22/02/2011
Rodrigo Russano
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | Artes | Música: Canal |
Ensino Fundamental Final | Artes | Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical |
Ensino Fundamental Final | Artes | Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico |
Ensino Médio | Artes | Música: Estruturas morfológicas |
Ensino Médio | Artes | Música: Estruturas sintáticas |
Ensino Fundamental Final | Artes | Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação |
Ensino Médio | Artes | Música: Contextualização |
Trilha sonora - Mesa de som - http://www.studiomixitu.com.br/imgs/serv_trilha_sonora.jpg
Caro(a) professor(a), esta série de aulas se destina a apresentar propostas de ações educativas a partir da pesquisa e criação de trilhas sonoras.
O tema em questão é amplamente vivenciado no cotidiano por ser encontrado em desenhos, filmes, jogos eletrônicos, sites, programas de TV, peças de teatro, espetáculos de dança, desfiles de moda, exposições de arte e no ambiente sonoro local.
Quais as trilhas sonoras da sua casa, rua, bairro, comunidade, cidade? A criação de uma trilha sonora pode envolver o corpo, mídias diversas, o cotidiano, processos de captação sonora, gravação, roteirização e principalmente um discurso musical capaz de potencializar emoções, agregar sentimentos, expandir as leituras e significados de uma imagem. Mesmo em uma pintura ou em uma fotografia podemos imaginar alguma sonoridade? Mesmo em algo estático isso é possível? É muito vasta a gama de possibilidades de uma trilha sonora, que ora contribui para um reforço realista do que se pretende representar, ora acrescenta um devir poético a essa mesma realidade, transcendendo-a.
Ao discutir este tema com os alunos em sala de aula é importante levar em consideração a noção que os estudantes trazem sobre o assunto, e além disso, estimular a expansão desses conhecimentos, construindo um diálogo com materiais artísticos diversos, relações, percepções que possam acrescentar novos repertórios de significado sobre Música e seus usos contemporâneos.
Tendo em vista a preparação prévia do professor para as aulas, recomendamos consultas aos links 1 e 2 em Recursos Complementares.
Além disso, faz-se necessário que o(a) professor(a), investigue consigo próprio os questionamentos que pretende propor a seus alunos, pesquise suas concepções e entendimentos a respeito do tema, esboçando respostas, caminhos, para que o aprofundamento das questões sobre trilha sonora em aula seja mais efetivo.
Atividade 1 - Gravação
Microfonando um amplificador de guitarra para gravação - http://www.fratermusic.com/wp-content/uploads/2011/01/gravando-amp-guitarra.jpg
Esta aula é continuação da aula "Trilha sonora - Princípios de gravação" também de nossa autoria publicada no Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26509
Neste momento os alunos já elaboraram seu roteiro sonoro, já apresentaram sua trilha, debateram com a turma e conheceram alguns princípios básicos e simplificados de gravação.
É importante frisar que o objetivo desta aula não é produzir uma gravação profissional, mas possibilitar que o estudante, mesmo dentro de limitações de recursos técnicos, possa experimentar um processo de gravação sonora e sincronizá-la a um filme a partir do qual a criação se originou.
Recomendamos o software Sonar para a gravação ideal, sendo possível visualizar imagem e som, de maneira a facilitar o sincronismo do áudio com o filme. Para mais informações sobre este software e outros programas de áudio vide links 3 e 4 em Recursos Complementares.
É bastante recomendável que o professor se familiarize antes com o software para que possa propor aos alunos que eles próprios tenham autonomia em todo o processo. Basicamente neste início de aula demonstre aos alunos recursos simples como:
Com essas informações, os próprios alunos podem se organizar para gravar uns aos outros e os vários projetos de trilha sonora.
Atividade 2 - Gravação/edição/mixagem
Programa multipista Sonar - http://images.quebarato.com.br/T440x/sonar+8+2+producer+video+aula+curitiba+pr+brasil__209844_2.jpg
Se o processo de gravação utilizado for o de multipista, ou seja, com um som gravado por vez, cada aluno ou grupo poderá ser a equipe técnica dos outros, acionando a gravação, interrompendo, gravando vários takes, voltando de algum ponto específico. Vale lembrar que este trabalho também envolve buscar um ambiente o mais livre possível de ruídos externos (salvo se a intenção for captar ruídos externos) e pesquisar o melhor posicionamento possível do microfone para captação.
Vale a pena fazer alguns testes iniciais de experimentação para então iniciar as gravações definitivas. Em geral, em produções tradicionais de música popular, primeiro são gravadas as percussões, baterias, depois baixo, violões e guitarras base. Em seguida, instrumentos solistas, naipes, efeitos e por último os vocais. Avalie se no caso das produções de seus alunos esta ordem é pertinente ou se pode ser dada uma outra organização. Em gravações profissionais é comum o uso do metrônomo como referência de andamento para os instrumentos de base. No entanto, no caso da atividade em questão, o mais importante é o sincronismo com os tempos detalhados no roteiro de decupagem. Vide aula "Trilha sonora - Princípios de gravação".
Com os trabalhos já gravados é possível refazer alguns pontos que não funcionaram, recortar um som e duplicá-lo, colar em outro trecho da música, etc. Chamamos este processo de edição. É interessante que os alunos possam experimentar alguns desses recursos de edição e uma mixagem bem simples (equilíbrio geral dos volumes da trilha, inserção de efeitos, etc.).
Caso a gravação seja em aparelhos portáteis e simultânea (sem a possibilidade de gravar em multipista cada instrumento), procure orientar os alunos para pesquisarem o melhor posicionamento do grupo diante do microfone, já que captará todos os sons ao mesmo tempo. É importante também uma maior atenção ao equilíbrio de volume de som de cada executante para obter um melhor resultado. Com este método, a possibilidade de editar posterior e de corrigir erros é muito menor, então vale a pena ensaiar bastante e gravar vários takes, escolhendo a melhor interpretação.
Finalize com cada grupo as produções, sincronizando o som ao filme correspondente. Esta finalização pode ser feita no próprio programa Sonar. Se não for possível o sincronismo digital, prepare com os alunos os filmes e em um aparelho de som separado libere o áudio simultaneamente ao início do filme. O resultado é menos sincronizado mas permite uma apreciação do esboço do que seria a trilha em uma finalização de produção.
Autoavaliação - http://garotadacidade.files.wordpress.com/2009/12/quem-sou-eu.jpg
Algumas perguntas para problematização:
Após a discussão de avaliação, os filmes podem ser reexibidos, agora em suas trilhas sonoras originais. Reforce que o objetivo não é de forma alguma comparar qualitativamente o que foi produzido com as trilhas sonoras originais, mas promover um diálogo que permita estimular a curiosidade dos alunos sobre outros caminhos possíveis de interpretação sonora de uma imagem em movimento. Há pontos de aproximação entre a criação original e a realizada pelos alunos? Hà pontos completamente diferentes? Analise esta diversidade e canalize a discussão de maneira a motivar futuras produções.
Link 1 - Trilha sonora na wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_sonora
Link 2 - A origem da trilha sonora - Filipe Salles - http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=45:trilha-sonora&catid=53:somcinema&Itemid=67
Link 3 - Manuais gratuitos - http://www.musicaudio.net/gratis/index.htm
Link 4 - Audição crítica - http://www.audicaocritica.com.br/
Ao final da aula, observe se os alunos atingiram os objetivos propostos. Avalie:
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