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Pegadas: investigando, descobrindo e conhecendo os animais

 

21/01/2011

Autor e Coautor(es)
Lindomar de Oliveira Untaler
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Cláudia Regina M.G. Fernandes; Lérida de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Meio Ambiente Manejo e conservação ambiental
Ensino Fundamental Inicial Meio Ambiente Ciclos da natureza
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar diferentes tipos de pegadas de animais
  • Conhecer hábitos de animais por meio de suas pegadas
  • Confeccionar moldes de pegadas de animais 
Duração das atividades
03 AULAS (50 MINUTOS CADA)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Conhecimentos prévios sobre diferentes animais e suas pegadas.

Estratégias e recursos da aula
1º momento: começando a conversa

Cabe ao/a professor/a entregar os textos para os/as alunos/as e solicitar, em um primeiro momento, que os/as mesmos/as façam uma leitura silenciosa e individual. Caso o/a professor/a não tenha recursos para a impressão dos textos, cabe a ele/a preparar transparências para serem projetadas com retroprojetor para que os/as alunos/as façam a leitura. Em um segundo momento, cada aluno/a pode fazer a leitura até um certo ponto do texto para que todos/as participem. Em um terceiro momento, o/a professor/a pode propor uma leitura mais detalhada e em seguida solicitar que os/as alunos/as grifem as palavras desconhecidas.

 

TEXTO 1   

 

Pegadas ou rastros

 

As pegadas de animais silvestres são basicamente as impressões que eles deixam ao se deslocarem numa determinada área. A qualidade dessas impressões vai variar de acordo com o tipo de terreno e também a época do ano. Em geral, terrenos mais argilosos e a época de chuvas permitem melhores condições para “marcar” a pegada de um animal. As pegadas são facilmente observadas, até mesmo quando você está realizando outras atividades. Além da simples observação, você também pode preparar um pequeno mostruário das pegadas encontradas na sua propriedade. Para isso, vai ser preciso preparar uma mistura de gesso em pó e água, até formar uma solução bem pastosa. Despeje este caldo grosso em cima da pegada e espere até que o gesso endureça, aproximadamente 10 minutos. Aguarde o gesso ficar firme e retire-o com bastante cuidado. Os especialistas chamam essa peça de contramolde. Se você tiver dúvidas sobre a identificação da pegada do animal, o contramolde poderá ser apresentado para especialistas ou mesmo para pessoas com mais experiência. Além dos contramoldes de gesso, você pode também fotografar as pegadas ou desenhar o contorno da pegada. No caso de fotografia é sempre bom você colocar algum objeto que sirva como uma referência de tamanho (régua, pilha, caneta, etc). Assim, uma pessoa que olhar a foto mais tarde vai ter uma idéia melhor do tamanho da pegada e mesmo do animal que a deixou. Para desenhar, ponha um plástico sobre uma placa de vidro, ambos transparentes. Disponha sobre a pegada e a copie. Mesmo as espécies de difícil observação, seja por seus hábitos noturnos ou por não serem muitos comuns, podem ser identificadas através do reconhecimento de suas pegadas.  

 

 Identificando as pegadas dos animais

 

Agora vamos aprender como identificar as pegadas dos animais. No dia a dia da fazenda, você deve observar rastros de animais com bastante frequência. Muitos deles você deve reconhecer por experiência própria, mas com certeza em muitas ocasiões você fica em dúvida ou até mesmo não consegue identificar o autor, o dono daquela pegada. Ao tentar identificar que animal deixou uma pegada, você deve estar atento a algumas características que vão ajudá-lo nessa tarefa. Uma das marcas mais importantes é a dos dígitos, ou seja, dos dedos dos animais. Preste atenção ao número (quantos são), a forma (redondo, alongado.) e a presença ou não de sinais de unhas. Essas informações facilitarão muito a identificação. Outras marcas importantes são a forma e o tamanho das almofadas, embora elas não estejam presentes nas pegadas de vários animais, por exemplo, nos animais com casco. Para facilitar esse trabalho, vamos apresentar alguns animais que vivem na região das cabeceiras do Rio Xingu. Eles estão agrupados conforme características comuns que possuem. Denominamos esses grupos de Ordem. Por exemplo, o lobinho, o cachorro vinagre e o lobo guará são parentes entre si e são chamados canídeos. No cerrado, o uso de binóculos não é suficiente para a observação de mamíferos. Isso não se deve à sua ausência, já que alguns dos maiores e mais belos animais da fauna brasileira vivem ali, como onças (parda e pintada), tamanduá-bandeira, lobo-guará, veado e anta. Sua observação é difícil porque esses animais têm hábitos solitários, são discretos e geralmente apresentam atividade noturna ou crepuscular. Mas é possível fazer um safári de forma mais sutil, ‘observando’ os mamíferos através dos rastros que eles deixam durante suas ações. Tocas, trilhas, restos alimentares, fezes e pegadas nos permitem conhecer os mamíferos de uma área. Vale lembrar que o estudo da megafauna extinta foi feito com base em vestígios (ossadas, fezes fósseis e pegadas). Até indícios indiretos da existência de animais, como os deixados pelo homem pré-histórico na forma de inscrições rupestres, nos contam sobre os mamíferos do cerrado há milhares de anos. Para o conhecimento cientifico é de grande satisfação conhecer a identificação de pegadas e rastros de animais, pois mesmo em sua ausência, esses rastros poderão contribuir para comprovação da existência de animais no local onde encontrou seus vestígios. Alguns dos grandes mamíferos já existentes foram descobertos apenas pelas pegadas deixadas no solo que, com o passar do tempo, foram fossilizadas, no entanto nunca se teve um espécime real para ser estudado, mas graças aos vestígios deixados na natureza foram possíveis identificá-lo e fazer a datação de sua existência.

 

Conclusão

Rastros de animais e a retirada de moldes e contramoldes de pegadas podem complementar ou servem como alternativa para os métodos convencionais de se ensinar/aprender conceitos de ecologia e vida silvestre. É através dessas identificações que podemos definir como os animais desempenham papel muito importante no ambiente em que vivem. Eles são responsáveis pela dispersão de sementes de diversas árvores, pela predação de outras e também pela polinização, ajudando ativamente nos processos que influenciam a dinâmica e a manutenção desses ambientes. E através de algumas evidências ou vestígios deixados por animais, é possível confirmar se estes vivem em uma determinada área. Deve-se ressaltar ainda que muitos dos animais já extintos foram identificados apenas pelos vestígios deixados na natureza, de forma que uma pegada no solo, uma vez petrificada, pode determinar qual era o tipo de espécie existente naquela região.

 

Referencias bibliográficas

Becker, M.; Dalponte, J. C. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros: um guia de campo. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991.   

Borges, P. A. L.; Tomas, W. M. Guia de rastros e outros vestígios de mamíferos do Pantanal. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2004.   

Carvalho Júnior, O.; Luz, N. C. Pegadas. Belém: EdUFPA, 2008.

Neves, A. C.; Mourão, F.; Krettli, L.; Figueira, J. E.; Barbosa, P. M. No rastro dos mamíferos: um safári na savana brasileira. Revista Ciência Hoje, 38 (227): 70-73, 2006.

 

 

TEXTO 2   

 

Pegadas dos Animais  

 

Examinando as marcas que as patas dos bichos deixam na neve, no lodo, na areia, na terra, é possível dizer muito a respeito do animal, que vida ele leva, se é herbívoro ou um caçador. As patas com dedos reunidos por membranas denunciam hábitos aquáticos. As marcas de cascos, que são unhas transformadas, denunciam o corredor das planícies, tipo cavalo ou boi, ou então um escalador das montanhas, tipo cabra saltadora. As marcas mais leves dos cães e gatos denunciam o caçador sorrateiro. A pata do urso polar, além de ser um órgão natatório, é principalmente um "órgão para das patadas", isto é, golpes mortíferos sobre a caça. Para isso ele desenvolveu unhas respeitáveis. Uma só destas patadas, se bem aplicada, pode matar um homem, seja pela força, seja pela ferida produzida com as unhas. Além disso, apesar de sua aparência sonolenta, é um urso rápido.

 

Plantígrados

Canídeos

Insentívoros

Felídeos

Mustelídeos e Viverrídeos

Ungulados - são bichos de casco em geral

Roedores

Urso marrom

Raposa

Musaranho

Gato doméstico

Doninha

Cabra-dos-montes

Rato do Campo 

Urso branco ou polar

Chacal

Toupeira

Gato selvagem

Marta

Gamo

Rato Doméstico

 

Cão Lobo

Ouriço

Lince

Tourão

Javali

Rato do Mato

 

 

 

 

Gineta

Cervo

Ratazana

 

 

 

 

Visão

Cavalo

Rato veguinho

 

 

 

 

Lontra

Vaca

Marmota

 

 

 

 

Texugo

Bisão

Esquilo

 

 

 

 

Fuinha

Alce

Rato Almiscarado

 

 

 

 

 

Rena

Coelho

 

 

 

 

 

 

Lebre

 

 

 

 

 

 

Lebra Alpina

 

 

 

 

 

 

Miopótamo

 

 

 

 

 

 

Castor

 

Fonte: http://www.saudeanimal.com.br/pegadas.htm acesso feito dia 10/10/2010        

 

  

 

2º momento: aguçando a curiosidade

Nesse momento o/a professor/a pode dividir a sala de aula em grupos de, no máximo, 5 alunos/as, para a elaboração de experimentos sobre o tema em questão. O/a professor/a pode envolver a turma na construção dos experimentos, pedindo para que os/as alunos/as tragam o material que será necessário para tanto. Caso os/as mesmos/as não tenham condições de trazer o material, será responsabilidade do/a professor/a disponibilizá-lo. Feita a distribuição do material, cabe ao/a professor/a orientar os/as alunos/as no decorrer da atividade.

 

Material:

 

  • gesso ou argila seca,
  • água,
  • pote
  • colher para preparar a massa,
  • círculos de cartolina de diferentes diâmetros

 

Experimento - Coleta de Pegadas   

 

Ao encontrar as pegadas, é preciso selecionar o tamanho do círculo adequado ao tamanho da pegada e colocá-lo em volta dela.

 

No pote, colocar gesso e misturar água até ficar com consistência pastosa.

 

 

Despejar dentro do círculo, cuidadosamente para não desmanchar a pegada, até a altura máxima de 2 cm.

Depois de seco, retirar do locar e guardar em saco plástico identificando (nome do ambiente).

 

Em sala, e quando o gesso já estiver bem seco, limpar com uma escova de cerdas macias, até que a impressão da pegada esteja visível para identificação

                                                      

 

 

Fotos: Lérida de Oliveira (Arquivo Pessoal)

Fotos: Lérida de Oliveira (Arquivo Pessoal)

 

 

3º momento: aprendendo na interdisciplinaridade

 

Cabe ao/a professor/a de Ciências entrar em contato com o/a professor/a de História e pedir sua contribuição para que, durante sua aula, seja feita com os/as alunos/as uma discussão sobre a importância das pegadas fósseis para a história da humanidade. O/a professor/a de História pode trabalhar com os/as alunos/as o Texto 3 ou fica ao seu critério a escolha de outro texto sobre o tema abordado. Com isso, podem obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado na aula de Ciências, assim como podem apresentar um bom engajamento e maior interesse durante as aulas de História.

 

TEXTO 3   

 

Encontradas pegadas e fósseis de animais pré-históricos no Peru  

Centenas de pegadas e fósseis de dinossauros e outros animais pré-históricos foram descobertos durante a construção de uma rua na cidade de Ancash, no noroeste do Peru, informou em comunicado nesta segunda-feira a empresa responsável pela obra. Um estudo preliminar identificou mais de 100 pegadas de pelo menos 12 animais diferentes que podem datar do período Cretáceo Médio, há 120 milhões [há controvérsias] de anos. As informações são do Terra Espanha. "É o achado de dinossauros mais alto do planeta, por se localizar a 4,6 mil m de altura", divulgou o comunicado. Além das pegadas e restos fossilizados de dinossauros, também foram identificados em análises cuidadosas os vestígios de répteis ictiosauros (em forma de peixe), ancestrais de crocodilos, pterossauros e tartarugas, assim como peixes e numerosos invertebrados. O Instituto Nacional de Cultura do Peru (INC) concedeu uma permissão à empresa Antamina para explorar a região em busca de mais fósseis.

 

Analisemos a situação   

 

Pegadas e vestígios de animais antigos tanto terrestres (dinossauros, tartarugas, invertebrados), aquáticos (ictiossauros, peixes e invertebrados), semi-aquáticos (crocodilos e tartarugas pré-históricos) e voadores (pterossauros) juntos, num pequeno espaço geográfico, podem indicar algo: as consequências do Dilúvio descrito na Bíblia. Basta saber a disposição desses fósseis nas camadas geológicas do local onde foram encontrados. Pelas informações que dispomos nessa notícia, não dá pra se especular muita coisa.

Mas uma coisa é de se pensar: esses animais encontrados (com exceção dos aquáticos) poderiam ter subido ao local (não por inteligência, mas por instinto), quando em fuga da inundação proveniente do Dilúvio - que por sinal, não adiantou nada, pois as águas inundaram até 15 côvados (cerca de 6,75 m, considerando o côvado hebraico, que corresponde a 45 cm) acima das mais altas montanhas daquela época (Gênesis 8:19 e 20) ou após o Dilúvio, esse local teria se elevado, junto à Cordilheira dos Andes, a partir do choque entre as placas tectônicas Sul Americana e a de Nazca (imagem abaixo), com os restos mortais desses animais e suas pegadas (acredito nessa última hipótese) - alguns morrendo e sepultados no local, pela grande quantidade de lama; outros, deixando pegadas sobre a lama pré inundação total, cobertas posteriormente por mais sedimentos, ficando preservadas e o animal morrendo mais a diante ou em outro local. São possibilidades. A Teoria da Evolução propõe algo totalmente diferente, mas não é a única explicação lógica para a extinção de muitos animais pré-históricos.

 

Fonte:  http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/02/encontradas-pegadas-de-animais-pre.html acesso feito dia 10/10/2010   

 

 

4º momento: trabalhando o esquema corporal   

Cabe ao/a professor/a de Ciências entrar em contato com o/a professor/a de Artes e pedir sua contribuição para que, durante sua aula, seja feita com os/as alunos/as a construção de diferentes pegadas de animais. Em um segundo momento da aula, essas pegadas devem ser colocadas nos diferentes ambientes da escola para que os/as alunos/as possam tentar distingui-las. Com isso, os/as alunos/as poderão obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado na aula de Ciências e História, assim como poderão apresentar um bom engajamento e maior interesse durante as aulas de Artes.  

  

 

Fonte: http://www.colmagno.com.br/quemconta/Historias/galinha_ruiva/mapa/fisico/fisico.asp acesso feito 14/11/2010 

Recursos Complementares

Joguinhos de pegadas:

Fonte: http://www.meninasjogando.com.br/animais/animal-artist-362.html acesso feito dia 10/10/2010     

Avaliação

A avaliação dos/as alunos/as pode ser feita em todos os momentos da aula: durante a leitura do texto, a construção e a execução dos experimentos e a apresentação de comentários e questionamentos. A avaliação pode ser feita a partir das contribuições individuais ou das contribuições do grupo como um todo, assim como a partir do envolvimento dos/as alunos/as nas atividades solicitadas.  

Opinião de quem acessou

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