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O traço e a linha - Desenhos de uma história

 

17/11/2010

Autor e Coautor(es)
Marileusa de Oliveira Reducino
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  •   Exercitar o traço e a imaginação do aluno;
  •   Perceber que o traço e a linha muitas vezes não são reproduzidos tal como imaginamos;
  •  Comparar a história contada com a registrada nos desenhos individuais;
  •   Colorir, com lápis de cor, o desenho cego da história contada.
Duração das atividades
• 04 Aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Sobre desenho;
  • Sobre linha;
Estratégias e recursos da aula

Aula 1 

  • Providenciar para esta aula, folhas de papel canson A3, lápis HB e faixas de tecido em tamanhos que possam tapar os olhos dos alunos;
  • Escolher para esta aula uma história infantil para ser contada aos alunos;
  • Segue sugestão:
  1. Os Músicos de Bremen  - Irmãos Grimm  - Adaptação do Livro Contos de Fadas. Disponível em: http://search.4shared.com/q/1/grimm   

  “Um homem tinha um burro que, há muito tempo, carregava sacos de milho para o moinho. O burro, porém, já estava ficando velho e não podia mais trabalhar. Por isso, o dono tencionava vendê-lo. O pobre animal, sabendo disso, ficou muito preocupado, pois não podia imaginar como seria seu novo dono... e então, para evitar qualquer surpresa desagradável, pôs-se a caminho da cidade de Bremen.

“Certamente, poderei ser músico na cidade”, pensava ele. Depois de andar um pouco, encontrou um cão deitado na estrada, arfando de cansaço.

 - Por que estás assim tão fatigado? perguntou o burro.

 - Amigo, já estou ficando velho e, a cada dia, vou ficando mais fraco. Não posso mais caçar; por isso meu dono queria me entregar à carrocinha. Então, fugi, mas não sei como ganhar a vida.

 - Pois bem, lhe disse o burro. Minha história é bem semelhante à sua. Vou tentar a vida como músico em Bremen. Venha comigo. Eu tocarei flauta e você poderá tocar tambor.

O cão aceitou o convite e seguiu com o burro. Não tinham andado muito, quando encontraram um gato, muito triste, sentado no meio do caminho.

- Que tristeza é essa, companheiro? Lhe perguntaram os dois.

 - Como posso estar alegre, se minha vida está em perigo? Respondeu o gato. Estou ficando velho e prefiro estar sentado junto ao fogo, em vez de caçar ratos. Por esse motivo, minha dona quer me afogar.

- Ora, venha conosco a Bremen, propuseram os outros. Seremos músicos e ganharemos muito dinheiro.

O gato, depois de pensar um pouco, aderiu e acompanhou-os. Foram andando até que encontraram um galo, cantando tristemente, trepado numa cerca.

 - Que foi que lhe aconteceu, amigo? Perguntaram os três.

- Imaginem, respondeu o galo, que amanhã a dona da casa vai ter visitas para o jantar. Então, sem dó nem piedade, ordenou ao cozinheiro que me matasse para fazer uma canja.

Os outros, então, lhe propuseram:

- Nós vamos a Bremen, onde nos tornaremos músicos. Você tem boa voz. Que tal se nos reunissemos para formar um conjunto?

 O galo gostou da idéia e juntando-se aos outros seguiram caminho.

A cidade de Bremen ficava muito distante e eles tiveram que parar numa floresta para passar a noite. O burro e o cão deitaram-se em baixo de uma árvore grande. O gato e o galo alojaram-se nos galhos da árvore. O galo, que se tinha colocado bem no alto, olhando ao redor, avistou uma luzinha ao longe, sinal de que deveria haver alguma casa por ali. Disse isso aos companheiros e todos acharam melhor andar até lá, pois o abrigo ali não estava muito confortável.

Começaram a andar e, cada vez mais, a luz se aproximava. Afinal, chegaram à casa. O burro, como era o maior, foi até a janela e espiou por uma fresta. À volta de uma mesa, viu quatro ladrões que comiam e bebiam. Transmitiu aos amigos o que tinha visto e ficaram todos imaginando um plano para afastar dali os homens. Por fim, resolveram aproximar-se da janela. O burro colocou-se de maneira a alcançar a borda da janela com uma das patas. O cão subiu nas costas do burro. O gato trepou nas costas do cão e o galo voou até ficar em cima do gato.

Depois, a um sinal combinado, começaram a fazer sua música juntos: o burro zurrava, o cão latia, o gato miava e o galo cacarejava. A seguir, quebrando os vidros da janela, entraram pela casa a dentro, fazendo uma barulhada medonha.

Os ladrões, pensando que algum fantasma havia surgido ali, saíram correndo para a floresta. Os quatro animais sentaram-se à mesa, serviram-se de tudo e procuraram um lugar para dormir. O burro deitou-se num monte de palha, no quintal; o cão, junto da porta, como a vigiar a casa; o gato, junto ao fogão, e o galo encarrapitou-se numa viga do telhado. Como estavam muito cansados, logo adormeceram.

Um pouco além da meia noite, os ladrões, verificando que a luz não brilhava mais dentro da casa, resolveram voltar. O chefe do bando disse aos demais:  

- Não devemos ter medo!  

E mandou que um entrasse primeiro para examinar a casa. Chegando à casa, o homem dirigiu-se à cozinha para acender um vela. Tomando os olhos do gato, que brilhavam no escuro, por brasas, tentou neles acender um fósforo. O gato, entretanto, não gostou da brincadeira e avançou para ele, cuspindo-o e arranhando-o. Ele tomou um grande susto e correu para a porta dos fundos, mas o cão, que lá estava deitado, mordeu-lhe a perna. O ladrão saiu correndo para o quintal, mas, ao passar pelo burro, levou um coice. O galo, que acordara com o barulho, cantou bem alto: - Có, có, ró, có!!!!

Sempre a correr, o ladrão foi se reunir aos outros, a quem contou:

 - Lá dentro há uma horrível bruxa que me arranhou com suas unhas afiadas e me cuspiu no rosto. Perto da porta, há um homem mau que me passou um canivete na perna. No quintal, há um monstro escuro, que me bateu com um pedaço de pau. Além disso tudo, no telhado está sentado um juiz, que gritou bem alto:  

“- Traga aqui o patife!!!”... Acho que não devemos voltar lá... é muito perigoso!!

Depois disso, nunca mais os ladrões voltaram à casa, e os quatro músicos de Bremen sentiam-se muito bem lá, onde faziam suas músicas e viviam despreocupados. De vez em quando alguém das redondezas os chamavam e lá iam eles, felizes e contentes, tocar a sua música....”

  •  Entregar para os alunos uma folha de papel canson A3 e um lápis HB e dizer que seus olhos serão vendados com uma faixa de tecidos;
  • Fixar com uma fita adesiva, na mesa do aluno, a folha de papel A3;
  • Explicar aos alunos que eles ouvirão uma história dos irmãos Grimm intitulada “Os músicos de Bremen”;
  • Falar para os alunos que eles deverão, com os olhos vendados, desenhar, no papel canson e com lápis HB, as partes da história que acharem importantes;
  • Vedar os olhos das crianças e contar a história (cuidar para que as entonações de vozes dos animais e do locutor da história sejam diferenciadas, criando assim um envolvimento imagético dos alunos com a história);
  • Manter os alunos com os olhos vendados, após o término da narração da história, e perguntar o que eles acharam da história, como imaginaram o galo, o gato, o cão, o burro, a casa, o caminho e os ladrões;
  • Ouvir as crianças e perguntar, novamente, se elas acreditam que conseguiram desenhar, na folha de papel, as  imagens dos personagens da história;
  • Desvendar os olhos dos alunos, convidando-os a observarem seus desenhos;
  • Ouvir os relatos dos alunos sobre suas impressões frente ao desenho realizado (traços e linhas elaborados imageticamente) e conversar com os alunos sobre a diferença entre a construção das imagens em sua imaginação e seus registros (linhas e formas), com os olhos vendados;
  • Distribuir pela sala de aula algumas imagens dos músicos de Bremen para apreciação dos alunos;
  • Segue sugestão:

  Estátua em Bremen, Alemanha  http://experimentacoesnarrativas.blogspot.com/ 

Os músicos de Bremen http://cpjraand.educa.aragon.es/amparo/cuentomusicos.htm   

Aula 2 e Aula 3   

  • Dizer aos alunos que, com lápis de cor, coloram o desenho produzido na aula anterior;
  • Falar para os alunos colorirem os desenhos, preenchendo, com cor, toda a superfície do papel;
  • Observação: Provavelmente, pelo tamanho da folha e pela diversidade de detalhes dos desenhos realizados, esta atividade ocupará duas aulas.  

 Aula 4

  • Expor os trabalhos na sala e discutir com os alunos a experiência de ouvir uma história, de desenhá-la com os olhos vendados e colorir o desenho no qual os gestos, os traços e as linhas registradas distanciam-se das imaginadas;
  • Avaliar o produto final e pedir que cada aluno faça uma auto-avaliação do trabalho.  
Recursos Complementares
Avaliação
  • O aluno será avaliado durante o desenvolvimento das atividades propostas, tendo como foco o seu envolvimento, sua percepção entre imaginação e desenho figurativo, sua atenção e abstração na realização do trabalho.
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