22/11/2010
Thiago Lenine Tito Tolentino; Lígia Beatriz Paula Germano
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | História | Sujeito histórico |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Os alunos irão aprender sobre a atuação de Frei Caneca no processo posterior à Independência Brasileira. O objetivo da aula é fazer com que os alunos percebam as possibilidades políticas que existiam no momento da emancipação política brasileira, revelando as diferentes ideias que circulavam no País.
História do Brasil entre 1808-1824. Vinda da Corte real portuguesa para o Brasil. História das ideias políticas no Brasil nos anos 1808-1830. Revolução de 1817, em Pernambuco. História da Confederação do Equador.
INTRODUÇÃO O estudo das ações de Frei Caneca e, consequentemente, da Revolução de 1817 e, principalmente, da Confederação de 1824, é importante para a formação de uma perspectiva historiográfica crítica nos alunos. De fato, ao retomar experiências que procuraram questionar a implantação do Império brasileiro, tal qual realizada pelo Imperador D Pedro I, os alunos terão oportunidade de refletir sobre os ideais que sonhavam com outro futuro para o Brasil independente. Trata-se, portanto, de desenvolver com os alunos um esforço de interpretação das identidades brasileiras, procurando retomar perspectivas que destoam das orientações que simplificam a visão da história nacional. Ao questionar os alunos sobre os possíveis do passado, a aula proposta seria capaz de mostrar aos discentes que eles são capazes de construir a história, que eles podem ser sujeitos ativos na configuração da memória histórica ao re-significar temas de maneira autônoma e criativa.
DESENVOLVIMENTO A atividade proposta será divida em três etapas: pesquisa do tema, roteirização do tema para uma peça de teatro e encenação da peça pelos próprios alunos.
Para a roteirização do tema, sugere-se que os alunos foquem o julgamento de Frei Caneca pelo Tribunal Militar convocado por D. Pedro I. A peça deve suscitar o debate entre as ordenações da realeza e as ideias defendidas por Frei Caneca. Os alunos devem, então, se dividir em grupos para que cada grupo se encarregue de uma atividade. As atividades são: montagem de cenário, pesquisa de figurino e definição dos personagens: Frei Caneca, junta militar, D. Pedro I, soldados, padres, espectadores. Os personagens devem ser interpretados pelo maior número de alunos possível. Não é necessário, e nem recomendável, que cada personagem fique apenas com um aluno.
Primeira aula: Apresentação do tema pelo professor. Indicação dos materiais para a pesquisa de conteúdo e início da mesma. Indicar dever de casa referente aos conteúdos apontados (pode-se sugerir a leitura de capítulos dos livros citados. De preferência, indique textos diferentes para grupos de alunos, a fim de que eles possam, a partir da leitura diversificada, construírem o conteúdo a partir do debate.)
Segunda aula: Continuar as atividades de pesquisa de conteúdo iniciadas na primeira aula. Expor aos alunos a idéia de roteirizar o tema, dividir a turma em grupos de acordo com as atividades sugeridas no roteiro (atores, cenógrafos, sonoplastia etc.). Não há necessidade de fixar um tempo exato de duração da peça, mas é importante que ela tenha, no mínimo, cerca de 20-30 minutos. Indicar dever de casa no qual cada grupo se encontre e desenvolva idéias por escrito para a montagem do roteiro.
Terceira aula: Reunir os grupos montados na segunda aula e definir a montagem da peça, solucionando os problemas que surgirem, dividindo as funções e finalizando o roteiro. Indicar como dever de casa o estudo do roteiro por cada grupo, assim como, a obtenção de materiais necessários (e possíveis de acordo com a realidade de cada aluno) para a montagem.
Quarta aula: Realizar ensaio coletivo (toda a turma) para a montagem da peça. É importante que o professor, neste momento, se abstenha ao máximo para que os alunos possam, segundo organização própria, finalizar a encenação da peça. Indicar como dever de casa que cada grupo finalize suas atividades.
Quinta aula: Separar um primeiro momento para que os alunos montem a encenação. A encenação da peça deverá ser feita na sala de aula com os alunos e o professor. A partir do resultado, os alunos e professor podem se propor a apresentar a peça para outras salas e membros da comunidade escolar. No caso de professores que lecionem em uma mesma escola para turmas diferentes, mas da mesma série/ciclo, sugere-se que as turmas possam assistir umas às outras.
A pesquisa do tema será feita a partir dos materiais disponibilizados abaixo e todos os alunos deverão participar da pesquisa e do estudo do tema.
Os materiais abaixo auxiliam o trabalho dos grupos:
Vídeo sobre Frei Caneca: http://www.youtube.com/watch?v=03xM8WEt4LM
Vídeo sobre a Revolução Pernambucana de 1817 http://www.youtube.com/watch?v=C49aeCZm6HQ&feature=related
Vídeo sobre Confederação do Equador: http://www.youtube.com/watch?v=QfdNk-_dWoE
CONCLUSÃO A encenação da peça será a atividade final dos alunos. É preciso que todos participem, seja como autores, seja na produção (cenário, figurino, redação, roteirização, som, etc.). A encenação de uma peça teatral por parte dos alunos, além de constituir uma atividade lúdica, que associa diversão e conhecimento, é fundamental para o desenvolvimento da valorização do trabalho em grupo, destacando a importância do apoio mútuo. Além do mais, a ideia de fazer com que os alunos se aproximem da experiência dramática, representando personagens, vai ao encontro da perspectiva historiográfica que sempre busca “se colocar” no lugar dos atores históricos, a fim de melhor compreender os processos do passado.
Vídeo de alunos sobre Revolução Pernambucana de 1817 http://www.youtube.com/watch?v=iJPJqsJsfGw&feature=fvw
Os alunos devem ser avaliados de acordo com a sua participação nas atividades. A elaboração dos textos também deve ser avaliada segundo a adequação com a pesquisa bibliográfica proposta.
Cinco estrelas 1 classificações
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20/04/2013
Cinco estrelasbom e dinamico