23/11/2010
Rita de Cássia Roger Mariano
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de leitura |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
§ Perceber a existência de diferentes sotaques;
§ Conhecer as diferentes culturas regionais.
É importante que as crianças possam ter vivenciado algumas situações de aprendizagem sobre a temática linguagem, mas conforme o contexto do grupo o/a professor/a pode explorar o conteúdo sem referências a trabalhos anteriores.
1° Momento: Encenação dos bonecos fantoches Badeco e Filó. Estes bonecos deverão fazer uma encenação contando sobre sua origem: onde nasceram e vivem. Nesta fala destacar as características de cada região, apontando o que gostam de fazer, relacionando ao clima do lugar, aos costumes, etc. A fala desses bonecos deve ser marcada por traços de regionalismo e devem demonstrar uma relação de afeto e respeito diante das diferenças. Por exemplo: um pode ser gaúcho e o outro baiano, etc.. Os bonecos convidam as crianças a cantarem e brincarem, dizem que cantaram essa música na viagem: "o trem maluco quando sai de Pernambuco, vai fazendo chic, chic até chegar no Ceará. Rebola pai, rebola mãe, rebola filho, eu também sou da família também quero namorar..." Despertar a partir da visita dos bonecos o interesse das crianças em conhecer os diferentes modos de falar nas regiões brasileiras ou seja, os sotaques.
Acervo da professora/ 2010
2° Momento: Relembrar a visita dos bonecos Badeco e Filó destacando o que eles falaram quando estiveram na turma. Então, apresentar às crianças o poema “Conversa” de Almir Correia, obra Poemas sapecas, rimas traquinas.
Acervo da professora/ 2010.
Estimular as crianças a pensarem sobre o que fala o poema e então, chegar à temática “conversa”. A partir disso, o/a professor/a pode brincar com as crianças seguindo as orientações do poema. Por exemplo: conversa vai (as crianças correm até determinado local), conversa vem ( as crianças voltam para o lugar de onde partiram); conversa rouca (falar baixinho); conversa mole ( falar bem devagar), conversa dura (falar estridente); conversa fria ( conversar como se estivesse com frio), conversa quente ( imitar sensação de calor); conversa fina (falar com tom de voz fino), conversa grossa ( falar com tom de voz grosso); conversa cheia ( fazer gestos com os braços de grande), conversa meia (fazer gestos de calçar a meia); conversa cabra, conversa cega e a gente pega- pega ( brincar de cabra cega); conversa chula, conversa chulé e a gente ainda dá no pé ( as crianças saem correndo).
CONVERSA CONVERSA VAI CONVERSA VEM E A GENTE AINDA PERDE O TREM.
CONVERSA ROUCA CONVERSA OCA E A GENTE AINDA ENTORTA A BOCA.
CONVERSA MOLE CONVERSA DURA E A GENTE AINDA NÃO SE SEGURA.
CONVERSA FRIA CONVERSA QUENTE E A GENTE AINDA TREME OS DENTES.
CONVERSA FINA CONVERSA GROSSA E A GENTE AINDA SE ENROSCA.
CONVERSA CHEIA CONVERSA MEIA E A GENTE AINDA ESPERNEIA.
CONVERSA CABRA CONVERSA CEGA E A GENTE AINDA PEGA-PEGA.
CONVERSA CHULA CONVERSA CHULÉ E A GENTE AGORA DÁ NO PÉ.
3° Momento: Preparar uma pesquisa sobre a naturalidade das crianças e suas famílias, para saber se possuem origens regionais diferenciadas. Instrumento de Pesquisa: Olá crianças e famílias! Falando sobre “conversas” descobrimos que as pessoas possuem diferentes maneiras de conversar e que estas diferenças tem origem na diversidade cultural das regiões do nosso país. Observe o mapa abaixo e faça um colorido na região de origem da sua família. Não se esqueçam de conversar sobre as características dessa região, destacando a própria linguagem.
Registro Escrito
4° Momento: Socialização da pesquisa sobre a origem das crianças e suas famílias. Neste momento, o/a professor/a deverá ter em sala um mapa em tamanho grande para que cada criança possa indicar sua origem. Assim, a criança deverá colar uma foto pequena (tamanho 3x4) na região de sua origem. Este mapa pode ter o título de MAPA DAS ORIGENS DA NOSSA TURMA.
5° Momento: Realizar algumas brincadeiras com a linguagem, como as parlendas e/ou trava-línguas. Estes textos devem ser trabalhados explorando principalmente a linguagem oral, mas podem também, fazer uso das demais linguagens: pintura, desenho, colagem, práticas culinárias. Segue algumas sugestões:
TRAVA-LÍNGUA
O rato roeu a roupa do rei de Roma. (Sugere-se após a brincadeira a realização de um desenho para ilustrar o trava- língua).
TRAVA- LÍNGUA
O doce perguntou pro doce
Qual é o doce mais doce
E o doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce
É o doce de batata doce. (Sugere-se após a brincadeira a preparação de uma receita de doce escolhida pelas crianças.)
PARLENDA
- Cadê o toucinho que estava aqui? -
- O gato comeu.
- Cadê o gato?
- Foi pro mato.
- Cadê o mato?
- O fogo queimou.
- Cadê o fogo?
- A água apagou.
- Cadê a água?
- O boi bebeu.
- Cadê o boi?
- Foi carregar trigo.
- Cadê o trigo?
- A Galina ciscou.
- Cadê a galinha?
- Foi botar ovo.
- Cadê o ovo?
- O padre comeu.
- Cadê o padre?
- Foi rezar a missa.
- Cadê a missa?
- Tá aqui, tá aqui...... ( As crianças brincam e podem ilustrar com colagens)
Confira a imagem do mapa da atividade através do link: http://suzettepaula.blogspot.com/2008/11/mapas.html
A partir desta aula o/a professor/a pode realizar as seguintes observações:
- A criança demonstrou interesse pelas atividades propostas;
- A criança expressou sentimentos de respeito e amizade pelos colegas de diferentes origens;
- A criança foi capaz de se expressar com segurança e clareza nas brincadeiras com a linguagem oral.
Quatro estrelas 1 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!
17/10/2011
Quatro estrelasParabéns Vanessa! Você é muito criativa! Saudades!!