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Brincando de Índio II

 

27/10/2010

Autor e Coautor(es)
Luciano Silveira Coelho
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Amanda Fonseca Soares Freitas

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Movimento Expressividade
Ensino Fundamental Inicial Educação Física Atividades rítmicas e expressivas
Educação Infantil Movimento Coordenação
Ensino Fundamental Inicial Educação Física Esportes, jogos, lutas e ginásticas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Ampliar os conhecimentos trabalhados na primeira aula sobre jogos e brincadeiras indígenas.

- Aprender as regras e a dinâmica dos jogos e brincadeiras indígenas que não foram completados na primeira aula.

- Aprender a contextualizar as práticas desses jogos com suas etnias indígenas de origem, falando da cultura e das peculiaridades do cotidiano de cada aldeia.

Duração das atividades
Cada atividade terá duração de 25 minutos compreendendo um total de 100 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Por se tratar de uma aula introdutória não serão necessários conhecimentos prévios ao tema da aula.  

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1 – Conhecendo melhor o universo lúdico indígena

Duração: 25 minutos

Material: computadores

Local: sala de informática             

Para dar início à aula Brincando de Índio II o(a) professor(a) poderá introduzir o tema através de vídeos que mostrem um pouco do cotidiano e da cultura das etnias indígenas cujos brinquedos e brincadeiras, que serão abordados em aula, se originaram. Para isso, o(a) professor(a) terá a sua disposição vídeos disponíveis na internet.   

Sugestões de vídeos:                       

Atividade 2 – Jogo da onça (Bororo)

Duração: 25 minutos

Material: emborrachado de EVA, canetinha, pedrinhas ou tampinhas

Local: quadra ou pátio

Dando continuidade às atividades, o(a) professor(a) poderá trabalhar com um jogo de estratégia denominado “Jogo da Onça” (Figura 1). Esse jogo, conhecido pelos índios Bororos como Adugo, possui uma característica muito peculiar, pois, diferentemente da maioria dos jogos de tabuleiros, os jogadores não possuem o mesmo número de peças e suas estratégias são bem distintas. O jogador que joga com a onça tem apenas uma peça, que se diferencia das demais em cor e formato e cujo objetivo é capturar outras 5 peças do adversário. O movimento de captura é feito semelhantemente à captura do jogo de damas. O jogador que joga com os cachorros tem 14 peças que terão como objetivo encurralar a onça em algum canto do tabuleiro.  Os cachorros não capturam a onça. O jogo termina quando o jogador da onça consegue capturar 5 cachorros ou quando o jogador de cachorros consegue encurralar a onça no tabuleiro impedindo que ela se movimente. Vídeo Jogo da Onça (acessado em 13/10/2010).

O tabuleiro do jogo pode ser desenhado no chão ou em um emborrachado de EVA (Figura 2). Para desenhá-lo o(a) professor(a) deverá seguir os seguintes passos:

  • Desenhar um quadrado com lados de aproximadamente 10 cm (A).
  • Dividir o quadro em 4 porções iguais na vertical (B).
  • Dividir em mais 4 porções idênticas na horizontal (C), formando 16 quadrantes.
  • Desenhar um losango no centro do tabuleiro(D) e um triângulo na parte superior (E).
  • Dividir o triângulo superior na vetical e na horizontal (F).
  • A peça que irá representar a onça deve ser maior que as peças que irão representar os cachorros (G), podendo-se utilizar tampinhas ou pedrinhas de aquário.    

Atividade 3 – Kolidihõ (Pareci)

Duração: 25 minutos

Material: cabos de vassoura

Local: quadra ou pátio             

Na atividade seguinte o(a) professor(a) poderá trabalhar com o Kolidihõ, um jogo inventado pelos índios Parecis cujas regras são semelhantes ao jogo de bocha. Para dar início ao jogo é necessário que cada participante (de 2 a 5 participantes) tenha de 3 a 4 toras de madeira (ou cabos de vassoura). No caso das crianças os cabos de vassoura podem ser cortados ao meio. Um dos participantes irá jogar um cabo de vassoura a uma distância de aproximadamente 7 metros da linha de lançamento e este servirá como referência para os demais lançamentos. O segundo jogador deverá jogar seu cabo com o objetivo de atingir uma distância de no máximo um palmo do cabo atirado pelo primeiro jogador. Essa seqüência vai se repetindo até que todos os jogadores tenham lançado seus cabos. Ao final, o jogador que conseguir o maior número de cabos de vassoura lançados a no máximo um palmo de distância do primeiro cabo de vassoura vence o jogo.

Atividade 4 – Arminha de bambu (Manchineri)

Duração: 25 minutos

Material: bambu, estilete, furadeira, argila

Local: quadra ou pátio             

Para finalizar, o(a) professor(a) poderá trabalhar com a tradicional brincadeira de bolinha de gude. No entanto, essa brincadeira é feita pelos índios Manchineri com bolinhas de barro, ou argila, e uma peculiar arminha de bambu (Figura 4). Para construir essa arminha o(a) professor(a) precisará seguir os seguintes passos:

  • Conseguir um bambu com espessura de 1,5 cm de diâmetro e comprimento de aproximadamente 40 cm, uma taquara de bambu de aproximadamente 45 cm e bolinhas de argila (A).
  • Fazer um buraco em uma das extremidades do bambu, atravessando-o (B).
  • Fazer mais dois buracos, próximos um do outro, na outra extremidade do bambu, mas sem atravessá-lo (C).
  • Retirar o trecho de bambu que ficou entre os buracos utilizando um estilete (D).
  • Afixar a taquara no primeiro buraco e colocá-la na extremidade final do buraco maior (H).
  • Para atirar basta puxar a taquara (F), colocar a bolinha de argila (G) e soltar a taquara (H).

Esta arminha servirá o jogo de bolinha de gude em diferentes regras. 

Recursos Complementares

Como atividade complementar o(a) professor(a) poderá passar para as crianças o documentário completo dos Jogos Indígenas do Brasil (acessado em 09/08/2010) para mostrar os jogos e brinquedos e brincadeiras de outras etnias indígenas do Brasil. 

Avaliação

Ao final das atividades, o(a) professor(a) poderá fazer um debate com as crianças com os seguintes temas abordados em aula:

  • Quais etnias indígenas vocês conheceram nesta aula?
  • É possível verificar diferenças nos costumes, hábitos e nas culturas de cada uma delas? Quais diferenças?
  • Qual jogo ou brincadeira vocês acharam mais original?
  • Qual jogo ou brincadeira vocês acharam mais interessante?
  • Alguma das atividades trabalhadas se parece com algum jogo ou brincadeira que vocês já conheciam? Qual?             

Durante a discussão dos temas o(a) professor(a) irá registrar em um cartaz, intitulado “Brincando de Índio II”, os comentários feitos pelas crianças durante o debate. Este cartaz poderá ser exposto posteriormente em algum espaço comum da escola para fomentar a discussão dos temas abordados com os demais integrantes da comunidade escolar.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 2 classificações

  • Cinco estrelas 1/2 - 50%
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Opiniões

  • cesar, escolas cooperativa vgp , São Paulo - disse:
    cesar_aden@yahoo.com.br

    16/04/2013

    Quatro estrelas

    muito legal e criativa, cultura pura.


  • Dalto Gomes, ULBRA , Goiás - disse:
    daltogomes10@hotmail.com

    15/11/2010

    Cinco estrelas

    Muito bom. Muito ilustrativo, claro e dinâmico. Os jogos e as instruções a eles relacionadas podem enriquecer as aulas e recreações com muita riqueza lúdica.


Sem classificação.
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