Nesta aula, o aluno terá a oportunidade de compreender a formação do bloco comunista do Leste Europeu/Ásia, bem como compreender o contexto histórico do final da década de 1960 no mundo, por meio dos eventos da “Primavera de Praga”. O aluno poderá ainda compreender as formas de manutenção de um bloco político hegemônico, bem como o princípio da autodeterminação dos povos.

A revolução Russa; A Segunda Guerra Mundial e o mundo do pós-guerra; Guerra fria.

Introdução

A abordagem deste tema deve ser precedida de aula expositiva sobre os eventos do pós-guerra e a conformação da Guerra Fria, opondo os blocos capitalista e socialista, liderados respectivamente pelos Estados Unidos e pela então União Soviética. É importante que os alunos compreendam a formação e o significado da existência da URSS no século XX. Esses conteúdos, provavelmente, já terão sido trabalhados em unidades anteriores, mas é importante uma breve revisão do assunto. É necessário que o professor comece a problematizar a questão da polarização do mundo entre as duas potências, bem como introduzir questões fundamentais, como os conceitos de comunismo, socialismo e capitalismo. É importante que o professor ressalte as principais lideranças dos blocos de poder constituídos: de um lado, o bloco capitalista, liderado pelos EUA e, fortemente, apoiados pela França, pelo Reino Unido e pela Alemanha Ocidental; de outro lado, o bloco comunista, centralizado na URSS, mas no qual Cuba e os países do Sudeste Asiático têm papel importante. Por último, é importante que o professor se preocupe em delinear o papel que a bipolarização teve na construção de mentalidades em todo o mundo no século XX.

Desenvolvimento

Primeira e segunda aulas:

A partir da leitura do texto disponível em http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra1/descricaopanoramica.htm (acesso em: 8 out. 2010) e http://www.brasilescola.com/historiag/primavera-praga.htm (acessado e 22 de out de 2010), os alunos devem ser divididos em três grupos, cada um discutindo um dos tópicos: a) as diferenças entre o bloco capitalista e o bloco comunista; b) a influência da propaganda de ambos os blocos no imaginário das pessoas do período; c) a repercussão da Guerra Fria nos países do Continente Africano e na América do Sul. Depois da discussão em grupos, reúnem-se novamente todos os alunos em círculo, onde cada grupo deve apresentar suas conclusões a todos da sala.  

Terceira aula:

A partir do terceiro encontro, o professor deve introduzir o assunto da situação da Checoslováquia ante o bloco comunista, a partir de 1968: o relaxamento da censura, o surgimento de costumes próprios ao Ocidente (vestuário, músicas e comportamento), a facilitação da circulação de pessoas, inclusive no que diz respeito à visita a outros países, antes proibida. Enfim, todas as medidas que constituíram a chamada “Cortina de Ferro”. Em seguida, o professor deve trabalhar a reação do Pacto de Varsóvia às medidas de abertura checas e a invasão do país pelos tanques do Pacto, em agosto de 1968. Após essa primeira parte expositiva da aula, que não deve tomar mais de metadade do tempo disponível, o professor deve incentivar os alunos a apresentarem suas impressões a respeito da reação do povo checo à invasão russa, a partir das imagens sugeridas. As imagens mostram um povo receptivo ou satisfeito? Ou, ao contrário, demonstram insatisfação? Em seguida, o professor pode exibir os dois vídeos sugeridos [http://www.youtube.com/watch?v=yrVDqd_oPo4 e http://www.youtube.com/watch?v=0FT0wZs4tqM] e aprofundar a discussão: o primeiro refere-se à libertação de Praga pelos russos, na Segunda Guerra Mundial; o segundo à invasão de 1968. Qual a impressão dos alunos, quais as diferenças visíveis entre os dois vídeos e qual a possível interpretação histórica para elas? 

Quarta aula

No quarto encontro, o professor deve trabalhar a repercussão da invasão Russa à Checoslováquia e as consequências da invasão. A partir da exibição do vídeo sugerido [http://www.youtube.com/watch?v=NtcE6ZO6kT0], os alunos devem ser incentivados a analisar o apoio de um líder comunista como Fidel Castro à invasão da Checoslováquia. Quais as possíveis razões do apoio? Por fim, os alunos devem ser estimulados a apresentarem suas conclusões: a invasão de um país por outro pode ser justificada por alguma razão? Quais os exemplos que temos atualmente de países invadidos e quais as razões apresentadas? A invasão da Checoslováquia e as invasões existentes hoje têm semelhanças? A partir dessa discussão os alunos podem compor murais com recortes de jornais e revistas que noticiem a invasão de países na atualidade, para serem afixados pela escola; com o auxílio do professor podem comparar esses eventos com outros dessa natureza encontrados na História. Se houverem meios tecnológicos disponíveis, os alunos podem ainda desenvolver blogs que comparem a invasão da Checoslováquia e dos países atualmente ocupados utilizando como base os inúmeros sites encontrados na internet que comemoraram os 40 anos de 1968. Pode -se tomar como exemplo o blog: http://gangamacota.blogspot.com/; http://escolamanoelcorreia.nireblog.com/.   

Conclusão

Ao longo das quatro aulas o aluno deve compreender a cadeia de eventos que, iniciando-se com um projeto de "abertura" política na Checoslováquia, levou à invasão do país pelos Russos. Deve ainda compreender que estes eventos inserem-se ao longo de uma cadeia maior de fatos históricos, que iniciam-se com os eventos de fundação da União Soviética, depois da Revolução Russa, e que tem ressonância na divisão do bloco comunista, no fim do século XX. Além disso, é importante também que os alunos compreendam que apesar de aparentemente estáveis, os blocos constituídos durante a Guerra Fria, eram afetados por conflitos e contradições internas. Ao longo das quatro aulas o aluno deve compreender a cadeia de eventos que, iniciando-se com um projeto de "abertura" política na Checoslováquia, levou à invasão do país pelos Russos. Deve ainda compreender que estes eventos inserem-se ao longo de uma cadeia maior de fatos históricos, que iniciam-se com os eventos de fundação da União Soviética, depois da Revolução Russa, e que tem ressonância na divisão do bloco comunista, no fim do século XX. Além disso, é importante também que os alunos compreendam que apesar de aparentemente estáveis, os blocos constituídos durante a Guerra Fria, eram afetados por conflitos e contradições internas a eles.

http://globonews.globo.com/platb/68/ Hotsite sobre o ano de 1968 pelo mundo.  

http://www.escoladosaber.xpg.com.br/AnoteHist68.htm Linha do tempo do ano de 1968 

Ao final das quatro aulas, os alunos devem ter formulado noções da diferença entre os blocos comunista e capitalista (ou oriental e ocidental). Devem compreender que as ações de um país repercutem em todo o mundo e os eventos da história de um país interferem e têm consequências para os demais países. Uma forma de avaliar a fixação desses conteúdos é a elaboração de um texto dissertativo individual que tenha como tema a relação entre a guerra fria e o direito à liberdade de todos os povos. Além disso, os alunos podem ser avaliados por sua performance nas discussões e na apresentação de suas conclusões nas discussões de grupos sugeridas. Outra possibilidade de avaliação é a construção por parte dos alunos de uma linha do tempo, que além de organizar os eventos cronologicamente de forma correta, deve contar com imagens, ilustrações, reportagens, etc.