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Língua solta: conhecendo e brincando com os diferentes sotaques

 

23/11/2010

Autor e Coautor(es)
Vanessa de Cássia Dias
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Rita de Cássia Roger Mariano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Práticas de leitura
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

§          Perceber a existência de diferentes sotaques;

 §          Conhecer as diferentes culturas regionais.

Duração das atividades
5 aulas de 20 a 30 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

É importante que as crianças possam ter vivenciado algumas situações de aprendizagem sobre a temática linguagem, mas conforme o contexto do grupo o/a  professor/a  pode explorar o conteúdo sem referências a trabalhos anteriores.

Estratégias e recursos da aula

1° Momento: Encenação dos bonecos fantoches  Badeco e Filó. Estes bonecos deverão fazer uma encenação contando sobre sua origem: onde nasceram e vivem. Nesta fala destacar as características de cada região, apontando o que gostam de fazer, relacionando ao clima do lugar, aos costumes, etc.  A fala desses bonecos deve ser marcada por traços de regionalismo e devem demonstrar uma relação de afeto e respeito  diante das diferenças. Por exemplo: um pode ser gaúcho e o outro baiano, etc.. Os bonecos convidam as crianças a cantarem e brincarem, dizem que cantaram essa música na viagem: "o trem maluco quando sai de Pernambuco, vai fazendo chic, chic até chegar no Ceará. Rebola pai, rebola mãe, rebola filho, eu também sou da família também quero namorar..." Despertar a partir da visita dos bonecos o interesse das crianças em conhecer os diferentes modos de falar nas regiões brasileiras ou seja, os sotaques.

 .

Acervo da professora/ 2010

2° Momento: Relembrar a visita dos bonecos Badeco e Filó destacando o que eles falaram quando estiveram na turma. Então, apresentar às crianças o poema    “Conversa” de Almir Correia, obra Poemas sapecas, rimas traquinas.

Acervo da professora/ 2010.

Estimular as crianças a pensarem sobre o que fala o poema e então, chegar à temática “conversa”. A partir disso, o/a professor/a pode brincar com as crianças seguindo as orientações do poema. Por exemplo: conversa vai (as crianças correm até determinado local), conversa vem ( as crianças voltam para o lugar de onde partiram); conversa rouca (falar baixinho); conversa mole ( falar bem devagar), conversa dura (falar estridente); conversa fria ( conversar como se estivesse com frio), conversa quente          ( imitar sensação de calor); conversa fina (falar com tom de voz fino), conversa grossa    ( falar com tom de voz grosso); conversa cheia       ( fazer gestos com os braços de grande), conversa meia (fazer gestos de calçar a meia); conversa cabra, conversa cega e a gente  pega- pega    ( brincar de cabra cega); conversa chula, conversa chulé e a gente ainda dá no pé ( as crianças saem correndo).     

 CONVERSA    CONVERSA VAI CONVERSA VEM E A GENTE AINDA PERDE O TREM.    

  CONVERSA  ROUCA CONVERSA OCA E A GENTE AINDA ENTORTA A BOCA.    

  CONVERSA MOLE CONVERSA DURA E A GENTE AINDA NÃO SE SEGURA.      

CONVERSA FRIA CONVERSA QUENTE E A GENTE AINDA TREME OS DENTES.   

 CONVERSA FINA CONVERSA GROSSA E A GENTE AINDA SE ENROSCA.     

 CONVERSA CHEIA CONVERSA MEIA E A GENTE AINDA ESPERNEIA.    

  CONVERSA CABRA CONVERSA CEGA E A GENTE AINDA PEGA-PEGA.  

  CONVERSA CHULA CONVERSA CHULÉ E A GENTE AGORA DÁ NO PÉ.

3° Momento: Preparar uma pesquisa sobre a naturalidade das crianças e suas famílias, para saber se possuem origens regionais diferenciadas. Instrumento de Pesquisa: Olá crianças e famílias! Falando sobre “conversas” descobrimos que as pessoas possuem diferentes maneiras de conversar e que estas diferenças tem origem na diversidade cultural das regiões do nosso país.  Observe o mapa abaixo e faça um colorido na região de origem da sua família. Não se esqueçam de conversar sobre as características dessa região, destacando a própria linguagem.

Registro Escrito

4° Momento: Socialização da pesquisa sobre a origem das crianças e suas famílias. Neste momento, o/a professor/a deverá ter em sala um mapa em tamanho grande para que cada criança possa indicar sua origem. Assim, a criança deverá colar uma foto pequena (tamanho 3x4) na região de sua origem. Este mapa pode ter o título de MAPA DAS ORIGENS DA NOSSA TURMA.     

5° Momento: Realizar algumas brincadeiras com a linguagem, como as parlendas e/ou trava-línguas.  Estes textos devem ser trabalhados explorando principalmente a linguagem oral, mas podem também, fazer uso das demais linguagens: pintura, desenho, colagem, práticas culinárias.   Segue algumas sugestões:

 

TRAVA-LÍNGUA  

O rato roeu a roupa do rei de Roma. (Sugere-se após a brincadeira a realização de um desenho para ilustrar o trava- língua).       

TRAVA- LÍNGUA

O doce perguntou pro doce

Qual é o doce mais doce  

E o doce respondeu pro doce

Que o doce mais doce

É o doce de batata doce.      (Sugere-se após a brincadeira a preparação de uma receita de doce escolhida pelas crianças.)   

   PARLENDA   

- Cadê o toucinho que estava aqui? -

- O gato comeu.

- Cadê o gato?

- Foi pro mato.

- Cadê o mato?

- O fogo queimou.

- Cadê o fogo?

- A água apagou.

 - Cadê a água?

-  O boi bebeu.

- Cadê o boi?

- Foi carregar trigo.

 - Cadê o trigo?

- A Galina ciscou.

- Cadê a galinha?

-  Foi botar ovo.

 - Cadê o ovo?

- O padre comeu.

- Cadê o padre?

- Foi rezar a missa.

- Cadê a missa?

- Tá aqui, tá aqui......       ( As crianças brincam e podem ilustrar com colagens)

Recursos Complementares

Confira a imagem do mapa da atividade através do link: http://suzettepaula.blogspot.com/2008/11/mapas.html

Avaliação

A partir desta aula o/a professor/a pode realizar as seguintes observações:

- A criança demonstrou interesse pelas atividades propostas;

 - A criança expressou sentimentos de respeito e amizade pelos colegas de diferentes origens;

- A criança foi capaz de se expressar com segurança e clareza nas brincadeiras com a linguagem oral.

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