Sobre uso de livro enquanto objetos artísticos;

A obra de artistas que desenvolveram livros-obras;

Produzir um livro-obra;

Observar de forma comparativa a aula: O diário gráfico e o desenvolvimento da criatividade. Ver no link: 

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9415

Iniciar a aula perguntando aos alunos:

Um livro pode ser obra de arte?

Em caso de os alunos responderem de forma afirmativa, pergunte como isso é possível?

Observar com os alunos que quando um artista, cria um diário gráfico (espaço pessoal de exercício da criatividade), já está desenvolvendo em formado de caderno ou livro uma linguagem artística. No Colégio de Aplicação João XXIII, os alunos trabalham com este conceito de Diário Gráfico, onde criam em um caderno durante o ano letivo, anotações textuais/plásticas das aulas e de seus interesses. Contudo, o Livro de Artista e o Livro-Objeto, avançam em outros sentidos, partindo praticamente do mesmo objeto

Dessa forma, após ouvir as falas de cada um deve-se estabelecer com os alunos a diferenciação dos dois conceitos:

LIVRO DE ARTISTA: Dentro do conceito de “Arte Total” muito difundido entre os artistas modernos no início do século XX, os livros de artista surgem como uma forma de estetizar objetos cotidianos. Normalmente gerados do encontro de mais de um criador (em geral um artista e um escritor) acontece a soma de faces artísticas para gerar um objeto. Este livro tem como característica textos e imagens em livros de tiragem bastante reduzidas. Alguns exemplos disso são “Janela do Caos” de Murilo Mendes com gravuras de Francis Picabia ou “Janelas Verdes” de Murilo Mendes com desenhos de Maria Helena Vieira da Silva;

Francis PICABIA, “Janela do Caos” 1949 Litografia de Francis Picabia gravada numa tiragem de 220 exemplares para ilustrar o poema “Janela do Caos” de Murilo Mendes

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Francis PICABIA, 1949 Litografia de Francis Picabia gravada numa tiragem de 220 exemplares para ilustrar o poema “Janela do Caos” de Murilo Mendes.

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LIVRO-OBJETO: Os livros-objeto são criações de artistas que desenvolvem ou interferem em livros já existentes, usando-os como objeto artístico, desviando-o de sua função ou padrões de forma. Normalmente se tratam de criações únicas e irreprodutíveis que subvertem a lógica da narrativa textual colocando-a em segundo plano para dar lugar à uma narrativa plástica. Trata-se da nova conformação, uma outra forma expressiva. É importante mostrar imagens, pois trata-se de uma manifestação ainda pouco conhecida da maioria dos alunos. A cada imagem comente as características da obra, peça a opinião dos alunos sobre a forma como cada artista trabalha, fale sobre os materiais e etc.

Livro-objeto  de Lisa Occhipinti

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Livro-objeto de Lisa Occhipinti

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Livro-objeto de Lia Braga

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Livro-objeto de Fernando Aguiar

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Livro-objeto de Aglaíze Damasceno

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Livro-objeto Anselm Kiefer

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Livro-objeto Anselm Kiefer

http://1.bp.blogspot.com/_SumNupDynRI/SanFrmwb0LI/AAAAAAAAAaY/NDNYbiwZchc/s400/Monumenta+2007+Anselm+Kiefer+CHute+d%27Etoiles+.jpg    

Livro-objeto Waltércio Caldas

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Livro-objeto Waltércio Caldas

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A partir do reconhecimento da nova forma artística, pode-se propor aos alunos, as seguintes atividades:

1^a atividade:

Compor em seu diário gráfico (ou caderno de artes) uma página para o tema. Para isso, o aluno pode usar as impressões acerca da aula introdutória sobre o tema ou fazer pesquisas, buscando novas imagens e agregando à elas suas opiniões. Esta atividade serve para que o aluno pense mais sobre a proposta de o livro se tornar uma obra de arte, fazendo um exercício crítico sobre o assunto.

O professor pode pedir que cada aluno apresente seu trabalho, observando se cada aluno de fato compreendeu os diversos usos do livro nas Artes Visuais.

Esta aula pode ser o momento de retirar as eventuais dúvidas que ainda venham a surgir.

2^a atividade:

Peça que os alunos em grupos desenvolvam um livro-objeto ou um Livro de artista. Cada grupo pode definir com qual das duas propostas se identifica mais.

Para que esta escolha não seja aleatória, o primeiro passo é preencher uma ficha inicial de trabalho onde discorram sobre os seguintes itens:

Grupo: (nome de cada aluno)

Tema do projeto: (assunto que orientará o processo de trabalho. Deve ser escolhido em consenso visando trabalhar algo que eles tenham em comum)

Possíveis materiais: (Descrição de possibilidades para se trabalhar o tema: suporte, materiais específicos, cores, formas, textos)

Justificativa do tema: (O grupo deve explicar o motivo de terem escolhido o tema)   

O professor deve disponibilizar algumas aulas para a confecção o livro, onde seja possível ver os grupos trabalhando e ajudá-los a desenvolver o tema em caso de dúvidas. Normalmente duas aulas são suficientes, mas isso pode se modificar de acordo com o perfil de cada turma. Peça que os alunos anotem as alterações que ocorrerem no decorrer da execução do projeto, tornando-o diferente do projeto original. Isto faz com que se tenha uma ampla visão do encaminhamento do projeto quando chegarem ao final de sua execução.

3^a atividade:

Com os trabalhos concluídos, deve-se fazer um momento de reflexão sobre a sua criação/elaboração.

Faça uma grande roda com os alunos, onde cada grupo deve apresentar seu projeto desde a idéia inicial até o resultado final. Eles devem comentar como tiveram a ideia, quais as mudanças que surgiram durante o seu processo de execução e o que acharam o resultado final.

Abra para perguntas e opiniões do restante da turma, observando não só a apresentação dos grupos como também o olhar da turma para o trabalho.    

Um vídeo interessante é o clipe da música: Noites de um verão qualquer do grupo Skank. Ver no link:

http://www.youtube.com/watch?v=uUo4NbPtbPU

Observe na 1^a atividade se o conceito está claro para todos os alunos através das criações e pesquisas feitas no caderno;

Avalie o desenvolvimento do projeto do início ao fim, qual foi a dedicação e envolvimento do grupo no trabalho e a relação da turma através da exposição e avaliação coletiva.