Vivenciar com os alunos a prática do atletismo e do Salto com Vara na escola;

Aprender as técnicas do Salto com Vara: movimentos dos braços, pernas e partida para o salto.

Possibilitar a construção de materiais e adaptação de espaços para a prática do Salto com Vara.

Não é necessário nenhum conhecimento prévio.

SALTO COM VARA 

Salto com vara é um evento atlético onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alçar altura, e passar por cima de uma barra.Competições de salto com vara aconteciam na Grécia antiga. Até o início do século XX, as varas eram feitas de bambu ou madeira e, posteriormente, passaram a ser feitas de alumínio. Atualmente, as varas modernas são feitas de fibra de carbono ou fibra de vidro. Estas mudanças geraram grande diminuição do peso da vara e maior flexibilidade, e graças a estes avanços os recordes de salto com vara tornaram-se cada vez mais altos.Outra melhoria aplicada foi na área de pouso: até a década de 1960, os atletas eram obrigados a cair na areia dura, o que propiciava lesões e até mesmo medo e falta de confiança. Hoje, os atletas aterrisam em colchões macios produzidos sob medida para o esporte. Outro fator que fez o esporte evoluir.

A pista oficial no salto com vara deve medir no mínimo 45m. O atleta deve saltar sobre um travessão - a fasquia ou sarrafo - apoiado em duas traves verticais.São permitidas um máximo de três tentativas para cada altura escolhida pelo atleta, o qual pode se recusar a saltar sob determinadas alturas com o intuito de alcançar mais rapidamente marcas maiores.Contam como faltas a queda do sarrafo, tanto pelo corpo do atleta quanto pela vara, e a mudança da posição das mãos após a vara ser fincada na caixa de apoio. Três faltas seguidas acabam com a prova.

Fatores que interferem em um bom salto:

Velocidade Horizontal

Velocidade Vertical

Flexibilidade

Coordenação de membros superiores

Coordenação de membros inferiores

Força (para envergar a vara)

Material adequado

Tipos de Saltos:

Vara Rígida

Vara Flexível

Como Saltar:

Com a vara, o centro de gravidade é jogado para frente do corpo, sendo uma dificuldade que deve ser diminuída para se chegar ao êxito.

Energias utilizadas:

Energias Dinâmicas (vara rígida):

Velocidade da Corrida

Impulsão no Solo

Repulsão da Vara

Energias Dinâmicas (vara flexível):

Energia mecânica desenvolvida pela vara (na envergadura transfere-se a força e energia cinética para energia mecânica)

Fases do Salto com Vara:

Corrida de aproximação;

Impulsão;

Transposição;

Queda.

Características das fases e como fazer o Salto Com Vara :Corrida de aproximação:

O atleta deve ser extremamente coordenado pois a vara por ser grande desenvolve um desequilíbrio tal, forçando o atleta projetar o centro de gravidade da vara para o seu (elevando a ponta da vara para trás). Uma grande importância também é dada a empunhadura. Carregar sempre a vara do lado contrário da perna de impulsão para não atrapalhar a dinâmica do salto. Os braços devem estar abertos do lado contrário do pé de impulsão. Abaixa-se a ponta da vara e a mão do pé de impulsão eleva sua ponta, a fim de buscar o equilíbrio. 

A corrida deve ser ritmada para acertar o salto no tempo certo a vara no "take off"e coordenar. Se o atleta errar o passo não conseguirá encaixá-la, ou seja, se perder o ritmo desta corrida vibrará excessivamente a vara dificultando o alinhamento da passada.

Impulsão:

Existem dois movimentos de pêndulo. 1) Vara sobre o solo e 2) Homem sobre a vara.

O movimento de rotação gera o pêndulo e quando ela é travada naturalmente cria um movimento de pêndulo. Com a rotação dos segmentos no ar (lançamento de elevação da perna), irá subir em posição de "L". A aceleração criada pelo pêndulo, ao empurrar a vara para baixo e para trás ganhará uma força para cima e para frente. Acelera girando o corpo para baixo entra com as pernas para o sarrafo. O Atleta empurra a vara e cai sentado sobre o colchão. A transferência da energia cinética pra energia mecânica ocorre quando o atleta trava com a mão da frente (empurra a vara) e abaixa com a de trás, envergando-a. Quando este atleta freia, a energia é transferida para a vara e consequentemente para o centro de gravidade pela frente.

Transposição ou Repulsão:

Após girar o corpo, lançar as pernas, flexionando os joelhos e elevando os quadris. Os braços vão para trás, provocando a queda sentado no colchão de H²O.

Queda: Carpa-se o corpo elevando os quadris e em seguida cai-se sentado no colchão.

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AULA 1

ATIVIDADE I

Realizar uma estafeta com pequenos obstáculos. Dividir a turma em quatro grupos iguais e cada aluno terá que completar o percurso correndo e saltando os obstáculos tocando na palma da mão do seu colega de equipe ao final para dar direito ao próximo da fila realizar a atividade.

O professor colocará um plinto a oito metros da fila, um banco sueco a cinco metros do plinto, um colchão de 1,50x2,25 a sete metros do banco sueco e um cone a cinco metros do colchão.

ATIVIDADE II

Adaptação a vara:

Pode-se utilizar varas de bambú ou material similar para execução da aula. Os alunos com as varas nas mãos, livremente deverão explorar o local, realizando saltos apoiados pela vara, ou seja, escolhem um determinado ponto (uma linha da quadra,  a arquibancada, etc.), apoiam a vara no solo e fazendo um salto sobre o obstáculo escolhido.

ATIVIDADE III

Tomada da consciência da vara pelo aluno e determinação do pé de impulso.

Fazer duas linhas no chão a aproximadamente 2m de distância uma da outra. Pedir que os alunos corram e tentem ultrapassar as linhas. Em seguida, com a vara na mão, pedir que corram, apoiem a vara no solo antes da primeira linha e ultrapassem as linhas utilizando o impulso da vara. Pedir que os alunos observem com que perna estão fazendo o impulso naturalmente. Em seguida, experimentar com a outra perna. Ao final, determinar qual a melhor perna para impulsão de cada um.

 ATIVIDADE IV

Saltos: de baixo para cima.

Fixar uma corda a mais ou menos 60 cm do solo em suspensão (como se fosse o sarrafo do salto), dando apenas dois passo, fazer a ultrapassagem do obstáculo apoiando a vara bem próximo a corda.

Vara colocada na vertical, braço direito estendido acima da cabeça, segurando a vara em sua extremidade, o braço esquerdo flexionado a frente da cabeça. O aluno deve lançar o joelho da perna livre à frente a fim de ultrapassar o obstáculo, impelindo a perna de impulsão.

Os alunos devem efetuar vários saltos voluntários.

ATIVIDADE V

Exercício igual ao  anterior, sendo o salto feito com 1/4 da rotação e a queda ou aterrissagem com os pés unidos. Ir gradualmente aumentando a altura da corda e a distancia para corrida de aproximação. Utilizar colchões de aterrissagem a fim de  aumentar a segurança dos alunos.

ATIVIDADE VI

O mesmo exercício, porém trocando por uma vara maior.

ATIVIDADE VII

Organizar uma pequena competição de salto com vara. Cada aluno tem três tentativas para cada altura do salto. Os que não ultrapassarem a altura em vigor vão sendo eliminados até que se chegue ao vencedor.

OBSERVAÇÃO:

A ação de levar a vara, o lance do joelho da perna livre e o impulso devem ser feitos simultaneamente. Insistir no tempo de distancia de baixo para cima durante todo o impulso, quando a perna de impulso está ainda em contato com o solo. Evitar a tração dos braços.

http://www.birafitness.com/atletismo_saltos.htm 

http://adect2.no.sapo.pt/artigos/pdf/vara.pdf 

http://www.youtube.com/watch?v=NY8ln0lLheQ 

Verificar junto aos alunos se as aulas possibilitaram a construção de materiais e adaptação de espaços para a prática do Salto com Vara.

Pedir aos alunos que identifiquem as diferenças técnicas e físicas do salto com vara, diferenciando das demais formas de salto.