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Conhecendo as Serpentes

 

30/08/2010

Autor e Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos; Maria Antonieta Gonzaga Silva; Priscila Barbosa Peixoto.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

§  Reconhecer o grupo das Serpentes.

§  Identificar as principais características do grupo.

§  Reconhecer espécies peçonhentas e não-peçonhentas.

§  Sensibilizar quanto à importância ecológica das serpentes, esclarecendo os mitos mais comuns.

§  Reconhecer as características morfológicas das serpentes que as auxiliam na deglutição do alimento.

§  Identificar a importância destas adaptações para a sobrevivência das serpentes.

§  Identificar órgãos sensoriais das serpentes úteis para localização das presas.

§  Identificar formatos anatômicos de serpentes que auxiliam na alimentação.

§  Desenvolver a leitura de textos científicos relacionados com o assunto e sua interpretação.

Duração das atividades
6 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão ser capazes de reconhecer o grupo dos répteis, bem como suas características principais.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor               

Os répteis conhecidos vulgarmente como ‘cobras’ estão compreendidos na ordem Squamata, subordem Serpentes (ou Ophidia).             

As serpentes constituem o segundo grupo mais diversificado dos répteis, com aproximadamente 2700 espécies. Desse total, 370 espécies ocorrem no Brasil, que possui uma das maiores faunas de serpentes do mundo, não só pela extensão territorial do país, mas também pela diversidade de ecossistemas.             

São identificadas 308 espécies de serpentes com ocorrência no Brasil, distribuídas em 9 famílias: Anomalepididae (6); Leptotyphlopidae (14); Typhlopidae (5); Aniliidae (1); Boidae (8); Tropidophiidae (2); Viperidae (22); Colubridae (226);e Elapidae (24).             

Corpo esguio, muito alongado; sem membros locomotores, embora vestígios de pernas estejam presentes em certas espécies (jibóias); olhos imóveis, cobertos por membrana transparente, sem pálpebras; língua no geral bem desenvolvida, bífida e protrátil, importante na percepção de diferentes tipos de estímulos sensoriais; narinas bem anteriores, geralmente bem visíveis; sem abertura dos ouvidos; com muitos dentes, alguns modificados e especializados na inoculação de veneno; não possuem o osso esterno, mas muitas costelas e vértebras; um só pulmão, o direito, sendo o esquerdo atrofiado; pele recoberta por escamas de formato algo variável e coloração tanto opaca quanto viva.             

Muitas colocam ovos, mas há formas vivíparas.  Aquáticas, terrestres e arborícolas. A segregação espacial dos habitats das serpentes não difere do grupo dos squamatas, onde se faz horizontalmente para as populações que ocupam as formações vegetais  abertas, como o Cerrado e Caatinga, e verticalmente em matas que permitem a estratificação da ocupação dos poleiros para termorregulação, corte ou apreensão de alimento. Geralmente as serpentes apresentam características morfológicas que permitem conhecer o habitat mais explorado.             

Muitas formas são venenosas e tidas como perigosas ao homem; outras, embora venenosas, raramente atacam o homem; as não venenosas matam suas presas, inclusive mamíferos relativamente grandes, por constrição, asfixiando-as.             

As cobras costumam ser divididas em quatro “séries”, baseadas em características da dentição dos espécimes: Aglifodontes (= Áglifas), Opistoglifodontes (= Opistóglifas), Proteroglifodontes (= Proteróglifas) e Solenotodontes (= Solenóglifas).             

A especialização dos ofídios, comparativamente à dos lagartos ápodes, compreende fortes pressões seletivas - sobre a locomoção e predação. O alongamento do corpo e redução do seu diâmetro foi acompanhado de rearranjos de anatomia interna: o pulmão esquerdo é reduzido ou ausente, há uma redisposição da bexiga, rins e gônadas, quebrando-se a simetria.             

O número de costelas aumenta, podendo ir até 400. Nas cobras, e também em muitos lagartos, a pele muda em intervalos regulares. Antes da muda, as células epidérmicas produzem nova cutícula sob a anterior.             

Os ofídios têm hábitos alimentares muito especializados. A língua das cobras é fina e bífida, podendo sair para o exterior quando a boca está fechada através de uma fenda. Contribui para o olfato, recebendo estímulos químicos. Os dentes servem só para apanhar as presas e ajudar a deglutir, não para cortar.             

A alimentação é de fato um dos problemas dos ofídios, visto que o alongamento do corpo implica que a massa corporal é distribuída por um tubo de menor diâmetro. À medida que a boca se torna menor, o tamanho das presas capturáveis reduz-se também, e os indivíduos vêm-se limitados a alimentar um grande corpo com uma pequena boca. As cobras, porém, desenvolveram adaptações que lhes permitem engolir presas consideravelmente superiores ao seu diâmetro corporal. Este fato só por si explica o grande sucesso deste grupo comparativamente aos restantes répteis ápodes.   

Entre o perigo e o mito               

Existem no Brasil 60 espécies de cobras venenosas, mas são as jararacas as responsáveis pelo maior número de ataques - cerca de 85% do total. As cascavéis, com o característico chocalho na extremidade da cauda, e as surucucus, que atingem o comprimento máximo de 4,5 metros, causam pouco mais de 10% dos acidentes. As corais, apesar da fama de perigosas, precisam ser muito provocadas ou pisoteadas para dar o bote. Elas respondem por menos de 1% das ocorrências e são facilmente confundidas com as falsas corais, suas primas inofensivas. O veneno de todas essas serpentes pode matar uma pessoa em pouco tempo. A reação à picada vai depender de variáveis como a parte do corpo que foi atingida, quantidade de veneno injetada, peso da vítima e o tipo de cobra. Por isso, especialistas do Butantan recomendam às vítimas que recebam o soro o mais rápido possível, de preferência nas primeiras três horas após o ataque. Além das cobras, outros animais peçonhentos comuns no Brasil são aranhas, escorpiões e taturanas. Há milhares de espécies, mas poucas oferecem risco mais sério ao homem.   

Adaptado de: http://docentes.esalq.usp.br/lccbferr/serpentes.pdf (consultado em 22/08/10, às 18h14min) & http://www.guiabutanta.com/butantan/serpente.htm (consultado em 22/08/10, às 18h15min) & www.ibama.gov.br/ran/download.php?id_download=54 (consultado em 22/08/10, às 18h16min) & www.isa.utl.pt/def/waterlobby/VERTEBRATES/REPTEIS_BEV.pdf (consultado em 22/08/10, às 18h17min).          

Estratégia   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de discussões entre eles orientadas pelo professor, leitura e interpretação de textos sobre o assunto, vídeos informativos, bem como montagem de modelos de serpentes.   

Como o professor irá ativar esse processo:

O professor ativará este processo por meio do incentivo à discussão entre os alunos, apresentação de vídeos sobre o assunto e entrega de texto informativo, além de orientação de montagem de modelos de serpentes e suas dentições.   

Atividade Inicial: Introduzindo o assunto             

Professor, num primeiro momento da aula, inicie a discussão entre os alunos, instigando a turma a pensar nas características do grupo das serpentes. Pergunte quem já viu uma cobra, quais eram as características do animal, o que foi feito com ela. Sonde se os alunos as identificam como são vertebrados, comente que possuem pele coberta por escamas com queratina, e isso faz sua pele ter brilho, o que nos leva a pensar que ela é úmida. Essas placas córneas que recobrem seu corpo são essenciais devido ao tipo de locomoção, rastejante, e sem essa proteção a serpente rapidamente se machucaria, teria um tempo de vida muito curto ou estaria presente em apenas alguns ambientes.             

Deixe que os alunos se manifestem, expressando suas opiniões e impressões quanto às serpentes. Mostre algumas figuras da anatomia destes animais, explicando que seu corpo é muito fino, e isso permitiu que os órgãos se alongassem também e ficassem esguios. Abaixo seguem figuras de anatomia de serpentes:

Retirado de: http://ciencia.hsw.uol.com.br/cobras1.htm (consultado em 22/08/10, às 18h24min).          

Anatomia interna de cascavel

Foto de: Maria Antonieta G. Silva   

Como as serpentes escutam, enxergam e sentem odores?

Mostre para a turma algumas imagens de serpentes e peça que encontrem na imagem a orelha da serpente. Os alunos perceberão que estes animais não possuem orelha externa como nós. Se elas não têm orelhas, como elas escutam? Sonde se os alunos imaginam a forma com estes animais conseguem perceber vibrações sonoras.

Explique para a turma que elas percebem o som, ou seja, as vibrações sonoras chegam até seus ossos e são levadas ao ouvido interno, que fica no crânio. O fato de as serpentes estarem em contato direto com o solo favorece esse tipo de percepção.

Agora pergunte aos alunos se eles têm uma explicação para as serpentes colocarem a língua para fora várias vezes. Por que será que as serpentes colocam a língua para fora? Deixe que os alunos opinem.

Comente que a percepção de odores destes animais é feita pelas narinas e também pela língua: quando as serpentes estão atrás de uma presa, elas colocam a língua para fora para poder captar partículas de odor presentes no ar. Como sua língua é bífida (dividida em duas metades separadas na ponta), elas podem perceber as partículas em mais de uma direção, assim, onde houver maior concentração de partículas indica que é a direção de onde a presa está. A língua para as cobras não funciona como percepção de paladar como em nós humanos, elas não tem esse sentido.

As serpentes peçonhentas, como a cascavel e a jararaca, apresentam um sensor que é capaz de captar fontes de calor, ou sensível à luz ultravioleta: é a chamada fosseta loreal. Isso favoreceu essas espécies a especializarem sua alimentação em presas endotérmicas, ou seja, com “sangue quente”. Assim, esses animais são mais facilmente encontrados. A fosseta loreal fica entre o olho e a narina dessas serpentes. Todas as serpentes que apresentam fosseta loreal são peçonhentas, mas nem toda peçonhenta tem fosseta loreal, como é o caso da coral verdadeira, isso porque é uma espécie que vive sob folhas ou de hábitos fossoriais e se alimenta de outras serpentes, dessa forma a fosseta não é essencial para localizar suas presas, já que as serpentes são ectotérmicas. Assim, ao longo da evolução, esse órgão foi perdido no gênero.

Abaixo seguem as figuras que poderão ser usadas na aula neste momento:             

Língua bífida de serpentes

Retirado de: http://www.get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Sentidos/Lingua_Phimophis%20guerini_Ivan%20Sazima.JPG (consultado em 22/08/10, às 18h36min). 

Foto de: Maria Antonieta G. Silva   

Fosseta Loreal de cascavel

Retirada de: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/6594/cascavel%20fosseta.jpg?sequence=1 (consultado em 22/08/10, às 18h39min).    

Atividade Criativa: Montando modelos de serpentes e suas dentições             

Professor, neste momento da aula, divida a turma em pequenos grupos e entregue para cada um alguns materiais para a montagem de modelos de dentição de serpentes.   

Dentição de serpentes:   

Materiais Necessários:

- Canudos de refrigerante finos

- espetos de churrasco sem ponta

- tesoura sem ponta

- anilina comestível

- água

- seringas  

Modo de fazer:

Entregue para a turma os canudos e peça que eles façam um corte longitudinal para representar a dentição solenóglifa. Outro canudo deverá ter uma das extremidades fechada e um corte vertical, ao longo do canudo para representar a dentição proteróglifa. Oriente os alunos a fazer um sulco no palito de churrasco, demonstrando a dentição opistóglifa. Jogue anilina colorida na água e, com a seringa, injete o liquido colorido nos canudos e delicadamente injete no palito.

Peça que os alunos anotem suas observações e discuta com a turma. Entregue para cada grupo a figura abaixo e mostre os tipos diferentes de dentições de serpentes que podem ser possíveis.   

Dentição de ofídios venenosos:

Retirado de: http://www.bioatividade.hpg.ig.com.br/denticao_ofidios.htm (consultado em 22/08/10, às 18h48min). 

Retirado de: http://www.bioatividade.hpg.ig.com.br/denticao_ofidios.htm (consultado em 22/08/10, às 18h48min). 

Retirado de: http://www.bioatividade.hpg.ig.com.br/denticao_ofidios.htm (consultado em 22/08/10, às 18h48min). 

Explique que a dentição Solenóglifa está presente em ofídios como Jararaca (Brothops sp), Cascavel (Crotalus sp), Surucucu (Lachesis sp), etc. Estas são as serpentes que consideramos mais perigosas, pois conseguem inocular o veneno nas presas, seu dente possui um canalículo interno, ligado diretamente à bolsa de veneno.

Já a dentição Proteróglifa possui uma abertura lateral no dente, e isso faz com que o veneno escorra, ficando mais difícil penetrar na presa. Mas ainda assim, estas serpentes conseguem matar as presas através da inoculação de veneno. Ofídios proteróglifos: Família Elapidae, Cobra-coral verdadeira (Micrurus sp).

A dentição opistóglifa não é canaliculada, sendo que o dente possui apenas um sulco, por onde o veneno escorre até a ponta do dente. Desta forma, os animais com esta dentição não conseguem inocular o veneno na presa, sendo considerados venenosos, mas não peçonhentos. Ofídios opistóglifos: Cobra-cipó (Chironius sp, Phylodrias sp ), Falsa-coral (Oxyrhopus sp), entre outras.  

Glândula de veneno em serpentes solenóglifas:

Retirado de: http://www.riscorural.com.br/animais-peconhentos/29-denticao-das-serpentes (consultado em 22/08/10, às 18h53min).    

Os diferentes tipos de dentes estão relacionados à anatomia do crânio desses animais. Um dente inoculador de veneno é mais eficiente, pois o animal, ao picar sua presa, injeta o veneno e pode soltá-la, e isso impede que a presa machuque a serpente ao tentar se defender. Depois é só a serpente seguir o rastro da presa e engoli-la.   

A boca das serpentes

As serpentes não possuem membros para ajudá-la a manipular suas presas, assim a boca deverá ser responsável por está função. Dessa forma, a disposição dos dentes ajuda a empurrar a presa para dentro do esôfago. Mas como uma serpente consegue engolir presas muito maiores que ela?

Peça para os alunos abrirem sua boca o máximo que conseguirem e tente relacionar qual o maior alimento conseguiriam morder e engolir. Deixe que os alunos se manifestem, demonstrando que grandes alimentos deverão ser partidos para conseguirem ser engolidos por nós.

Após este momento de discussão, proponha aos alunos que construam agora um modelo de serpente, demonstrando sua boca. Para tanto, divida a turma em grupos novamente e entregue cada material necessário.   

Materiais necessários:

- Balões de festa canudo

Retirado de: http://conteudo.efacil.com.br/p/10/400/1000130_01.jpg (consultado em 22/08/10, às 18h59min).    

- Prendedor de cabelo

Retirado de: http://consejodeamiga.files.wordpress.com/2009/11/piranhas.jpg (consultado em 22/08/10, às 19h).    

- Mangueira de aquário fina   

Modo de fazer:

Entregue dois prendedores para cada grupo, sendo que de um deles retire o parafuso que une as partes do prendedor. O prendedor representará a boca da serpente. Entregue também uma bexiga (corpo/pele da serpente) e uma mangueira de aquário (traqueia da serpente).

Peça aos grupos que montem um modelo de serpente. Eles deverão encaixar a boca do balão no local em que se segura o prendedor (lado contrário aos dentes do prendedor). A mangueira de aquário deverá ter uns 5 cm, e será colocada no prendedor, onde estão os dentes do mesmo.

Agora entregue para os grupos alguns objetos de diferente tamanhos para que eles simulem a entrada do alimento na boca da serpente.

Mostre algumas figuras que representam o crânio destes animais, sua deglutição, sua traqueia, dentre outros. Abaixo seguem sugestões de figuras:

Retirado de: http://i.ytimg.com/vi/TNI_ic7F0bM/0.jpg (consultado em 22/08/10, às 19h10min). 

Retirado de: http://img.youtube.com/vi/p_Q0UIRSbC4/0.jpg (consultado em 22/08/10, às 19h11min).    

Traqueia de cascavel.

Traqueia de cascavel.

Fotos de: Maria Antonieta G. Silva   

Crânio de Crotalus

Retirado de: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/6309/open/file/cranio%20crotalus%20aberto.jpg?sequence=1 (consultado em 22/08/10, às 19h13min). 

Retirado de: http://www.zoopets.com.br/cornsnake/guia/cornsnaken.jpg (consultado em 22/08/10, às 19h14min).    

Ausência de sínfise óssea na mandíbula de serpentes

Retirado de: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mandibula-da-cobra/mandibula-da-cobra.php (consultado em 22/08/10, às 19h15min).      

Questione os alunos como ela consegue respirar enquanto se alimenta. Lembre-os que nos animais pulmonados há conexão da faringe com o esôfago, por isso, ao engolir, a glote se fecha para que não entre alimento no pulmão.

Mostre à turma que eles colocaram a mangueira na “boca” da serpente, demonstrando que quando ela se alimenta, a traqueia é colocada para fora da boca, permitindo que ela respire enquanto engole sua presa.

As serpentes perderam uma das conexões que unem a mandíbula e a maxila, e isso as tornou muito mais flexíveis, podendo ocasionar abertura de até 180°. Além disso, todas as conexões ósseas do crânio são também flexíveis. As serpentes não apresentam sínfise óssea unindo a mandíbula, eles foram substituídos por músculos. Deve-se lembrar que as serpentes não mastigam o alimento, engolindo-o inteiro.   

Texto para os alunos:             

Professor, agora entregue para os alunos um texto que discorre sobre as serpentes e a importância de seu veneno. Peça que cada aluno faça uma leitura atenciosa do texto, se possível disponha-os em duplas, para que discutam um com o outro os aspectos mais importantes do texto.             

Após as discussões em duplas, promova uma discussão geral na turma, de forma que todos tenham a oportunidade de falar suas impressões. Instigue-os a falarem as características das serpentes e a importância do veneno para estes animais.             

Abaixo seguem duas sugestões de textos a serem usados neste momento:

Quando a cobra dá o bote

Saiba tudo sobre serpentes: como evitar um ataque, o que fazer em caso de picada...   

Cocoricóóóó! O galo cantou no telhado para anunciar o primeiro dia de férias na roça! Você veio da cidade para se hospedar na casa de primos, onde o almoço é feito no fogão à lenha, tem bolo de milho no lanche, cantoria ao redor da fogueira à noite e... algumas cobras na vizinhança! Como não dá para prender criança em casa, sua tia só pôde mesmo fazer muitas recomendações. Você prestou bastante atenção, mas, cá entre nós, acreditava que nunca encontraria esse réptil no meio do caminho. Ledo engano! Não foi preciso entrar muito na mata para ouvir um barulho parecido com chocalho e o grito: "Cascavel!" Todos saíram correndo! Na varanda de casa, ofegantes, os meninos começaram a falar sobre cobras e venenos!

Por coincidência, tomando um café com seus tios na cozinha, estava um herpetólogo -- um especialista em répteis e anfíbios. Era juntar a fome com a vontade de comer! Ou melhor: a emoção com a vontade de aprender! A criançada logo rodeou o visitante para descobrir tudo sobre veneno de cobra.

O herpetólogo começou a conversa com um desafio: qual a diferença entre animais peçonhentos e venenosos? Como ninguém se arriscou, ele partiu para a explicação... Animais peçonhentos têm veneno e um aparelho especializado para introduzi-lo no organismo da vítima. As cobras peçonhentas, por exemplo, possuem um dente diferente! Ele apresenta um canal interno com uma abertura em forma de fenda, por onde o veneno é secretado! E os animais venenosos? Eles também têm veneno, mas não um aparelho específico para inoculá-lo! O veneno do sapo, por exemplo, está em glândulas na pele.

Há serpentes peçonhentas e não-peçonhentas. Ambas produzem veneno, mas só as peçonhentas têm um aparelho para introduzi-lo no corpo da vítima e podem causar acidentes com o homem. Serpentes, como a jibóia e a sucuri, que não têm dentes especializados para inocular a peçonha, não oferecem esse risco. Elas podem até morder alguém, mas não injetarão o veneno no organismo da pessoa.

Veneno, toxina ou peçonha é o nome dado a toda substância capaz de causar dano ou matar um ser vivo. O veneno de cobra é uma mistura complexa de diversas substâncias, sobretudo proteínas. Em geral, ele fica armazenado em glândulas localizadas na cabeça da serpente. Elas parecem bolsas cheias de peçonha! Lembra que a serpente peçonhenta tem um dente especializado para inocular o veneno? As glândulas estão ligadas a ele! Na hora da picada, os músculos que as envolvem se contraem e espremem as glândulas. Com isso, há saída de veneno.

Sabe para que ele serve? As cobras são animais predadores e se alimentam de peixes, moluscos, anfíbios, mamíferos, aves, répteis e até de outras cobras. Como não têm braços ou garras para matar ou imobilizar suas presas, contam com o veneno para auxiliá-las nessa tarefa!

Em alguns casos, o veneno também ajuda na digestão. A forma da boca das serpentes impede que elas mastiguem o alimento. Ao capturar uma presa, a cobra a engole inteira! Já imaginou o trabalho que deve ser digeri-la? Por isso, o veneno é importante! E ele ainda pode ser usado pelas cobras para se defender!   

Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2002/126/quando-a-cobra-da-o-bote/quando-a-cobra-da-o-bote-0 (consultado em 22/08/10, às 19h39min).      

Outra opção de texto: http://portal.saude.rj.gov.br/animaispeconhentos/serpentes.html (consultado em 22/08/10, às 19h40min).    

Ferramentas tecnológicas:             

Professor, após as discussões sobre o texto e sua interpretação, apresente para a turma alguns vídeos sobre o assunto. Peça que os alunos assistam com bastante atenção, se preciso pare os vídeos e explique as dúvidas que surgirem. Depois da exibição dos vídeos, proponha aos alunos que escrevam um pequeno texto, sintetizando os conhecimentos que construíram durante a aula de hoje. Peça que ilustrem seu texto.   

Ceara Selvagem - A Mitologia das Serpentes - Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=I8E_GfxVBu8&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h48min).    

Ceara Selvagem - A Mitologia das Serpentes - Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=PpyLKhhf_Ks&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h49min).    

Ceara Selvagem - A Mitologia das Serpentes - Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=uVTycLNbf8E&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h50min).    

Animais Selvagens: Serpentes (Parte1de5). - http://www.youtube.com/watch?v=PMqx5w7Zh8c&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h51min).    

Animais Selvagens: Serpentes (Parte2de5). - http://www.youtube.com/watch?v=inAhD_WoX6k&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h52min).    

Animais Selvagens: Serpentes (Parte3de5). - http://www.youtube.com/watch?v=R6NDqa0S4Ng&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h53min).    

Animais Selvagens: Serpentes (Parte4de5). - http://www.youtube.com/watch?v=gUlsoPfnt1M&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h54min).    

Animais Selvagens: Serpentes (Parte5de5). - http://www.youtube.com/watch?v=zHQN_FHqkt0&feature=fvw (consultado em 22/08/10, às 19h55min).    

Discovery Channel - Cobras (Parte1de5). - http://www.youtube.com/watch?v=4zgtj9CQeuI&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h56min).    

Discovery Channel - Cobras (Parte2de5). - http://www.youtube.com/watch?v=_-rFL2HquJ4&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h57min).    

Discovery Channel - Cobras (Parte3de5). - http://www.youtube.com/watch?v=qnKAGRP-BBM&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h58min).    

Discovery Channel - Cobras (Parte4de5). - http://www.youtube.com/watch?v=KluThkrV39I&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h59min).    

Discovery Channel - Cobras (Parte5de5). - http://www.youtube.com/watch?v=zl5Cs31Zx9Q&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h47min).    

Víboras Gigantes - http://www.discoverybrasil.com/dec/maravillas_naturaleza/viboras.shtml?NN=3 (consultado em 22/08/10, às 19h46min). 

Recursos Complementares

            Professor, abaixo seguem alguns links de recursos que poderão ser usados em sua aula, caso julgue necessário complementar informações.  

http://www.youtube.com/watch?v=NPe7k2cWMVE&feature=related (consultado em 22/08/10, às 19h59min).    

http://www.youtube.com/watch?v=sUANWOZ7Tcc&feature=related (consultado em 22/08/10, às 20h).    

http://www.youtube.com/watch?v=a4IWIBjBQpA&feature=related (consultado em 22/08/10, às 20h01min).    

http://www.youtube.com/watch?v=77e5nIfGFa0&feature=related (consultado em 22/08/10, às 20h02min).    

http://www.youtube.com/watch?v=mV0Dre-M5GE&feature=related (consultado em 22/08/10, às 20h03min).      

http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u107.jhtm (consultado em 22/08/10, às 20h04min).      

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/arqueologia-e-paleontologia/clima-torrido-serpente-gigante/ (consultado em 22/08/10, às 20h05min).      

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/videos/2010/abril/as-cobras-sao-surdas (consultado em 22/08/10, às 20h06min).      

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/bichos-e-plantas/jiboia-engole-boi/?searchterm=None (consultado em 22/08/10, às 20h07min).      

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2008/187/galeria-de-bichos-ameacados-jararaca-ilhoa/?searchterm=None (consultado em 22/08/10, às 20h08min).      

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=185&A+SERPENTE+DO+FARAO#top (consultado em 22/08/10, às 20h09min).      

http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=ienci&cod=_serpenteseacidentesofidi (consultado em 22/08/10, às 20h10min).      

http://www.ucs.br/ucs/tplMuseu/museu/serpentario/apresentacao/curiosidades (consultado em 22/08/10, às 20h11min).             

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

Após os alunos terem conhecimento sobre algumas características das serpentes, realize uma discussão sobre a ecologia desses animais, relacionando-as com suas características. Para encerrar, questione a turma: Serpentes são animais perigosos e traiçoeiros e por isso devem ser mortos? Peça que os alunos se manifestem, e escrevam um pequeno texto sobre este assunto. Para ajudá-los, entregue o texto abaixo e discuta-o com a turma, sobre os mitos que existem sobre as serpentes, relacionando os conceitos aprendidos durante a aula.

Mitos Sobre Serpentes

“Cobra que mama”

Relato: “Uma serpente, de aproximadamente 8 metros, entra na casa de uma mulher, que deu a luz a poucos meses e ainda amamenta a criança. Essa cobra só entra de noite, enquanto a mãe dorme com a criança no colo. Com a cauda, a cobra tapa a boca da criança, para que a mesma não chore, e vai a procura do seio da mãe a fim de tomar o leite. A mãe adormecida, pensa que é a criança que esta mamando e não se dá ao trabalho de se levantar. Passado algumas semanas a mãe começa a perceber que o filho está desnutrido e não sabe por que pela manhã seu filho chora de fome se foi amamentado durante a noite. Essa rotina segue por dias, até que em uma noite o marido, chegando de viagem, se depara com a cena e mata a cobra a pauladas. Ao esmagar a cobra, o leite que a mesma ingeriu se espalha pelo piso, mostrando que a cobra estava a mamar a muito tempo.”

Verdade: Em primeiro lugar devemos lembrar que as cobras são répteis, ou seja, as mesmas não se alimentam do leite. Podem ser ovíparas ou vivíparas, desprovidas de glândulas mamárias, sendo assim, não amamentam seus filhotes. Seu sistema digestório não está adaptado a essa alimentação. A dentição, a língua e a estrutura da boca das cobras não permitem o ato da sucção. Por essas razões seus instintos não a fazem ir a procura do leite.

As cobras possuem uma camada de tecido adiposo (gordura) entre os músculos e a pele, camada essa que serve de reserva de energia. Essa camada é esbranquiçada, muito semelhante ao leite coalhado.

A lenda surgiu há muitos anos quando um homem ao chegar na sua casa vê uma cobra ao lado da cama de sua esposa que a pouco tempo havia dado a luz e ainda amamentava a criança. Matando a cobra com uma madeira, o pai viu se espalhando pelo assoalho a camada de gordura presente no corpo da serpente. Ao ver aquilo acredita que seja o leite bebido pela cobra, que coalhou no corpo dela. Associando esse fato a desnutrição da criança, chegou-se a conclusão de que a cobra estava bebendo o leite materno todas as noites.

“Encantador de Serpentes”

Relato: “Em países como a Índia, existem muitos encantadores de serpentes. Os mesmos hipnotizam as serpentes tocando musicas em flautas. A serpente fica encantada pelo som e ritmo da musica, e o encantador tem o domínio total sobre o animal.”

Verdade: Muitos vão se assustar, mas as serpentes são praticamente SURDAS. Desprovidas de ouvido externo, tem uma capacidade auditiva muito baixa. Sendo assim, quase não ouvem a musica do encantador, nem mesmo tem senso do que é melodia, ou ritmo.

Como funciona o truque: O “encantador” coloca a serpente dentro de um cesto qualquer. Ao abrir a tampa, a serpente tem o impulso de sair do cesto. Isto da a impressão de estar seguindo a musica. O fato de não possuírem pálpebras, faz com que pareçam estar hipnotizadas, com o olhar fixo na flauta. Para fazer com que as serpentes sigam os movimentos da flauta, o “encantador” pincela a ponta da flauta com urina de rato. Esse cheiro é atrativo as serpentes, pois se alimentam desse roedor. Por isso dá-se a impressão de que o homem obtém “controle” sobre as serpentes através da música.

“Cobra deixa seu veneno em uma folha, antes de entrar na água.”

Relato: “Na beira de um lago, um homem vê uma cobra deixando seu veneno em cima de uma folha antes de entrar na água. A mesma vai até o lago, entra e o atravessa a nado. Quando retorna a margem do lago onde o homem está, a serpente ingere seu veneno e vai embora pela mata.”

Verdade: As serpentes peçonhentas precisam de um estimulo pressórico em sua glândula produtora de veneno para que este seja expelido através das presas inoculadoras. Sendo assim, o veneno não pode sair apenas com o ”pensamento” do animal. Uma vez o veneno inoculado ou lançado em algum lugar, a serpente não o ingere, ou aspira-o novamente. Outro fato importante é que no Brasil, as serpentes com hábitos aquáticos NÃO são peçonhentas, ou seja, não possuem veneno para deixar em folha alguma e, as serpentes peçonhentas não tem hábitos aquáticos, podendo entrar na água apenas em casos específicos.

O mito teve origem na ocasião em que um homem ao ver uma serpente entrando num lago, percebe que uma folha da vegetação está com gotículas de orvalho. Ele acredita que esse orvalho seja na verdade o veneno que a cobra deixou antes de entrar na água.

“Bafo da Jibóia”

Relato: “A Jibóia, quando ameaçada ou em busca da sua presa, elimina um bafo venenoso capaz de imobilizar e até mesmo matar sua presa ou seu agressor. Esse bafo vem acompanhado de um “urro” característico, mostrando assim seu poder agressivo”

Verdade: Em primeiro lugar deve-se saber que a Jibóia (Boa constrictor constrictor) não é uma serpente peçonhenta. Sendo assim, não possui glândulas secretoras nem canal inoculador de veneno. Mata suas presas por constrição, enrolando-se ao corpo da vitima e comprimindo-a até que fique imobilizada.

Quando se sente ameaçada, expira o ar dos pulmões com muita força, que ao passar pela glote produz um ruído característico. O “Bafo da Jibóia” nada mais é do que a eliminação violenta do ar contido em seus pulmões, não havendo veneno ou toxidade alguma nesse ar eliminado. Como mecanismo de defesa, algumas vezes esse fenômeno pode vir acompanhado de uma mordida.

“Cobra Engarrafada”

Relato: “É muito comum encontrar em bares, principalmente no interior do estado, garrafas de bebidas alcoólicas contendo uma cobra morta em seu conteúdo. Essa bebida tem poderes afrodisíacos e medicinais. Aqueles que a bebem buscando seus poderes afrodisíacos, têm a sua libido e virilidade aumentadas. Muito utilizado por pessoas com problemas de impotência ou insatisfação sexual. Usam seus poderes medicinais também em pessoas que foram mordidas por cobras. Aplica-se essa bebida no local da picada e dá-se um pouco para que a vitima beba, neutralizando assim a ação do veneno.”

Verdade: Relato muito comum e imensamente difundido na cultura brasileira. A utilização de uma serpente curtida em uma bebida alcoólica em nada altera as propriedades da bebida, ou seja, não a torna nem afrodisíaca e nem medicinal. A serpente muitas vezes é vista como símbolo sexual devido ao isomorfismo da sua constituição oblonga, fálica, que a sugere como símbolo Kundalini hindu – reservatório energético que se encontra na espinha dorsal do homem (a serpente de nossa energia sexual). Também a serpente tântrica, da qual a libido da teoria freudiana é a formulação ocidental. E as propriedades médicas são associadas pelo uso da serpente como símbolo da medicina.

“Sucuri engole um Boi”

Relato: “Há inúmeros relatos de pessoas que viram uma enorme cobra (Sucuri) engolindo um boi. Muitas pessoas têm medo dessa serpente e sua fama já chegou a vários países, citando a sucuri, como uma das maiores e mais perigosas serpentes da América do Sul, devido sua capacidade de engolir um boi inteiro.”

Verdade: Apesar de chegar até os 10 metros, o que a coloca entre as 6 maiores cobras do mundo, a Sucuri (Eunectes murinus), não tem a capacidade de engolir um boi. Muitas lendas surgem ao redor desse animal, devido ao seu tamanho. Em 1907 o explorador Sir Percy Fawcett afirmou ter matado uma Sucuri, aqui no Brasil com 18,9 metros. Entretanto, nunca se constatou o fato.

A Sucuri não é peçonhenta e mata sua vitima por constrição. Alimenta-se de aves, jacarés e de mamíferos como capivaras e pequenos bezerros de até 40 kg, mas nunca um boi.   

Prof. Leonardo Galvão   

Disponível em: http://www.riscorural.com.br/animais-peconhentos/20-mitos-serpentes-1 (consultado em 22/08/10, às 19h58min).  & http://www.riscorural.com.br/animais-peconhentos/28-mitos-serpentes-2 (consultado em 22/08/10, às 19h59min).   

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