18/10/2010
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral: escrita e produção de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cultura e diversidade cultural |
- Dominar o processo da leitura.
- Conhecimentos básicos da escrita.
As estratégias a serem utilizadas são:
DESENVOLVIMENTO
1ª atividade:
1- O professor apresenta a imagem abaixo, solicitando que os alunos façam a leitura da mesma.
http://1.bp.blogspot.com/_U-yBR167fWs/TD5PPpYSeYI/AAAAAAAAAbU/Cnv-mD8HgrI/s1600/mascate+01.jpg
2- O professor propõe que os alunos fechem os olhos para ouvirem a leitura do texto abaixo:
Cidadezinha cheia de graça
Mário Quintana
Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó...
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...
Nuvens que vêm, nuvens e asas,
Não param nunca, nem um só segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo !
Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo (a triste sina! ),
Ah, quem me dera ter lá nascido !
Lá toda a vida poder morar !
Cidadezinha...
Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar!
http://quintanaeterno.blogspot.com/2009/03/cidadezinha-cheia-de-graca.html
OBS: Caso seja necessário, o professor poderá ler o texto mais de uma vez.
3- Após a leitura, o professor propõe que cada um represente, através de um desenho, a cidade descrita pelo autor do texto.
4- O professor socializa os desenhos da turma, faz os comentários necessários e enfatiza as características lingüísticas do texto que tem uma sequência descritiva.
OBS: Não se esqueça, então, de que:
· Percebemos ou observamos com todos os sentidos, e não apenas com os olhos;
· Descrever não é enumerar o maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares, mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e singular;
· A descrição serve como plano de fundo para a construção de outros textos;
· A descrição também é um texto que expressa o ponto de vista do autor.
www.educacional.com.br/.../SEQUENCIAS%20DESCRITIVAS.ppt
5- O professor retoma a imagem apresentada anteriormente e propõe que, coletivamente, produzam um pequeno texto descrevendo-a.
OBS: Seria interessante, nesse momento, informar os alunos que:
Mascates no Recife
Mascate foi também a alcunha depreciativa dada antigamente aos portugueses do Recife pelos brasileiros de Olinda, de onde se originou o nome à Guerra dos Mascates, iniciada em 1710, em Pernambuco. No recife, após a invasão holandesa, muitos comerciantes vindos de Portugal - chamados pejorativamente de "mascates" - estabelecem-se no Recife, trazendo prosperidade à vila. O desenvolvimento do Recife foi visto com desconfiança pelos olindenses, em grande parte formada por senhores de engenho em dificuldades econômicas. O conflito de interesses políticos e econômicos entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses deu origem à Guerra dos Mascates (1710-1711), durante a qual o Recife foi palco de combates e cercos.
Mascates foi o nome dado no Brasil aos mercadores ambulantes e vendedores de "porta a porta", também chamados de “turcos da prestação”. A origem do termo "mascate" vem do árabe El-Matrac, o vocábulo usado para designar os portugueses que, auxiliados pelos libaneses cristãos, tomaram a cidade de Mascate (no atual Omã) em 1507, levando mercadorias.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mascates
2ª atividade:
1- O professor apresenta o texto abaixo propondo a leitura do mesmo.
Xixi Piriá, o mascate
“Sol já meio de esguelha, sol das três horas. A areia, um borralho de quente. A caatinga, um mundo perdido. Tudo, tudo parado: parado e morto. Mas alguém cruza aquelas lonjuras. E cruza sozinho, a mala nas costas. Quem será?
O sol o conhece. A areia é sua velha amiga, a caatinga também. Não há mina-d’água que não o chame pelo nome, com arrulhos de namorada. Não há porteira de curral que não se ria para ele, com risadinha asmática de velha regateira. E nenhum cachorro de fazenda lhe nega lambidas de intimidade, quando ele chega.
Lá vem ele. E ganjento, pilantra: roupinha de brim amarelo, vincada a ferro; chapéu tombado de banda, lenço e caneta no bolsinho do jaquetão abotoado; relógio de pulso, pegador de monograma na gravata chumbadinha de vermelho.
Fazenda nenhuma lhe cobra pouso; e merece comer na cozinha, com a dona da casa e as moças solteiras. É que em todo o sertão dos Confins – e olhem que é um mundão largado de não acabar mais – não há mesmo quem não o conheça e não lhe queira muitíssimo bem.
Passinho miúdo, apressado. Botina chienta na areia que ringe também. Lá vem ele!”
Vila dos Confins. Mário Palmério. 25ª Edição, RJ: José Olympio Editora, 2004, páginas. 25-26.
http://lusitanocoelhomg2004.blogspot.com/2007_09_01_archive.html
OBS: Seria oportuno o professor apresentar as informações abaixo:
Informações ilustrativas sobre o romance e seu autor.
Primeiro romance de Mário Palmério, Vila dos Confins foi editado pela 1ª vez em 1956. O livro conta a história da 1ª eleição para prefeito e vereadores de um remoto lugarejo do sertão brasileiro, a Vila dos Confins, município recém-emancipado. O deputado federal Paulo Santos apóia o candidato João Soares, da União Cívica, contra o candidato do Partido Liberal, chefe político local, o coronel Chico Belo. O romance é um triste retrato do processo eleitoral no Brasil no século XX, com compra e aliciamento de votos, coação e fraudes de todo o tipo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_dos_Confins
2- Em seguida, o professor organiza a turma em duplas e solicita-as que preencham o quadro abaixo:
Características do lugar |
Características do mascate |
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3- O professor socializa as respostas dos alunos e faz os comentários necessários.
3ª atividade:
1- O professor apresenta o texto abaixo propondo a leitura do mesmo.
Um camelô (português brasileiro) ou vendedor ambulante (português europeu) é o nome comum dado aos vendedores de rua do comércio informal ou clandestino, com banca improvisada, em especial nas grandes cidades.
Os camelôs são muitas vezes combatidos pelas autoridades, entrando frequentemente em conflito aberto com estas, uma vez que:
O simples Exercício Ilegal de Profissão, sendo vendedores de produtos em via pública sem licença, já dá um instrumento ao Poder Público para a autuação e prisão.
Também são considerados um reflexo do crescimento alarmante do desemprego, embora seu modo de vida não seja considerado desemprego e sim subemprego.
A palavra é um galicismo (provém de camelot, em francês, "vendedor de artigos de pouco valor"), e muitas vezes é substituída por "marreteiro". Camelô e ambulante são sinônimos, só que a primeiro é uma denominação popular e a segundo é uma denominação da legislação, pode exercer vendas em um ponto fixo ou as exercê-las em movimento.
2- Em seguida, o professor organiza a turma em grupos e orienta-os para o seguinte trabalho:
1º grupo:
a) Reler o texto com o olhar de um vendedor ambulante.
b) Destacar do texto o que um vendedor ambulante concordaria ou não com o que é dito.
2º grupo:
a) Reler o texto com o olhar de um lojista licenciado.
b) Destacar do texto o que um lojista licenciado concordaria ou não com o que é dito.
3º grupo:
a) Reler o texto com o olhar de um fiscal da prefeitura.
b) Destacar do texto o que um fiscal da prefeitura concordaria ou não com o que é dito.
4º grupo:
a) Reler o texto com o olhar de um consumidor.
b) Destacar do texto o que um consumidor concordaria ou não com o que é dito.
5º grupo:
a) Reler o texto com o olhar de um vendedor ambulante concorrente.
b) Destacar do texto o que um vendedor ambulante concorrente concordaria ou não com o que é dito.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Camel%C3%B4
3- O professor socializa “as diferentes leituras” e faz os comentários necessários.
4- Ainda com a turma em grupos e assumindo os “profissionais” da atividade anterior, o professor solicita que cada equipe crie os 10 mandamentos para melhor exercer sua função.
OBS: Esses mandamentos poderão ser escritos em um cartaz ou em forma de um varal.
5- O professor socializa as produções da turma, faz os comentários necessários e organiza a distribuição desse material no espaço da sala de aula.
4ª atividade:
1- O professor organiza a turma em dois grandes círculos:
a) O primeiro deverá, a partir da frase abaixo, defender os vendedores de rua.
b) O segundo deverá, a partir da frase abaixo, defender a “economia nacional”.
“A vida é dura não só para os vendedores de rua, mas também para a economia nacional.”
http://trabalhoopt.blogspot.com/2005/02/camels-do-brasil-querem-sair-do-calor.html
2- O professor organiza com os grupos um momento para a preparação do debate, onde os alunos deverão levantar argumentos a favor da causa que tem que defender.
3- Com os argumentos levantados pelo grupo, o professor realiza o debate e faz os comentários necessários.
4- Com o objetivo de sistematizar o trabalho e as discussões realizadas nessa aula e enfatizar que o trabalho de vendedor ambulante pode ser tão digno e legal como qualquer outro, o professor propõe que a turma seja dividida em grupos para a realização das atividades:
1º grupo: Escrever um poema falando da profissão e da melhor maneira de exercê-la.
2º grupo: Escrever uma receita para orientar o profissional a exercer bem sua profissão.
3º grupo: Escrever uma notícia relatando um caso de sucesso nessa profissão.
4º grupo: Escrever um conto narrando um fato de sucesso na realização dessa profissão.
5º grupo: Escrever uma história em quadrinhos narrando uma situação de sucesso nessa profissão.
5- O professor socializa as produções e faz os comentários necessários.
1) Conhecendo melhor o texto descritivo
Caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, cenas ou ambientes. Entretanto, uma descrição não se resume à enumeração pura e simples. O essencial é saber captar o traço distintivo, particular, o que diferencia aquele elemento descrito de todos os demais de sua espécie. É muito raro encontrarmos um texto exclusivamente descritivo. Quase sempre a descrição vem mesclada a outras modalidades, caracterizando uma personagem, detalhando um cenário, um ambiente ou paisagem, dentro de um romance, conto, crônica ou novela. O que se descreve: Podemos descrever o que vemos (aquilo que está próximo); o que imaginamos (aquilo que conhecemos, mas não está próximo no momento da descrição) ou o que nossa imaginação cria: um ser extraterrestre, uma mulher que você nunca viu, uma paisagem futurista, um aparelho inovador etc.www.educacional.com.br/.../SEQUENCIAS%20DESCRITIVAS.ppt
2) Camelôs Brasil afora:
http://yudicerandol.blogspot.com/2007/04/camels-brasil-afora.html
2) O gentleman camelô - Lucas Mendes De Nova York para a BBC Brasil:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100325_lucasmendes_tp.shtml
3) Camelôs: http://www.doisgritando.com.br/Assunto/13/camelos
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas de leitura e discussão do texto, a discussão das questões apresentadas, as produções dos textos, o debate, somados às intervenções do professor, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
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