12/01/2011
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: usos e formas |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de leitura |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de produção de textos |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua oral: gêneros discursivos |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua oral: usos e formas |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua oral: valores, normas e atitudes |
1° momento:
A turma, ao entrar na sala, recebe uma boca aberta desenhada num papel, em forma de gargalhada e dentro dela, a seguinte história:
"Um homem vai à sapataria e compra um par de sapatos para as mãos. É um homem que anda com as mãos. Com os pés, ele come e toca violão. É um homem ao contrário. Chama o “arroz” de “feijão” e a vassoura de varredor do espaço..."
Os alunos, então, sentam-se em roda, leem a história, riem e apontam o que acharam mais engraçado.
A brincadeira com a oposição e a invenção de histórias cômicas surgidas do aproveitamento do erro são formas ricas de desenvolvimento da criatividade e do conhecimentos. No humor achado nos gestos e nas palavras erradas, está presente também, a certeza do correto.
2° momento:
O professor conta para a turma um conto de riso:
O macaco e a velha
Era uma casa em cima do morro. A velha morava lá. Na frente tinha jardim e atrás um montão de bananeira. Perto da porta da cozinha ficava uma escada de pegar banana. A escada quebrou. As bananas estavam madurinhas.
Um macaco vinha passando e a mulher chamou:
- Me ajuda a catar?
O macaco disse sim. Trepou pelas folhas, deu um suspriro e desandou a comer tudo quanto foi banana bem bonita.
A velha gritou:
- Safado!
O macaco ria.
- Pelintra!
A mulhere ralhava. O macaco só jogava pra velha banana verde ou então fedida, cheia de mosca e mancha preta. Depois o macaco deu até logo e foi embora.
A velha juntou a banana que sobrou, xingando e caraminholando.
Mandou fazer uma boneca grudenta de cera. Botou na porta de casa, junto de uma cesta cheia de banana. E ficou agachada espiando.
Passou um dia. Nada.
Passou outro dia.
No terceiro, o macaco passou e sentiu um cheirinho bom. Veio chegando:
- Ô Caterina! Quero banana...
A boneca nem se mexeu. No céu, um sol de rachar.
O macaco pediu outra vez. A boneca quieta. O macaco falou grosso:
- Me dá uma banana, ô Caterina, senão leva um tapa. A boneca nada e ele – pá – deu e ficou com a mão colada no beiço da moça de cera.
- Larga minha mão senão leva um beliscão!
A boneca nem ligou. O macaco deu e ficou com a outra mão presa.
- Me solta, ô Caterina! Me solta senão toma um chute! Esperou que esperou. Meteu o pé e ficou mais grudado ainda.
- Diaba! Moleca! Me larga, ô Caterina! – berrou o macaco preparando outro pé.
Chegou a velha arregançando os dentes:
- Agora você me paga!
Levou o macaco lá dentro e mandou a cozinheira preparar o coitado para comer na janta.
A empragada foi e fez.
Na hora de matar, o macaco revirou os olhos e cantou:
Me mata devagar
Que dói, dói, dói
Eu também tenho filhos
Que dói, dói, dói
Na hora de esfolar, o macaco cantou:
Me esfola devagar
Que dói, dói, dói
Eu também tenho filhos
Que dói, dói, dói
Na hora de temperar, o macaco cantou:
Me tempera devagar
Que dói, dói, dói
Eu também tenho filhos
Que dói, dói, dói
Na hora de assar, o macaco cantou:
Me assa devagar
Que dói, dói, dói
Eu também tenho filhos
Que dói, dói, dói
A cozinheira serviu o macaco num prato enfeitado com arroz, feijão-preto, couve, farofa e mandioca frita.
A velha estalou a língua, sorriu, cortou um pedaço e mordeu
Na hora de mastigar, o macaco cantou:
Mastiga devagar
Que dói, dói, dói
Eu também tenho filhos
Que dói, dói, dói
A velha estranhou, apertou os olhos mas comeu tudinho.Foi quando deu uma dor de barriga daquelas, pior do que rebuliço nas tripas. A mulher levantou, sentou, andou para lá e para cá. Não teve jeito, era o macaco pedindo:
- Quero sair.
A velha respondeu:
- Sai pelas orelhas.
- Não posso não, que tem cera – gritou o macaco. - Quero sair!
A barriga da mulher doía.
- Sai pelo nariz.
- Tá assim de gosma. Quero sair!
A barriga roncava cada vez mais.
- Sai pela boca.
- Pela boca não dá que tem cuspe. Quero sair!
Aí a velha estufou que estufou, estufou e pum!
Foi um estouro que se ouviu lá de longe.
E de dentro dela saiu o macaco e mais um bando de macaquinhos, tudo tocando viola, dançando e cantando:
Eu vi a bunda da velha iá , iá
Eu vi a bunda da velha iô, iô"
Os alunos devem ser despertados para os detalhes que tornam a história diferente dos outros contos ouvidos antes:
3° momento:
É proposto às crianças que criem uma história onde as palavras façam rir.
É permitido, também, que sejam acresentados à história, trechos para cantar, dançar, finais inesperados...
As histórias, ao serem narradas, devem ter suas emoções expressas nos corpos de seus contadores.
Pode-se deixar livre a criação de “gestos errados”, mas é interessante que nas primeiras criações, aconteça uma “explosão” de ideias com a turma.
Exemplo:
Na sala deverão existir diferentes cantos:
4° momento:
Os alunos divididos em grupos pequenos (3, no máximo 4) criam suas histórias, escolhem os recursos que podem ser usados, dividindo as taregas entre si e combinam a apresentação.
5° momento:
Os grupos apresentam suas histórias e a turma descobre o humor existente em cada uma delas.
Ao final, pensam numa maneira interessante de levar as histórias para as outras turmas.
Se os alunos é que levam as histórias normalmente, por que neste caso, as histórias não levam os alunos?
Como?
Os alunos sugerem e todas as sugestões dadas deverão ser registradas no quadro-de-giz.
A turma, então, escolhe a maneira ou maneiras engraçadas que usarão para levar histórias para rir às outras turmas.
Compartilhar suas criações com outras turmas do colégio é compartilhar conhecimento e alegria, fundamentais nos dias de hoje.
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