Conhecer algumas crendices e superstições do folclore brasileiro.          

Reconhecer a importância da leitura como fonte de informação.         

Desenvolver a reflexão da escrita por meio de ditado do professor.

Pesquisar sobre a cultura brasileira.

Ser leitor e escritor inicial

Recursos utilizados na aula:

Livro Crendices e Superstições de Marcelo Xavier.

Massinha plástica de modelar

Estratégias da aula: 

Primeira atividade: Leitura do livro

Inicie sua aula com a leitura do livro:

Crendices e Superstições 

Autor: XAVIER, MARCELO MOREIRA

Editora: FORMATO

Sinopse:  O terceiro livro da Coleção O Folclore do Mestre André visita um dos assuntos mais interessantes do folclore brasileiro: as crendices e superstições. Mestre André, contador de histórias que parece saber um pouco de tudo, narra um pouquinho desse mundo fantástico apresentando João Boa-Sorte, um brasileiro de Juazeiro do Norte, nascido no mês de agosto, numa sexta-feira, 13, à meia noite em ponto! Com uma linguagem clara e fotografias coloridas feitas a partir de objetos moldados em massa plástica, o premiado autor Marcelo Xavier prova, neste livro, que o folclore está vivo e presente no dia-a-dia de todos.                         

O livro deve ser contado em partes, já que embora interessantíssimo seja muito longo. 

 Valorize cada parte deste precioso livro, leia a introdução e a história do Mestre André, chame à atenção para o trecho transcrito abaixo onde Mestre André explica o que são crendices e superstições.

Trecho retirado do livro Crendices e Superstições:

 " _ A palavra crendices vem de crença. E ter crença é acreditar em coisas em coisas importantes como Deus, a amizade, o amor, o conhecimento. muitas vezes o povo acredita em coisas consideradas absurdas ou até mesmo ridículas. Crenças desse tipo são chamadas crendices, superstições. Acreditar que um sol desenhado no chão faz parar de chover, ou que uma moeda da sorte não deixa faltar dinheiro na carteira são bons exemplos de crendices que o povo não esquece!

As primeiras crendices surgiram nas sociedades primitivas. Vivendo em contato com a natureza, o homem primitivo se sentia ameaçado pelas tempestades, pelas pragas, doenças e pelos animais ferozes. Passou, então, a acreditar que alguns objetos, rezas, gestos ou alimentos tinham um mágico poder de proteção contra todos aqueles males. Isto, se não era real, pelo menos aliava seus medos e aumentava suas esperanças de sobrevivência."

Após a leitura converse com a turma sobre crendices que eles conhecem e anote no blocão ou em um mural.

Segunda atividade: Pesquisando

Passe uma tarefa para casa, onde cada criança deverá pesquisar com a sua família e vizinhos superstições e crendices. Deixe livre para as crianças que desejarem fazer a pesquisa também na internet.

Peça que anotem as informações que conseguiram para compartilhar com a turma no próximo dia de aula.

Terceira atividade: A troca e o desenho

Em sala faça uma roda para que cada aluno apresente as crendices e superstições que conseguiram coletar.

Registre os dados da pesquisa no blocão onde havia começado as anotações e peça que cada um escolha uma crendice para desenhar.

Segue abaixo algumas figuras que ilustram algumas crendices e superstições:

Quarta atividade: Continuando a leitura do livro

Volte ao livro para ler a  parte aonde através da narrativa da história do personagem João Boa-Sorte as crendices do povo brasileiro vão se revelando. Chame à atenção para as ilustrações que acompanham cada parágrafo, sempre feitas de massinha.

Quinta atividade: Revendo as crendices

Após a leitura do livro que  dependendo da concentração de sua turma pode ser lido em algumas aulas ou de uma única vez, faça uma revisão na lista de crendices que você  fez ao longo das aulas e complete com as  que apareceram no livro e ainda não haviam sido relatadas.

Seguem abaixo algumas crendices relatadas no livro:

Colocar a planta "comigo-ninguém-pode" na entrada da casa espanta mau-olhado.

Moça que come na panela chove no dia do casamento.

A primeira varrida da casa tem que ser com vassoura nova para começar bem a vida. E não se esqueça: a primeira pessoa a varrer a casa tem que ser uma mulher velha.

Para saber o sexo do bebê coloca um garfo em uma cadeira e uma colher na outra e cobre os dois com um pano, se a mulher grávida sentar onde está o garfo o neném será homem e se sentar na colher será mulher.

Sexta atividade: Ditado das crendices

Peça que cada dupla escolha duas crendices da lista construída durante a aula.

Oriente a atividade de forma que cada vez um aluno da dupla vai ler a crendice para o outro escrever. Esta escrita ditada é compartilhada, onde quem esta ditando deve colaborar com quem está escrevendo fazendo as intervenções necessárias.

Sétima atividade: Transformando as crendices em 3D

Volte às ilustrações do livro e proponha uma exposição das crendices para a escola.

Explique que cada um vai representar a crendice que escolheu escrever na atividade anterior, com massinha plástica, igual fez Marcelo Xavier em seu livro.

Entregue a cada grupo dois estojos de massinhas. É importante disponibilizar várias cores para que o trabalho possa ficar bonito e com riqueza de detalhes.

Entregue massinhas de cores variadas e permita que representem as crendices escolhidas. Não fique fazendo muitas observações no momento de confecção do trabalho, pois cada um  deve representar a crendice que escolheu, da maneira que lhe for mais significativo.

Oitava atividade: Exposição

Junte os trabalhos de massinha com a folha onde está escrita a crendice ou superstição correspondente e exponha na escola.

Dica: Tire foto de seus alunos no momento da produção das peças em massinha e coloque na exposição, como apresentação das etapas do trabalho.

Nona atividade: Avaliação

Após a exposição peça que seus alunos escrevam o que aprenderam com o tema, se gostaram, ficaram curiosos com o folclore brasileiro e o sentiram vendo seus trabalhos expostos para a escola e para as famílias.

Os materiais abaixo podem enriquecer a aula e também possibilitar outras atividades relacionadas ao tema.

No livro abaixo a jornalista Ana Paula Brasil, com a consultoria do médico Ricardo Lopes Pontes, reuniu mitos difundidos sobre a gravidez para esclarecer o que é ou não 'crendice' e onde a sabedoria popular encontra os fundamentos médicos.

BARRIGA REDONDA, BARRIGA PONTUDA - DERRUBANDO MITOS, CRENDICES E SUPERSTIÇOES SOBRE A GRAVIDEZ

 Autores:  ANA PAULA BRASIL e  RICARDO LOPES PONTES

Nesta página do site Brasil Cultura o professor encontra um texto que traz a definição de crendices e superstições e também uma lista de superstições para a festa de final do ano.

http://www.brasilcultura.com.br/almanaque-brasil-cultura/supersticoes-e-crendices/  

 A avaliação deverá ocorrer durante toda a aula, onde o professor poderá verificar através da participação dos alunos, se conseguiram ampliar seus conhecimentos  sobre as crendices e superstições do folclore brasileiro, percebendo também, que a leitura pode ser uma importante fonte de informação.

Durante a atividade de ditado o professor deverá observar se os alunos conseguiram, a partir da troca que esta atividade favorece, desenvolver a reflexão da escrita.