• Interagir com o objeto “pipa” observando suas características;
• Observar e perceber o que faz com que as pipas voem;
• Sentir o vento, perceber sensações;
• Confeccionar pipas com seu pai;
• Interessar-se pela escrita a partir de seu objeto de preferência.

Em se tratando de um trabalho que contemple a Inclusão Escolar – Orientações do Mec – a partir da Resolução CNE/CEB número 2 de 2001 – é importante adaptar os conteúdos curriculares oferecidos às crianças que apresentam necessidades educacionais especiais, por meio do trabalho pedagógico em sala de aula. Essa adaptação deve ser feita adequando tais conteúdos às capacidades e interesses dessas crianças. Para saber mais sobre essa forma de adaptação consulte o documento “Parâmetros Curriculares Nacionais Adaptações Curriculares”, escrito pelo MEC em março de 2002.   Sendo assim, consideramos que é importante identificar previamente às propostas de intervenção, o interesse da criança com necessidades educacionais especiais para assim, aliar tal interesse aos conteúdos a serem desenvolvidos na escola. No caso dessa aula, a observação diária do comportamento da criança possibilitou perceber seu interesse por pipas.

Atividade número 1:

Proponha uma tarde em que as crianças soltem pipas na escola. No caso dessa aula a proposta foi desenvolvida no dia dos pais em uma tarde com pipas em comemoração ao dia dos pais. As pipas podem ser confeccionadas pelos pais junto aos filhos, ou trazidas já prontas de casa. Esse momento é muito importante para as crianças, considerando que na correria da vida, muitos pais não conseguem tirar um tempo para esse tipo de atividade. Soltar pipas com seus pais na escola pode ser um momento muito especial para as crianças.

Atividade número 2:

Proponha para a turma um momento de registro da tarde com pipas vivida com os pais. Esse registro pode ser em forma de desenho no caso das crianças que ainda não conseguem escrever, de desenho e escrita para aquelas crianças que já dominam a linguagem escrita. Pode-se ainda utilizar tinta aquarela para colorir os desenhos. No caso da criança com necessidades educacionais especiais propusemos o seguinte registro: Mostramos fotos tiradas na tarde com pipas e conversamos com ela sobre o momento em que viveu com o pai. Mostramos as letras móveis que utilizamos para escrever a palavra PIPA.

Atividade número 3:

Para levar a criança a perceber melhor o contorno das letras que precisamos para escrever a palavrinha PIPA, escrevemos com fita crepe no chão em tamanho grande para que a criança caminhasse em cima das letras. Ajudamos no processo de caminhar sobre as letras já que a criança precisa da orientação constante de um adulto para compreender e obedecer aos comandos que damos.

Atividade número 4:

A criança que apresenta um comprometimento mental acentuado precisa que o mesmo conteúdo seja repetido diversas vezes para que ela se aproxime do seu entendimento. Por isso, novamente escrevemos a palavra PIPA no chão com fita crepe para que a criança pudesse caminhar sobre ela e outra vez tivesse o contato com a escrita de diferentes formas. Logo em seguida, escrevemos a palavra PIPA nas costas da criança para que ela pudesse sentir o contorno das letras. Para aproximar a linguagem escrita das possibilidades cognitivas da criança oportunizamos o momento em que ela tentasse fazer a escrita da palavra PIPA.  

Momento de realiazação das atividades em sala de aula. Acervo da autora. Julho de 2010. Uso de imgens autorizadas pela família.

Salientamos que o trabalho com as crianças com necessidades educacionais especiais deve contemplar momentos diferenciados dos demais, no entanto com o mesmo conteúdo ou tema que está sendo estudado pelo grupo.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais - Adaptações Curriculares são importantes fontes para pesquisa e suporte para os momentos necessários de adaptações dos conteúdos curriculares a serem desenvolvidos em sala de aula.

Para compreender melhor o tema da Inclusão Escolar consulte a referência:

GLAT, Rosana. Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 letras, 2009.

O principal instrumento de avaliação do professor é a observação atenta em todos os momentos de desenvolvimento das atividades. Principalmente da criança com necessidades educacionais especiais é por meio da observação e construção de relatório que o professor irá acompanhar e perceber o desenvolvimento da mesma. Registrar o comportamento das crianças antes, durante e depois das atividades propostas é um elemento importante da avaliação a ser anexado junto com os registros feitos pela criança.