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O uso de estratégias nas lutas.

 

07/12/2010

Autor e Coautor(es)
WILSON VASSALLO FAGUNDES
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

José Luiz Lacerda

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Educação Física Atitudes, conceitos e procedimentos: esportes, jogos, lutas e ginásticas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·        Conceituar estratégia e discutir suas relações com os objetivos nas lutas;

·        Experimentar diferentes possibilidades para se chegar a objetivos diversos;

·        Vivenciar jogos de luta onde estratégias diversas serão traçadas.

Duração das atividades
100 minutos. 02 Aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Sugerimos olhar a seguinte aula no portal que estabelece uma sequência pedagógica natural, importante para reflexão do tema:

  1. Lutas com instrumentos: do bastão à esgrima.
Estratégias e recursos da aula

1º Momento – Iniciar a aula com a seguinte pergunta: Vocês sabem o que significa ESTRATÉGIA?

Segundo o dicionário: Estratégia é a arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando o alcance de determinados objetivos.

             Trocando em miúdos, a estratégia é o recurso que faz com que condições, que em um primeiro momento possam nos ser desfavoráveis, se tornem obstáculos de mais fácil transposição. Através da estratégia podemos organizar as ações, otimizar os movimentos e tornar a fraqueza nossa aliada.

             Na verdade estamos sempre, ainda que inconscientemente, traçando pequenas estratégias para tudo na vida: um menor percurso para chegar mais rápido, um roteiro de compras para andar menos, uma lista de tarefas para otimizar o tempo, etc.

                                     Vamos então agora vivenciar uma atividade que ilustra bem a importância da estratégia na tomada de decisões?  

Atividade 01: Le Parkour

          É uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano.

          De acordo com o fundador David Belle, o espírito no parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência. Você deve mover de tal maneira, com quaisquer movimentos, para ajudá-lo a ganhar a maior vantagem possível de alguém ou em alguma coisa, quer seja escapando daquilo ou caçando em direção a isso. Assim, havendo um confronto hostil com alguém, as opções são conversar, lutar ou esquivar. Assim como as artes marciais são uma forma de treinamento para a luta, parkour é uma forma de treinamento para a fuga (esquiva). Devido a dificuldade em categorizá-la, os praticantes frequentemente colocam-na em sua própria categoria: "Parkour é Parkour".

         Uma importante característica desta atividade é a sua eficiência. Um praticante não só se move o mais rápido que puder, mas da maneira energeticamente mais econômica e o mais diretamente possível. Eficiência também envolve evitar ferimentos em curto e longo prazo, o que explica o lema não-oficial "être et durer" (ser e durar).

                                 Vamos então praticar um pouco da idéia dessa atividade em dois desafios?

  1. “Missão impossível”
  • Traçar com os alunos objetivos considerados de difícil concretização:

Exemplos: Deslocar de um ponto a outro sem tocar os pés no chão;

               Alcançar um objeto que está em um local de difícil acesso;

               Transpor um obtáculo de grandes proporções.

   Após traçar os objetivos, construir e vivenciar estratégias que possibilitem a solução do problema.  

        2. Corrida contra o tempo

  • Montar com a turma um percurso, o mais acidentado possível e com o maior número de obstáculos, para que um a um eles possam trilhá-lo, buscando o menor tempo possível de transposição.

Obs. Não será permitido contornar os obstáculos, todos eles devem ser superados (os alunos podem traçar regras para que o mesmo aconteça).

             Quem conseguir passar por todos os obstáculos em menos tempo será o campeão.

  OBS2. Para prevenir acidentes, o professor poderá realizar as atividades em local apropriado, como um terreno mais fofo ou gramado, ou, ainda, usar colchões em locais onde a queda é mais evidente.

Reflexão: Nas atividades que acabamos de vivenciar, tínhamos um objetivo e vários problemas, cada um arquitetou e usou uma estratégia que julgava mais condizente com suas capacidades e propícia para cada momento. Sem a estratégia corríamos um maior risco de não resolver os problemas e ainda arrumar outros, como uma lesão.

2º Momento – A estratégia nas lutas:

         Historicamente, as lutas sempre caminharam lado a lado com as estratégias. Qualquer que fosse o objetivo, o homem sempre arquitetou meios de superar inferioridades, diminuir os riscos e potencializar investidas.

         Nas lutas competitivas a estratégia tem importante papel. Apesar das regras diminuírem as desigualdades, golpes, imobilizações, alavancas e ataques podem ser decisivos nos diferentes tipos de combate quando aplicados no momento certo. Para organizar essa tarefa usamos uma estratégia pautada normalmente em um estudo dos adversários e auto-conhecimento.

         Para exercitar um pouco do nosso espírito estrategista, vamos tentar adaptar um jogo de luta com instrumentos, que é considerado um desporto, porém trás nele arraigado todo o contexto das lutas travadas pelo homem durante sua história.

   Obs. O professor poderá aprofundar mais na discussão da violência e o advento das armas de fogo estabelecendo um intercâmbio com o professor de história no trabalho com os diferentes conflitos armados da história.

Atividade 02: O Paintball

           O Paintball é um jogo onde duas ou mais equipes competem entre si, usando carregadores de bolas que soltam tinta ao atingir o adversário. O objetivo é apanhar a bandeira do outro grupo (na forma mais popular do jogo), e quanto mais adversários forem eliminados mais fácil fica de se completar o objetivo.  

            Para a experimentação dessa atividade algumas adaptações devem ser consideradas:

Material: armas de água (de plástico) - (figura 01), óculos de proteção normalmente utilizados em obras (figura 02) e coletes coloridos.

                                     (Figura 01)                                                                  (Figura 02)

          As armas normalmente utilizadas nesse jogo estão completamente fora da realidade das escolas, uma vez que são caras e necessitam de um grande volume de equipamento de proteção e munição para atender a prática das turmas. Nesse caso, a adaptação já começa no material utilizado.

         Ao invés de armas de pressão com bolas de tinta o professor fará uso de armas de água.

Obs. Caso o professor queira incrementar a aula poderá fazer um intercâmbio com o professor de ciências para a produção de uma solução conhecida como “sangue do diabo” que tinge temporariamente a roupa, facilitando assim a visualização dos competidores atingidos (só produzir sob a supervisão de um professor que tenha conhecimento das reações).

Construindo a vivência:

·        Montar com os alunos um grande circuito contendo obstáculos e refúgios. Quanto mais incrementado melhor (isso irá motivar ainda mais os alunos).

·        Dividir a turma em três equipes que serão diferenciadas por coletes de cores diferentes.

·        Cada batalha será travada por duas equipes ficando a terceira responsável pela arbitragem.

                      A atividade pode ser vivenciada de duas formas:

1.      O “mata-mata”:

       Duas equipes duelam por um tempo previamente estabelecido pelo professor.

       O aluno que, durante a disputa, for atingido pela água na cabeça e tronco é eliminado do combate, se for atingido nos braços e pernas é temporariamente excluído, retornado após 1 minuto.

       Os integrantes do “time de fora” são responsáveis pela checagem e decisão de quando um aluno foi atingido ou não.

       Ao final do tempo, o time que tiver excluído mais integrantes do time adversário será o vencedor.

2.      O roubo da bandeira:  

        Duas equipes duelam por um tempo previamente estabelecido pelo professor.

        Cada equipe escolhe um local do campo e lá monta seu “quartel general”, onde ficará repousando sua bandeira (um colete de mesma cor do time).

        O aluno que, durante a disputa, for atingido pela água é temporariamente excluído, retornado após 2 minutos (durante o tempo de espera os alunos deverão ficar em um local previamente estipulado pelo professor e ao final do mesmo deverão retornar pelo seu “quartel general”).

        Os integrantes do “time de fora” são responsáveis pela checagem e decisão de quando um aluno foi atingido ou não.

        O time que conseguir capturar a bandeira do adversário (definitivamente) levando-a até o seu quartel general será considerado vencedor. Se ao final do tempo, nenhum time conseguir realizar o objetivo principal, será considerado vencedor o time que mais capturou (temporariamente) a bandeira ou mais adversários eliminou temporariamente.

        Os alunos poderão propor outras regras para que a disputa fique mais interessante, como por exemplo: restrições e punições.  

·        Maiores informações sobre o jogo, regras originais, fotos e pontuação durante a disputa você encontra em recursos complementares.

   Reflexão final: O professor poderá aprofundar no conteúdo promovendo um debate sobre os objetivos, filosofia das lutas, jogos com instrumentos (armas brancas e de fogo) e a violência provocada pelos conflitos armados no mundo.

Recursos Complementares
Avaliação

           Questionar junto aos alunos aspectos relacionados às atividades vivenciadas como: Existe uma estratégia perfeita? Que pontos deve ser considerado para traçar uma boa estratégia? A estratégia está relacionada com a vivência (como)?  No Le Parkour como a estratégia pode influenciar no resultado das ações? A estratégia é fundamental para as lutas competitivas (por que)? Para quais fins a estratégia deve ser empregada no paintball (em que momentos)? Que tipo de estratégia cada time utilizou? Quais foram mais eficientes e porquê? Quais os comentários e conclusões acerca das atividades vivenciadas?

            O professor deverá observar e analisar todo o processo de vivência dos alunos no que diz respeito à integração, participação, raciocínio, cumplicidade, criatividade, disputa e respeito às regras e aos colegas durante as atividades e na execução dos combates, visando detectar se houve aproximação entre os objetivos da aula e a concretização da mesma.

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