19/11/2010
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Cidadania e cultura contemporânea |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cidadania e participação |
• Conhecer a história do cangaço.
• Identificar as práticas do cangaço no séc.XIX.
• Conhecer o personagem Lampião conhecido como o rei do cangaço.
• Identificar a relação do movimento ao tradicionalismo rural no Brasil.
• Defender posições fundamentando argumentos com exemplos e informações.
• Reconhecer os argumentos apresentados na defesa de uma posição, avaliando a pertinência dos exemplos e informações que o fundamentam.
• Fazer intervenções coerentes com os temas tratados.
• Avaliar a coerência das intervenções feitas por outros.
• Respeitar o turno da palavra
• Produzir textos adequados aos objetivos, gêneros e interlocutores.
• Expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando-se por ampliar seus recursos expressivos e enriquecer seu vocabulário.
• Dominar o mecanismo e os recursos do sistema de representação escrita, compreendendo suas funções.
• Interessar-se pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte.
• Desenvolver estratégias de compreensão e fluência na leitura.
• Expressar-se por escrito com eficiência e de forma adequada a diferentessituações comunicativas, interessando-se pela correção ortográfica e gramatical.
• Descrever lugares, pessoas, objetos e processos
• Contar fatos e experiências cotidianas sem omissão de partes essenciais.
Domínio da leitura e da escrita.
Desenvolvimento
1ª ATIVIDADE
1- O professor leva os alunos para o laboratório de informática onde irão assistir o vídeo que se encontra no endereço abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=urDfpFYZ2ng&NR=1
Acessado em 08/10/2010
2- Após o vídeo, professor propõe uma discussão a partir dos seguintes aspectos
:a) Que história é contada e como ela é contada?
b) Em que região do Brasil se passa a história?
c) Que características tem o personagem da história?
d) Que modelo de sociedade é apresentado no vídeo?
e) Qual a origem de Virgulino?
f) O fato do pai, homem pacífico, ser assassinado pela polícia, no seu entendimento, justifica a escolha de Virgulino pelo cangaço?
g) Em que circunstância Lampião tornou-se conhecido nacionalmente?
h) Na sociedade atual você conhece personagens que se tornam famosos por suas atitudes violentas? Quais? Dê sua opinião sobre esse assunto?
i) Qual o papel de Maria Bonita no ingresso da mulher nos grupos de cangaço?
j) Que fatos deram a Lampião fama nacional?
k) O que mais chamou sua atenção no vídeo?
l) Como era o relacionamento de Lampião com a elite sertaneja?
3- Após a discussão o professor propõe a produção coletiva de um texto que sintetize as ideias principais do vídeo.
2ª ATIVIDADE
1- O professor organiza a turma em grupos de quatro alunos e entrega os textos retirados da reportagem do Jornal Tribuna do Norte, Natal-RN – Ed. 31/05/2010, encontrado no
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2010_05_01_archive.html e solicita a leitura dos mesmos.
Missa do Soldado é um dos marcos da passagem de Lampião pelo RN
Para refazer o mesmo roteiro da passagem de Lampião no Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 13 de junho de 1927, o pesquisador Rostand Medeiros se baseou em pelo menos três livros publicados sobre o cangaço, de autoria dos escritores Raul Fernandes, Raimundo Nonato e Sérgio Dantas. “Cada um tem o seu foco, a sua importância”, afirmou ele.Mas Rostand Medeiros não dispensou “a oralidade” das pessoas que foi encontrando, nem os “casos e causos” que lhe foram contando. Ele disse que descobriu algumas coisas inéditas, como a realização da chamada “Missa do Soldado”, que é celebrada em homenagem ao policial José Monteiro de Matos, morto em combate contra os cangaceiros de Lampião, no confronto que foi chamado pela população de “Fogo da Caiçara”.Segundo Rostand, as tropas da Polícia do Rio Grande do Norte enfrentaram os cangaceiros na localidade denominada Junco, hoje situada a cinco quilômetros do município de Marcelino Vieira, no Alto Oeste. No decorrer do combate, às vésperas da invasão a Mossoró, segundo relatos, os soldados foram recuando, enquanto o soldado Monteiro ficou no local e teria dito o seguinte: “Morro, mas não corro”.Por conta disso, a “Missa do Soldado” é realizada, anualmente, a cada 13 de junho, na Dia de Santo Antonio, na capela homônima. “O povo mantém a tradição”, disse Rostand. Próximo ao açude da Caiçara também foi construído um monumento em homenagem ao soldado morto em combate com os cangaceiros.O pesquisador conta que descobriu, no município de Luís Gomes (Alto Oeste), a casa que pertenceu ao pai do cangaceiro Massilon Leite, que foi o guia de Lampião para adentrar no RN, inclusive prestando informações sobre Mossoró, a qual Lampião decidiu atacar.Deste município potiguar, que faz divisa com a Paraíba, o capitão Virgulino iniciou suas escaramuças pelo RN, que terminou com o ataque e sua retirada em Mossoró, em virtude da resistência comandada pelo então prefeito Rodolfo Fernandes.
Aos 92 anos, dona Leonila fala de Lampião
Entre os municípios de Felipe Guerra e Caraúbas está situada, na fazenda Santana, uma das duas grutas das redondezas que serviram de esconderijo para os fugitivos do bando do capitão Virgulino Ferreira da Silva.Nessa gruta, denominada “Tapia de Zé Félix”, escondeu-se em 12 de junho de 1927, dona Leonila Tomé de Souza Barra. Hoje, aos 92 anos, falou de suas lembranças aos pesquisadores Rostand Medeiros e Solón Almeida Netto.Os pesquisadores localizaram dona Leonila Barra em 12 de setembro de 2009. Através de suas lembranças, pois ela tinha dez anos quando ocorreu a fuga da família comandada por sua mãe, souberam que a matriarca Tionila Nogueira Barra e os moradores buscaram refúgio na fazenda Passagem Funda, a cerca de três quilômetros de sua propriedade, onde se abrigaram por quase 30 dias nessa gruta.Segundo os pesquisadores, Leonila Barra recordou que em meio à notícia da aproximação do bando de Lampião e a todo o tumulto que tomou conta da região, estava com algumas de suas nove irmãs no casarão do Mato Verde debulhando vargens de feijão, quando um portador trouxe a notícia da aproximação do bando.“Na sua ingenuidade infantil, ela não acreditou na história do mensageiro. Diante dos fatos, sua mãe parte para juntar tudo que pudessem carregar e se esconderem, mas devido à chegada da noite, decidem dormir na fazenda”, historiou Medeiros.“Quem atualmente visita o local, o encontra preservado tal como era naqueles estranhos dias de junho de 1927”, diz o relatório dos dois espeleólogos.
3- Após uma leitura oral dos textos, o professor propõe questões para estimular um debate:
a) Qual o significado da oralidade do povo para o conhecimento dos fatos?
b) Qual o significado da “Missa Do Soldado”?
c) Como era o relacionamento do cangaço com a população?
d) Que sentimento a presença dos cangaceiros despertavam na região?
e) Qual a importância de se preservar lugares onde ocorreram fatos marcantes como a visita dos cangaceiros no agreste nordestino?
f) Qual o sentimento o texto despertou em você leitor?
g) Como seria a rotina dos sertanejos diante da expectativa da visita de Lampião?
4- O professor apresenta a imagem abaixo solicitando que a observem bem.
http://www.arimateia.med.br/conteudo/barra/lampiao.htm
5- Em seguida comenta: Seria um herói? Observem a pose altiva, o olhar penetrante, as armas, a roupa minuciosamente detalhada.O rastro de sangue e destruição criaram uma imagem cinematográfica do personagem Lampião. Seus trajes personalizados influenciaram a moda. Criou inimigos.
6- Após a leitura do texto, a discussão e a leitura da imagem, o professor propõe a realização de uma tempestade cerebral a partir do nome LAMPIÃO. Para realizar essa atividade é colocada a palavra no quadro e os alunos vão dizendo outras que lembram ao ler o nome do mais famoso cangaceiro brasileiro.
7- Em seguida o professor faz os comentários necessários.
3ª ATIVIDADE
1- O professor organizar a turma em grupos e apresenta a notícia abaixo solicitando a leitura da mesma.
Scans: Revista Fatos e Fotos – 29 de Setembro de 1975.Entrevista realizada por Ricardo Noblat com o cangaceiro “cascavel”, cabra de Antonio Silvino.
2- Em seguida, o professor discute com a turma as questões:
a) O que motivou o apelido Cascavel?
b) “Um dia uma cobra mordeu João Cosme e morreu envenenada”. Será isso possível?
c) O que essa frase quer dizer?
d) O que Cascavel quis dizer quando falou: “matar uns três ou, de gosto.”?
e) O que ele queria dizer com “enxerimento”?
f) Como ele narra o fato de conseguir dinheiro?
g) Como ele descreve a rotina do cangaceiro?
h) Como você avalia o personagem Cascavel?
i) O que você achou do relato de Cascavel?
j) Qual a sua opinião sobre o fato ocorrido em Macapá?
3- Após a leitura do texto e a discussão, o professor organiza a turma em grupos e orienta-os para a realização da atividade:Imagine que você é João Cosme e quer deixar registrada parte de sua vida. Para isso escreva um texto com o título: Memórias de um cangaceiro.
4- O professor socializa as produções, faz os comentários necessários e organiza a exposição dos trabalhos no espaço da sala
4 ª ATIVIDADE
1- Ainda com a turma em grupos, o professor solicita que preencham o quadro abaixo. Para isso, o grupo deve discutir
a) Os malefícios e os benefícios do grupo dos cangaceiros;
b) O panorama político e social da época da existência desse grupo;
c) A realidade da população na época.
CANGACEIROS
MALFEITORES DA SOCIEDADE |
BENFEITORES DA SOCIEDADE |
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2- O professor socializa a produção dos grupos e faz os comentários necessários.
3- Em seguida, o professor solicita que a equipe imagine que está diante de um grupo de cangaceiros e que fará uma entrevista com eles. Elabore as perguntas que gostariam de fazer nessa entrevista.
4- O professor socializa as perguntas, faz os comentários necessários e orienta a equipe para que escolha, dentre seus membros um que será o cangaceiro e um que será o entrevistador.
5- O grupo simula a entrevista para que “o cangaceiro” possa preparar as respostas.
6- O professor propõe a realização de um programa de entrevistas reunindo todos “os cangaceiros” e um repórter.
7- Após o programa, o professor faz os comentários necessários.
http://www.infonet.com.br/cultura/ler.asp?id=102099&titulo=especial
http://www.pauloafonsonoticias.com.br/internas/read/?id=1108
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas de leitura dos diferentes gêneros textuais, as discussões em grupo, as respostas aos questionamentos, o levantamento de argumentos, as produções dos textos, as entrevistas, somadas às intervenções dele, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
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