• Os conceitos de símbolo e ícone na arte e no cotidiano atual.  
• O nascimento da heráldica e a criação dos brasões de famílias na era medieval e sua simbologia para a época.
• Pesquisar os próprios sobrenomes e os respectivos brasões de famílias, recuperando parte de uma herança passada.
• Criar um brasão atual a partir dos estudos realizados.

Não há

• Iniciar a aula com uma pergunta: símbolo e ícone são a mesma coisa? Possivelmente aparecerão do alunado vários conceitos e ideias sobre os dois termos. Aproveite as falas e anote algumas no quadro próximo dos termos. Fixe em seguida um símbolo e um ícone no quadro.
• Veja o exemplo abaixo:  

A pomba branca voando é vista como o símbolo da paz!

http://colorirdesenhos.com/files/desenhos/pomba_paz.jpg 

Este é o ícone do ORKUT, um site de relacionamento, hoje bastante utilizado por crianças e jovens.

http://3.bp.blogspot.com/_wTRzJPCDomE/Smydyv3q8iI/AAAAAAAAHdM/tGEBv9U_kdQ/s200/icone_orkut.jpg  

• A partir da compreensão das imagens, esclareça que a Semiótica trata dos estudos sobre signos, ou seja, “coisas que representam coisas”. Isso significa que tanto símbolos como ícones ocupam o lugar de alguma coisa, representando-a. Apresente então as definições para os dois termos: (1.) Símbolos: Não apresentam similaridade com a coisa que representa. Letras, palavras são exemplos clássicos. Outros exemplos como “a cruz” que simboliza “Cristo”, os “dedos em V” que simbolizam “paz e amor”, são corriqueiros no nosso dia a dia. É preciso entender que os símbolos são convenções que podem variar de cultura para cultura.
• (2.) Ícones: Há similaridade entre o ícone e a coisa que o mesmo representa. Ou seja, o ícone do “ponto de ônibus” é mesmo o desenho de um ônibus estilizado, e assim por diante. Observe na tela do computador os inúmeros ícones que nos permitem dar comandos nos programas, e assim por diante.
• A partir dessa conversa onde são esclarecidos os termos e o alunado participa dando exemplos e trazendo questões, dúvidas ou curiosidades sobre os mesmos, pergunte: quem sabe dizer o que é heráldica? Se tiver acesso à internet, acesse o site http://www.museumedieval.com.br/brasoes. 
• Nesse site irá encontrar maiores informações sobre heráldica e os brasões de família. Caso não possa acessar o site durante a aula com seus alunos e alunas, repasse o conceito de Heráldica para o grupo, escrevendo no quadro:
• Heráldica: É a ciência que estuda e interpreta as origens, evolução, significado social e simbólico, o valor documental e a finalidade da representação icônica da nobreza. Estuda a simbologia encontrada nos escudos, armas, bandeiras, armaduras medievais. Está intimamente ligada à história e à arte.
• A respeito dos brasões de famílias, que é a proposta desta aula, traga um pouco da história e do nascimento dos brasões de famílias. Os brasões e armas significam o conjunto de insígnias hereditárias, compostas de figuras e atributos determinados, concedidos por príncipes e reis em recompensa por serviços relevantes. A origem do uso de símbolos heráldicos remonta à Idade Média, quando das Cruzadas. Para distinguirem-se dos outros exércitos e até mesmo para facilitar a contagem dos mortos em batalha, os escudos eram pintados de certa cor ou com determinado símbolo. Ao retornarem dos confrontos ou de outro país, muitas vezes estes escudos eram enriquecidos com novos símbolos e cores. Os símbolos como sinais de honra e nobreza eram passados de pais para filhos, estabelecendo-se assim, as linhagens. No Brasil, a heráldica nasceu durante o império brasileiro e o uso dos títulos extinguia-se com a morte do titular. Os brasões eram concedidos a grandes fazendeiros, políticos e outros que, de uma forma ou de outra, prestavam apoio ou préstimos à Coroa.
• Primeira atividade: Alunos e alunas irão pesquisar sobre seus sobrenomes e verificar os brasões de suas famílias.
• No site de busca da Google, é possível encontrar vários brasões. Basta digitar o sobrenome de interesse e clicar em buscar imagens. Logo, aparecerão alguns exemplares de brasões como os abaixo:

http://www.picapauentalhes.com.br/mercadolivre/ML-30-1.jpg 

• Após o levantamento dos brasões de famílias, peça aos alunos e alunas que tentem encontrar informações sobre a simbologia ali encontrada e seus significados. O site  http://www.heraldica.com.br/saiba_mais/saiba_mais.php , no CAPÍTULO IV: Principais figuras heráldicas, é uma fonte para essa pesquisa.
• Inspirados nos símbolos encontrados nos brasões de suas famílias e em seus significados, a segunda atividade é que o alunado irá recriar, cada um, o seu brasão. 
• É interessante que nessa etapa o grupo se sinta livre para alterar formas e cores, se assim o desejar. Motive o grupo a encontrar outros símbolos que talvez hoje caracterizem seu grupo familiar. É fato que os brasões carregam símbolos ancestrais, mas como a própria história conta, com o tempo, os escudos recebiam novas cores e novos desenhos. Partindo dessa premissa, estimule o alunado a repensar o brasão ou brasões de suas famílias e produzir o seu próprio. Para a produção dos brasões podem ser utilizadas técnicas variadas como: desenho, pintura, colagem e até modelagem em argila.
• O exemplo abaixo mostra o resultado do trabalho realizado com o “falso mosaico”, ou seja, o alunado desenhou sobre um papelão mais grosso, em seguida preencheu todo o desenho com pedacinhos de EVA colados com cola branca.

A aluna buscou a imagem do brasão de sua família, o desenhou sobre o papelão e alterou as cores, criando uma outra combinação de tons de acordo com seu gosto estético.

1. Após cuidadoso trabalho de colocação das pequenas peças, lado a lado, respeitando os limites do desenho e variando as cores, e a secagem das mesmas, passe com uma espátula a massa corrida de parede branca (se preferir pode tingir com outras cores a massa) sobre todo o trabalho.
2. Antes que a massa seque, com a própria espátula retire o excesso de massa que fica sobre as pecinhas de EVA.
3. Depois de retirado o excesso, passe um pano úmido para limpar ainda mais o que sobrou de massa sobre as pecinhas.
4. Deixe secar. Após a secagem, passe com firmeza novamente o pano úmido até limpar completamente e restaurar as cores do desenho.

• Aproveite para pedir ao grupo que os exiba para que todos possam apreciar os resultados uns dos outros. Aproveite esse momento para ouvir os comentários, as críticas e opiniões sobre o trabalho realizado. Peça para que o grupo se manifeste espontaneamente sobre as etapas da pesquisa, se foi interessante descobrir seus próprios brasões (de suas famílias) e saber os significados empreendidos neles. É momento também para se analisar os resultados técnicos, se foram satisfatórios ou não.
• Terceira atividade: faça uma exposição fora da sala e convoque o grupo para organizar os trabalhos acompanhados de um breve histórico sobre a heráldica e sobre a história de suas famílias.

• Saber mais sobre símbolo e ícone: http://ligiacabus.sites.uol.com.br/semiotica/signos.htm 
• Sobre semiótica: http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm#12 
• Sobre Heráldica: http://www.heraldica.com.br/home/index.php 

            http://www.museumedieval.com.br/brasoes 

            http://www.heraldica.com.br/saiba_mais/saiba_mais.php 

• Após todas as atividades propostas, peça a cada aluno que apresente em forma de texto escrito um levantamento sobre os brasões de suas famílias, incluindo símbolos e significados. Aquilo que cada um for capaz de encontrar para explicar seus próprios brasões.  Essa pesquisa poderá aparecer na exposição dos trabalhos em mosaico.
• As etapas técnicas que compreendem a confecção dos brasões são fundamentais nos processos avaliativos. Ou seja, não basta o aluno/aluna participar ativamente das discussões, realizar sua pesquisa e se descuidar nos processos de construção dos brasões. As fases de produção do “falso mosaico” precisam ser acompanhadas e avaliadas junto aos alunos/as para que o resultado seja positivo. Isso significa que é preciso respeitar os limites do desenho proposto, é preciso respeitar os tempos de secagem (cola e massa), é preciso atenção no corte e na fixação das pecinhas de EVA para que as mesmas mantenham certa distância umas das outras.
• Enfim, esteja presente em todos esses momentos, acompanhando e avaliando, junto, as etapas de execução. Essa é melhor maneira de garantir resultados satisfatórios.