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Corpo e Sociedade: o adolescente e seu “novo corpo”

 

12/10/2010

Autor e Coautor(es)
TIAGO LISBOA BARTHOLO
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Marcos Vinícios Pimentel de Andrade

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Educação Física Esporte: Valores históricos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Educação Física Conhecimentos sobre o corpo
Ensino Médio Educação Física Esporte: Valores culturais
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Identificar as principais mudanças no corpo relacionadas à entrada na puberdade e o início da adolescência.

Identificar no grupo de pares características corporais ou nas vestimentas que afirmem traços identitários.

Duração das atividades
Uma aula de cinquenta minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Estratégias e recursos da aula

Caro professor, essa aula faz parte de um plano de unidade que pretende debater os diferentes significados do corpo no mundo contemporâneo. Nessa aula, o professor irá debater com os alunos as principais mudanças no corpo do adolescente e como seus corpos se tornaram local de construção das suas identidades.   

Atividade 1:

A aula inicia com uma questão problematizadora: o que é identidade? Estimule os alunos a apresentarem livremente suas impressões sobre a palavra. Uma definição do termo certamente será complicado, por isso peça para os alunos apresentarem exemplos que auxiliem a compreender o conceito de identidade.

Após a primeira rodada de respostas, o professor irá propor um jogo. Os jovens deverão circular pela sala de aula ou algum outro espaço que permita que eles caminhem livremente. Ao sinal do professor, cada aluno deverá se aproximar de colegas que se vestem parecido com ele.

Dica: Caro professor, caso a sua escola utilize uniformes, peça autorização da direção da escola para que nesse dia seus alunos tragam uma camiseta, casaco ou boné de seu gosto. Esses elementos irão criar distinção no grupo.

À medida que os alunos caminham e se integram a diferentes grupos, o professor deverá pedir para que eles observem seus colegas e suas movimentações. É importante que esse jogo seja realizado em silêncio. O debate será realizado no momento posterior.   

Atividade 2:

Ao final do jogo, o professor deverá iniciar um debate sobre a formação dos grupos. Peça para os alunos identificarem os grupos de alunos que se formaram. É bem provável que os jovens rotulem seus colegas. Não permita a construção de estereótipos ofensivos. Os alunos devem debater respeitando as diferenças identificadas em cada grupo. Podemos ter diferentes grupos: 1- skatistas, 2- grunge; 3- funkeiro; 4- esportistas; 5- “patricinhas”; etc.

http://piracicabaapresenta.wordpress.com/2009/06/23/111/ 

http://oglobo.globo.com/diariosp/toqueadiante/posts/2009/01/28/creu-nao-vai-para-cruzeiro-do-rei-157098.asp 

Todos os grupos apresentam características distintas, porém a forma de identificação/diferenciação foi a mesma. Ocorreu a partir do corpo dos jovens: tipos físicos, cabelos, roupas e outros ornamentos.

Dica: Nessa atividade, os estereótipos foram construídos unicamente a partir dos corpos dos jovens e suas opções de roupas e acessórios. Outra forma de identificação seria pelas gírias utilizadas pelos jovens. Tal atividade poderá ser realizada futuramente com a interação de professores de outras disciplinas como Língua Portuguesa e Sociologia.   

Algumas perguntas para o debate:

1- Como a turma conseguiu formar grupos tão bem identificados em silêncio (a brincadeira anterior deveria ser executada em absoluto silêncio)?

2- O que significa fazer parte do seu grupo? Aponte pontos positivos e negativos?

3- Você já fez parte de outros grupos? Peça para os jovens partilharem suas experiências anteriores.

Dica: É importante que o professor incentive os alunos a dividirem experiências pessoais com seus colegas, porém, não obrigue todos a relatarem suas experiências. Nesse momento, a adesão deve ser voluntária.   

O debate mediado pelo professor deverá destacar a importância do corpo na construção da identidade dos adolescentes. O corpo na atualidade se tornou local da busca da perfeição (própria de cada época) e da saúde eterna. A beleza deve ser conquistada e, portanto, o corpo se torna local de intervenções constantes. Nessa faixa etária (adolescência), o corpo passa por profundas mudanças, que nem sempre são facilmente assimiladas pelos jovens. São esses aspectos que serão debatidos na última atividade da aula.   

Atividade 3:

Caro professor, peça para os alunos lerem dois textos:

1- “O cérebro em transformação” de Suzana Herculano-Houzel, disponível na revista de divulgação do Colégio de Aplicação da UFRJ “Perspectiva Capiana”.

http://www.cap.ufrj.br/perspectiva/n1/PERSPECTIVA%20-%20NUMERO%201.pdf  

2- “Os adolescentes e o corpo”.

http://www.pime.org.br/missaojovem/mjjovenscorpo.htm  

Ao término da tarefa, o professor irá mediar um debate com os alunos sobre o tema do corpo dos adolescentes e as grandes mudanças vivenciadas nesse período.

Mudanças no corpo do adolescente. http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tag/adolescente/ 

Na atividade 2, os alunos puderam identificar a importância do corpo como local de construção de identidades no mundo contemporâneo. Nesse momento, o professor deverá ressaltar as mudanças físicas (inclusive do cérebro) que tornam esse um período singular na vida de homens e mulheres.

Os alunos deverão produzir um texto individual que destaque:

1- as principais características físicas que marcam a entrada na adolescência.

2- as mudanças na estrutura cerebral que ocorrem no período da adolescência. Quais suas conseqüências para o “comportamento típico” dos jovens?

3- um relato individual que ilustre as mudanças físicas ou psíquicas citadas nos textos. Em outras palavras, os jovens podem citar situações engraçadas que já viveram que exemplifiquem as mudanças descritas nos dois textos base.

Caro professor, como atividade complementar, os alunos devem ser incentivados a lerem suas produções para a turma. Como o trabalho demanda a descrição de experiências pessoais não obrigue todos os jovens a dividirem seus textos. A participação nesse momento deve ser incentivada, porém não obrigatória. 

Recursos Complementares

Leitura complementar para o professor.

VILLAÇA, Nízia; GÓES, Fred. O corpo da tribo In: VILLAÇA, N.; GÓES, F. Em nome do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 131 – 148.

HANSEN, R. VAZ, A. F. Treino, culto e embelezamento do corpo: um estudo em academias de ginástica e musculação. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 26, n. 1, 2004, p. 135-152.

http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php?journal=RBCE&page=article&op=view&path[]=109&path[]=119 

Avaliação

Ao final da aula o professor irá mediar um debate sobre os temas observados na aula.

1) Podemos afirmar que na atualidade nosso corpo é espaço para expressão de nova individualidade? Dê exemplos observados na aula.

2) Relembrem os grupos construídos na atividade 2 da aula. O que os diferencia?

3) Ao longo da aula lemos textos que destacam mudanças importantes em nossos corpos no período da adolescência. Destaque duas mudanças e comente possíveis implicações para a vida cotidiana dos jovens.

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