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Greves operárias no Brasil em 1968

 

18/10/2010

Autor e Coautor(es)
Rafael da Cruz Alves
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Wilkie Buzatti Antunes, Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Sujeito histórico
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Nesta aula, por intermédio das greves operárias de 1968, no Brasil, os alunos têm a oportunidade de compreender o contexto histórico brasileiro do fim dos anos 1960, com ênfase nos conflitos que se instalaram entre os movimentos sociais e o Estado. Os alunos poderão ainda compreender com maior intensidade os eventos das greves de Osasco-SP e Contagem-MG, e suas relações com os movimentos de resistência clandestina ao regime militar.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O Golpe de 1964 e a instauração do regime militar; As propostas de Reformas de Base do governo João Goulart.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

Para a abordagem do tema das greves operárias de 1968, é importante que o professor tenha desenvolvido os temas das Reformas de Base do governo Goulart e do Golpe Militar de 1964, dando ênfase à ruptura do cenário político no pós-golpe e à criação de uma série de restrições aos canais de reivindicações de direitos por parte da sociedade civil. É importante ainda ressaltar que as reivindicações dos movimentos sociais não eram bem vistas por setores conservadores da sociedade brasileira, setores esses que assumiram o poder após o Golpe de 31 de março de 1964. Ainda deve ficar claro que, no decorrer dos anos seguintes, um processo de fechamento político tomou curso no Brasil, condicionando as reivindicações dos operários brasileiros aos canais cedidos pelo governo militar.

Desenvolvimento

Primeira aula:

No primeiro encontro, o professor deve apresentar as transformações que o Golpe de 1964 introduziu na sociedade brasileira. É importante destacar a contradição entre o apoio recebido pelos militares por parte dos setores médios da sociedade e as grandes mobilizações populares que haviam agitado o País em 1963 e no começo de 1964, em torno do presidente João Goulart e de suas Reformas de Base. O professor pode apresentar o vídeo que mostra o comício da Central do Brasil (http://www.youtube.com/watch?v=CApQLJhTTiI, acesso em: 8 out. 2010) e, dispondo os alunos em grupos, propor a discussão sobre a importância das Reformas de Base para o povo brasileiro. A seguir, um aluno de cada grupo deve apresentar suas conclusões a toda a sala. 

Segunda aula:

No segundo encontro, o professor deve introduzir o tema do Sindicalismo brasileiro no pós-Golpe de 1964, evidenciando como o governo passou a suprimir os canais de negociação entre patrões e empregados, controlando os sindicatos e tentando desqualificar as reivindicações dos trabalhadores. O fundamental é ressaltar a supressão do direito à reivindicação, por parte de um governo que havia tomado o poder à força. O professor pode apresentar as imagens e o vídeo sugerido [http://www.youtube.com/watch?v=0VYxjStdeO0] e propor uma discussão em torno das condições que tinham os trabalhadores para reivindicar seus direitos, estimulando os alunos a apresentarem suas impressões a respeito das formas que o governo atuava para impedi-los de exercerem os seus direitos. 

Terceira aula:

No último encontro, o professor deve introduzir os eventos das greves de Contagem-MG e de Osasco-SP e sua importância dentro do cenário de fechamento político de 1968. Cabe ressaltar, ainda, a ligação das principais lideranças grevistas com as organizações clandestinas de esquerda, destacando a forma como as militâncias de oposição ao regime militar estabeleciam conexões entre si. Como forma de costurar os conteúdos apresentados, o professor deve dispor os alunos em círculo, fomentando a seguinte discussão: os alunos estão satisfeitos com as condições de sua escola, de sua rua, de seu bairro? Como os alunos podem agir para reivindicar possíveis melhorias nessas condições? Quem os alunos pensam que são os responsáveis diretos por essas condições? Como é possível apresentá-las?

Conclusão

Após as aulas, os alunos devem compreender a conexão entre os eventos das Reformas de Base, o Golpe de 1964 e as greves de 1968. Devem compreender de que forma a supressão de canais de reivindicação impedem uma negociação dialógica em torno de um conjunto de direitos que signifique melhoria de sua condição de vida. Os alunos devem, ainda, compreender que reivindicar melhorias é um direito deles e que os episódios de lutas por direitos da história brasileira devem servir como inspiração para que possam tornar-se cidadãos brasileiros conscientes de seus deveres e, sobretudo, de seus direitos.

Recursos Complementares

http://globonews.globo.com/platb/68/ Hotsite sobre o ano de 1968.  

http://www.escoladosaber.xpg.com.br/AnoteHist68.htm Linha do tempo do ano de 1968 

Avaliação

A avaliação deverá perpassar todo o processo. O professor deve acompanhar a compreensão dos conceitos e das ideias desenvolvidas nas aulas por parte dos alunos, bem como avaliar a participação e o envolvimento deles nas discussões propostas.

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