autor e Coautor(es)
Joseli Rezende Thomaz
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Desenvolver habilidade de leitura de textos jornalísticos;

discutir sobre o tema proposto levando em conta a concepção de amor apresentada nos textos jornalísticos estudados;

interpretar textos jornalísticos.

Duração das atividades
3 horas/aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidades básicas de leitura e escrita; introdução aos gêneros jornalísticos; conceitos de metáfora e analogia.

Estratégias e recursos da aula

Primeira Etapa:

- Professor, entregue o texto aos alunos, solicite primeiro uma leitura silenciosa do texto e, em seguida, peça a alguns alunos que leiam em voz alta.

Texto I

 Entenda como funciona a paixão

Saiba os efeitos que apaixonar-se por alguém provoca em seu corpo

Por: Rafael Tanon e Vinícius Rodrigues   

Alguns sintomas parecem de doença: batimentos cardíacos acelerados, tremor nas mãos, rubor na face, euforia desenfreada... Para entender o que acontece no organismo dos obcecados de amor, a antropóloga americana Helen Fisher gastou dez anos pesquisando gente nesse estado. Por meio de exames de ressonância magnética, ela constatou que os neurotransmissores dopamina e norepinefrina aparecem em maiores concentrações no cérebro dos apaixonados. Basta a pessoa cair de amores para os níveis dessas substâncias subirem. A dopamina determina a forte motivação, a sensação de êxtase e os comportamentos focados em um objetivo. Ou seja, é por causa dela que pensamos obsessivamente no objeto da nossa afeição (a ponto de não conseguirmos enxergar as características negativas dele!). Dopaminados ainda perdem a noção de perigo (transam sem camisinha na boa, por exemplo) e podem demonstrar comportamentos fora do normal. A norepinefrina, por sua vez, deriva da dopamina e por isso produz sintomas semelhantes aos dela, como energia excessiva e, consequentemente, insônia e perda de apetite.

Por que nos apaixonamos?

Do ponto de vista biológico, a paixão existe para garantir a procriação. Apaixonada, a mulher seria fiel ao homem (e isso garantiria a ele a certeza da paternidade). Apaixonado, o homem seria fiel à mulher (e isso garantiria a ela ajuda para cuidar do bebê, pelo menos até que ele se tornasse um pouco menos dependente). O psiquiatra americano James Leckman, um dos principais estudiosos do assunto, defende que a duração média desse estado amoroso corresponde ao tempo necessário para a concepção, gestação e nascimento de uma criança. Mais precisa, Helen Fisher acredita que, por ter origem química, a paixão tem vida variável entre 6 e 18 meses. Segundo a antropóloga, com o tempo, as substâncias responsáveis por ela passariam a circular em menores quantidades no cérebro. Outra hipótese é a de que os receptores dessas substâncias começariam a se acostumar com o seu fluxo (a consequência seria a diminuição de seu efeito). Há ainda a possibilidade de que outras substâncias do cérebro inibam a ação dos neurotransmissores da paixão. Independentemente da razão, o resultado é a perda de todo aquele ardor. É o fim? “Quando os meses se tornam anos, o contentamento romântico tende a amadurecer e virar uma união profunda”, diz Helen Fisher, aliviando a barra. “O êxtase, a energia e o pensamento obsessivo dão lugar a sentimentos de segurança e contentamento.” Ou não. Há sempre o risco, claro, de depois da paixão, em vez de amor, surgir o... nada.

A capacidade de se apaixonar varia com o passar do tempo?

Ginecologistas afirmam que na adolescência a tendência a se apaixonar é maior porque nessa fase os hormônios sexuais (os femininos estrógeno e progesterona e o masculino testosterona) começam a ser produzidos, provocando um choque no organismo desabituado a eles. “Mulheres, principalmente, são mais sujeitas à ação dos hormônios por causa das variações do ciclo menstrual”, diz Carolina Carvalho, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mulheres ficam mais propícias a apaixonar-se na metade do ciclo, na fase da ovulação (a libido aumenta nesse período porque o corpo se empenha em cumprir a função reprodutora para a qual foi projetado). Já a fase da pré-menstruação é a pior em termos de capacidade de paixão. A maturidade emocional que nasce do acúmulo de experiências também explica por que nos apaixonamos menos com o passar do tempo. O lado racional passa a pesar mais. “As pessoas começam a analisar cada situação no contexto da vida e a se perguntar se vale a pena ou não arriscar-se em nome de uma paixão”, diz o neurocientista Edson Amaro, professor do Departamento de Radiologia da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: http://gloss.abril.com.br/sexo-amor/conteudo/entenda-como-funciona-paixao-475449.shtml

 

- Após a leitura, esclareça as dúvidas sobre vocabulário que possam surgir e dê algumas informações sobre o suporte (a revista) do qual o texto foi retirado. Seguem abaixo algumas informações sobre a revista:   

“A Gloss é uma revista voltada para o público feminino, oferecendo dicas  de moda e beleza, com tutoriais de cabelos, roupas e ainda dá o endereço de todas as lojas pra você! (...) Na Gloss você encontra tudo o que precisa, é como um guia de beleza prático. Com reportagens exclusivas tirando suas dúvidas sobre todos os assuntos.”   

Fonte: http://www.virtuallost.com/entretenimento/revista-gloss-www-gloss-abril-com-br/ 

- Através de perguntas pontuais, discuta com os alunos sobre os seguintes aspectos:   

1) Qual é o título do texto?

2) Logo após o título é apresentada uma imagem. Qual a relação entre a imagem e o título do texto?

3) Qual o assunto tratado no texto?

4) A seu ver, para que servem as imagens apresentadas no decorrer do texto?   

- Proponha que os alunos façam a atividade escrita abaixo:   

Atividades   

01) O objetivo principal do texto é:

a) informar sobre o que acontece no nosso organismo quando estamos apaixonados.

b) criticar as paixões passageiras e superficiais dos dias atuais.

c) convencer os leitores de que se apaixonar faz mal para a saúde.

d) fazer com que leitores se impressionem com os avanços conquistados pelos estudos sobre a paixão.

02)Considerando a fonte em que o texto foi veiculado, podemos dizer que ele se destina ao público:

a) Infantil

b) Feminino jovem

c) Masculino e feminino adulto

d) Idoso

03) Observe novamente a tira que ilustra a segunda parte do texto.

O autor da charge apresenta uma crítica. Observando atentamente todos os itens que compõem essa charge, responda: o que o autor critica?

04) Com base na leitura do texto e na discussão realizada em sala de aula, apresente as informações solicitadas.

a) Em quantas partes o texto é dividido? Quais são?

b) O que o autor pretende com o texto? (Qual o objetivo comunicativo?)

c) Você considera as imagens apresentadas nesse texto importantes? Por quê?   

5) Com respeito à linguagem utilizada no texto, pode-se afirmar que ela é:

a)      Pessoal, emprega palavras  mais elaboradas.

b)      Coloquial, faz uso de gírias.

c)      Impessoal, clara, direta, acessível.

d)     Formal, sem o uso de gírias ou expressões coloquiais.

e)      Impessoal, obscura e mais elaborada.   

6) O texto pode ser considerado:   

a) Literário, pois apresenta uma linguagem impessoal, objetiva, informativa.

b) Não literário, pois apresenta uma linguagem pessoal, carregada pelas emoções do autor.

c) Literária, pois apresenta uma linguagem subjetiva, contaminada pelas emoções do autor.

d) Não literário, pois apresenta objetividade, dando ênfase à informação.

7) Qual a visão do amor que o texto nos passa?

Segunda Etapa:

- Professor, inicie a aula retomando o tema do texto lido na aula anterior ( relacionamentos, amor, paixão). Informe aos alunos que lerão mais um texto jornalístico sobre o mesmo tema. Pergunte se eles utilizam sites de relacionamentos, se conhecem histórias de pessoas que se conheceram e se apaixonaram através desses sites e se acham os sites de relacionamento seguros. Estimule-os a responder as perguntas. Se você, professor, conhecer uma história desse tipo (relacionamentos iniciados com a ajuda da internet) conte-a aos alunos.

- Distribua o texto  e as atividades para os alunos.

Texto II

O texto que você vai ler é uma notícia publicada no site FolhaOnline, do Jornal Folha de São Paulo, em 17 de janeiro de 2009.   

Site de relacionamentos só aceita pessoas atraentes

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BRUNA SANIELE

 Colaboração para a Folha Online

O site de namoro virtual HotEnough não quer ser politicamente correto. Polêmico, o endereço é voltado exclusivamente para pessoas atraentes. "É sexy, é divertido, e definitivamente não é para todos", diz.

A página só inclui membros com aprovação prévia. O candidato envia três fotos que serão analisadas pelos administradores do site. Pelo menos uma das fotos deve ser de corpo inteiro e só uma foto pode ter sido tirada por um profissional. As fotos não podem ser ofensivas nem de mau gosto.

Também não são permitidas fotos de nus, com gestos ofensivos, fora de foco ou com o rosto obstruído por óculos escuros.

Votação

Após o julgamento inicial dos administradores do site, com base na boa forma dos candidatos, a foto do pretendente a membro é colocada na página em uma área de votação, para que os outros usuários possam dar notas.

Quando o candidato receber 25 votos e tiver nota acima de seis ele pode se cadastrar no site. Após aceito, o novo usuário será colocado em um dos três níveis do site, com base na classificação de sua aparência.

Os membros de cada grupo terão acesso a todos os membros dos seus níveis e a membros de níveis mais baixos. O site tem dois grupos, um com participantes de 18 a 39 anos e um segundo, exclusivo, com os 40 mais atraentes da página.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u491315.shtml 

Atividades 

- Professor: desenvolva essas aulas utilizando a metodologia do estudo dirigido. Assim, discuta oralmente cada questão, dando, em seguida, um tempo para que os alunos respondam por escrito.

1) Qual é o título da notícia?

2) O título é um elemento importante em uma notícia? Por quê?

3) Você sabe o que é o lide?  Leia atentamente as informações abaixo:

“O lead (ou, na forma aportuguesada, lide) é, em jornalismo, a primeira parte de uma notícia, geralmente posta em destaque relativo, que fornece ao leitor a informação básica sobre o tema e pretende prender-lhe o interesse. É uma expressão inglesa que significa "guia" ou "o que vem à frente". Na teoria do jornalismo, as seis perguntas básicas do lead devem ser respondidas na elaboração de uma matéria; São elas: "O quê?", "Quem?", "Quando?", "Onde?", "Como?", e "Por quê?". O lead, portanto, deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre.”

a) Agora identifique o lide no texto.

4) Qual é o fato principal apresentado nessa notícia?

5) Quando e onde ele aconteceu?

6) Qual a sua opinião sobre o assunto tratado na notícia?

7) Releia o texto e responda: que visão sobre o amor a notícia nos passa? Você concorda com essa visão? (Professor, espera-se que o aluno perceba uma visão preconceituosa no fato do site de relacionamentos só aceitar pessoas atraentes, baseando-se somente no aspecto físico dos candidatos.)   

Terceira Etapa: 

- Professor, dê início a essa aula perguntando aos alunos se já ouviram falar sobre “ amor patológico”. Caso eles digam que não sabem o que é isso, dê algumas informações sobre o assunto.

(Informações no site: http://www.eusoqueriaumcafe.com/2010/05/entrevista-amor-patologico-quando-o.html)  

- Baixe o vídeo e passe para os alunos assistirem em sala. Link para baixar: http://www.youtube.com/watch?v=Glxozvqa0oo 

- Após assistirem ao vídeo, pergunte se os alunos conhecem outras histórias de crimes passionais e peça-os para contá-las. ( Professor: você pode aproveitar o momento para destacar que, ao contar uma história, os alunos estão construindo um texto do tipo narrativo. Pontue então os elementos – narrador, personagens, enredo, lugar, tempo, clímax, desfecho, etc. -  da narrativa presentes nas história contadas.)

- Distribua para os alunos o texto abaixo.

Texto III

“Amor patológico” pode acabar em crimes passionais

O Jornal Hoje foi investigar o que leva uma pessoa a se comportar como Lindemberg Alves Fernandes, que sequestrou a ex-namorada há três dias, em Santo André (SP).

 César Menezes São Paulo

O Jornal Hoje conversou com um dos amigos que estavam no apartamento de Eloá Cristina Pimentel na segunda-feira. O grupo ia fazer um trabalho de escola, mas nem chegou a começá-lo. “Ele já entrou no apartamento com a arma na cabeça e mandou todo mundo pro quarto”, lembra.

O rapaz foi testemunha do estranho comportamento do ex-namorado de Eloá. “Tudo o que ele (Lindemberg) falava era dela. Mandou colocar uma música, e falou que lembrava dela com as músicas”, contou. “Ele falava assim 'A Eloá comigo era outra pessoa, agora que ela terminou comigo já está virando vadia’”.

Na quarta-feira, em Guaratinguetá (SP), um homem inconformado com o fim de uma relação deu três tiros na ex-namorada. A moça fugiu e entrou num shopping, mas o drama não acabou. Na perseguição, ele usou o próprio carro para arrebentar os portões da área de entrega do estabelecimento.

Crimes passionais frequentemente começam com histórias de amor, mas de um tipo de amor exagerado. Primeiro, flores todos os dias; depois, ameaças constantes. Distúrbios assim são raros, mas, segundo a psiquiatria, precisam ser identificados e tratados antes que se transformem em casos de violência.

O distúrbio se chama “amor patológico” e pode ser comparado a uma dependência química. O viciado no relacionamento se interessa apenas pelas coisas do outro e pode se tornar violento quando se sente rejeitado. “São sintomas muito semelhantes aos de uma síndrome de abstinência de drogas: o paciente fica irritado, nervoso, tenso, agressivo, deprimido, choroso. Aí, o que ele faz é novamente tentar se aproximar da pessoa e impedir que ela se afaste”, explica o psiquiatra Táki Cordás.

Para quem se sente ameaçado por um ex-namorado agressivo, a primeira providência é ter uma conversa franca. Se não resolver, a família precisa interferir. “A pessoa deve chamar família e dizer o que está acontecendo, que o parente está tendo uma atitude inconveniente e perigosa. Se nem isso for suficiente, acho que a pessoa deve inclusive procurar medidas legais para pedir proteção”, orienta Cordás.

O texto acima foi exibido em 16/10/08, pelo Jornal Hoje, e capturado em http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL801538-16022,00-AMOR+PATOLOGICO+PODE+ACABAR+EM+CRIMES+PASSIONAIS.html 

- Pergunte se os alunos tiveram conhecimento do caso da estudante Eloá e se conhecem outros casos de crimes passionais.

- Distribua para os alunos as atividades abaixo: 

Professor: discuta oralmente cada questão, dando, em seguida, um tempo para que os alunos respondam por escrito.

Atividades: 

1)      O que o texto pontua como causa dos crimes passionais?

2)      Com base no texto, como podemos definir o “amor patológico”?

3)      No texto, foi usado o recurso da analogia: comparação entre o distúrbio “amor patológico” e outro tipo de comportamento humano. Explique e comprove a analogia com trechos do texto.

4)      No último parágrafo do texto, são apresentados alguns conselhos. Para quem dirigem-se os conselhos?

5)       Qual o objetivo comunicativo do texto? Relembrando os três textos lidos, vamos construir um quadro com a visão sobre o amor apresentada em cada um deles.

Texto

Visão sobre o amor

I - Entenda como funciona a paixão

II - Site de relacionamentos só aceita pessoas atraentes

III - “Amor patológico” pode acabar em crimes passionais

Recursos Complementares
Avaliação

Divida a turma em grupos e peça que pesquisem em jornais e revistas textos que, de alguma maneira, abordam o tema do amor.

Solicite que cada grupo apresente, no dia marcado por você, três textos com três tratamentos diferentes dados ao amor.

No dia marcado, eles devem apresentar para a turma o texto lido e dizer qual o tratamento dado ao amor por cada um dos textos.

Após as apresentações dos grupos, deixe que os alunos troquem os textos selecionados e promovam uma discussão acerca da visão do amor apresentada pelo outro grupo.

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