Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


O que temos de igual? E diferente?

 

21/09/2010

Autor e Coautor(es)
Amélia Pereira Batista Porto
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ser humano e saúde
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Reconhecer a impressão digital como uma forma de identificação das pessoas;

Coletar impressões digitais da turma;

Verificar por meio da comparação semelhanças e diferenças nas impressões digitais;

Reconhecer o DNA como uma forma de identificação das pessoas;

Reconhecer a si mesmo como indivíduo único.

Duração das atividades
4h/a
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Reconhecer que as pessoas possuem características semelhantes próprias da espécie humana; que o corpo humano é constituído de pequeninas partes vivas denominadas células.

Estratégias e recursos da aula

EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES  

 Introdução: uma abordagem para o professor 

A proposta dessa aula é oferecer condições para que os alunos percebam que embora tenhamos inúmeras semelhanças por todos pertencerem à espécie humana, cada pessoa é única; reconhecer que algumas diferenças entre as pessoas são evidentes e outras não; refletir sobre a igualdade entre todos os seres humanos, sobre a diversidade de características e a inclusão de pessoas com necessidades especiais. Se em sua sala houver alunos com necessidades especiais, evite referir-se a eles como exemplos. Atitudes de respeito, solidariedade, entre outras, por parte do professor, dando o seu exemplo, fortalecem os laços de convivência dos alunos com os colegas que apresentam necessidades especiais.

“Quando pensamos em inclusão, também pensamos em seu antônimo: exclusão. Para incluir precisamos admitir que alguém está excluído. Mas quais foram os processos sociais que levaram à exclusão de indivíduos? Que tipo de seleção tem sido feita para excluir ou incluir pessoas? Em todas as faixas etárias vemos diferenças pessoais entre os indivíduos. Uns têm mais facilidade em algumas coisas, outros em outras; uns estão mais de acordo com o conceito de beleza vigente na época, outros menos. Uns têm mais saúde, outros menos. Mas estas diferenças interpessoais constituem a humanidade, é graças a estas diferenças que temos identidade, que somos únicos no mundo. Quando começamos a nos comparar com os outros começamos a valorar as nossas diferenças e semelhanças.

A diferença é saudável e faz parte da vida. Ninguém é perfeito, mas também ninguém é totalmente imperfeito. No ambiente escolar, as crianças podem ser orientadas para esta visão e postura ante a vida, a fim de se tornarem adultos tolerantes e flexíveis, tanto com os outros como consigo mesmas. É na convivência com o diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaçados pelo outro, é na convivência com o outro que passamos a assimilar as suas características que mais nos chamam a atenção. Isto tudo ocorre de modo natural, fruto da convivência e da troca de experiências.

Quando lidamos com as crianças, temos a oportunidade ímpar de educá-las para a diversidade e tolerância. Em uma dada sala de aula pode haver uma criança superdotada, madura e autodidata. Como lidar com esta criança? O ideal é trabalharmos com ela no sentido de ajudá-la a desenvolver suas potencialidades em seu grau máximo sem que ela se sinta diferente das outras crianças, nem inferior, nem superior. Se for uma criança muito boa nas matérias exatas, biológicas e humanas, incentivá-la também a trabalhar o corpo nas aulas de educação física. E ao contrário, se for uma criança fortemente habilitada para atividades esportivas, uma possível futura medalhista, por exemplo, incentivá-la a trabalhar também as disciplinas oferecidas dentro da sala de aula, sem, contudo, deixar de auxiliá-la a desenvolver ao máximo suas potencialidades.

E quando acontece o contrário, como podemos lidar com crianças portadoras de deficiência mental na sala de aula no ensino regular? Para isto, os professores e, de preferência, os demais profissionais da escola precisam, e têm o direito, de receber capacitação continuada para poder acompanhar o desenvolvimento cognitivo e afetivo do aluno incluído.”

 Adaptado de: http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1627052-inclus%C3%A3o-social-escolar/ - consultado em 05/09/2010, às 16:45h. 

Identificação por impressões digitais 

O método utilizado para identificar as impressões digitais, a dactiloscopia, é usada, com eficácia, a mais de cem anos na identificação de pessoas. Apesar desse sistema de classificação ter sido desenvolvido em 1899, ele ainda é muito usado. Entretanto, as impressões digitais são agora reproduzidas e digitalmente registradas em uma enorme base de dados, usada para encontrar, com rapidez, uma identificação que antigamente podia demandar um pequeno exército de investigadores. Para o estudo de identificação das pessoas, é feita análise comparativa com várias outras impressões digitais armazenadas em um banco de dados. As impressões digitais são formadas por saliências na pele das palmas das mãos e plantas do pé, bem como nos dedos de pés e mãos. Essas saliências são chamadas de cristas. Existem quatro tipos padrões de impressão: verticilo, arco, presilha interna e presilha externa. Eles facilitam o processo de identificação por comparação. Assim, em um primeiro momento, faz-se a identificação em um desses padrões. A seguir, através da análise das bifurcações, divergências, interrupções e cruzamentos entre as cristas, completa-se o trabalho observando essas minúcias.

Durante o processo de comparação das minúcias das cristas é preciso que se identifique, pelo menos, 12 pontos característicos em comum, para que a identificação seja confiável. Para isso esses pontos devem ter formato e posições idênticos.

http://sim.lme.usp.br/linhas/iinteligente/pimagem/idigital/classes/img/classes.jpg  - consultado em 05/09/2010 – às 16:30. 

http://www.clube.spm.pt/files/album/figura1.jpg  - consultado em 05/09/2010, às 16:25h.  

Além das impressões digitais, existem hoje outras formas de identificação das pessoas. Uma dessas formas de identificação é o exame de DNA, uma substância existente em todas as células dos seres vivos. Ela está presente na saliva, no nosso cabelo, pele, ossos e sangue, entre outros. Assim, através de exames especiais ela pode ser usada para identificar pessoas, pois cada pessoa possui o seu DNA, exceto o caso de gêmeos idênticos que possuem o mesmo DNA. Esse exame é o mais usado atualmente para a investigação de paternidade/maternidade, quando se compara partes do DNA de uma pessoa com o DNA de seus possíveis pais. O DNA dos filhos é formado pela mistura do DNA de seus pais, assim, quando o exame realizado não identifica semelhanças plausíveis entre os três materiais, a paternidade/maternidade não é reconhecida biologicamente.

No exame de DNA, moléculas dessa substância presentes no núcleo de uma célula das pessoas envolvidas são quebradas em fragmentos pequenos. Ao comparar esses fragmentos é possível identificar as relações de parentesco. O mesmo exame pode ser feito coletando material de uma pessoa, que se deseja identificar.

DNA

Essa, ensinam os cientistas, é a molécula da vida. A sigla DNA vem de Ácido Desoxirribonucléico. É no DNA que toda a informação genética de um organismo é armazenada e transmitida para seus descendentes. Essa carga genética está contida no núcleo e todas as células de um organismo. Em todos os seres vivos, o DNA é formado por uma fita dupla composta por 4 letras - A, T, C e G. Essas letras representam compostos orgânicos: o A é a Adenina, o T é a Timina, o C é a Citosina e o G é a Guanina. Se fosse possível esticar esta fita, teríamos 2 metros de DNA. As diferentes combinações destas letras - que chegam a mais de 3 bilhões em cada célula - fazem a variabilidade dos seres vivos.   

Cromossomos 

Sequências de DNA formam os cromossomos. Cada organismo tem um número diferente de cromossomos. O ser humano, por exemplo, tem 46 (recebemos 23 da mãe e outros 23 do pai).  

Gene

É a parte funcional do DNA. No caso do Genoma Humano, por exemplo, apenas 3% é formado por genes. O resto é apenas, agrupamentos de proteínas que não contêm nenhuma informação. Os genes, portanto, são sequências especiais de centenas ou até milhares de pares (do tipo A-T ou C-G) que oferecem as informações básicas para a produção de todas as proteínas que o corpo precisa produzir.

Genoma 

Em biologia, o genoma é toda a informação hereditária (passa para seus descendentes) de um organismo que está codificada em seu DNA (ou, em alguns vírus, no RNA). Isto inclui tanto os genes como as sequências não-codificadoras que são muito importantes para a regulação gênica, dentre outras funções.

Sequenciamento do Genoma ou DNA 

O sequenciamento é a técnica utilizada para determinar em que ordem as bases (letras) contidas no DNA, se encontram. Quando se diz que um genoma foi sequenciado queremos dizer que foi determinada a ordem que as informações (genes) estão colocados no genoma.

Mas para que isso serve?

Com o sequenciamento dos genomas podemos obter informações sobre a linha evolutiva dos organismos (saber quem tem o DNA mais parecido com quem). As informações contidas nos genomas poderão resultar em novos métodos de diagnóstico, na formulação de novos medicamentos, vacinas, na prevenção e tratamentos mais eficazes contra doenças.  

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biogenoma.php - consultado em 05/09/2010, às 18:30h.   

As atividades 3 e 4 dessa aula foram desenvolvidas usando informações e atividades propostas pela revista Ciência Hoje das crianças – Edição especial sobre DNA. Ano 15 º122, Março de 2002. Para melhor se informar sobre o assunto, leia a revista e consulte os links sugeridos.

Estratégia:   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:   

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de conversa dialogada em que vão expor suas ideias sobre as semelhanças e diferenças entre as pessoas, considerando que todos pertencem a uma única espécie: a espécie humana; participando das atividades sugeridas para explorar o assunto da aula: Em que somos iguais? E diferentes?     

Como o professor irá ativar esse processo:   

Levantando situações – problema em que os alunos serão estimulados a emitir suas ideias sobre as semelhanças e diferenças entre as pessoas, que sejam perceptíveis facilmente. Através da troca de ideias, verificar se sabem o que é impressão digital e para que ela serve. Veja se conhecem a carteira de identidade. Apresente-a e promova uma traca de ideias sobre os dados que compõem esse documento. Promover a coleta das impressões digitais dos alunos da turma comparando-as de modo que possam concluir que não existem impressões digitais iguais, isso faz com que seja uma das formas confiáveis de identificação, sendo utilizadas inclusive em substituição à assinatura no caso de pessoas analfabetas. Realizadas as atividades relativas à impressão digital e encerrada a discussão, introduzir o conceito de DNA, reconhecendo-o também como uma forma de identificação das pessoas. Ao discutir com a turma a questão da individualidade das pessoas, estimulá-los a refletir sobre a igualdade entre todos os seres humanos, sobre a diversidade de características e a inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Atividade 1

http://www.genesis.brasilportais.com.br/webroot/img/albumfotos/album_1657/imagem_d0e81e2421.jpg  - consultado em 05/09/2010, às 17:25h.    

Selecione uma foto semelhante à sugerida aqui, para que as crianças observem as pessoas vistas à distância. Comente com elas que a foto representa apenas uma pequena parcela das pessoas que existem no mundo. Se tivéssemos representantes de várias regiões da Terra, as diferenças entre as pessoas ainda seria maior.

Sugestão de diálogo:

.Que diferenças e semelhanças podem ser observadas entre as pessoas que estão na foto?

.É possível identificar todas as pessoas? Por quê?

.Será que essas pessoas representam pessoas de todo mundo? Por quê?

Converse com os alunos sobre as pessoas com necessidades especiais. Comente que elas podem apresentar dificuldades visuais, auditivas, andar em cadeiras de roda ou mesmo perceber o mundo de forma diferente das demais pessoas. Essas diferenças também fazem parte da natureza humana. Se em sua sala houver alunos com necessidades especiais, evite referir-se a eles como exemplos. Atitudes de respeito, solidariedade, entre outras, por parte do professor, dando o seu exemplo, fortalecem os laços de convivência dos alunos com os colegas que apresentam necessidades especiais.

.Você conhece alguém com necessidades especiais?

Como você se relaciona com ela?

Que sentimentos ela desperta em você?

O que você pode aprender com essa pessoa?

O que você pode ensiná-la?

http://teatroeducacional.zip.net/images/teatro-especial.jpg  - consultado em 0509/2010, ás 17:30h. 

Ao final dessa atividade proponha que construam um texto sobre o que foi discutido.

Sugestão de informações que podem compor o texto:

As pessoas não são iguais. Entre elas há diferenças na cor da pele, dos cabelos e olhos. Há pessoas com cabelos lisos, cabelos cacheados e cabelos crespos. Pessoas mais altas e mais baixas, gordas ou magras. Há pessoas que apresentam necessidades especiais como: dificuldades para enxergar ou ouvir, dependem de cadeiras de rodas para se locomoverem ou percebem o mundo de uma forma bem diferente das demais. Existem pessoas do sexo masculino e do sexo feminino. Pessoas de diferentes culturas com usos e costumes bem diferentes. Portanto, para convivermos bem com as diferentes pessoas devemos respeitá-las e sermos solidários, reconhecendo que cada um de nós tem o seu jeito de ser.

Atividade 2

Em grupo: Coletando impressões digitais

Antes de iniciar a atividade  com os alunos  verifique se conhecem a carteira de identidade como um documento que serve para identificar as pessoas. Apresente o documento para que verifiquem o que o compõe, chamando a atenção para impressão digital. Explique a importância da impressão digital na identificação de uma pessoa. A seguir, organize os alunos em grupo de quatro. Distribua o material para os grupos e oriente-os sobre o como fazer. A fita dupla face deve ter 20cm. Auxilie os grupos no que for necessário, para que realizem a atividade corretamente.

Material: fita adesiva de duas faces; tesoura sem ponta; uma folha de papel ofício ou A4; fita adesiva transparente; lápis preto; um pedaço de papel rascunho e uma lupa.

Como fazer:

1.Dobrem a folha de papel ofício em quatro partes iguais.

2.Cortem a fita dupla face em quatro pedaços iguais e cole um pedaço em cada parte da folha.   

3.Com o lápis preto, risque bastante um espaço do papel rascunho de modo que fique maior que o seu polegar.

4.Esfregue o seu polegar no papel riscado, de modo que ele fique bem sujo de preto. A seguir, retirem a proteção da fita dupla e pressione o seu dedo polegar sobre a fita.

5.Após imprimirem as digitais de todo o grupo, identifique-as com o nome de cada um e cole sobre elas a fita adesiva transparente, para protegê-las.

6.Observem e comparem as impressões digitais do seu grupo. Use a lupa e observem novamente. Dobrem a folha de papel ofício em quatro partes iguais.

7.Cortem a fita dupla face em quatro pedaços iguais e cole um pedaço em cada parte da folha.   

8.Com o lápis preto, risque bastante um espaço do papel rascunho de modo que fique maior que o seu polegar.

9.Esfregue o seu polegar no papel riscado, de modo que ele fique bem sujo de preto. A seguir, retirem a proteção da fita dupla e pressione o seu dedo polegar sobre a fita. Após imprimirem as digitais de todo o grupo, identifique-as com o nome de cada um e cole sobre elas a fita adesiva transparente, para protegê-las.

10.Observem e comparem as impressões digitais do seu grupo. Use a lupa e observem novamente.

Ao final da atividade dialogue com os alunos.

Sugestão de diálogo:

O que você observou ao examinar as impressões digitais?

Observem as digitais dos outros grupos. O que vocês descobriram?

Por que elas são usadas para identificar as pessoas?

Ao final da atividade proponha aos alunos que colem no caderno a sua impressão digital. Comente com eles as informações que se seguem e após discuti-las, anote-as no caderno em que colou a sua impressão digital.  

Ao final da atividade proponha aos alunos que colem no caderno a sua impressão digital. Comente com eles as informações que se seguem e após discuti-las, anote-as no caderno em que colou a sua impressão digital.   As saliências que temos na pele dos dedos formam as nossas impressões digitais. Elas são formadas quando ainda estamos dentro do corpo da nossa mãe, entre três e quatro meses de gestação. Essas saliências também são encontradas nas palmas das mãos, nas plantas e dedos dos pés. As impressões digitais podem ser usadas na identificação das pessoas porque:

Todas as pessoas possuem impressões digitais;

As impressões digitais são únicas, ou seja, cada pessoa tem a sua;

As impressões digitais de uma pessoa não mudam ao longo da vida. A carteira de identidade é um documento que contem os dados pessoais de uma pessoa e suas impressões digitais.

Atividade 3   

Inicie esta atividade retomando o que já foi trabalhado anteriormente. Verifique se ficou claro para as crianças que cada um de nós é único, embora tenhamos semelhanças próprias da nossa espécie: espécie humana. A seguir pergunte o que são as impressões digitais e para que são usadas. Agora proponha:

.Será que existem outros meios de identificação das pessoas? Alguém já ouviu falar em exame de DNA? Alguém tem idéia do que seja isso?

Faça um levantamento das concepções prévias que os alunos têm sobre o assunto. Pode ser que alguém sugira que seja um tipo de exame para identificar pessoas ou investigar paternidade. Anote as ideias da turma.

.Vocês sabiam que o DNA é o nosso código secreto?

Pois bem! Se você pudesse abrir uma célula e o seu núcleo, você encontraria dentro dele uma sequência de códigos que os cientistas chamam de DNA. Esse código é responsável pelas características físicas de todos os seres vivos.

.Que tal, conhecermos um pouco mais sobre o DNA?

Esse código secreto existente em cada célula seja de uma planta, bactéria, animal ou ser humano, é formado sempre pelos mesmos elementos. Curioso, não?

Você deve estar pensando: Como pode um código que determina as características físicas de um gato, abelha ou bactéria ter os mesmos elementos de um código que dá origem a um ser humano? É isso mesmo! O código é o mesmo. Mas, o que muda?

O que faz os seres vivos serem diferentes entre si é a forma como os elementos do DNA se organizam para formar um código que seja exclusivo de cada indivíduo. Assim, o código de duas formigas, por exemplo, embora tenha os mesmos elementos, é diferente um do outro.

Para melhor entender essa ideia, imagine o seguinte: Você recebe quatro letras para formar palavras diferentes – A  C  R  O – quantas palavras você conheçe podem ser formadas com essas letras?

Ouvir e registrar as palavras sugeridas pelas crianças. Exemplos: arco, caro, cora, roca. Se repetir letras outras palavras podem ser formadas, como: coroa e carro.

No caso das letras vimos que com as mesmas letras, formamos palavras diferentes e com diferentes significados.

Vamos voltar à ideia do DNA. Será que podemos imaginar os elementos do DNA como um conjunto de letras que ao se arrumarem de diferentes formas resultam em diferentes palavras com diferentes significados? Veja se os alunos fazem essa relação.

Pois bem. A mesma ideia pode ser aplicada ao DNA. Embora o código de todos os seres vivos tenha os mesmos elementos, em cada um deles os elementos são arrumados de forma diferente. Apresente para os alunos uma ilustração do DNA, acessada em 15 de setembro de 2010 no link abaixo.

http://www.cienciaviva.org.br/arquivo/cdebate/004dna/index.html 

Em todos os seres vivos ele tem este aspecto de duas firas retorcidas interligadas entre si em diversos pontos. Sobre essas fitas estão alinhados os elementos que formam esse código secreto de cada indivíduo, chamado pelos cientistas de código genético. Quanto mais elementos houver se combinado, mais desenvolvido será o ser vivo. O ser humano tem o DNA com maior número de elementos combinados entre si, de todos os seres vivos.

Em todos os seres vivos ele tem este aspecto de duas firas retorcidas interligadas entre si em diversos pontos. Sobre essas fitas estão alinhados os elementos que formam esse código secreto de cada indivíduo, chamado pelos cientistas de código genético. Quanto mais elementos houver se combinado, mais desenvolvido será o ser vivo. O ser humano tem o DNA com maior número de elementos combinados entre si, de todos os seres vivos. Ao final dessa discussão é desejável que as crianças tenham compreendido o que é o DNA e por que ele pode ser usado para identificar as pessoas.

Assim, proponha que, em duplas, eles respondam às seguintes questões:

.O que é DNA? Por que ele é usado na identificação de pessoas?

Atividade 4 

Nesta atividade propomos que os alunos montem um modelo de DNA. Antes porém, discuta com a turma o funcionamento do DNA. Para isso, apresentamos algumas informações que podem conduzir a conversa com os alunos. Relacione a ideia de gene à Genética, ramo da ciência que dedica parte de seus estudos às heranças dos seres vivos transmitidas pelos genes.

Como funciona o DNA?

 A fita dupla que compõe o DNA está dividida em vários segmentos ou seções. Estes segmentos ou trechos do DNA são chamados genes. Os elementos de cada gene trabalham fabricando proteínas, que são os componentes que fazem o nosso corpo por dentro e por fora. Assim, temos genes responsáveis pela produção de anticorpos que protegem o nosso corpo contra agentes invasores, causadores de doenças; temos os genes que produzem a melanina, que influencia na cor da pele e aqueles que produzem a insulina responsável pelo controle de açúcar no sangue, entre muitos outros.

Para que o corpo de um ser vivo funcione perfeitamente, os genes precisam cumprir suas funções. Entre os humanos existem doenças graves ligadas a defeitos nos genes. Além dos genes, o DNA possui segmentos que não produzem proteínas e que não têm função, sendo chamados por alguns cientistas de lixo genético.

Construindo um modelo: DNA comestível DNA comestível

 Delicie-se com uma amostra do nosso código genético feita com jujubas! Por: Redação Ciência Hoje das Crianças Publicado em 15/03/2002 | Atualizado em 28/04/2010

O que acontece com um cientista quando ele tem uma ideia brilhante? Uma lâmpada acende na sua cabeça ou o cérebro esquenta? Nenhuma das respostas anteriores. Qualquer grande cientista pode afirmar que uma descoberta não é fruto do acaso e sim de muito estudo, pesquisas e também de experimentos. Com James Watson e Francis Crick não foi diferente. Você já ouviu falar deles?

Watson e Crick estavam curiosos para saber qual o formato da molécula de DNA. A fim de investigá-la, coletaram informações em estudos realizados por outros cientistas que também pesquisavam o mesmo assunto. Quando eles reuniram dados suficientes, inovaram: pela primeira vez na história da ciência, bolas de plásticos, arames e placas de metal foram usadas para reproduzir uma estrutura do organismo humano. Assim, foi construído o primeiro modelo de DNA! Watson e Crick, em 1953, demonstraram que a molécula de DNA humano tem o formato de dupla hélice (veja a figura). Nove anos mais tarde, essa descoberta lhes rendeu o maior reconhecimento entre os pesquisadores: o Prêmio Nobel.

Que tal adaptar a descoberta de 1953 e fazer uma amostra de DNA comestível? Você vai precisar de um saco de jujubas de 200 gramas, uma caixa de palitos de dentes, arame nº 28 (usado para fazer armação de bolo, à venda em casa de festas) e uma tesoura (sem ponta para não se machucar!). Siga os passos:

1. Corte o arame em dois pedaços iguais de 40 centímetros cada um.

2. Separe quatro cores de jujuba para fazer pares entre os fios de arame. Você pode casar, por exemplo, a verde com a laranja e vermelha com a amarela. E deve se lembrar que, ao longo de todo o DNA, esses pares de cores devem ser respeitados.

3. Coloque os palitos entre as jujubas para fazer a ligação entre os arames.

4. Torça lentamente cada parte do arame e... Pronto! Agora que você já tem sua própria amostra de DNA humano, anote: os palitos representam as ligações entre as pequenas moléculas, simbolizadas pelas jujubas.

Trechos de DNA, de aparência semelhante ao que você acaba de fazer, podem representar nossos genes - que são uma espécie de arquivo do corpo, pois guardam todas as informações de nossas características físicas. Depois de exibir seu conhecimento, delicie-se comendo o seu DNA!

A Redação. Experimento DNA CHC 122 Alimentos http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2002/122/dna-comestivel -consultado em setembro de 2010. 

Antes de degustarem os modelos de DNA construídos, convidem colegas de outras turmas da escola para conhecerem o modelo construído, explicando para os visitantes a importância do DNA como o nosso código secreto de herança genética.

Recursos Complementares

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-especiais/026.shtml - sugestão de trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais. Consultado em 05/09/2010, às 17:15h. 

http://www.brasilescola.com/educacao/inclusao-social.htm - sugestão de texto abordando a inclusão. Consultado em 05/09/2010, às 17:00h 

http://www.odnavaiaescola.com/dna/index.menu2.htm - informações sobre DNA. Consultado em 05/09/2010, às 18:10h 

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante o trabalho desenvolvido, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula, o seu envolvimento e participação nas diferentes atividades realizadas. Na fase que antecede a adolescência os alunos estão em processo de desenvolvimento de sua identidade e isto envolve o reconhecimento de que eles são pessoas únicas, com uma história de vida diferente dos demais. Nessa fase, para que formem sua identidade é preciso que reconheçam semelhanças e diferenças entre ele e as demais pessoas, que reflitam sobre preconceitos, atitudes e valores envolvidos nesse processo.

Feitas essas considerações propomos mais um momento de avaliação. Apresente para a turma o seguinte texto para ser lido e discutido pela turma:

Por que exame de DNA? 

Através de exames especiais o DNA pode ser usado para identificar pessoas, pois cada pessoa possui o seu DNA, exceto o caso de gêmeos idênticos que possuem o mesmo DNA, pois são originários de uma mesma célula ovo. Esse exame é o mais usado atualmente para a investigação de paternidade/maternidade, quando se compara partes do DNA de uma pessoa com o DNA de seus possíveis pais.

O DNA dos filhos é formado pela mistura do DNA de seus pais. Assim, quando o exame realizado não identifica semelhanças plausíveis entre os três materiais, a paternidade/maternidade não é reconhecida biologicamente. No exame de DNA, partes dessa substância presentes no núcleo de uma célula das pessoas envolvidas são quebradas em fragmentos pequenos. Sendo usadas nessas amostras partes do DNA que não apresentam genes, e não fabricam proteínas (lixo genético). Neste tipo de material, as amostras são idênticas entre pais e filhos.

Ao comparar esses fragmentos é possível identificar as relações de parentesco. O mesmo exame pode ser feito coletando material de uma pessoa, que se deseja identificar. O material coletado pode ser obtido através de amostra de sangue, fio de cabelo, tecido da pele, entre outros.

Sabendo que assim como as espécies se diferenciam umas das outras pela sequência dos elementos que formam o DNA, os cientistas descobriram que quanto mais próximo o parentesco entre os membros de uma mesma espécie, maior será a semelhança nas suas sequências do DNA.

Isso nos permite concluir que as diferenças entre as pessoas de diferentes partes do mundo, são minúsculas. Agora, veja se faz sentido a discriminação entre as pessoas!

Após a leitura e discussão do texto organize os alunos em duplas. Peça-lhes para apresentem argumentos que possam ser usados para combater a discriminação entre as pessoas e, que proponham pelo menos duas atitudes que reforcem o respeito e a solidariedade entre as pessoas.

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 2 classificações

  • Cinco estrelas 2/2 - 100%
  • Quatro estrelas 0/2 - 0%
  • Três estrelas 0/2 - 0%
  • Duas estrelas 0/2 - 0%
  • Uma estrela 0/2 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Opiniões

  • ARLETE APARECIDA DE LIMA, EE OLIVIA PINTO DE CASTRO LEITE , Minas Gerais - disse:
    arlete_aparecida2011@hotmail.com

    04/05/2015

    Cinco estrelas

    As atividades são bem elaboradas, cheia de orientações e principalmente bem atrativas.A professora foi bem clara ao ensinar os passo a passo a passo. E tem a questão do diálogo com os alunos, esse fator é fundamental para a assimilação dos conceitos e propostas sobre o tema. E é uma forma tranquila de abordar as diferenças étnicas, dentro do contexto científico.


  • Arlete Aparecida de Lima Silva, Escola Estadual "OLÍVIA Pinto de Castro Leite" , Minas Gerais - disse:
    arlete_aparecida2011@hotmail.com

    02/05/2015

    Cinco estrelas

    A atividade é muito interessante. Acredito que as crianças devam se envolver bem, pois, não somente as crianças, mas, todos nós temos muitas curiosidades a respeito da nossa digital. E também trabalha as diferenças de uma forma tranquila e acessível, usando o cotidiano como referência. A sugestão da foto e tudo mais, Excelente.


Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.