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TARTARUGA BRASILEIRA – ESPÉCIE EM RISCO DE EXTINÇÃO?

 

18/10/2010

Autor e Coautor(es)
Glória Maria de Oliveira
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Helen da Silva Escansett; Miriam Abduche Kaiuca; Simone Alencastre Rodrigues

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de alfabetização
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

§  Pesquisar sobre uma espécie de tartaruga;

§  Conhecer mais sobre essa espécie de animal da fauna brasileira;

§  Valorizar a leitura como fonte de informação;

§ Compartilhar o conhecimento adquirido;

§ Desenvolver a linguagem oral;

§ Demonstrar  interesse pelos animais em risco de extinção;

Duração das atividades
Quatro aulas com duração de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não se faz necessário nenhum conhecimento prévio.

Estratégias e recursos da aula

A professora inicia a aula dizendo que lerá para a classe o livro “A viagem de Tamar – a tataruga-verde do mar” .

A leitura  do livro buscará estimulas os alunos a questionarem os temas abordados na história, levando a reflexão dos mesmos, conversando sobre a necessidade de preservar todas as espécies de vida existente.

Depois a professora deverá sugerir  que a turma divida o livro em três partes:

  • Nascimento -  Como nasceu a tartaruguinha Tamar?
  • Vida no mar – Listagem dos amigos que ela conheceu no mar.
  • Acasalamento e filhos – Como se sentia a personagem?

Cada grupo ficará responsável por uma das etapas sugeridas acima. Deverão ler, escrever em uma folha do blocão e ilustrarem. Em outro momento a professora perguntará quais são as informações que eles tem sobre a tartaruga, quais espécies que eles conhecem e listará no blocão da sala.

Em seguida, distribuirá o texto informativo que se encontra no final deste livro e lerá com eles e procurando conduzir as informações a fim de que eles façam seus próprios registros de acordo com a  ficha que se encontra abaixo do texto:   

Segue o texto do livro:   

A TARTARUGA-VERDE DO MAR NA VIDA REAL  

No mundo todo existem sete espécies de tartarugas marinhas, das quais cinco podem ser encontradas na costa do Brasil. A mais conhecida é a tartaruga-verde, também chamada de aruanã. As tartarugas-verdes passam a maior parte de suas vidas no mar, mas a cada dois ou três anos, durante uma noite de luar, as fêmeas arrastam-se pela praia adentro, cavam um buraco na areia, onde deixam enterrados em média 135 ovos, e voltam novamente para o mar. Este processo repete-se cerca de cinco vezes com intervalos de 13 dias. Os machos, entretanto, nunca saem da água e acasalam-se com as fêmeas no mar próximo às praias onde elas desovam. O curioso é que o local onde as tartarugas adultas vivem, alimentando-se de plantas submarinas, geralmente fica longe do local onde nascem, o que as obriga, às vezes, a fazer longas viagens. Existem casos comprovados dc tartarugas que viajam 2.000 quilômetros através do oceano até as áreas de alimentação. O mais espantoso é que, para botar seus ovos, as tartarugas-verdes voltam aos locais onde nasceram. Há evidências de que, quando a tartaruguinha nasce, seu cérebro já sabe a rota da viagem que vai fazer quando ficar adulta. Que sinais usam para sua navegação pelo oceano? Ninguém sabe ao certo, e o assunto ainda é objeto de discussão entre cientistas. Entretanto, uma das teorias é que elas se orientam pelo Sol e pelas estrelas, como faziam os antigos navegadores.   

Depois de 49-54 dias, dos ovos enterrados na areia nascem tartaruguinhas que imediatamente saem correndo em direção ao mar. E têm decorrer mesmo, porque existem muitos animais, como por exemplo os caranguejos, que tentam comê-las nesse trajeto. Os cientistas demonstraram que o que orienta as tartaruguinhas nesse caminho é o reflexo da luz da Lua sobre o mar. Outras luzes, corno, por exemplo, as de casas situadas na praia, podem desorientá-las, fazendo com que morram sem alcançar o mar. Entretanto, os maiores inimigos das tartarugas marinhas têm sido os homens, que, em várias partes do mundo, roubam seus ovos e as matam para comer, principalmente, quando saem para botar ovos na praia. Por isso, a maioria das tartarugas marinhas, como a aruanã (tartaruga-verde), está ameaçada de extinção. Para protegê-las, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criou o Projeto Tartaruga Marinha, mais conhecido como Projeto Tamar, que, por meio de um eficiente trabalho de educação ambiental, e com o apoio da Fundação Tamar, está mudando a atitude dos pescadores e das populações do nosso litoral, que já começam a proteger as tartarugas marinhas. Graças ao esforço daqueles que trabalham no Projeto Tamar, as populações de tartarugas marinhas na costa do Brasil estão aumentando. O nome “Tamar’, colocado na principal personagem deste livro, é uma homenagem do autor e dos editores aos que trabalham nesse projeto.  

 Do que foi visto, é fácil perceber que, com exceção das brincadeiras da tartaruguinha, fruto da imaginação do autor, a história da tartaruga-verde, personagem deste livro, representa bem de perto o que está acontecendo hoje com as tartarugas-verdes na vida real.   

Angelo Machado   

Texto extraído do livro A Viagem de Tamar a  tartaruga-verde do mar; autor Angelo Machado, ilustrações de Raquel Lourenço Abreu, EDITORA LÊ

NOME DO ANIMAL: _________________________________________

 EM MÉDIA COLOCAM  _________  OVOS.

 TEMPO DE INCUBAÇÃO DOS OVOS: _______________

ALIMENTAÇÃO:______________________________________

PERIGOS MAIS COMUNS AOS FILHOTES: __________________________________

 ORGÃO PROTETOR DAS TARTARUGAS: ______________________________

CURIOSIDADES: __________________________________________________

 ILUSTRAÇÃO:

 Leitura de um texto informativo, retirado da internet  sobre o projeto TAMAR.   

PROJETO TAMAR

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.   

Projeto Tamar  

 Lema

"Tartaruga Marinha"

Fundação

 1980

Sede

 Bahia

 Línguas oficiais

Português

Sítio oficial

http://www.tamar.org.br/  

    O Projeto TAMAR é um projeto conservacionista brasileiro, dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção. O nome TAMAR é uma contração das palavras tartaruga e marinha, necessária, no início da década de 1980, para a confecção das pequenas placas de metal utilizadas para a identificação dos espécimes pelo Projeto, para estudos de biometria, monitoramento das rotas migratórias e outros. Desde então, o nome passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo ICMBio, através do Centro Nacional de Conservação e Manejo de Tartarugas Marinhas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão governamental, e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisas das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-TAMAR), instituição não governamental, de utilidade pública federal. Essa união demonstra a natureza institucional híbrida do projeto, que conta, adicionalmente, com a participação de empresas e instituições nacionais e internacionais, além de outras organizações não governamentais.

HISTÓRIA

A ideia do projeto TAMAR surgiu nos anos 70 através de um grupo de estudantes de oceanografia que viajavam para praias desertas para realizar pesquisas. Naquela época, no Atol das Rocas, os pesquisadores documentaram pescadores matando tartarugas-marinhas. Fotos e alguns relatórios foram enviados às autoridades, que estavam querendo iniciar um programa de conservação marinha dando início ao programa se desdobrou no Projeto Tamar, fundado em 1980.[1] Segundo levantamentos realizados foram fundamentais as participações do Almirante Ibsen de Gusmão Câmara, fundador da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN) como irradiador do projeto, Maria Thereza Jorge Pádua, fundadora da Fundação Pró-Natureza (Funatura), Renato Petry Leal, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, José Catuetê Albuquerque, fundador do Projeto TAMAR e Guy Marcovaldi, fundador dos projetos TAMAR e Pró-TAMAR.[2] Guy Marcovaldi, um dos fundadores do projeto, é o atual coordenador nacional do Tamar, que conta com recursos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), ligado ao governo federal, Petrobras e dos turistas que visitam suas instalações pagando bilheteria e comprando camisetas do projeto.

MISSÃO DO PROJETO TAMAR

O TAMAR surgiu com o objetivo de proteger espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção no litoral brasileiro. Com o tempo, porém, percebeu-se que os trabalhos não poderiam ficar restritos às tartarugas, pois uma das chaves para o sucesso desta missão seria o apoio ao desenvolvimento das comunidades costeiras, de forma a oferecer alternativas econômicas que amenizassem a questão social, diminuindo assim a caça das tartarugas-marinhas para a sua sobrevivência. O tamar também protege tubarões e outras espécies de vida marinha.

As atividades são organizadas a partir de três linhas de ação:Conservação e pesquisa aplicadas; Educação Ambiental e o Desenvolvimento local sustentável, onde a principal ferramenta é a criatividade. Desde o início, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão atualmente concentradas em vinte e uma bases, distribuídas em mais de mil e cem km de costa. Assim, para garantia de efetiva proteção das tartarugas, promove-se também a conservação dos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades próximas às bases - estratégia de conservação conhecida como espécie-bandeira ou espécie-guarda-chuva.

Essas atividades envolvem atualmente cerca de mil e duzentas pessoas, a maioria moradores das comunidades, essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições do seu habitat e diminue a pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies.

BASES DO PROJETO

Atualmente, há 22 bases do projeto pelo litoral do nordeste, sudeste e sul, sendo que 18 funcionam o ano inteiro, e 4 funcionam apenas no período de desova das tartarugas. São cidades que sediam as bases:

  • Almofala, Ceará
  • Atol das Rocas, Rio Grande do Norte
  • Fernando de Noronha, Pernambuco
  • Ponta dos Mangues, Sergipe
  • Pirambu, Sergipe
  • Oceanário, Sergipe
  • Abaís, Sergipe
  • Mangue Seco, Bahia
  • Sítio do Conde, Bahia
  • Costa do Sauípe, Bahia
  • Praia do Forte, Bahia
  • Arembepe, Bahia
  • Itaúnas, Espírito Santo
  • Guriri, Espírito Santo
  • Pontal do Ipiranga, Espírito Santo
  • Povoação, Espírito Santo
  • Vila de Regência, Espírito Santo
  • Ilha da Trindade, Espírito Santo
  • Anchieta, Espírito Santo
  • Bacia de Campos, Rio de Janeiro
  • Ubatuba, São Paulo
  • Florianópolis, Santa Catarina

5 das 7 espécies mundiais habitam o Brasil.

SERGIPE

O litoral de Sergipe possui a maior concentração de desovas da tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) no país. Também são registradas, em menores proporções, desovas das tartarugas-cabeçuda (Caretta caretta), pente (Eretmochelys imbricata) e verde (Chelonia mydas).

As bases de Pirambu, Abais e Ponta dos Mangues protegem, juntas, cento e vinte e cinco dos cento e sessenta e três quilômetros de praias sergipanas e protegem mais de duas mil e quinhentas desovas/ano e cerca de cento e trinta e cinco mil filhotes.

O Oceanário de Aracaju e o Centro de Educação Ambiental da Reserva Biológica de Santa Isabel recebem cerca de 170 mil visitantes/ano, sendo 17 mil atendimentos especiais através do Programa de Visitas Orientadas (PVO).

Em Pirambu é desenvolvido o Programa de valorização cultural, envolvendo grupos foclóricos, quadrilhas juninas, capoeira, bordadeiras e o encontro cultural Culturarte. Todas estas atividades se concentram no Clubinho da tartaruga, uma estrutura construída em taipa, em regime de mutirão pela comunidade.

Após a leitura desse texto com os alunos, a professora faz uma listagem no quadro  das informações mais interessantes obtidas  no texto. Pode depois digitar e fazer uma cópia para que cada aluno possua em seu caderno essas informações.     

Leitura de um texto informativo, retirado da Wikipédia, Internet  sobre a TARTARUGA-VERDE.

A tartaruga-verde, uruanã ou aruanã (Chelonia mydas) é uma tartaruga marinha da família Cheloniidae e o único membro do género Chelonia.  A espécie está distribuída por todos os oceanos, nas zonas de águas tropicais e subtropicais e de qualquer altitude do mundo, com duas populações distintas no Oceano Atlântico e no Oceano Pacífico. O nome tartaruga-verde deve-se à coloração esverdeada da sua gordura corporal.

A tartaruga-verde é uma tartaruga marinha com um corpo achatado coberto por uma grande carapaça em forma de lágrima e um grande par de nadadeiras. É de cor clara, exceto em sua carapaça onde os tons variam do oliva-marrom a preta, no Pacífico Oriental. Ao contrário de outros membros de sua família, como a tartaruga-de-pente e a tartaruga-comum, a tartaruga-verde é principalmente herbívora. Os adultos geralmente habitam lagoas rasas, alimentando-se principalmente de diversas espécies de ervas marinhas.

Como outras tartarugas marinhas, as tartarugas-verdes migram longas distâncias entre as áreas de alimentação e as suas praias de incubação. Muitas ilhas em todo o mundo são conhecidas como Ilha das Tartarugas por causa da nidificação das tartarugas-verdes em suas praias. As tartarugas fêmeas saem para as praias e põem ovos em ninhos que escavam durante a noite. Mais tarde, filhotes emergem em direção à água. Aqueles que sobrevivem alcanças a maturidade sexual ao fim de vinta a cinquenta anos e vivem até 80 anos em liberdade.

Como uma espécie classificada como espécie ameaçada pela IUCN e CITES, a tartaruga-verde é protegida contra a exploração, na maioria dos países. É ilegal a coleta, dano ou matá-las. Além disso, muitos países têm leis e decretos para proteger suas áreas de nidificação. No entanto, as populações de tartarugas ainda estão em perigo por causa de diversas práticas humanas. Em alguns países, as tartarugas e seus ovos são caçados para alimento. Poluição indireta prejudica as tartarugas, tanto na população e à dimensão individual. Muitas tartarugas morrem em conseqüência de terminarem nas redes de pescadores. Finalmente a destruição de habitat devido ao desenvolvimento do setor imobiliário é uma grande fonte de perda de praias de nidificação.

A espécie encontra-se ainda ameaçada após um longo período de caça intensa devido à sua carne, usada para fazer sopa, couro e casca.

A tartaruga-verde habitualmente se encontra em águas costeiras com muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar.

Sua cabeça é pequena com um único par de escamas pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a alimentação.

Após esta leitura a professora pede para que os alunos retirem do texto algumas informações e registrem na ficha que se encontra abaixo do texto.

Nome científico:

Nome popular:

Características:

Onde vive:

Curiosidades:

Os alunos deverão ensaiar essa ficha para fazerem uma apresentação para as outras turmas da escola, contando sobre as descobertas  feitas por eles.  

Para enriquecer mais as atividades a professora poderá pedir aos alunos que tragam de casa materiais sobre a Tartaruga-verde, tais como notícias, fotos, textos informativos...

Ao término do trabalho a professora propõe uma autoavaliação sobre o tema abordado.

Recursos Complementares

BIBLIOGRAFIA:

  • A Viagem de Tamar a  tartaruga-verde do mar; autor Angelo Machado, ilustrações de Raquel Lourenço Abreu, EDITORA LÊ
  • Tartaruga Verde da Cara Rosada, Marcelo Manhães de Oliveira. Editora FUNALFA.
  • Natureza – olhar de artista, texto de Kátia Canton. Editora DCL.
  • QUEBRA-CABEÇA TARTARUGA-VERDE 500 PCS – COM DESENHO

SITES:

Avaliação

Durante a realização das propostas, a professora deverá observar o interesse dos alunos, como eles interagem frente as descobertas.

Através das respostas nas fichas quais os conhecimentos que os alunos demonstraram.

Como eles se posicionam criticamente frente ao tema abordado.

Durante o seminário verificar quais alunos se apresentaram com mais clareza e desenvoltura demonstrando pleno domínio do conteúdo abordado.

No processo de autoavaliação como posicionaram-se frente essa espécie.

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