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Ritmos Populares Brasileiros urbanos do início do século XX

 

22/11/2010

Autor e Coautor(es)
Bruno Viveiros Martins
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Gabriel Luiz Maia Nascimento, Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio História Cultura
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos poderão analisar uma sociedade a partir de alguns de seus elementos culturais. Além disso, poderão perceber as transformações na cultura popular brasileira, conseguindo assim visualizar toda a sua dinâmica e diversidade por meio do resgate de ritmos hoje já não tão populares, mas com forte apelo para a sociedade do final do XIX e início do século XX.

Duração das atividades
Cinco aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Brasil República (1889 - 1930).
Estratégias e recursos da aula
  • INTRODUÇÃO

Quando tentamos visualizar uma sociedade em seu tempo, acabamos por ter certas práticas que perpetuam um pouco de sua imagem estereotipada. O Rio de Janeiro, na virada do século XIX para o XX, por exemplo, tem como memória imediata as culturas populares que se firmaram e se consolidaram ao longo do século XX.

Na música, podemos ver o exemplo do samba que, ao conseguir consolidar-se e ganhar terreno em diversos setores da sociedade, acabou prevalecendo e, sempre ao pensar em canções populares da época, o ritmo aparece quase de maneira homogênea.

Esse tipo de visão acaba limitando o rico cenário cultural que se formava com o nascente mercado fonográfico. Os ritmos que vinham de fora e, inclusive, os que foram moldados no Brasil se comunicavam e tiveram enorme importância para a criação de ritmos populares posteriores (inclusive o samba). Para deixar clara a ideia de uma sociedade diversa e dinâmica, a análise de canções do lundu, maxixe, choro, polca, valsa, tango, schottisch, gavota, mazurca, entre outros, auxilia o aluno a sair da visão linear e evolutiva da história.

  • DESENVOLVIMENTO

Na primeira aula, o professor deverá dividir a sala em grupos e fazer uma breve apresentação dos ritmos a serem trabalhados, mostrando exemplos de músicas e listando cantores ou grupos que se destacavam em cada segmento. Depois o professor deve orientar os alunos a analisarem as canções, identificando o tema geral da letra, o uso de recursos poéticos, gírias da época, andamento rápido ou lento, a interpretação do cantor e os elementos históricos a serem trabalhados.

Cada grupo ficará responsável por um dos tópicos abaixo, e o professor deve organizar as apresentações em duas aulas.

GRUPO 1 – Lundu e Modinha   

Este grupo ficará responsável por expor ao resto da sala as informações pesquisadas sobre o ritmo do Lundu e Modinha. Os dois ritmos são bem diferentes entre si e o grupo pode contrastá-los, explicitando assim as diferenças das referências africanas e europeias de cada um e os diferentes lugares onde eram tocados. Os alunos devem pesquisar músicas e, se for possível, apresentar uma de cada ritmo, fazendo leituras mais detalhadas para a turma.

Links: http://www.dicionariompb.com.br/lundu/dados-artisticos  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lundu  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modinha  

http://www.dicionariompb.com.br/modinha/dados-artisticos 

Capa de partitura de uma música em ritmo de Lundu 

GRUPO 2 – Maxixe e Tango Brasileiro   

O grupo irá trabalhar com o ritmo do Maxixe e do Tango Brasileiro, explicando que, muitas vezes, esses ritmos são considerados sinônimos. Os alunos podem falar de compositores que o tocavam, do surgimento do ritmo, suas apropriações e suas influências com outros estilos. O grupo também pode levar uma música e a interpretação da mesma para ser apresentada na sala.

Links: http://www.dicionariompb.com.br/maxixe/dados-artisticos  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maxixe  

http://www.dicionariompb.com.br/tango-brasileiro/dados-artisticos 

Capa de partitura de Ernesto Nazareth que compôs alguns tangos brasileiros

  GRUPO 3 – Choro   

Como é um ritmo com marcada presença nos dias de hoje, o grupo deverá focar no surgimento do Choro. As influências e diferenças para os outros estilos, a figura do chorão (tocador de choro), os instrumentos utilizados, as peculiaridades, os artistas que se destacaram (inclusive, a influência na música erudita de Villa-Lobos). O grupo também deve selecionar uma música e fazer sua leitura conjuntamente com a turma, relacionando com o que foi dito anteriormente.

Links: http://www.dicionariompb.com.br/choro/dados-artisticos  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Choro  

http://almanaque.folha.uol.com.br/choro.htm

    

Foto de uma das formações dos "oito batutas" nos anos 20

GRUPO 4 – Schottisch, Gavota e Mazurca   

O grupo ficará responsável por apresentar ao resto dos alunos esses ritmos que surgem fora do País, mas que encontram uma boa aceitação nas sociedades urbanas e influenciam, inclusive, os outros ritmos trabalhados anteriormente. Essas influências podem ser apresentadas, além das características principais e de alguns dos artistas que compunham com inspiração nesses movimentos. Os alunos podem trabalhar tanto com músicas típicas desses estilos como trabalhar com influências diretas (como a “Suíte Popular Brasileira”, de Villa-lobos) para mostrar de exemplo para a turma.

Links: http://www.dicionariompb.com.br/schottisch/dados-artisticos  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Xote  

http://pt.wikilingue.com/es/Gavota  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mazurca 

Foto de Villa-Lobos, autor da Suite Popular Brasileira 

GRUPO 5 – Valsa e Polca   

O quinto grupo ficará encarregado de trabalhar com outros importantes ritmos importados para o Brasil, ressaltando assim a maneira como foram apropriados. O grupo pode explicitar as influências, caracterizar onde essas músicas eram tocadas e como eram esses bailes. Para mostrar para a sala, o grupo pode trazer um exemplo de música como uma valsa brasileira ou uma polca que fosse popular no País.

Links: http://www.dicionariompb.com.br/valsa/dados-artisticos  

http://www.dicionariompb.com.br/polca/dados-artisticos  

http://cliquemusic.uol.com.br/generos/ver/polca 

Partitura de música classificada como Polca-Lundu 

Na quarta aula, a partir dos trabalhos apresentados por cada grupo, o professor deve iniciar uma discussão em um seminário para que se direcionem os objetivos da pesquisa. Os alunos devem expor o que conseguem visualizar de uma sociedade urbana depois das pesquisas. O professor pode ainda trazer o tema para o presente e comparar com o cenário diversificado presente no próprio universo do aluno onde diferentes estilos musicais se dialogam.

  • CONCLUSÃO

Após o professor fazer a discussão, fica mais fácil para os alunos compreenderem a diversidade e a complexidade de um determinado tempo. A sociedade não é homogênea hoje e nem no passado, por mais que essa ideia insista em aparecer em várias ocasiões. A quebra dessa visão totalizante de uma determinada sociedade ou de um determinado tempo é essencial para o entendimento de processos históricos como revoluções, greves, disputas, entre outros.

Recursos Complementares
Avaliação

Pedir ou disponibilizar aos alunos imagens que possam ser recortadas (de revistas, jornais e panfletos). Os alunos podem somá-las a imagens anteriormente pesquisadas. O professor deve acompanhar essa pesquisa.

Depois das apresentações, os grupos devem reunir-se e montar um cartaz com colagens para ilustrar o tema pesquisado. As escolhas das imagens e seus usos devem ser explicitados atrás do cartaz em um texto explicativo que, conjuntamente com o que foi apresentado e com a colagem, será avaliado pelo professor. A avaliação deve levar em conta a participação dos alunos nas pesquisa em grupo, nas apresentações e na montagem da exposição em colagens.

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