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Por que animais arrepiam?

 

17/11/2010

Autor e Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos; Maria Antonieta Gonzaga Silva; Priscila Barbosa Peixoto.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Ensino Fundamental Inicial Meio Ambiente Manejo e conservação ambiental
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar os mecanismos de arrepio de alguns animais.
  • Identificar a importância ecológica do arrepio.
  • Associar a importância desta estratégia para a sobrevivência dos animais.
  • Realizar atividade prática para  facilitar a compreensão do assunto.
  • Desenvolver a leitura de textos científicos relacionados com o assunto e sua interpretação.
Duração das atividades
3 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão ser capazes de reconhecer o Sistema Nervoso, bem como suas características principais.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor

Embora não tenhamos mais muitos pêlos pelo corpo (como nossos ancestrais), nós ainda mantivemos o mesmo sistema neuronal que eriçava os pêlos dos nossos ancestrais para protegê-los do frio.

Os animais peludos (ou cheios de penas) eriçam essas estruturas como uma estratégia para aumentar o “colchão de ar” que recobre o corpo e assim, manter o seu calor. Como assim? Bem, o colchão de ar é o espaço entre os pêlos eriçados e o corpo do animal. Quando os pêlos estão eriçados o calor produzido pelo corpo fica mais tempo retido e assim, é mais fácil para o animal peludo ficar mais quentinho.

Os pêlos são eriçados graças à inervação de uma musculatura que envolve a base de cada pelinho. Quando o frio causa um estresse suficiente para que nosso sistema nervoso responda, esses músculos se contraem e então os pêlos ficam eriçados.

Mas e o arrepio, de onde vem? Na verdade, quando arrepiamos, estamos fazendo a mesma coisa que os animais quando eles eriçam os pêlos. O que acontece é que nossos pêlos são mais finos e curtos e com a contração dos músculos a base dos pêlos fica mais evidente, formando aquelas “pelotinhas na pele”.

E então, com a evolução, nós seres humanos perdemos os pêlos fartos, mas continuamos com a capacidade de buscar diminuir a perda de calor eriçando os pelinhos curtos e finos que temos, por isso arrepiamos. Na falta de pêlos, é obvio: um agasalho ajuda muito!

O arrepio é definido como um ato reflexo do corpo em resposta a várias sensações sejam elas térmicas (frio, febre) ou emotivas (medo, paixão, contato físico...). Tais sensações desencadeiam reações em nosso corpo e são transmitidas por terminações nervosas existentes em nossa pele.

Quando você sente arrepio, seus pêlos eriçam porque a pele possui um músculo eretor para cada pêlo. Ao se contrair, o músculo coloca o pêlo em pé. Os pêlos levantados fazem com que uma camada de ar fique parada sobre a pele, funcionando como isolante térmico e evitando a perda de calor.

Os vasos sanguíneos da pele, que também ajudam na regulação da temperatura, sofrem uma vasoconstrição, ou seja, diminuem de tamanho provocando a redução do volume de sangue que circula em seu interior. Com uma menor quantidade de sangue esfriado circulando, a pele fica mais pálida e há menos perda de calor. Os músculos tremem, também com o objetivo de fazer mais calor e aquecer o corpo.

Adaptado de: http://diariodebiologia.com/2010/02/por-que-arrepiamos/ (consultado em 13/10/10, às 16h12min) & http://proascg5.pbworks.com/definindo (consultado em 13/10/10, às 16h13min).   

Estratégia   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de atividades de sondagem de conhecimentos prévios, discussões entre eles, simulação de arrepios, além de leitura de texto e visualização de vídeo sobre o assunto, de forma a sistematizar os conhecimentos.   

Como o professor irá ativar esse processo:

O professor ativará este processo por meio de incentivo às discussões entre os alunos, sondagem de conhecimentos prévios, proposta de atividades de simulação de arrepios, além de leitura e interpretação de texto e apresentação de vídeo para a turma.   

Atividade Inicial: Levantamento de conhecimentos prévios             

Professor, num primeiro momento da aula, inicie uma discussão com a turma lançando o seguinte questionamento: por que arrepiamos os pêlos? Deixe que os alunos se expressem, dêem suas opiniões e contem suas experiências e vivências. Anote no quadro o que os alunos dirão sobre isso. Leve-os a pensar não apenas nos motivos de os pêlos arrepiarem nos seres humanos, mas também nos animais. Peça que eles anotem no caderno as ideias principais sobre o assunto.   

Atividade prática 1: Aumentando os pêlos             

Depois de sondar os conhecimentos prévios dos alunos e deixar que eles discutam o assunto entre eles, prepare uma atividade prática de visualização de crescimento de alpiste, simulando cabelos de um boneco. Para tanto, você precisará dos seguintes materiais:   

Materiais necessários:   

- Meia de seda ou meia fina

- Alpiste - Serragem ou areia   

Modo de preparar:   

Coloque um pouco de alpiste no pé da meia e a serragem por cima, amarre a ponta. Abaixo há um passo a passo para a confecção dos bonecos.

Retirado de: http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/2010/06/boneco-ecologico-ou-boneco-de-alpiste.html (consultado em 13/10/10, às 16h32min). 

Retirado de: http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/2010/06/boneco-ecologico-ou-boneco-de-alpiste.html (consultado em 13/10/10, às 16h33min). 

Retirado de: http://3.bp.blogspot.com/_CA2qgWJAukA/S-9KnSjYy3I/AAAAAAAASBU/6C-SaE20jN8/s1600/CDER.jpg (consultado em 13/10/10, às 16h34min).      

Se possível, oriente que cada aluno faça o seu boneco. As observações deste boneco serão feitas por alguns dias, até que o alpiste comece a germinar e suas folhas cresçam. Peça que os alunos anotem no caderno todas as observações feitas neste período.

Terminada a observação, peça aos alunos que comparem o tamanho do boneco antes e depois que o alpiste cresceu. Instigue-os a pensar que o boneco aparentemente aumentou de tamanho, pois seus “cabelos” ficaram eriçados para cima. Pergunte: Será que isso se parece com o arrepio? O que o arrepio poderia significar para um animal que está numa situação aparentemente de risco? Deixe os alunos se manifestarem, instigue-os a pensar sobre a defesa dos animais.   

Atividade prática 2: Parecendo maior             

Depois da primeira atividade prática concluída e as discussões acerca dela, proponha mais uma atividade prática para a turma, em que os alunos simularão animais arrepiados, percebendo a importância deste mecanismo. Para tanto, você precisará providenciar:   

Materiais necessários: 

- Peruca colorida

Retirado de: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=89087623_1443.jpg&v=E (consultado em 13/10/10, às 16h44min).    

- Balões de festa   

Peça que um dos alunos coloque a peruca e instigue a turma a pensar se o colega parece maior ou menor que antes. Por que ele parece maior? A peruca o deixou mais ameaçador? Agora imaginem na natureza, se um animal de repente se arrepia todo, ele vai parecer maior? Isso será bom para ele?

Entregue um balão para cada aluno e peça que encham. O balão mudou? Deixou de ser o mesmo balão? No entanto, ele está maior ou menor que antes?

Agora imaginem dois animais se enfrentando na natureza: se um deles fica todo arrepiado, com a aparência de maior e mais ameaçador, o outro vai se sentir como? Os alunos, provavelmente, dirão que os animais maiores são mais respeitados, pois os outros têm medo. Instigue-os a pensar então que o arrepio é uma estratégia boa para os animais, pois faz com que eles pareçam maiores.

Outro exemplo de animal que tenta ser maior para conseguir fugir de predadores é o peixe baiacu: embora ele não tenha pêlos para arrepiar, sua pele se distende e infla. Com isso, ele parece que cresce e o possível predador foge, pois agora ele está maior. Pássaros também eriçam as penas para indicar que estão dispostos a lutar para defender a cria ou a fêmea.  No caso dos seres humanos, o arrepio pode indicar medo ou frio.

Mostre algumas imagens para a turma:

Retirado de: http://diariodebiologia.com/wp-content/uploads/2009/09/arrepiar.jpg (consultado em 13/10/10, às 16h52min). 

Retirado de: http://diariodebiologia.com/2010/02/por-que-arrepiamos/ (consultado em 13/10/10, às 16h53min). 

Retirado de: http://www.inglesnosupermercado.com.br/wp-content/uploads/2009/05/ararinha-azul-com-penas-arrepiadas-bird-ruffles-its-feather.jpg (consultado em 13/10/10, às 16h54min). 

Texto para os alunos:             

Professor, após as discussões acerca das atividades práticas, entregue para os alunos um texto informativo sobre o arrepio, pedindo que cada um faça uma leitura atenciosa, grifando as partes mais importantes. Em seguida, faça com a turma uma leitura oral, explicando aspectos relevantes do texto a fazendo uma síntese do que já estudaram na aula de hoje.             

Abaixo segue sugestão de texto:   

O arrepio...   

- não acontece somente nos seres humanos?   

Um animal sentindo-se ameaçado arrepia-se (eriça os pêlos). E desta forma, aumenta de tamanho, parecendo ao inimigo mais poderoso do que é. Sendo assim, percebe-se que neste caso o arrepio está relacionado a uma situação de medo.

Mas há ainda outra situação: para adaptar-se ao frio, mamíferos (como nós) e aves eriçam seus pêlos ou penas (quer dizer arrepiam-se!). Isto acontece porque o arrepio faz aumentar o isolamento térmico. Quanto mais pêlos ou penas o animal tiver, melhor será esse sistema de proteção.   

- pode acontecer em situações de adrenalina?   

A adrenalina é um hormônio produzido por glândulas do nosso corpo e em momentos de "stress", a quantidade deste hormônio aumenta abundantemente em nosso organismo.

Quando é lançada na corrente sanguínea, devido a qualquer fator externo (como por exemplo, o medo e o frio intenso) que ameace o bom funcionamento do nosso corpo, ela provoca alterações como o aumento da frequência cardíaca e reações como o arrepio.   

- tem relação com a termorregulação?   

Termorregulação consiste na regulação da temperatura corporal de alguns seres vivos, como os mamíferos e as aves. Manter esta temperatura constante depende do equilíbrio entre a geração e dissipação de calor.

Quando estamos num local muito frio, ocorre um aumento na geração de calor e a dissipação diminui. Esta informação é levada até o cérebro na região que controla a temperatura corporal, desencadeando alguns ajustes comportamentais necessários: encolhimento do corpo, procura por locais abrigados, eriçamento dos pêlos (o tão famoso arrepio!).   

Adaptado de: http://proascg5.pbworks.com/curiosidades (consultado em 13/10/10, às 17h).    

Ferramentas tecnológicas – Atividades Visuais:             

Professor, após a leitura do texto, apresente para a turma um vídeo demonstrativo da estratégia de peixe que se infla para conseguir fugir de predadores. Deixe que os alunos assistam com atenção, depois discuta com eles sobre a importância deste e de outras estratégias para a sobrevivência, como o arrepio. Peça que cada aluno desenhe no caderno exemplos de animais que usam estas estratégias.             

Abaixo segue sugestão de vídeo:   

Puffer Fish - http://www.youtube.com/watch?v=OkXhC7yzISI&NR=1&feature=fvwp (consultado em 13/10/10, às 17h05min).  

Vídeo em inglês, mas o mais importante é que os alunos vejam as imagens do peixe que se infla e consegue escapar de seu predador.

Recursos Complementares

Professor, abaixo seguem alguns recursos complementares para a aula de hoje, a serem usados caso sinta necessidade:  

http://super.abril.com.br/superarquivo/1989/conteudo_111766.shtml (consultado em 13/10/10, às 17h10min).    

http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/porco-espinho-arrepia-leopardo-e-poe-bicho-pra-correr-20100203.html (consultado em 13/10/10, às 17h11min).    

http://mulheres-sarl.blogspot.com/2008/12/arrepio.html (consultado em 13/10/10, às 17h12min). 

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

Divida a turma em grupos e peça que cada grupo monte cartazes sobre o arrepio e outras estratégias dos animais para se defender. Oriente os grupos a buscarem em enciclopédias, jornais e revistas, bem como internet, mais informações acerca deste assunto, para acrescentarem nos cartazes. Peça que ilustrem os cartazes, com fotografias ou desenhos. Depois de montados os cartazes, chame alunos de outras turmas e peça que os grupos apresentem as ideias aos colegas, de forma a divulgar seus conhecimentos. Afixe os cartazes em mural da escola.

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