01/10/2010
Rita de Cássia Roger Mariano
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação Infantil | Movimento | Expressividade |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de leitura |
Educação Infantil | Natureza e sociedade | Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
Educação Infantil | Movimento | Coordenação |
Professor, é importante observar as relações entre as crianças. Essa aula foi desenvolvida em virtude de observações feitas em sala e da constatação de dificuldades emocionais das crianças nas relações entre si. A explosão de sentimentos como o choro por motivos aparentemente simples, a intolerância para com os colegas em situações rotineiras como hora de brincar, hora de fazer atividades, em situações de críticas dos colegas sobre comportamentos ou atividades de registro etc. Portanto, como conhecimentos prévios, destaco a observação das relações estabelecidas entre as crianças.
Atividade número 1:
Professor para começar o trabalho com as crianças leve para a sala a história “Dois idiotas sentados cada qual no seu barril”, de Ruth Rocha:
Conte a história utilizando o recurso que preferir: lendo o livro, projetando em slides ou dramatizando.
A história trata de dois homens, o Teimosinho e o Mandão, que estão sentados cada um em seu barril de pólvora, com uma vela acesa na mão. Cada um quer que o outro apague a própria vela primeiro, nenhum dá o braço a torcer e ficam nessa discussão por muito tempo. Durante a discussão a raiva e a implicância de um com o outro só vai aumentando. Implicam com a cor da roupa do outro, com a voz e nessa implicância vão se abastecendo de munições e explosivos juntados ao lado dos barris de pólvora. Até que de repente, um deles dá um espirro sem querer e a vela então cai junto aos explosivos que de uma só vez leva tudo pelos ares. Era uma vez um Teimoso e era uma vez um mandão.
Depois da história proponha uma discussão com as crianças sobre o que aconteceu com os dois homens da história e sobre os motivos que os levaram a agir da forma como agiram.
Sugestão de questões para a discussão:
O que vocês acharam da história?
Por que os dois homens brigavam tanto?
Eram mesmo motivos que mereciam tantas brigas?
E vocês? Já se sentiram assim?
Com muita raiva como os dois?
O que aconteceu?
Outras questões podem aparecer de acordo com as falas das crianças.
Atividade número 2:
Para aproveitar o momento de reflexão entre o grupo, proponha uma atividade em que as crianças terão que trabalhar em grupo e assim exercitar a tolerância e a interação. No caso dessa aula, organizamos grupos de três crianças tentando cuidar daquelas que apresentavam mais dificuldades de relacionamentos, não deixando que ficassem no mesmo grupo. Propusemos um trabalho com argila em que as crianças precisavam construir algo em grupo que representasse a história ouvida. Esse material já deve estar preparado previamente.
Momento de interação entre as crianças – propiciando diálogos e exercício da tolerância:
Acervo da autora, setembro de 2010. Autorização dos pais concedida para uso de fotos das crianças no Portal do Professor.
Atividade número 3:
Depois da atividade concluída, faça uma exposição dos trabalhos das crianças e proponha uma roda em que elas possam verbalizar o que sentiram durante o desenvolvimento da atividade com argila.
Sugestão de questões para o diálogo:
Gostaram de trabalhar com a argila?
Como foi trabalhar em grupo?
Como foi a atividade?
Todos participaram do registro?
Houve algum conflito?
Alguma criança teve dificuldade em colaborar?
Outras questões podem surgir de acordo com as falas das crianças.
Você professor pode ainda ampliar a atividade levando jogos cooperativos para a sala em que as crianças possam exercitar ainda mais a interação e a tolerância entre si.
Sugestão de jogos cooperativos:
AUTÓGRAFOS
Cada educando recebe uma folha de papel em que deverá, ao sinal de comando do educador, conseguir o maior número de autógrafos de seus colegas, no tempo de 1 (um) minuto. Não vale autógrafo repetido. Após esse minuto, o educador solicita que os educandos identifiquem os fatores que dificultam a realização do objetivo do jogo (conseguir os autógrafos dos colegas). Depois desse debate, inicia o segundo tempo, dando mais 1 (um) minuto para que os educandos coletem os autógrafos, mas antes de iniciar o segundo tempo, solicita que todos parem para pensar juntos. No final, questiona sobre os fatores que facilitam o jogo. A comparação dos fatores, os que dificultam e os que facilitam, mostrará que o grupo iniciou a tarefa em conflito e depois, utilizando a cooperação, conseguiu realizar a tarefa.
DANÇA DAS CADEIRAS
Colocar em círculo um número de cadeiras menor que a metade do número de participantes. Em seguida propor o objetivo comum: terminar o jogo com todos os participantes sentados nas cadeiras que sobrarem. Colocar música para todos dançarem. Quando a música parar, TODOS devem sentar usando as cadeiras (e os colos uns dos outros). Em seguida o educador tira uma ou duas cadeiras (e assim sucessivamente). Ninguém sai do jogo e a dança continua até nova parada (e assim por diante). Os educandos vão percebendo que podem se liberar dos velhos, desnecessários e bloqueadores "padrões competitivos". Na medida em que se desprendem dos antigos hábitos, passam a resgatar e fortalecer a expressão do "potencial cooperativo" de jogar e viver. O jogo prossegue até restar uma cadeira, ou mesmo sem cadeira (vai até onde o grupo desejar).
Para encontrar outras possibilidades jogos cooperativos visite o sítio:
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/2_0205.pdf
Professor observe a reação das crianças durante as atividades interativas e interfira sempre que necessário – com certeza aparecerão conflitos – levando a criança a pensar e elaborar melhor seus sentimentos de frustração. Continue promovendo atividades cooperativas até que perceba evolução nas interações entre as crianças.
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13/07/2013
Quatro estrelasADOREI! CONTINUE NOS ENVIANDO IDÉIAS, QUE APLICAMOS EM NOSSAS AULAS.