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O atletismo e a deficiência

 

13/12/2010

Autor e Coautor(es)
WILSON VASSALLO FAGUNDES
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

José Luiz Lacerda

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Educação Física Atitudes, conceitos e procedimentos: esportes, jogos, lutas e ginásticas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·        Listar e aprender sobre as modalidades de atletismo presentes nas paraolimpíadas;

·        Vivenciar algumas atividades que envolvam atletismo e deficiência;

·        Criar novas possibilidades para vivenciar o atletismo relacionado a uma deficiência.

Duração das atividades
100 minutos. 02 Aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Sugerimos olhar a seguinte aula no portal que estabelece uma sequência pedagógica natural, importante para reflexão do tema:

1 - As corridas com obstáculos no atletismo;

2 - Atividades para a prática do arremesso de peso e dardo na escola;

3 - O arremesso de disco: a força centrífuga e a técnica ligada ao arremesso;

4 - Adaptando o arremesso de martelo para a prática na escola.

Estratégias e recursos da aula

1º Momento – Iniciar a aula refletindo sobre o tema:

O esporte para deficientes começou a ser praticado na primeira década do século XX primeiramente para portadores de deficiências auditivas. Na década de 1920, o atletismo para deficientes começou a ser praticado por portadores de deficiências visuais. Depois da Segunda Guerra Mundial, que mutilou vários soldados, houve o aumento da prática dos esportes para portadores de deficiências físicas. Em Roma 1960 foram realizados pela primeira vez os Jogos Para-olímpicos, que desde então são sempre disputados alguns dias depois dos  Jogos Olímpicos de Verão.

Amputados, paraplegias, deficientes visuais, deficientes mentais e paralisias cerebrais competem no atletismo, tanto masculino como no feminino. Os atletas recebem uma classificação de acordo com o grau de deficiência de cada um, para que haja equilíbrio nas competições. Dentro de cada prova há divisões por tipo de deficiência (Ex. Cegos só podem competir com cegos). As provas se dividem em cinco grupos: Corridas, saltos, lançamentos, arremesso e pentatlo.

Só teremos a dimensão do esforço que uma pessoa deficiente tem que fazer para superar uma limitação corporal e competir quando estivermos em situações semelhantes. Para tal vamos improvisar e vivenciar algumas provas de atletismo simulando algumas limitações?

Atividade 01: Corrida de cegos

Na corrida para cegos o atleta é acompanhado por um guia que tem a função de orientá-lo no que se refere às delimitações da pista. O que os une é uma corda presa às mãos de ambos. O guia não pode em hipótese nenhuma puxar o atleta, caso isso aconteça o atleta será eliminado da prova.

Vivência: Dividindo a turma em duplas distribuir as vendas e pedir para que um integrante da dupla vende os olhos.

Marcar o circuito da prova e pedir para que os guias levem caminhando os atletas vendados para dar uma volta no circuito.

Após o reconhecimento da pista, dividir a turma em grupos de três duplas por vez para a disputa das corridas.

Importante: O guia não poderá por a mão no corredor, devendo o corredor segurar o guia pelo braço. Durante a prova o guia não poderá ficar a frente do competidor todo o tempo (poderá ficar ao lado ou atrás).

Obs. Após a vivência as funções se invertem e um novo circuito será montado.

Atividade 02: Corrida de amputados

Nas corridas de amputados (amputações nas pernas) os competidores podem utilizar próteses especiais. Apesar da tecnologia e adaptação às próteses o movimento não deixa de ser afetado uma vez que nada substitui perfeitamente o membro amputado. Neste caso a deficiência é física em uma prova onde o movimento do corpo é exigido ao máximo.

Vivência: Pra simular uma limitação no movimento vamos vivenciar uma corrida bem conhecida de todos: a corrida de três pernas.

Dividindo a turma em duplas pedir para que os alunos amarrem as pernas mais próximas uns dos outros ficando lado a lado abraçados.

Marcar o circuito da prova e dividir a turma em grupos de três duplas por vez para a disputa das corridas.

Atividade 03: As provas de arremesso

Nas provas de arremesso os atletas com dificuldades motoras nos membros inferiores usam uma cadeira-base de arremesso. Nesse caso a força no braço deve substituir todos os movimentos auxiliares de corrida e rotação utilizados como recurso para aumentar a força dos arremessos nas provas originais dos não deficientes.

Vivência: Utilizando uma cadeira ou carteira grande, marcar a zona de arremesso com um círculo ao redor da cadeira, montar uma tabela de arremessos, delimitar o campo da competição e permitir que os alunos além de competir, participem também da arbitragem e da fiscalização nas tentativas dos colegas.

1º momento – Vivenciar o arremesso do peso;

2º momento – Vivenciar a possibilidade de um lançamento de dardo, disco e martelo nas mesmas condições do arremesso de peso.

Deixar que os alunos criem regras, adaptações e restrições para a disputa.

Obs. Discutir regras especiais para evitar acidentes em provas desse tipo.

Recursos Complementares

http://www.cpb.org.br/esportes/modalidades/atletismo  

(Site do comitê paraolímpico brasileiro)  

http://www.urece.org.br/novosite/content/atletismo  

(Informações sobre o atletismo para deficientes visuais)   

http://www.ande.org.br/modalidades.php  

(Modalidades do atletismo para deficientes)   

http://www.youtube.com/watch?v=BUYsFuMIMuY&feature=related  

(vídeo – exemplo de lançamento de peso para deficientes)

Avaliação

Além das discussões presentes durante a aula, debater com os alunos todas as questões que envolvem os diferentes tipos de limitação e suas relações com os diferentes tipos de adaptação nas provas do atletismo:

·        Limitações corporais que determinado tipo de deficiência causa no indivíduo;

·        Formas de superação visando não restringir o movimento;

·        Formas de adaptação das modalidades do atletismo face às diversidades de deficiência;

·        Regras comuns aos deficientes e não deficientes;

Após o debate pedir para que os alunos pesquisem e tragam possibilidades de adaptação e vivência da turma nos saltos para os deficientes (a vivência será feita em aulas posteriores).

·        Como ele acontece para os deficientes;

·        Quais as possibilidades de adaptação (da limitação e da atividade) para a vivência da turma.

Tal atividade dará subsídios ao professor para analisar se houve o entendimento dos alunos acerca da relação da deficiência (limitações corporais) e as possíveis adaptações e aplicações nas competições de atletismo.

Além da atividade final, o professor deverá observar e analisar todo o processo de vivência dos alunos no que diz respeito à integração, participação, raciocínio, cumplicidade, criatividade, atenção e respeito às regras e aos colegas durante as atividades e nas disputas, visando detectar se houve aproximação entre os objetivos da aula e a concretização da mesma.

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