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Conhecendo a criação do supermercado

 

11/01/2011

Autor e Coautor(es)
Silvia Maria Raposo Bardy
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PRESIDENTE PRUDENTE - SP Secretaria Municipal de Educação de PRESIDENTE PRUDENTE

Lívia Raposo Bardy, Andréa Marques Leão Doescher.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Escolar Indígena Línguas Desenvolvimento da linguagem oral
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Educação Escolar Indígena História Modos de viver
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: usos e formas
Educação Escolar Indígena Línguas Desenvolvimento da linguagem escrita
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: valores, normas e atitudes
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Conhecer os aspectos históricos que envolveram a criação do que chamamos hoje de supermercado;
  • Estudar sobre os diferentes tipos de supermercados que existem no Brasil;
  • Desenvolver leitura e interpretação de textos e imagens sobre a temática central da aula;
  • Desenvolver a oralidade.
Duração das atividades
Aproximadamente 100 minutos; Duas (2) Aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de que conhecimentos prévios sejam trabalhados para o desenvolvimento destas aulas.

Estratégias e recursos da aula

As estratégias utilizadas serão:

- Aula interativa;

- Aula colaborativa e cooperativa;

- Uso da Sala de Vídeo.     

 

 

Motivação   

Para iniciar as aulas, sugerimos que uma dinâmica  seja feita com os alunos. Para isto os procedimentos a serem feitos, bem como os materiais que deverão ser providenciados para a realização desta atividade, estão elencados abaixo.      

 

Lista de Materiais

  • 07 Bexigas (balões de festas de aniversário);
  • Tiras de papel com as seguintes palavras: “compras”, “carrinho”, “caixa”, “dinheiro”, “mercadoria”, “lista” e “estacionamento”.     

 

Procedimento

O professor deverá pedir que os alunos formem um círculo (em pé) na sala de aula. Feito isto, o professor deverá explicar que o objetivo da atividade é descobrir o tema que será abordado nestas aulas. Assim que pegarem as bexigas, os alunos deverão estourá-las e, em seguida, ler a palavra que ali está em voz alta para os demais alunos. Na medida em que cada aluno ler a palavra, ele e os demais alunos poderão dar palpites sobre o tema das aulas, porém o professor só deverá dizer se estão ou não certos, quando todas as bexigas forem estouradas e todas as palavras lidas.

 

 

Figura 1 – Imagem das crianças em sala de aula com bexigas

Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_ht07P4b-iko/SQ98S4g4QHI/AAAAAAAAAsU/q9wlqFgN_gM/S269/bexiga.JPG    

Acesso em: 01. Jun. 2010.      

 

Depois que os alunos falarem a palavra “Supermercado”, o professor deverá dizer que a partir das próximas atividades eles aprenderão sobre a história da criação do supermercado e será discutida a sua importância para a sociedade, em termos de qualidade de vida, conforto e geração de empregos.

Caso os alunos não cheguem à resposta esperada, o professor deverá, então, dizer o tema.     

 

Atividade 1

 

Dando prosseguimento, o professor deverá fazer as seguintes perguntas aos alunos:

- Vocês costumam ir ao supermercado?

- Vocês gostam de ir ao supermercado?

- Já pararam para imaginar como seria a nossa vida se não houvesse supermercados?

- Houve um tempo em que não existia supermercado, vocês sabiam?

- Atualmente existem vários tipos de supermercados: pequenos, médios, grandes, alguns bem simples outros bem modernos, não é?

- Perto da casa de vocês há algum supermercado? Como ele é?

- Quantas pessoas trabalham lá?

- São muitas as pessoas que vão a um supermercado? Para fazer o quê?

- Vocês conhecem outros supermercados diferentes dos que têm perto de suas casas? Como são?

- Em algumas cidades, existem supermercados que ficam abertos durante as 24 horas do dia, sabiam?

- Existem supermercados que recebem pedidos por telefones e pela internet, acham que isso é importante? Por quê?

- Vamos conhecer como foi à criação dos supermercados?    

 

Essa é uma atividade importante para que alguns assuntos sobre a temática da aula sejam abordados (tipos de supermercados) e também para que o desenvolvimento da oralidade seja trabalhado. Depois que as discussões forem feitas, a próxima atividade poderá ser iniciada.  

 

Atividade 2

Nesse momento, sugerimos que o professor organize os alunos em duplas, para que possam fazer a leitura de dois textos que abordam à temática da aula e foram utilizados como fonte bibliográfica para o desenvolvimento da atividade.

 

Importante: Sugerimos que o professor entregue às duplas uma cópia do primeiro texto “Quando surgiram os supermercados?” e um parágrafo do segundo texto “Institucional/História do setor” (que está dividido em 17 tiras), para que elas possam fazer a leitura do primeiro texto e organizar o segundo em um único texto para então fazer a leitura.  

 

- Texto: “Quando surgiram os supermercados?” (Fig.2)

http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_287130.shtml

 

Figura 2 – Imagem do texto “Quando surgiram os supermercados?”

Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_287130.shtml  

Acesso em: 29. Out. 2010.  

 

  

- Texto: “Institucional/História do setor” (Fig.3)

http://www.portalamis.org.br/site/institucional/historiasuper.aspx

 

Figura 3 – Imagem do texto: “Institucional/ História do setor”

Disponível em: http://www.portalamis.org.br/site/institucional/historiasuper.aspx  

Acesso em: 29. Out. 2010.   

 

Observação: Esse é um texto regional, que conta a história de um determinado supermercado, contudo, o professor, poderá utilizar nessa atividade outro texto mais geral ou que conte a história de um supermercado da região em que os alunos moram.

Nesse momento, o professor deverá entregar a cada dupla uma tira de papel em que estarão frases que correspondem ao segundo texto.        

 

 

Tiras de papel que deverão ser entregues a cada dupla:

 

Tira 1:

Década de 50 “Serv Bem”, o pioneiro

Este é o nome do primeiro supermercado de Minas Gerais. Sua montagem teve início nos últimos meses de 1957, e a inauguração em 9 de janeiro de 1958, na capital mineira (Belo Horizonte). Três sócios foram responsáveis pelo empreendimento, saudado pela imprensa e autoridades como um símbolo do grande progresso por que vivia a capital e o "avanço da civilização": João Vasconcelos Porto, coronel Afonso Moura Castro e Hamilton de Oliveira. A inauguração contou com a presença de autoridades, como o prefeito da capital e o arcebispo. Os balcões frigoríficos, destinados à conservação de carnes, laticínios, frutas, verduras e legumes, são da marca "SIAM", que fornecia para os principais supermercados do Rio e São Paulo.

Os caixas eram “Sweda”. A seção de enlatados também despertava a atenção dos visitantes, com destaque para uma grande quantidade de produtos com a marca “Swift”, assim como a seção de bebidas, com o “Ron Montilla” e a Vodka “Orloff”. Após quatro dias de funcionamento, os donos do “Serv Bem” publicaram anúncio no principal jornal da cidade: agradeceram a acolhida do público e relataram que 18.643 pessoas haviam passado por suas roletas (os supermercados em seu início tinham roletas para controle de entrada e saída). O “Serv Bem” encerraria suas atividades em 1969. A sociedade já não contava, desde 1967, com um dos fundadores (Hamilton de Oliveira).

A renovação do contrato de locação do ponto da loja pioneira, situada na prestigiosa Avenida Cristóvão Colombo, não fora bem-sucedida e os sócios preferiram fechar o negócio, sem dívidas. A filial montada no bairro Nova Suíça, naquela época, distante do centro e da região de maior poder aquisitivo da capital, havia fracassado, e foi vendida para a rede “Bandeirantes” (também pioneira dos anos 50, e de grande sucesso nos anos 60 e 70).

 

Tira 2:

A contribuição de Minas Gerais

Minas Gerais sempre disputou com o Rio de Janeiro a condição de segunda maior economia do Brasil. Essa condição só viria se consolidar na década de 90. Quando do início dos supermercados no país, além de capital federal, o Rio de Janeiro tinha uma economia provavelmente duas vezes maior que a de Minas, um estado ainda voltado para as atividades extrativistas, minerais e o agronegócio nos anos 50. Mesmo assim, a primeira loja supermercadista em Minas surgiria em 1958, cinco anos após a pioneira paulistana. A partir daí, uma grande história de empreendedores seria construída, contribuindo decididamente para o sucesso do supermercado no Brasil.

 

Tira 3:

Década de 50

No auge do sucesso da loja pioneira (entre 59 e 62) surgiria a "turma do Serv Bem", substituindo a "turma da Savassi". A história é interessante: o supermercado estava instalado ao lado da Padaria Savassi, fundada por um imigrante italiano e uma das mais famosas da cidade na época. O bairro era “Funcionários”, e os estabelecimentos estavam acerca de quatro quadras do Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. O bairro Funcionários e bairros vizinhos abrigavam a classe média alta e a classe alta da capital. Adolescentes e jovens de maior poder aquisitivo que frequentavam o "footing" da Savassi formavam grupos e, às vezes, gangues de rapazes, no melhor estilo "James Dean", motorizados com suas "lambretas", vestindo jaquetas de couro pretas e com topetes caprichados. A gangue era conhecida como "Turma da Savassi", pois se reunia em frente à padaria, estabelecida pelo menos 20 anos antes que o supermercado.

Com o advento do “Serv Bem”, e seu estilo americano de "self service", a gangue caminhou alguns metros e passou a frequentar a porta do estabelecimento. Acabou sendo conhecida como a "Turma do Serv Bem".

 

 

Tira 4:

“Pag-Pouco”

“Pag-Pouco”, laboratório de um vanguardista Em 1967, os irmãos William e Paulo Ribeiro Nunes transformaram a mercearia na região central da capital na primeira loja de autosserviço daquele que seria um grande grupo anos mais tarde. Em 1970, Paulo Ribeiro comprou a parte da sociedade do irmão.

Em 1979 já possuía 8 lojas “Pag-Pouco” e, em um evento em São Paulo, tomou conhecimento da loja de sortimento reduzido, que já existia em Santa Catarina, instalada pela "Companhia Riachuelo". Em um mês, começou a abrir as lojas Kit Alimentos a Baixo Custo. Elas não tinham refrigeração e, por isso, não era necessário grande investimento para abri-las. Em 1982, já seriam 25 lojas no grupo, sendo 12 lojas “Pag-Pouco” com 1,2 mil metros quadrados e 13 lojas Kit (300 e 400 metros quadrados).

Paulo Ribeiro, em 1982 entraria também no ramo atacadista, abrindo o Apoio, que representava o autosserviço para pequenos varejistas. Em 1987, passou a transformar algumas lojas Kit em pontos de venda de eletroeletrônicos, lançando a rede Kit Eletro. Neste período, resolveu sair do ramo de supermercados e vendeu as lojas “Pag-Pouco” para a rede que mais se expandia na época, o Mineirão. Em 1991, foram vendidos todos os pontos remanescentes do Kit para o Mineirão. Passou a investir no autoatacado, abrindo uma loja Apoio na grande São Paulo e no “Kit Eletro”. Teria 35 lojas “Kit Eletro”. No início dos anos 90, vendeu a rede “Kit Eletro” para o “Ponto Frio” e, em meados da década de 90, os dois Apoios para o Martins Atacadista. Atualmente está no ramo de logística.

 

Tira 5:

“Merci”, do Rio para Minas

Localizada na antiga Feira de Amostras (posteriormente demolida para a implantação, nos anos 70, da nova rodoviária de Belo Horizonte, a loja pertencia a uma pioneira rede de mercearias do Rio de Janeiro, que estava se transformando em supermercado e já partia para outras capitais. Os relatos apontam a abertura dessa loja em 1958, possivelmente alguns meses depois do “Serv Bem”. Outras lojas “Merci” foram abertas nos anos 60 em Belo Horizonte. Na década de 70, o grupo Casas da Banha comprou a rede no Rio de Janeiro e as lojas em Belo Horizonte passaram a ostentar a marca CB “Merci”. Em meados da década de 80, o CB “Merci” entraria em insolvência.

Com relação às marcas que remontam aos 50 e 60, os entrevistados lembram-se dos produtos “Nestlé” (“Leite Moça” é o mais lembrado), da “Coca-Cola”, da “Gessy”, da “Maisena”, do “Sapólio Radium”, “Cera Parquetina”, “Massas Orion”, gordura de coco “Coqueiro”, “Bombril”, produtos “Peixe” e “Cica”, produtos Cardoso (depois “Aymoré”), os laticínios da “Itambé”.

FATOS CURIOSOS:  A resistência aos supermercados, principalmente nos bairros, pode ter como uma de suas razões um costume presente em muitos lares. Nos anos 50 e 60, a dona de casa ainda era uma instituição clássica em todas as camadas sociais. Principalmente na classe média, o sistema de anotações em caderneta nas mercearias e armazéns permitia que a dona de casa fizesse "vales". Como a maioria dos maridos não conferia as contas item por item, acabavam pagando, sem saber, os "vales". Até hoje formas de abastecimento alternativas ao autosserviço estão presentes em Minas. O número de padarias e açougues em Belo Horizonte é relativamente maior que o de outras capitais. No interior, em Montes Claros, nos anos 70, um iniciante no ramo de supermercado impressionou-se com a argumentação de vendas do representante da “Sadia” (que acabou despedido). O representante dizia que a concorrência não havia encomendado perus para o Natal. O iniciante viu na situação uma oportunidade e fez um grande pedido. No período natalino, verificou-se que a concorrência tinha o produto em abundância, e que seu estoque era o maior da cidade. O encalhe teve início. Partiu para a promoção: vendeu peru em seis prestações, sem juros!   

 

Tira 6:

Década de 60

Tradicionalismo resistente, mas vencido aos poucos, os entrevistados relatam que, ao contrário de São Paulo, Rio de Janeiro e muitas capitais nordestinas, o tradicionalismo de clientes e empresários em Minas Gerais, fez com que o abastecimento na década de 60 ainda ficasse sob responsabilidade quase total de mercearias, varejões, quitandas, padarias e açougues. Somente na segunda metade dos anos 70, pode-se dizer que o supermercado passou a ser hegemônico em Belo Horizonte. Mesmo assim, a década de 60 marcaria a chegada do novo modelo a Minas. Um dos entrevistados apontou a inauguração de Brasília como um marco desses novos tempos: o Brasil começou a ter estradas para que seu interior pudesse entrar de vez na vida nacional, a televisão chegava aos lares, o automóvel se popularizava e o supermercado se apresentava como o novo modelo de distribuição varejista.

Aos recém-nascidos do final da década de 50 – “Serv-Bem”, “Merci” e “Bandeirantes” - se somaram novos players em Belo Horizonte e no interior, na década de 60. “Merci”, do Rio para Minas, localizada na antiga Feira de Amostras (posteriormente demolida para a implantação, nos anos 70, da nova rodoviária de Belo Horizonte, a loja pertencia a uma pioneira rede de mercearias do Rio de Janeiro, que estava se transformando em supermercado e já partia para outras capitais). Os relatos apontam a abertura dessa loja em 1958, possivelmente alguns meses depois do “Serv Bem”.

Outras lojas “Merci” foram abertas nos anos 60 em Belo Horizonte. Na década de 70, o grupo Casas da Banha comprou a rede no Rio de Janeiro e as lojas em Belo Horizonte passaram a ostentar a marca CB “Merci”. Em meados da década de 80, o CB “Merci” entraria em insolvência.

 

Tira 7:

Canguru:Juiz de Fora

Juiz de Fora era uma das cidades que mais cresciam economicamente no final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20 no Brasil, embalada pela indústria têxtil e pela proximidade com a então capital federal, a cidade do Rio de Janeiro. Mas nos anos 50, a cidade iniciaria um ciclo de estagnação ou mesmo decadência que só seria revertido nos 90. Talvez, por isso, embora com uma vida cultural ativa e padrões de comportamento similares aos do Rio de Janeiro, Juiz de Fora não tenha respondido pelo título de abrigar o primeiro supermercado de Minas Gerais, Láurea que ficou para Belo Horizonte. O primeiro supermercado de Juiz de Fora surgiu cinco anos depois do pioneiro “Serv Bem” da capital. Com o nome de "Supermercado Canguru", e cujo slogam era "a economia para a sua bolsa", óbvia alusão ao marsupial australiano, nascia, em 1963, o primeiro supermercado de Juiz de Fora, também um dos pioneiros do interior de Minas. Os proprietários eram os irmãos Geraldo Mendes, Gudesteu Mendes e Sérgio Vieira Mendes. A ideia de transformar a então mercearia na cidade em supermercado veio com as constantes viagens ao Rio de Janeiro, quando conheceram o novo modelo de comércio implantado na capital carioca pelas Casas da Banha. Mas o Canguru só ficou sob o controle da família Mendes por cerca de um ano. Os Mendes venderam o supermercado para, com o dinheiro, montar a primeira emissora de televisão da cidade: a TV Industrial de Juiz de Fora. Quem comprou o Canguru foi à rede “Merci”, do Rio de Janeiro, que se expandia em Minas e chegaria a ter duas dezenas de lojas no Estado. Em 1965, surgiu um concorrente local, o “Supermercado Panelão”, que na década seguinte iria fazer o percurso inverso ao da “Merci”: se transferiria para o Rio de Janeiro.

 

Tira 8:

Revolução no Triângulo Mineiro

Em Uberlândia, por exemplo, os atacadistas revolucionaram mais uma vez o varejo da região. A década de 90 trouxe três grandes mudanças para os supermercados de Uberlândia, dentre as quais uma de relevância extra-regional. A primeira foi a chegada à cidade do hipermercado Carrefour, no ano de 1990. Uberlândia foi, durante muitos anos, a única cidade do interior mineiro a possuir um hipermercado. A segunda loja do grupo francês seria aberta no interior mineiro oito anos mais tarde, em Juiz de Fora. Depois, na segunda metade da década de 90, teve início o movimento de chegada de investidores vindos de outras cidades e países em um processo iniciado pelo “Supermercado Bretas”, em 1998. O “Bretas” adotou a mesma estratégia para entrar em Uberlândia e em Uberaba (1996). Em ambas cidades ele comprou o supermercado mais antigo. Em Uberlândia, o “Bretas” adquiriu as duas lojas do Alô Brasil, localizadas no Centro. Já em 2001, foi a vez da chegada do “Sé Supermercado”. Foi Uberlândia a primeira cidade fora de São Paulo que o grupo português Jerônimo Martins decidiu abrir um estabelecimento. Nesse negócio o investidor se aliou ao atacadista Martins. A terceira mudança ocorrida em Uberlândia está relacionada ao conceito do supermercado da vizinhança. Dois grandes atacadistas conciliam suas atividades agora com o varejo. O Grupo Martins (2.500 caminhões de frota própria) e Peixoto (540 caminhões de frota própria) lançaram suas bandeiras de supermercados de vizinhança no ano 2000. O Martins lançou a “Rede Smart”, hoje com 226 lojas em Minas, e o Peixoto criou a “Rede Valor”. Para alavancar sua expansão varejista, o Grupo Martins montou um banco, o “Tribanco”, que tem como uma das prioridades financiar a montagem por parceiros de supermercados de vizinhança e garantir a expansão da “Rede Smart”. O segundo braço da “Rede Smart” é a Universidade Martins do Varejo, que presta cursos de gestão e capacitação profissional a supermercadistas de várias cidades do país. O Econômico é um dos supermercados de Uberlândia que funcionam sob a bandeira “Smart”, e o “Supermercado Daniela” é exemplo de estabelecimentos com bandeira Valor.

 

Tira 9:

Bandeirantes, as mercearias viram supermercado

Nasceu da rede Mercearias Bandeirantes a maior rede de supermercados dos anos 60, em Minas. O modelo de distribuição varejista, conhecido como mercearia, representava uma evolução das "vendas" e armazéns de secos e molhados, que dominaram o comércio na capital mineira até os anos 40. Depois da 2ª. Guerra Mundial, as mercearias ocupavam lojas de porte maior e introduziam um mix maior de perecíveis. O pioneiro supermercadista Miguel Furtado, que hoje, aos 75 anos, atua no setor agropecuário, conta que abriu a primeira loja de autosserviço no primeiro semestre de 1958, embora fosse muito bem sucedida, sua rede de mercearias. Eram 200 metros quadrados na primeira loja supermercadista Bandeirante. Em menos de cinco anos sua organização já não maia trabalhava no sistema de mercearias e passaria a liderar o ranking pioneiro supermercadista mineiro. Sua organização, a “Mercantil Bandeirante Ltda”, se expandiu por toda a Grande Belo Horizonte e Vale do Aço nas décadas de 60 e 70 e chegou a ter 1.600 funcionários. A fracassada segunda loja do “Serv Bem”, por exemplo, foi comprada pela “Bandeirante”, em 1969, em plena expansão dos negócios da rede. Uma oferta irrecusável da rede “Pão de Açúcar” para a compra do “Supermercado Bandeirante”, em 1983, segundo Furtado, fez com que mudasse de ramo. Em 1971, Miguel Furtado seria um dos fundadores da Associação Mineira de Supermercados (Amis), e seu primeiro presidente. Não há notícia de supermercados em outras cidades mineiras antes de 1960, ou seja, tudo indica que a capital que se modernizava, embora com certo atraso em relação a São Paulo e Rio de Janeiro, era a locomotiva das mudanças de hábitos de comportamento social e econômico no tradicionalista estado de Minas Gerais.

 

Tira 10:  

Década de 60  Camponesa, de olho no consumidor A/B

Empresários com negócios nas áreas de finanças e agropecuárias tornaram-se sócios e criaram os “Supermercados Camponesa” na primeira metade da década de 60. As lojas tinham áreas maiores que as da concorrência e a decoração inovavam pela sofisticação. De imediato conquistaram o gosto dos consumidores de maior poder aquisitivo. “A Camponesa” foi vendida no início dos anos 70 para a CB “Merci”. “Epa Supermercados” começa a saga dos irmãos Nogueira. Os irmãos Nogueira, que nos anos 50 já atuavam no negócio de mercearias, fizeram a primeira experiência com o auto-serviço em 1963. Tratava-se de uma loja no bairro Esplanada, de população de renda C, periferia da cidade naquela época. A experiência não deu certo. Aliás, uma característica da primeira metade da década de 60 é que os supermercados, além de poucos, estavam concentrados na área central ou nos bairros mais abastados e extremamente próximos da área central da capital mineira. Os irmãos Nogueira fecharam a loja experimental e retomaram o investimento na expansão de suas mercearias. Só voltaram ao autosserviço com nova tentativa em 1967, na área central da cidade. Desta vez, o sucesso foi conquistado. Em 1973, os Nogueira decidiram que nenhuma outra loja no formato de mercearia seria implantada. No ritmo da "explosão" do supermercado no país, a família Nogueira é uma das responsáveis pelo fenômeno em Minas. Lideraram o processo nos anos 70 e se tornaram a maior rede da capital e de todo o Estado. Em 1971, lideraram a criação da Associação Mineira de Supermercados (Amis). Levy Nogueira foi presidente da entidade em gestões no final dos anos 70 e durante a década de 80. Levy foi presidente da Abras no início dos anos 90 e da Alas em meados da década final de segundo milênio. Gil Nogueira e José Nogueira foram presidentes da “Amis” em vários mandatos nos anos 90. A liderança do mercado na capital só seria abalada a partir do final dos anos 80. O “Epa” ocupa hoje a quarta posição no ranking estadual e é a mais antiga empresa supermercadista de Minas Gerais.

 

Tira 11:

No berço do zebu, outro pioneiro

Rota de passagem obrigatória entre o maior centro industrial do país (São Paulo) e a nova capital federal (Brasília), o Triângulo Mineiro passou por uma revolução econômica nos anos 60 e 70. A maior cidade da região na época, já famosa pela excelência de sua pecuária, seria o palco para o surgimento do primeiro supermercado da região, que acompanhava o ritmo de outras regiões do interior de Minas. A era das mercearias, armazéns e varejões estavam com seus dias contados. O desafio de romper, em 1966, o tradicionalismo da cidade ainda dominada por fazendeiros ficou a cargo do comerciante Jamil Abrahão, cujo pai, Camilo Abrão, possuía um empório na região, desde a primeira metade do século passado.

Observação: O sobrenome de Jamil é diferente do sobrenome do pai, por erro do cartório de registro.

O Supermercado Uberaba funcionou na Praça Rui Barbosa que, nos idos anos 60, ainda não fazia parte do centro da cidade. O filho de Jamil Abrahão, Anderson Abrahão, que também é comerciante e possui uma padaria em sociedade com outros dois irmãos, conta que a trajetória do pai sempre foi ligada ao comércio. Filho de comerciante, Jamil Abrahão trabalhou em empórios antes de abrir o próprio negócio: uma mercearia.

Com o passar do tempo, o estabelecimento foi crescendo e ele decidiu transformá-lo em um supermercado. "Muita gente estranhou, vários clientes ficaram constrangidos, as pessoas falavam que era loucura, que não iria dar certo. Eles estavam acostumados com os armazéns, a serem servidos nos balcões, a comprar a granel e não aceitaram, assim, logo nos primeiros dias, aquele negócio chamado supermercado", conta Anderson Abrahão. Mas o “Supermercado Uberaba” se firmou e abriu as portas para outros, e foram surgindo os supermercados “Armazém Central”, “Casa Carvalho”, “Barros&Borges”, “Supermercado Trindade” e “Supermercado Modelo”, no final dos anos 60 e início dos 70. Com o tempo, a mudança se consolidou e o “Supermercado Uberaba” abriu mais duas lojas: O “Supermercado Uberabão” e o “Supermercado Alfa”. Anos mais tarde, já em fins da década de 90, o “Supermercado Uberaba” fechou as portas, e o “Uberabão” foi comprado pela rede supermercadista mineira “Bretas”, que atualmente possui duas lojas na cidade, e é a número um do ranking da Abras em Minas.

 

Tira 12:

Década de 90

O controle da inflação e a entrada efetiva do país no processo de globalização trouxeram grandes novidades para o setor em Minas. Até meados da década, mesmo com a instabilidade provocada pelo governo Collor, os supermercados estiveram em expansão, assim como os hipermercados. Com o Plano Real, e por assim dizer "milagre do Real", que se seguiu até meados de 97, a expansão foi ainda maior, em especial entre os supermercados. Na capital, o Via Brasil (hiper) abriu sua segunda loja em 1995. O “Carrrefour” abriu seu terceiro hiper em abril de 1998. Em 1999, o “WalMart” abriu seu hiper em Contagem. A consolidação do controle sobre a inflação e a volta da recessão em 1998 e 1999 mudaram os hábitos de consumo e reduziram o fluxo de consumidores nos hipermercados, mas ampliaram em muito a procura por lojas de vizinhança. O Mineirão continuou sua expansão, enquanto o “Epa” se reorganizou e diversificou (lança a divisão “MartPlus”, para consumidores de maior poder aquisitivo). O “Carrefour” decidiu entrar no ramo de vizinhança e saiu à compra de grandes redes em todo o país. Em Minas comprou o Mineirão. Os ex-donos do Mineirão se associaram ao EPA e passam a investir também na expansão da rede de lojas de vizinhança da mais antiga empresa supermercadista em atuação em Minas Gerais. O mesmo fenômeno - expansão das lojas de vizinhança - está sendo observado no interior de Minas.

 

Tira 13:

Década de 70 - É a explosão do autosserviço no país.

O "Milagre brasileiro", nos primeiros anos da década, moderniza de vez o país, com obras de infraestrutura em todo o território. A política de substituição de importações, a expansão da indústria nacional, a expansão das grandes metrópoles (a Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, saltou de 600 mil habitantes, em 1969, para 1,5 milhão em 1975) etc. O supermercado é a cara desse novo Brasil.

Na capital, “Serv-Bem” e “Camponesa” não existem mais. Agora os líderes são “Epa”, “Pag-Pouco”, CB “Merci”, “Mandabrasa”.... Centenas e centenas de lojas de auto-serviço são abertas no interior e na região metropolitana da Capital. Os varejões, mercearias e armazéns dão os últimos suspiros. Seus pontos são assumidos pelo autosserviço. Os imóveis utilizados pelos antigos cinemas, em decadência por causa da expansão da TV nos lares, passam a abrigar lojas supermercadistas. A capital será, mais uma vez, a locomotiva para o surgimento de um novo segmento supermercadista, o dos hipermercados. Em 5 de dezembro de 1973, com 8 mil metros de área de venda, é inaugurado o primeiro hipermercado de Minas Gerais. Trata-se do Jumbo, de propriedade do grupo paulista Pão de Açúcar. A construção consumira apenas 135 dias, e o imóvel ocupava o terreno que até então abrigava o estádio do “América Futebol Clube”, na região central da capital mineira. Os hipermercados só chegariam ao interior na década seguinte. Em Juiz de Fora, as grandes redes do Rio de Janeiro se expandiram na cidade. Surgiram os “Supermercados Disco”, uma das maiores redes cariocas na época. Uma rede local tentou nascer também: o “Supermercado Enza”, mas foi vendida nos anos 80 para a rede “Paes Mendonça”, que posteriormente teve suas lojas em Juiz de Fora adquiridas pelo “Bretas”. O “Panelão” que nascera nos anos 60 transferiu-se para o Rio de Janeiro, para montar o “Supermercado Free Wa”. A rede “Merci”, agora CB “Merci”, se expandiu na cidade com a compra do “Panelão”.   

 

Tira 14:

Um caso que ficou na memória de todos, típico dos tempos "em que ainda se amarrava cachorro com linguiça" no interior de Minas, em plena década de 60: quando surgiu o “Bombril”, passou um vendedor oferecendo a novidade, dizendo que vendia muito e apresentou um fardo com seis pacotes. O comerciante, empolgado, fez um pedido de cem fardos. A indústria cumpriu o pedido e mais - com fardos de 14 pacotes.

Resultado: os irmãos “Bretas” passaram cinco anos sem precisar comprar o produto. O empreendimento permaneceu como o único da sociedade até 1986, um tradicional armazém/mercearia, com balcão e vendedores. Muitos filhos dos dois sócios foram incentivados a estudar em cidades maiores e na capital. Em 1986, aconteceu a passagem das gerações. Liderados por um dos sucessores que havia estudado engenharia civil na capital (Estevão Duarte de Assis), a nova geração resolveu manter a tradição de comerciantes da família, porém agora a opção era pelo sistema de supermercados. Tomaram coragem e compram em 1987 a loja do Pão de Açúcar em Timóteo, cidade que abriga a siderúrgica Acesita. Era um negócio de alto risco para uma empresa então muito pequena e desconhecida. Em 1990, a marca já estaria consolidada como rede supermercadista e avançaria um pouco mais, com a abertura dos hipermercados em Juiz de Fora e Montes Claros. Hoje, em primeiro lugar no ranking mineiro, os “Bretas” olham para o passado e lembram com emoção o desafio. São 34 lojas empregando 4,5 mil pessoas em cidades mineiras como Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Sete Lagoas, Pedro Leopoldo, João Monlevade e Patos de Minas. Além da conquista do mercado fora do estado, com uma loja em Aparecida de Goiânia e a única loja em capital, uma unidade em Goiânia (hipermercado âncora de shopping center).

Os anos 80 marcaram a consolidação do autosserviço em todas as regiões de Minas. Em Varginha, Pouso Alegre, Montes Claros, Governador Valadares, Teófilo Otoni e outras importantes cidades de Minas, as histórias e casos de Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia se repetem.

 

Tira 15:

A força do interior em Juiz de Fora, as redes vindas do Rio de Janeiro dominaram o comércio, embora empreendedores locais teimassem em também entrar no negócio.

Em 1980, a Casa Carioca, dos irmãos Caruso, que começou a funcionar em 1954 como uma pequena mercearia, passou a supermercado. A maior rede genuinamente juiz-forana surgiu em 1983, quando foi inaugurada a primeira loja de autosserviço do Bahamas, que se originou de um bar e passou a vender produtos de mercearia para se tornar uma das maiores da cidade nas décadas seguintes.

No ano de 1987, o Bahamas conseguiria abrir sua primeira loja na avenida mais importante de Juiz de Fora. A partir daquela unidade, a rede ficou mais conhecida e decolaria de vez. Mas seria em Santa Maria de Itabira, 20 mil habitantes, a 350 quilômetros de Belo Horizonte, que, em 1986, surgiria o fenômeno “Bretas”. A segunda geração de uma família de comerciantes entraria para a história do supermercado brasileiro. Tudo começara em 1954, quando foi inaugurado em Santa Maria de Itabira, o armazém que originaria a rede “Bretas.

O comércio surgiu da sociedade dos irmãos Nilo e Zade Bretas. Nilo Bretas comprava café nas redondezas e levava para o Rio de Janeiro. Sempre que ia à capital federal, alguém encomendava alguma coisa. Foi quando veio a ideia de montar um ponto para atender a essas pessoas. Criou-se o armazém, em que se vendia de tudo: rapadura, querosene, ferradura, carne...

 

Tira 16:

Supermercado na capital do atacado “A progressista Uberlândia” que se tornar a principal praça atacadista do Centro-Oeste brasileiro e crescia com o recebimento de migrantes de todo o país, se modernizou finalmente. Embora com cinco anos de atraso em relação à vizinha Uberaba, quando, em 1971, inaugurou-se a primeira loja supermercadista em Uberlândia, o evento ganhou grande repercussão e adesão imediata da população. A estranheza dos uberabenses em 1966 não se repetiu em Uberlândia. A inauguração foi um acontecimento social com a presença de autoridades políticas e religiosas, que atraiu centenas de curiosos, como ocorrera em Belo Horizonte, em janeiro de 1958... O pioneiro supermercado de Uberlândia, Alô Brasil, foi montado pelo empresário paulista José Alves, que na época possuía o atacado “Casas Alô Brasil” Importadora e Exportadora Ltda. Para descerrar a placa de fundação, José Alves e o diretor comercial Joaquim Vital Ribeiro convidaram autoridades políticas da cidade e fizeram questão de que o empreendimento recebesse as bênçãos do bispo Dom Almir.

A loja era moderna para a época. O letreiro era em neon, toda a fachada em vidro e havia longas prateleiras ao longo de um espaço amplo, localizado na Avenida Afonso Pena, a principal via comercial da cidade. "No dia da abertura, uma multidão se aglomerava do lado de dentro e de fora, e foi um verdadeiro formigueiro humano", comenta a viúva de Joaquim Vital, Vera Vital Ribeiro.

Ao contrário de Uberaba, onde o primeiro supermercado nasceu espontaneamente, a partir do dinamismo do varejo, em Uberlândia o supermercado nasceria como um prolongamento da atividade atacadista. Na década de 70, a cidade possuía um comércio atacadista em efervescência, devido às oportunidades de negócios que surgiram com a necessidade de fornecimento para Brasília e para novas cidades que despontavam no Brasil Central. A efervescência da década de 70 só cessaria nos dois últimos anos, como um prenúncio da década que se seguiria, a chamada "Década Perdida".   

 

Tira 17:

Década de 80

No início dos anos 80, a inflação já fazia parte da vida do brasileiro e iria se agravar ainda mais. A grave recessão dos primeiros anos da década, e as tentativas frustradas de controle do surto inflacionário, ao longo de dez anos provocaram grandes mudanças no perfil e no panorama do setor em Minas, especialmente na capital. Novas redes de supermercados surgiram ocupando espaços deixados no mercado por antigas redes que fecharam suas portas ou foram vendidas para os novatos. Ao mesmo tempo, expandiu-se o fenômeno do hipermercado, modelo de loja favorecido pela necessidade do consumidor comprar grandes quantidades e variedades no mesmo dia em que recebe sua remuneração, na tentativa de preservar o dinheiro da desvalorização galopante.

Chega o primeiro estrangeiro, a capital terminara a década de 80 com os seguintes hipermercados em funcionamento: Paes Mendonça (1, âncora de shopping Center), Carrefour (2, um delas âncora de shopping), Pão de Açúcar (1), Bom Marche (1, âncora de shopping), Via Brasil (1). A chegada de um hipermercado de origem estrangeira à Região Metropolitana de Belo Horizonte causou rebuliço entre os outros. Já acostumados com o Pão de Açúcar, temiam agora uma "Revolução Francesa". A primeira loja Carrefour em Minas foi inaugurada no dia 10 de setembro de 1980, localizada em Contagem, a 17 quilômetros da área central de Belo Horizonte.

Em 31 de julho de 1985, o “Carrefour” abriria seu segundo hiper em Minas, agora como âncora do primeiro shopping Center de Belo Horizonte, o “BH Shopping”. Aliás, a década de 80 e parte da de 90 são marcadas pela expansão dos Shoppings Centers na capital mineira. Mas nem só de hipermercados na capital, a década de 80 foi marcada. Novas redes de supermercados de grande importância surgiram. Por exemplo, a rede Mineirão nasceu em 1985 com pequenas lojas no centro da cidade. Em 1988, já comprando os melhores pontos da falida CB “Merci”, todas as lojas do “Pag-Pouco” e as melhores do Kit.

O “Epa” esteve estagnado até meados dos anos 90, quando abriu sua divisão “MartPlus”.   

 

Observação: As palavras que sofreram alterações após o Novo Acordo Ortográfico foram modificadas nos textos trabalhados nas aulas, por isso haverá diferenças entre os textos que foram transcritos na atividade 2 com os que estão nos sites!   

 

 

Depois que cada dupla estiver com sua tira de papel em mãos, as frases poderão ser discutidas. Em seguida, as duplas poderão, em conjunto, organizar um texto único com estas frases. Assim que o texto estiver pronto, com coesão e coerência, as tiras de papel poderão ser coladas em um papel metro, por exemplo.    

Juntamente com a cópia dos textos, o professor deverá entregar um roteiro de leitura e discussão, para subsidiar esse momento, como o que segue abaixo.    

- Qual é o título do texto?

- Qual é o tema central apresentado no texto?

- Qual foi a descoberta mostrada no texto?

- Qual foi a importância dessa descoberta?

- Qual parte te chamou mais a atenção? Por quê?     

 

Cada uma das duplas poderá responder essas questões em uma folha do tipo Flipchart, ou em uma cartolina e depois, poderão fazer a discussão dos textos com todas as outras duplas.

Algumas perguntas norteadoras estão elencadas abaixo, para que o professor inicie a discussão:

- Vocês se surpreenderam ao fazerem a leitura do texto?

- Qual foi a descoberta que mais chamou a atenção de vocês?

- Gostaram de conhecer o início da história dos supermercados?

- Acham que essa invenção foi importante? Por quê?    

- Porque em uma mesma cidade, por exemplo, existem diferentes tipos de supermercados – pequenos, médios, grandes, modernos, simples...?

- Há algo que queiram compartilhar?

Feito isso, a próxima atividade poderá ser desenvolvida.    

 

Atividade 3

Após conhecer a história da criação do supermercado e de discutirem sobre os diferentes tipos de supermercados e a importância desses para a economia do Brasil, com o objetivo de finalizar as aulas, sugerimos que os alunos construam coletivamente, com a mediação do professor, um panfleto informativo. 

No panfleto deverá conter informações sobre a história do supermercado.   

 

 Roteiro da Produção dos Panfletos:

- Breve histórico sobre a criação do supermercado no Brasil;

- Importância do supermercado;

- Qual dia é comemorado o dia do supermercado.

Os sites abaixo poderão ser explorados pelos alunos na confecção destes panfletos:

 

http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/11-novembro-dia-do-supermercado.html  

http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_287130.shtml  

http://www.portalamis.org.br/site/institucional/historiasuper.aspx  

 

Importante: A referência (endereço eletrônico) de onde as informações foram tiradas deverá constar nos panfletos! Os panfletos poderão ser confeccionados no computador e depois impressos, se possível.    

A estrutura do panfleto poderá ser como mostra a figura 4:

 

Figura 4 – Imagem do panfleto sobre Supermercado

Fonte: Do autor

 

Como o público destinado dos panfletos são as pessoas que frequentam supermercados, sugerimos que os alunos façam a distribuição destes na porta de um supermercado (desde que haja a autorização da direção do supermercado) sob a supervisão do professor e alguns funcionários da escola (Fig. 5).

 

Figura 5 – Imagem de alunos em supermercado

Disponível em: http://www.tonomundo.org.br/blogs/escolaestadualdetempointegraljoaolobofilho/files/2010/09/blog-supermercado1.JPG     

Acesso em: 29. Out. 2010.   

 

Dica: A distribuição dos panfletos poderá ocorrer no dia 11 de novembro – Dia do Supermercado!

 

Referência:

http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_287130.shtml  

 

http://www.portalamis.org.br/site/institucional/historiasuper.aspx  

Recursos Complementares

- Em outra oportunidade, o professor poderá mostrar aos alunos um vídeo que mostra a importância de evitar sacolas plásticas nos supermercados.   

Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ZB8-6YXydXQ      

O vídeo tem a duração aproximada de dois minutos.

Avaliação

A avaliação deverá ocorrer em todos os momentos. É importante que o professor perceba ao final das aulas se os alunos aprenderam a história da criação do supermercado.

Em termos cognitivos serão trabalhados os seguintes aspectos:

  • Conhecimento dos aspectos históricos que envolveram a criação do que chamamos hoje de supermercado;
  • Estudo dos diferentes tipos de supermercados que existem no Brasil;
  • Desenvolvimento de leitura e interpretação de textos e imagens sobre a temática central da aula;
  • Desenvolvimento da oralidade.
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