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Consolidação do Samba: a sociabilidade urbana no Rio de Janeiro.

 

07/02/2011

Autor e Coautor(es)
Bruno Viveiros Martins
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Gabriel Luiz Maia Nascimento, Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Cultura
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos perceberão a importância dos movimentos culturais populares na constituição do cenário urbano. Além disso, os alunos compreenderão os processos que originam o mercado fonográfico brasileiro para ter consciência de como se organizava a sociedade no início do século XX.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Abolição da Escravidão (1888).
  • Brasil República (1889 - 1930).
Estratégias e recursos da aula
  • INTRODUÇÃO

A compreensão do surgimento de movimentos populares é essencial para a análise da sociedade do início do século XX. Partindo do exemplo marcante do Rio de Janeiro e do aparecimento do samba em seu cenário, podemos visualizar diversos elementos da história social da música.

O mercado fonográfico primário e precário do final do século XIX e início do XX acaba sendo obstáculo para o entendimento dos alunos em relação a certos pontos da história da arte brasileira. Porém a compreensão dessa lógica tão adversa da atual ajuda o entendimento da organização social.

O samba, ritmo ainda popular e bem difundido no Brasil, auxilia-nos a encontrar outras maneiras de pensar as camadas mais pobres do início do XX. Por meio dele, vislumbramos a onda migratória de trabalhadores negros no final da escravidão e no período da abolição para a cidade do Rio. O início da ocupação dos morros, o nascimento do termo favela e o aumento demográfico da cidade e suas mudanças tanto físicas quanto culturais podem ser explorados por meio do samba, que ainda traz consigo o tema do preconceito e da aceitação.

  • DESENVOLVIMENTO

Na primeira aula, o professor deverá fazer uma introdução sobre os temas que serão trabalhados (como o mercado fonográfico e a formação da sociedade carioca no século XX). Depois a sala poderá ser dividida em grupos para discussões. Cada grupo ficará responsável por um dos tópicos abaixo:

  1. GRUPO 1 – “A venda de música no século XIX” Os alunos serão responsáveis por apresentar como se faziam as vendas das músicas populares no final do XIX. Pode-se discutir quem eram os principais interessados (os compositores, os editores e os fabricantes de instrumentos) nas vendas das partituras e o músico ainda não profissional. O grupo pode analisar imagens de partituras antigas e mostrar para a sala que formato elas possuíam para serem vendidas.  Link: http://ims.uol.com.br/index.aspx?DID=49
  2. GRUPO 2 – “A música e o teatro de revista” O grupo pode conceituar o que foi o teatro de revista e o seu impacto em cidades como o Rio de Janeiro. Pode ser posta em discussão a importância desse tipo de teatro para a popularização de músicas (em uma época sem rádio nem gravações), além de o grupo poder pesquisar nomes como os de Chiquinha Gonzaga e Costa Júnior.   Links: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=conceitos_biografia&cd_verbete=614 http://ims.uol.com.br/hs/chiquinhagonzaga/chiquinhagonzaga.html      
  3. GRUPO 3 – “A introdução das primeiras gravações” Os alunos deste grupo podem apresentar as principais mudanças ocorridas a partir da comercialização de discos. Além disso, pode ser discutida com os alunos a mudança do mercado em relação ao que se viu no primeiro grupo, dialogando os temas comparativamente.   Links: http://www.luizamerico.com.br/historia-mpb-06.php http://historiadamusicabrasileira.musicblog.com.br/161903/Casa-Edison/      
  4. GRUPO 4 – “Migração de negros para o Rio de Janeiro” Contextualizar os movimentos de migração que ocorreram a partir de 1880. Além de trazer informações, os alunos podem discutir a ocupação dos morros, a organização da cidade a partir de classes e as mudanças demográficas no meio urbano.   Link: http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1269.pdf
  5. GRUPO 5 – “Surgimento do Samba” O grupo pode pesquisar: quem foram os primeiros cantores a gravar samba; qual era a representatividade desse tipo de música; de que forma ela era vista por outras camadas da sociedade; e como era tratado o cantor de samba. Os alunos podem discutir o preconceito, como se deu a aceitação, a assimilação e as mudanças de visão em relação ao samba.   Link: http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/02/histria-do-samba.html

 

Link para mais imagens: http://ims.uol.com.br/index.aspx?DID=49

 

Primeiro passo: se a escola tiver um laboratório de informática, as informações poderão ser coletadas por meio da pesquisa e da orientação do professor.

Segundo passo: se a escola possuir um equipamento de projeção de computador, seria interessante os alunos buscarem imagens para mostrar à turma, trabalhando-as conjuntamente com a pesquisa.

Na segunda e na terceira aula os alunos apresentarão os resultados da pesquisa. As apresentações podem ser feitas em Power Point e as explicações expostas pelos elementos do grupo. As apresentações não devem ser muito extensas e podem ter em torno de 10 minutos. As imagens e informações obtidas podem fixadas em um mural no corredor da escola para que outros alunos possam ver os trabalhos feitos.

 

  • CONCLUSÃO

A partir dos trabalhos de cada grupo, os alunos e o professor devem fazer uma discussão para sintetizar o que foi apresentado. O professor deve dialogar os temas trabalhados para que os alunos compreendam como se pode analisar uma sociedade em seu tempo de diversas maneiras. O professor deve ressaltar que é uma compreensão parcial e que a análise do aspecto cultural do samba não representa a totalidade do que se vivia no Brasil.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos se reúnem novamente após a discussão em sala de aula e redigem um texto jornalístico como se eles dessem a notícia do surgimento do samba. Cada grupo deve articular as informações obtidas a partir dos trabalhos apresentados e redigir o texto como um artigo de jornal. Os artigos feitos podem ser reunidos em um jornal a ser publicado pelos alunos e entregues em toda a escola. As informações ali presentes podem ser avaliadas pelo professor.

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