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Outros atores no esporte: aprendendo mais sobre o torcer.

 

19/10/2010

Autor e Coautor(es)
Tiago Felipe da Silva
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Amanda Fonseca Soares Freitas

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Educação Física Esportes, jogos, lutas e ginásticas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Conhecer a origem da palavra torcer e suas implicações nos tempos atuais e em diferentes esportes.

- Conhecer a história de torcidas algumas tradicionais e suas principais formas de manifestação.

- Analisar manifestações das torcidas no futebol, bem como a elaboração de sua organização para “o torcer” utilizando instrumentos e recursos, vivenciando junto aos colegas possibilidades de comportamento do próprio corpo nessa prática dentro de um “pequeno torneio”.

- Discutir sobre a relação dos torcedores com o evento esportivo a partir de um jogo dinâmico de perguntas e respostas.

Duração das atividades
Duas atividades de 25 minutos e uma atividade de 50 minutos compreendendo um total de 100 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Por se tratar de uma aula introdutória não serão necessários conhecimentos prévios ao tema da aula.

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1 – Origens do “torcer”

Duração: 25 minutos

Material: Papel e caneta

Local: sala de aula ou algum espaço abeto na escola.

O professor (a) dará início à aula perguntando aos alunos o que conhecem sobre “o torcer” e o que entendem sobre torcias.  Depois, entregará aos alunos o texto abaixo que fala um pouco sobre as origens da palavra torcer.  Discutirá questões relacionadas às diferentes maneiras e se torcer e se eles percebem variações entre o torcer em diferentes esportes. Divida a turma em grupos em que possam representar com encenações, o torcer em diferentes esportes. Futebol, vôlei, tênis e fórmula 1 podem ser algumas sugestões.

Texto: " Não foram encontradas fontes comprobatórias sobre a origem do sentido da palavra “torcida” para designar um grupo de pessoas com identificação afetiva a um determinado clube. No entanto, algumas versões puderam ser identificadas. Dentre elas, duas se destacam. Uma, assim explicada pelo jornalista Luiz Mendes, em uma entrevista publicada no periódico Memória da Imprensa Carioca: “No começo do futebol, ir ao estádio era um ato de elegância, principalmente, no Fluminense. Por isso o Fluminense até hoje tem essa fama de clube aristocrático. As mulheres se enfeitavam como se fosse ao Grande Prêmio Brasil, colocavam vestidos de alta costura, chapéus, luvas. Mesmo que a temperatura na cidade estivesse por volta dos 40º de temperatura, elas iam de luvas. Como o calor era muito grande, elas tiravam as luvas e ficavam com as luvas nas mãos, e como ficavam nervosas com o jogo, elas as torciam ansiosamente. Os homens usavam a palheta, um chapéu de palha muito comum na época, muito elegante e também ficavam com o chapéu na mão enquanto torciam. O Coelho Neto, que além de poeta e cronista era pai de dois jogadores do Fluminense escreveu uma crônica em que ele usava a expressão ‘as torcedoras’, referindo-se às mulheres e dali a expressão pegou e nasceu a torcida”. Uma outra versão, corroborada pelo historiador brasileiro Nicolau Sevcenko, aponta para o significado do termo torcida pela torção corporal que o sujeito apaixonado realiza ao acompanhar os lances de uma partida do seu time. No entanto, não há uma referência precisa de quando o termo passa a ser incorporado pelos sujeitos sociais. Porém, a palavra “torcida” tem aplicação genuinamente brasileira. Não existe, em nenhum outro país, um termo que tenha similaridade semântica ao ato de torcer por um clube. Em Portugal, os torcedores são identificados como “adeptos”, termo ligado à religiosidade. Na Espanha, a palavra “hincha” corresponde às pessoas que se “inflam” de paixão por uma equipe. Em inglês, os fanáticos (fans) ou os sujeitos que dão apoio a um time (supporters) é que definem o termo análogo ao torcedor brasileiro". Fonte: http://www.rbceonline.org.br/congressos/index.php/CONBRACE/XVI/paper/viewFile/948/750  (Acesso em 18/08/10).

Atividade 2 – Manifestações do torcer

Duração: 25 minutos

Material: pincéis, tintas de diversas cores, canetas, lápis e cor, entre outros.

Local: sala de aula ou algum espaço abeto na escola.

Pedir aos alunos que busquem em sua memória ou que inventem a jogada de um gol e em seguida que redijam uma narrativa contando sobre a jogada e todos os elementos que ocorreram em torno daquele gol, ou também represente isso em forma de arte (pintura, recortes, desenhos, etc). A partir desse relato ou invento, discuta com seus alunos a ideia de manifestação de torcer que há construída em cada um de nós. Discuta as diferenças e apresente também as mais diversas formas de manifestação do torcer que existem pelo mundo, no seu país, no seu estado ou cidade.

                         

Figura 1: Pesquisando.                                                                                  Figura 2: Discutindo as manifestações do torcer Fonte: próprio autor.

Fonte: próprio autor.

Variação: “Flexibilize”, além de uma redação permita que seus alunos façam uma pintura (desenho), música, narre como um locutor ou até mesmo se reúnam para fazer uma encenação.   

Nesse momento também o professor (a) poderá comentar sobre a história da mais antiga torcida organizada o país, Gaviões a Fiel, e apontar algumas práticas para além o torcer que eles desenvolvem: escolas de samba, lutas, etc. Para isso acessar:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gavi%C3%B5es_da_Fiel (Acesso em 19/08/10).

http://www.gavioes.com.br/torcida_conteudo01.asp?pagina=1  (Acesso em 19/08/10).

Para entender melhor questões referentes às manifestações do torcer e para conhecer a dinâmica interna das principais torcidas de Belo Horizonte acessar também: http://gefut.files.wordpress.com/2010/04/11-praca-g-m-silva-s-r-as-torcidas-organizadas-de-belo-horizonte-e-suas-manifestacoes-in-21c2ba-encontro-nacional-de-recreacao-e-lazer-2009-sao-jose-grande-florianop.pdf  (Acesso em 19/08/10).

Atividade 3 – Vamos fazer “timim”?

Duração: 50 minutos

Material: Bolas de futebol ou futsal, coletes, instrumentos musicais

Local: sala de aula ou algum espaço abeto na escola.

Divida a turma em times e peça que os alunos criem seus times, com bandeiras, hinos, história, torcida, camisa. Utilizem os artefatos que já criaram nos momentos anteriores da aula. Organize a turma em diversos “atores”: imprensa, jogadores, torcedores e árbitros, dentro de um torneio na aula.

Figura 3: Fazendo “timin” Fonte: próprio autor.

Recursos Complementares

Sugestão de site: www.gefut.wordpress.com.br 

Avaliação

Peça aos alunos para comentar sobre o que aprenderam sobre os torcedores e as torcidas que ainda não sabiam. Se acharam o tema interessante na aula. Levante questões sobre o torcer, torcidas organizadas e o papel os torcedores no esporte. Peça para que falem de seus desenhos e suas narrativas dos “gols” marcados “na vida”.

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