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Imagens do Pantanal na poesia

 

11/01/2011

Autor e Coautor(es)
wendell de freitas amaral
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: léxico e redes semânticas
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Seres humanos e o meio ambiente
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Ciências Naturais Visões de mundo
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Ensino Fundamental Final Geografia Natureza e as questões socioambientais
Ensino Fundamental Final Geografia Paisagens e diversidade territorial no Brasil
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ler poemas de Manuel de Barros;

estabelecer relações entre um texto literário e uma outra manifestação cultural;

identificar as imagens poéticas relacionadas ao espaço geográfico;

identificar as imagens poéticas relacionadas à flora e à fauna local;

reconhecer os efeitos de sentido na construção das imagens poéticas;

estabelecer as relações entre autor e contexto de produção.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidades básicas de leitura e escrita.

Estratégias e recursos da aula

Professor, antes de iniciar a aula é conveniente deixar claro que esta atividade foi planejada para um trabalho com alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, além do EJA (1º e 2º ciclo).

O foco é multidisciplinar, pois além da abordagem poética e literária, tendo como suporte poemas de Manoel de Barros, pretende-se também uma abordagem geográfica e biológica, já que privilegia-se nos textos as ocorrências das imagens poéticas que de alguma forma referem-se a animais ou paisagens naturais do Pantanal.

Portanto, mesmo consciente de que o poeta Manoel de Barros, embora originário dessa região brasileira, não pretende em seus livros ser um autor descritivo nem regionalista, e o contrário está claro, pelo caráter universal de sua poesia, abordaremos aqui de preferência esse viés local com o intuito de unir o estudo da linguagem ao conhecimento da paisagem animal e vegetal do pantanal.

Inicie a conversa com seus alunos a partir do que eles sabem sobre o Pantanal e sobre o poeta Manoel de Barros. Procure obter deles todos seus conhecimentos prévios a respeito. Provavelmente, mais alunos terão informações do Pantanal do que sobre o poeta. O interessante é saber se já leram algum texto de Manoel de Barros e, se leram, como foi esta experiência.   

Atividade 1

Como é possível que não haja todos os livros do poeta na biblioteca da escola e nem mesmo seja possível pesquisar alguns poemas pela internet, alguns textos escolhidos para a aula serão disponibilizados aqui convertidos em imagem.

O primeiro texto indicado, para que seus alunos possam conhecer um pouco da biografia do poeta e de sua estreita ligação com o Pantanal é “Auto retrato falado”.

 

(imagem do autor)

O poema também pode ser acessado no link: http://www.releituras.com/manoeldebarros_autoretrato.asp 

Se não for possível acessar o poema pela internet, faça cópias para seus alunos.

(1) Para que seus alunos possam saber o que pensa Manoel de Barros sobre a sua poesia, indique a seus alunos a pesquisa dos seguintes vídeos (os quatro vídeos compõem uma entrevista com o autor):

http://www.youtube.com/watch?v=td_qQqE-1jg&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=6dwVho-9X3A&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=vzeUUXAEdZw&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=xWoxk_ute0w&feature=related

                                                                                                                                                                                                                                                                                               

(2) Peça para algum aluno ler o poema oralmente.

(3) Depois da leitura, debata com eles sobre os seguintes pontos:

Sobre o poema:

a. Como o poeta define o local de sua origem?

b. Cite os elementos do Pantanal incluídos na paisagem de sua infância.

c. Quais as imagens poéticas (metáforas) criadas a partir desses elementos?

d. Como interpretá-las? (para esta questão deve ser considerado o aspecto subjetivo do leitor, portanto, respeitando as variações nas interpretações).

Sobre a entrevista:

a. Como o poeta define sua poesia?

b. É possível perceber indícios dessa definição no poema transcrito?

c. O que mais lhe chamou a atenção nesse aspecto?

d. Qual o tema central do poema lido na última parte da entrevista? Como o poeta trata este tema?

Professor, é importante ressaltar para seus alunos que os elementos da natureza pantaneira são recorrentes na poesia de Manoel de Barros e que as imagens criadas pelo poeta podem parecer ilógicas. Mas esta é uma das intenções da linguagem do autor, de burlar as normas gramaticais e a descritividade da denotação, a partir da invenção, como afirma: "Tudo que não invento é falso". E ainda segundo o autor, para que fique claro para os alunos o que é uma imagem poética, "...eu aprendera que as imagens pintadas com palavras eram para se ver de ouvir". O que indica que as imagens poéticas não nos são dadas, prontas para os olhos, é necessário ouvir a comunhão sonora das palavras e imaginar.

Atividade 2

Para iniciar a segunda atividade:

(1) Indique para seus alunos a pesquisa da foto de Daniel de Granville e do poema XIX da Didática da Invenção, de Manoel de Barros.

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-5-DANIEL+DE+GRANVILLE.htm#fotos/eventos/5_57-RIO+NO+PANTANAL.jpg 

(imagem do autor)

O poema também pode ser acessado em: http://poesiacontraaguerra.blogspot.com/2008/04/uma-didtica-da-inveno.html 

A partir da pesquisa da imagem e do texto por seus alunos:

(2) Proponha as seguintes questões para responderem no caderno e oralmente:

a. Quais as imagens poéticas criadas no poema sobre o rio?

b. Com quais elementos naturais o rio é comparado?

c. Qual definição geográfica é usada para substituir a imagem criada sobre o rio?

d. Pesquise a definição "enseada" em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=enseada  e responda:

Qual delas corresponderia à definição dada por aquele homem? Justifique.

enseada

en.se.a.da sf (der regressiva de ensear) 1 Pequena baía, recôncavo da costa marítima. 2 Pequeno porto onde os navios se podem abrigar. 3 Reg (Marajó) Área de campo em volta de rio ou entre dois igarapés. 4 Entrada de campo em baixio. 5 Reg (Goiás) Margens sombrias dos córregos e rios.

e. Por que essa definição (o nome), segundo o eu-lírico, empobreceu a imagem?

f. Debata com os alunos sobre as possíveis relações entre a imagem e o poema.

Professor, nesta última questão procure observar nas respostas de seus alunos se há interpretações que se assemelhem à imagem criada por Manoel de Barros, e busque o porquê dessa analogia.

A cobra de vidro, o rio de vidro mole que fazia a volta atrás da casa, no imaginário de um menino, é de uma riqueza e de uma criatividade relacionada a seu mundo de origem que supera a nomeação de enseada, conceito geográfico, que apesar de útil, restringe a fantasia.

Atividade 3

Para a terceira atividade:

(1) Indique para seus alunos a pesquisa dos seguintes poemas dos deslimites da palavra, do Livro das Ignorãças:

Os deslimites da palavra (dia um) 1.1 e (segundo dia) 2.4: http://www.cesargiusti.bluehosting.com.br/Litbnk/textos/mbarros.html  

Além dos poemas indique a visualização das imagens abaixo, de Daniel de Granville.

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-3-DIVERSOS.htm#fotos/eventos/3_17-PAISAGEM+DO+PANTANAL.jpg 

(imagem do autor)

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-5-DANIEL+DE+GRANVILLE.htm#fotos/eventos/5_53-POR+DO+SOL+NO+PANTANAL.jpg 

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-5-DANIEL+DE+GRANVILLE.htm#fotos/eventos/5_41-REVOADA+NO+PANTANAL.jpg 

(imagem do autor)

(2) Indique a pesquisa do vocabulário no seguinte site: http://michaelis.uol.com.br/   ou em qualquer dicionário ou enciclopédia.

Pejo http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=pejo  

Vogar http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=vogar   

Pacu http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=pacu  

carandá http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=carand%E1  

martim-pescador http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=martim-pescador  

açucena http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=a%E7ucena  

socó http://pt.wikipedia.org/wiki/Soc%C3%B3  

(3) Após a pesquisa na internet, leve os alunos para a sala de aula e distribua-os em círculo.

(4) Se possível, imprima as imagens para que todos possam visualizá-las.

(5) Peça para um voluntário ler oralmente o primeiro poema.

(6) A partir da leitura e da relação com a imagem, peça para responderem oralmente:

a. Que paisagem é sugerida pelo texto?

b. Que imagens poéticas são construídas com base na enchente?

c. Quais os animais ou plantas envolvidos nestas imagens?

Professor, a partir das respostas dos alunos complemente o conteúdo e explique o provável motivo para o tema do poema, que está registrado na foto pesuisada: os constantes alagamentos da planície do Pantanal.

O Pantanal, maior planície alagável do mundo, é o elo entre as duas maiores bacias da América do Sul: a do Prata e a Amazônica, o que lhe confere a função de corredor biogeográfico, ou seja, permite a dispersão e troca de espécies de fauna e flora entre essas bacias. Leia mais: http://www.riosvivos.org.br/Canal/Pantanal/260 

(7) Peça a outro voluntário para ler o segundo poema.

(8) Converse com os alunos e procure extrair deles interpretações para as seguintes imagens:

a. "Um besouro se agita no sangue do poente".

b. "Me parece que a hora está mais cega".

c. "Um fim de mar colore os horizontes".

d. "Cheiroso som de asas vem do sul".

Professor, é importante lembrar que as interpretações não são exatas, podem ser variadas, mas devem ser consideradas a partir do momento natural: o poente, o ocaso do sol no Pantanal. Com colorações semelhantes às da imagem, além da percepção das figuras de linguagem como a personificação e a sinestesia e a aliteração (letras b e d), casando muito bem o momento do ocaso com a paisagem vegetal e o movimento das aves.

                                                                                                                                                                                                                                   

Para a última atividade e que deverá servir também como avaliação:

(1) Indique a seus alunos a pesquisa dos seguintes poemas, ou faça uma cópia e distribua para eles.

(2) Divida a turma em grupos de quatro ou cinco alunos.

(3) Sorteie um poema para cada grupo.

Todas as imagens dos poemas abaixo são do autor.

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-7-SAMUEL+DULEBA.htm#fotos/eventos/7_83-NATUREZA+PANTANEIRA.jpg

   

http://reagentes.blogspot.com/2009/04/niveis-troficos.html 

  

http://www.brasilescola.com/animais/ema.htm 

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-5-DANIEL+DE+GRANVILLE.htm#fotos/eventos/5_43-JACARE+DO+PANTANAL.jpg 

 

http://www.pantanalecoturismo.tur.br/GALERIA-3-9-ROBERTA+COELHO.htm#fotos/eventos/9_111-.jpg 

Além dos poemas e das imagens, indique para os alunos a sequência de vídeos sobre a diversidade da fauna e da flora pantanaeira:

http://www.youtube.com/watch?v=VF0y-LrPrkA&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=_tZVzViZoUw&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=SaeNHiaiEF8&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=6GHgRFqD9Vc&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=mmqLfKdiIyE&feature=related 

http://www.youtube.com/watch?v=9fkq4HTe3yU&feature=related 

Recursos Complementares

BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1997.

BARROS, Manoel de. Memórias inventadas. A segunda infância. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006 

BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Best Seller, 2008.

BARROS, Manoel de.  Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Best Seller, 2006.

IHERING, Rodolpho von. Dicionário dos animais do Brasil. Rio de Janeiro: DIFEL, 2003.

http://www.revista.agulha.nom.br/manu.html 

http://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asp 

http://www.fabiorocha.com.br/barros.htm 

http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet061.htm 

http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=2018 

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/ignoracas 

Avaliação

ANIMAL

REFERÊNCIA

JACARÉ

O copo

NOME CIENTÍFICO

Caiman crocodilus yacare

DESCRIÇÃO

Mede entre dois a três metros de comprimento e seu padrão de coloração é bastante variado, sendo o dorso particularmente escuro, com faixas transversais amarelas, principalmente na região da cauda. Mesmo com a boca fechada deixa ver muitos dentes, pelo que é por vezes também chamado jacaré-piranha. A sua dieta é constituída por peixe, moluscos e crustáceos

HABITAT

parte central da América do Sul, incluindo o norte da Argentina, sul da Bolívia e Centro-Oeste do Brasil, especialmente no Pantanal e rios do Paraguai

IMAGENS NO POEMA

Estava o jacaré na beira do brejo/ tomando um copo de sol

O bicho soltou três urros/ e quebrou o silêncio do lugar

Professor, use a tabela acima como modelo para a avaliação.

A partir da imagem do animal e das imagens poéticas criadas nos poemas por Manoel de Barros, os alunos deverão compor a tabela informativa e expor suas interpretações da linguagem figurada desta poesia que se recria sempre baseada nas paisagens do Pantanal.

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