Os alunos poderão analisar a sociedade rural do País, que por diversas vezes é pouco explorada, a partir de alguns de seus elementos culturais. Além disso, poderão perceber as transformações na cultura popular brasileira e desfazer a noção que coloca em um só bloco homogêneo toda a dimensão do “rural”.

• História da Música Brasileira.
• Brasil República (1889 - 1930).

• INTRODUÇÃO

Quando pensamos no Brasil, temos na cabeça algumas divisões. Elas podem partir dos traçados dos Estados, das regiões geográficas, de zonas morfológicas, entre outras. Uma divisão que chama a atenção é a divisão do “Brasil urbano” e “Brasil rural”.

A diversidade urbana ainda fica, em algumas situações, implícita dentro de seu conceito, devido à concepção muitas vezes cosmopolita que esses centros recebem. As cidades são, muitas vezes, centros de imigração e acabam congregando diversos valores e culturas em espaços geograficamente próximos. Já o que se considera rural acaba em diversas situações, sendo colocado no mesmo pacote: a música caipira é uma só, o homem do campo é somente um, a relação com a terra é igual com todos.

Ao depararmos com uma multiplicidade de concepções do “universo caipira”, podemos figurar mais facilmente as diversas relações existentes no que se considera como “rural”. A desconstrução da dupla caipira e sertaneja como representantes únicos desse meio traz à tona outras visões e interpretações das pessoas e do tempo em que viveram. Os ritmos como pagode, rancheira gaúcha, polca paraguaia, chamamé huapango, batuque, batidão, catira, moda de viola, cana-verde, corta-jaca e as músicas de domínio público de certas regiões mostram um cenário multiforme.

Toda essa diferenciação ajuda na percepção mais trabalhada do aluno, criando recursos para fugir dos estereótipos e da visão superficial de determinado tema.

• DESENVOLVIMENTO

Na primeira aula, o professor deve verificar qual é a visão que os alunos têm do que é considerado “caipira”. Após mediar essa discussão, o professor deve pedir aos alunos que pesquisem anteriormente e tragam para a sala de aula informações sobre o “homem caipira”, “representações da roça”, “ritmos caipiras”, a “viola” e o “violeiro”. Essas informações devem ser bem pesquisadas para que o professor possa orientar o trabalho.

Na aula seguinte (segunda aula), os alunos devem expor o que pesquisaram através de músicas, cartazes, cartoons, apresentações em Power Point, e assim discutir as diferenças que forem surgindo. O professor deve mediar o seminário, acrescentando informações que forem necessárias e instigando os alunos a ir mais fundo nas discussões que se fizerem. Depois dessa aula, a turma deverá ser separada em grupos e cada grupo mobilizará as seguintes informações:

GRUPO 1 – Artistas e Violeiros       

Links: http://www.voaviola.com.br/principal.php?g_md=pesquisa_violeiros

http://www.projetomemoriabrasileira.com.br/series/violeiros-do-brasil/  

http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/ze-coco-do-riachao  

http://revistaviolacaipira.com.br/link03.htm  

http://www.violacaipira.com.br/musicabrasileira/?go=artista&t=Violeiro

Capa de LP de Renato Andrade

GRUPO 2 – Ritmos Caipiras e a Música

Links: http://www.ivanvilela.com.br/sobre/artigo_caipira.pdf

http://www.violatropeira.com.br/origem.htm  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Caipira

Quadro de Almeida Junior "O Violeiro"

GRUPO 3 – Viola e Imaginário

Links: http://www.voaviola.com.br/principal.php?g_md=instrumento  

http://revistaviolacaipira.com.br/link19.htm  

http://www.widesoft.com.br/users/pcastro4/viola.htm  

http://www.violacaipira.com.br/musicabrasileira/index.php?go=historiaDetalhe&id=4

Cartaz de filme de Amácio Mazzaropi, ator de diversos filmes relacionados ao mundo caipira

Esses grupos devem coletar informações para que seja feito, na terceira aula (aula 3), um grande mural na sala, contendo as informações pesquisadas, as imagens, os recortes, os desenhos, as dicas de músicas, entre outros. Esse mural-jornal deve ficar exposto e novos materiais podem ser acrescentados, caso algum aluno encontre algo interessante relacionado ao tema. Os alunos poderão opinar, então, se a pesquisa os ajudou a pensar o mundo “caipira” de maneira mais ampla e diversa. Essas novas opiniões podem ser contrastadas com as opiniões da primeira aula.

• CONCLUSÃO

Após o trabalho, o professor poderá fechar as exposições, mostrando como existem variados mundos dentro do que as pessoas conhecem como universo caipira. As considerações dessas diversidades podem ser aplicadas em outros temas, permitindo que o aluno tenha um olhar mais amplo ao analisar uma sociedade.

www.joaoormond.com.br

www.rozini.com.br  

www.almirsater.com.br  

www.fernandodeghi.com.br  

www.juliosantin.com  

www.claudiolacerda.com.br  

www.gabrielsater.com.br  

www.ivanvilela.com.br  

www.robertocorrea.com.br  

www.miriancris.com  

www.paulofreirevioleiro.com.br  

www.chicolobo.com.br  

www.pereiradaviola.com.br  

www.tiaocarreiro.com.br  

www.toporama.net/joaciornelas  

www.violeiro.blogspot.com  

www.nabeiradamata.com.br  

www.rolandoboldrin.com.br  

www.iccacultural.com.br

O professor deve avaliar as informações contidas no mural para ver como os alunos procederam nas pesquisas e se o objetivo do trabalho foi alcançado. Além disso, o professor pode levar em conta o que surgir na discussão final. O processo de pesquisa deve ser acompanhado pelo professor e levado em consideração na nota dos alunos. Se for possível, o professor pode organizar uma mostra que contenha os cartazes produzidos, as músicas pesquisadas e os vídeos.