18/10/2010
Marcos Vinícios Pimentel de Andrade
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Educação Física | Atitudes, conceitos e procedimentos: atividades rítmicas e expressivas |
- Aprender a origem e as especificidades da dança do frevo e do Pau de fita.
- Aprender a confeccionar o pau de fita utilizando materiais alternativos.
- Realizar os movimentos do Frevo e da manifestação do pau de fita, percebendo e superando suas dificuldades.
- Distinguir os benefícios da prática dessa dança.
Não há necessidades de conhecimentos prévios.
Nessa aula, serão apresentadas duas danças folclóricas de regiões diferentes, o frevo de Pernambuco e o pau de fita do Rio Grande do Sul. Por ter um ritmo muito rápido, acelerado e muitas vezes frenético, com uma idéia colocada pelo povo de fervura, que se originou o termo “frevo”. A dança do frevo teve forte influência dos passos de capoeira, pois naquela época era comum a briga entre os blocos de frevos, e para defender o estandarte dos blocos, capoeiristas vinham à frente se exibindo com acrobacias e gingados complicados. Muito comum no carnaval Pernambuco, o frevo é tocado por um dos maiores blocos de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada, que desfila nas ruas de Recife, no sábado de carnaval, colocando mais de um milhão de pessoas para cantar e dançar o frevo.
A Dança do pau de fita é encontrada em diversos países, se caracterizando por ser executada ao redor de um mastro enfeitado de fitas coloridas, que são seguradas pelos dançarinos. No Brasil, encontramos a dança do pau de fita, em outros estados, como Dança de tranças, Dança de Fitas, Dança do Mastro e Mastro das Fitas.
Fonte: http://www.abcrede.com.br/mary/53/Danca-do-Pau-de-Fita.jpg
Atividade 1
Nessa primeira atividade, será exercitado de maneira lúdica, os movimentos que são bastante utilizados no passos de frevo que são compostos por saltos e os agachamentos. Então será proposto um “pique-pega” que será chamado de “pique-sapo”. Todos os alunos só poderão se deslocar saltando como sapos, mas não poderão encostar as mãos no chão, quando estiverem agachados. Em seguida, o professor escolherá um pegador que deverá se deslocar saltando para pegar os colegas.
Dica: se o professor desejar, nessa atividade ele poderá colocar num aparelho de som, uma música de frevo para estimular ainda mais a brincadeira.
Atividade 2
Agora nessa atividade, o professor colocará toda a turma num lado da quadra e de frente para ele. Assim, ele ensinará alguns passos básicos do frevo que serão os seguintes:
- Ponta de pé e calcanhar: Como o nome diz, esse movimento é realizado alternando-se o apoio ora da ponta do pé, ora do calcanhar no solo. Na posição inicial, as pernas estão afastadas e o peso do corpo em uma delas (direita, por exemplo). A perna esquerda estará apoiada no calcanhar (com a ponta do pé apoiada para fora) e, ao se realizar uma rotação interna da coxa, se apoiará na ponta do mesmo pé. Com uma nova rotação, agora externa, voltará e se apoiará novamente no calcanhar e assim sucessivamente. Veja o vídeo a seguir para poder compreender melhor esse passo: http://www.youtube.com/watch?v=6EItA9SZmUM&feature=related
- Tesoura: Passo aonde as pernas vão se cruzar, lembrando o abrir e fechar de uma tesoura. As pernas começam afastadas e o peso do corpo em cima de uma delas (a direita, por exemplo). Cruza-se essa perna à frente ou à trás da outra, equilibrando o peso do corpo, mantendo os dois pés com o apoio nos metatarsos. Ao se cruzar as pernas, o apoio passa a ser sobre a perna esquerda, enquanto a direita estendida se apóia no chão com o calcanhar. Essa transferência rápida de peso dá a dinâmica do movimento, que é completada com a ligeira inclinação do corpo à frente e rotação da coluna. Os abraços ajudam nesse equilíbrio. Veja o vídeo a seguir para poder compreender melhor esse passo: http://www.youtube.com/watch?v=BqjEHUoCaC8&feature=related
- Pontilhando: Esse movimento se inicia com as pernas afastadas, e o peso do corpo em cima de uma delas (direita, por exemplo). A outra perna realizará uma alternância do apoio do calcanhar, ora apoiado lateralmente, ora apoiado à frente do outro pé. O corpo realizará uma ligeira rotação em contraste ao apoio do calcanhar no solo. Veja o vídeo a seguir para poder compreender melhor esse passo: http://www.youtube.com/watch?v=O7dP2V9CBug&feature=related
No final dessa atividade o professor colocará a música do frevo para que todos dancem livremente pela quadra.
Atividade 3
Para realizar a dança do pau de fita nessa atividade, será preciso construir o mastro com as fitas. E para isso, o professor dividirá a turma em três grupos que realizarão a construção do mastro e trançados diferentes com as fitas. Então, será distribuído um cabo de vassoura para cada grupo e uma fita de cetim com aproximadamente três metros de comprimento para cada integrante do grupo, as meninas deverão ficar com uma cor e os meninos com outra. Em seguida, os grupos prenderão as fitas no alto do cabo de vassoura, alternando as cores. Depois de montado o pau de fita, cada grupo escolherá um integrante para segurar o cabo de vassoura e um casal (um menino e uma menina) para serem os guias: Mestre Leão e a Senhora Mestre. Assim, as coreografias a serem apresentadas serão:
- Grupo 1 (figura da trama): Cada par coloca-se face a face formando um círculo em torno do mastro. Os cavalheiros seguram as fitas de determinada cor, com a mão direita e as damas, as fitas de outra cor, com a mão esquerda. Ao ouvirem “preparar a trama”, todos os cavalheiros, exceto o mestre leão, avançam no sentido horário, passando por baixo das fitas das damas, e se colocam à retaguarda do mestre; conservam entre si a distância normal que separava cada dançarino de seu par. O mesmo ocorre com as damas. Ao comando de “agora e se foi”, as evoluções tem início: os cavalheiros avançam no sentido horário, por baixo das fitas das damas; e cada vez que o par guia se encontrar, haverá uma mudança de posições: os cavalheiros passarão a avançar por cima e as damas por baixo das fitas de seus companheiros, e assim alternadamente, até que se tenha executado, em torno do mastro, aproximadamente 70 cm de trama. À voz de “ao chegar ao seu par destramar”, dá-se a seguinte movimentação: os cavalheiros trocam a fita de mão e de face, postando-se que o próximo avanço seja no sentido anti-horário; as damas repetem a mesma movimentação para que possam seguir sob a fita de seus companheiros no sentido horário. Os dançarinos repetem as evoluções já descritas, dirigidos agora pelo cavalheiro e pela dama que, antes estavam colocados em último lugar nas respectivas filas, até que as fitas voltem à posição inicial, inteiramente livres da trama.
- Grupo 2 (figura da trança): Inicia-se face a face, cada cavalheiro diante de sua dama. À voz “homens por baixo da fitas foi!” realizam a figura da “corrente” da quadrilha, sem que os pares se dêem as mãos. Num verdadeiro ziguezaguiar, os dançarinos alteram suas posições, ora por cima das fitas e por fora do círculo. Quando se tiver trançado um tecido de uns 45 cm, ouve-se “destrançar”, os dançarinos trocam a mão que seguram as fitas e trocam a face de avanço, mas isto ocorre somente depois de cada dançarino ter cruzado pelo seu par.
- Grupo 3 (figura da rede de pescadores): Esta figura é denominada, no litoral-norte do estado, “rede de pescador” e só pode ser executada por oito pares. As fitas não se trançam em torno do mastro, mas se armam no ar, formando uma rede. O mestre dá a ordem: “preparar a rede de pescador!” neste comando os pares se limitam a executar a figura do oito no mesmo lugar. “Siga a dança, pela direita, formando a rede de pescador! Agora e se foi”. A essa voz todos executam ao mesmo tempo o seguinte movimento: cada dançarino avançando pela direita troca de lugar com o seu par e, em seguida, retorna ao lugar inicial sempre pela direita; e sem interromper o avanço, realiza mais uma volta, dessa vez pela esquerda e não mais com o seu par, mas com a pessoa que vem ao seu encontro e que participa do par seguinte. Assim sendo, o homem realiza uma volta com sua companheira e outra volta com a moça do outro par, e assim retorna sempre ao lugar inicial. O movimento das mulheres será facilmente percebido, por ser complementar. Quando a rede estiver formada, grita o mestre: “parar a dança! Agora e se foi”, para que todos fiquem imóveis. Durante algum tempo os dançarinos continuam segurando a fita, mas não tardam em soltá-las, para agradecerem a atenção para assistência.
Exemplos de danças do Pau de Fita:
http://www.youtube.com/watch?v=UJlFB8ZuFE4
http://www.youtube.com/watch?v=tpSKFCARbnk&feature=related
Sugestão de música para ser usada nas danças:
Rancheira da Carreirinha (Barbosa Lessa): http://www.lendorelendogabi.com/musica/musicas-gauchas-1.htm
No final da aula os alunos serão reunidos para uma avaliação.
Sites: http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/frevo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo
Na avaliação, o prefessor realizará alguns questionamentos aos alunos sobre os temas trabalhados, propondo também, uma pesquisa para ser entregue na próxima aula, sobre o carnaval pernambucano, pesquisando suas músicas, ritmos e locais. O professor fará as seguintes perguntas sobre a aula:
a) Apesar de ritmos bem diferentes, qual foi a dança mais difícil de ser realizada?
b) Qual foi a maior dificuldade encontrada nos ensinamentos dos passos do frevo?
c) É mais dificil executar os movimentos dos passos do frevo ou acompanhar o ritmo acelerado?
d) Foi encontrada alguma dificuldade na construção do pau de fita? Algum material poderia ser incluido para melhorar a construção?
e) Qual foi o trançado que ficou mais bonito?
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