Os alunos aprenderão com essa dinâmica as diferenças entre um texto escrito e um texto oral. Perceberão que os recursos de articulação de um texto escrito são diferentes na fala e que para se escrever um texto bem  articulado é preciso conhecer bem os elementos coesivos disponíveis na língua.  Além disso, a temática dos textos sugeridos permite que a dinâmica abra espaço para um momento de reflexão e afetividade.

Os alunos deverão saber o que é articulação textual e conhecer os mecanismos básicos de coesão.

Motivação:  Reflexão a partir de imagem: otimismo vs pessimismo

Professor: exiba para seus alunos a imagem abaixo, disponível em http://genoma.ib.usp.br/noticias/images/img-mayana-veja090430.jpg

A partir da imagem, discuta com seus alunos a simbologia dos elementos que a compõem: 1) o polegar em riste que, na nossa cultura, recebe uma interpretação de "positivo"; 2) o polegar virado pra baixo que recebe uma interpretação contrária, ou seja, "negativo"; 3) o homem se equilibrando em uma corda bamba, entre o polo positivo e o negativo, sem uma direção definida (não sabemos, ao certo, para qual dos polos ele caminha).  Professor, coordene a reflexão de modo que os alunos cheguem à leitura de que o homem vive se equilibrando entre dois sentimentos antagônicos: o otimismo e o pessimismo.

Divida o quadro em duas colunas e peça aos alunos que elenquem motivos para sermos otimistas ou pessimistas. Vá anotando-os. 

Oficina 1: Atividade de escuta ativa: reflexão sobre aquilo que nos incomoda. ( Duração: 2 aulas de 50 minutos)

Objetivo: mostrar ao aluno que é importante “pensar antes de falar” e que  a reflexão promove uma compreensão melhor dos assuntos abordados.       

 Preparação: numerar o texto Falta alegria em nossas vidas de 1 a 25. Recortar os 25 trechos e colocá-los em um envelope.   Cada aluno deverá retirar de dentro de um envelope um pedaço de papel, contendo um trecho do texto Falta alegria em nossas vidas- Lya Luft (http://olharinterior2004.multiply.com/journal/item/12), numerados de 1 a 25. O professor deverá colocar uma música suave, enquanto os alunos lêem seus papéis e se organizam para ler seu trecho de acordo com a sequência numérica. O aluno que recebeu o papel número 1 deverá iniciar uma leitura em voz alta, sendo imediatamente seguido pelo aluno que está de posse do papel número 2, e assim sucessivamente. Quando o último excerto for lido (trecho de número 25), cada aluno deverá ressaltar para os outros qual foi a parte do texto que mais lhe chamou a atenção, tentando reelaborar com suas próprias palavras o seu conteúdo e justificando a sua escolha. O professor, após todos os alunos falarem, deverá ler o texto integralmente. O professor deverá abrir a fala somente para os alunos que quiserem se manifestar. Essa sessão deverá ser encerrada com a música EPITÁFIO- TITÃS (http://letras.terra.com.br/titas/48968/), pedindo aos alunos que prestem bastante atenção à letra.   

Oficina 2: Exercitando a fala argumentativa espontânea: os dois lados da moeda: a tristeza e a alegria. ( Duração: 2 aulas de 50 minutos)

Objetivo: levar o aluno a identificar os argumentos do autor do texto de referência (Falta alegria em nossas vidas), ampliando-o, a partir de seus próprios argumentos.   O professor deverá reler o texto e deverá motivar os alunos a enumerarem tudo aquilo que lhes rouba a alegria. A seguir, o professor deverá entregar uma tira de papel a cada aluno, que deverá numerá-la de acordo com o seu número no diário de classe. O professor deverá colocar a música ENQUANTO HOUVER SOL - TITÃS (http://letras.terra.com.br/titas/77518/),  pedindo aos alunos que prestem atenção à letra.

Os alunos deverão ser instruídos a comparem os objetivos comunicativos dos textos "Epitáfio" e "Enquanto houver sol". Para essa etapa, seria interessante os alunos assistirem aos vídeos http://www.youtube.com/watch?v=_jVZCeACnWE  e http://www.youtube.com/watch?v=L3eiOMQVUqs de modo que possam enriquecer a discussão.

Quando os comentários cessarem, o coordenador deverá pedir aos alunos que falem em voz alta um motivo para sermos alegres. Cada aluno deverá escrever em sua tira de papel exatamente a frase que disse em voz alta.  

Oficina 3: Coesão e coerência de textos orais: a construção coletiva de texto. ( Duração: uma aula de 50 minutos)

Objetivo: mostrar ao aluno que as falas espontâneas, surgidas durante a dinâmica, formam um texto oral que possui características diferentes do texto escrito.

Preparação: o professor deverá providenciar uma cartolina, cola e tesoura. Na cartolina deverá estar escrito em letras grandes o título: Sobra alegria em nossas vidas.    O aluno cujo número no diário de classe é 1 deverá ser chamado a ler a sua tira de papel e colá-la  no alto da cartolina. Logo em seguida, o aluno número 2 deverá fazer o mesmo e assim por diante. Quando a última tira de papel for colada, o professor deverá pedir a um aluno que leia em voz alta o texto que foi construído. Em seguida, deverá abrir espaço para que os alunos comentem o texto coletivo (cópia da oralidade), enfatizando, principalmente, as diferenças em relação a um texto escrito.

Oficina 4: Do oral ao escrito: produzindo uma prosa argumentativa.  ( Duração: uma aula de 50 minutos)    

Objetivo: levar os alunos a perceberem, na prática, os recursos e as limitações e diferenças da  língua escrita  em comparação com a modalidade oral.  

 O professor  deverá entregar aos alunos uma cópia do texto coletivo, resultante da colagem das tiras na cartolina, sem nenhuma modificação e pedir aos alunos, individualmente ou em grupo,que verifiquem se há ideias repetidas que possam ser eliminadas. Em seguida, os alunos deverão observar ideias que se complementam e agregá-las em um mesmo parágrafo. O professor deverá,também,  instruir os alunos a criarem elementos coesivos entre os parágrafos. Os alunos deverão observar, ainda, qual trecho deverá iniciar o texto e qual deverá finalizá-lo, renumerando-os. Os alunos deverão reescrever o texto, a partir das modificações propostas e sem a numeração inicial, apenas com parágrafos. O professor deverá pedir uma leitura em voz alta das  versões finais do texto, abrir espaço para que os alunos comentem a sua participação em toda a dinâmica, descrevendo as emoções e os conhecimentos que tal atividade despertou neles.     

Artigo A DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO DA ORALIDADE , disponível em http://www.revistaprolingua.com.br/wp-content/uploads/2010/01/lucilene.pdf

PROFESSOR: distribua entre os alunos as diferentes versões finais produzidas pelos alunos a partir do texto"falado". Peça-lhes que, com base nos critérios de avaliação propostos na oficina 4, eles elejam o melhor texto "Sobra alegria em nossas vidas". Deverão ser premiados tanto o(s) autor(es) do melhor texto, quanto o aluno que escreveu a melhor argumentação sobre este.