11/01/2011
Eliana Dias
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação Escolar Indígena | Línguas | Análise linguística e sociolinguística |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Estratégia:
Recursos:
Aula 1
Atividade
Para esta aula, é esperado que os alunos já tenham lido o livro "O fantástico mistério de Feiurinha".
http://www.blogodorium.net/resumo-do-livro-o-fantastico-misterio-de-feiurinha/
Como complemento, o professor deverá exibir o filme baseado nesse filme e editado por Xuxa. Filme disponível para download em:
http://www.baixandolegal.org/2010/03/xuxa-e-o-misterio-de-feiurinha-nacional.html
A partir da leitura desse livro, o professor questionará os alunos sobre a quebra de expectativas que acontece para quem lê contos de fadas e, de repente, observa que, tanto o enredo, quanto as próprias personagens são questionados nessa nova proposta:
1) a Chapeuzinho Vermelho oferecendo maçã para a Branca de Neve que, por sua vez, diz odiar essa fruta;
2) príncipes como maridos;
3) questionamentos das próprias personagens ao que se entende por conto de fadas (ex. Branca de Neve: "Gozado você ainda se surpreender, Chapéu! Você se esquece de que, em histórias de fada, esse negócio de tempo não tem a mínima importância? Meu lacaio Caio já foi e já voltou, como deve acontecer em histórias como as nossas..." - Chapeuzinho: "Ah, é... Esqueci...");
4) Cinderela com dor nos pés por causa do sapato de cristal;
5) princesas grávidas;
6) desavenças entre personagens protagonistas dos contos (ex.:"Cinderela: Você... você não é branca como a neve coisa nenhuma! Você é branca como um defunto fedorento!")
7) Chapeuzinho Vermelho questionando a falta de um príncipe para ela;
http://blog.educacional.com.br/rosaninhasouza/files/2009/10/conto-de-fadas1.jpg
http://acotiafalante.files.wordpress.com/2010/06/contos-de-fadas.jpeg
Após a discussão coletiva inicial, o professor pedirá à turma para que se divida em grupos e crie um quadro comparativo entre os contos tradicionais e as mudanças propostas pelo livro que subvertem o que é esperado do gênero conto de fadas:
CONTO TRADICIONAL |
DIFERENÇAS PERCEBIDAS EM "O FANTÁSICO MISTÉRIO DE FEIURINHA" |
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Aula 2
Atividade 1
A partir da discussão do livro de Pedro Bandeira, os alunos estarão mais à vontade para proporem releituras dos contos clássicos. Por exemplo:
Depois desses questionamentos lançados como forma de instigar os estudantes, o professor exibirá o vídeo do conto de fadas Branca de Neve e os sete anões, disponível em:
Após assistirem à exibição do conto, o professor solicitará aos alunos que, em duplas, pensem em questões que nunca pensaram antes sobre o enredo e características desse conto. Pedirá que formulem perguntas que questionem o que é proposto enquanto algo "natural" e que permitam reflexão a partir de diversos outros "olhares". As perguntas deverão ser lançadas à turma numa roda de conversa posterior. O objetivo da atividade é polemizar algumas estruturas narrativas canônicas e algumas ideologias postas como sinônimas de boa moral. Sobre isso, vejamos o que diz Blank (s/d):
"No âmbito dos estudos literários, os contos de fadas receberam abordagens bastante distintas,desde a análise morfológica de Propp (e suas famosas 31 funções), até o enfoque psicanalítico de Freud e seusepígonos. Já no que tange à Análise do Discurso, os contos de fadas parecem ser tomados como um gênerodiscursivo que tende a estabilizar sentidos já instituídos socialmente, fixando, num processo de construção deidentidades, os valores que devem ser considerados positivos ou negativos socioculturalmente. É um legítimodispositivo de manutenção de tradições, de saberes constituídos pelo senso comum. Em Ernst-Pereira (2003),podemos encontrar a seguinte elucidação: Os contos de fadas são as primeiras histórias que ouvimos e, apesar de seu objetivo seraparentemente divertir, encantar ou, fazendo referência à interpretação psicanalítica, auxiliar ascrianças a lidarem com seus conflitos psicológicos, possuem uma dimensão ideológica quecontribui para a manutenção de determinados ‘valores’, trabalhando para reforçá-los eessencializá-los." (BLANK. Cintia Avila. João e Maria: do conto de fadas ao discurso publicitário.s/d) Disponível em: http://www.celsul.org.br/Encontros/07/dir/arq46.pdf |
Atividade 2
Após socializarem as inquietações dos contos de fada, os alunos terão de produzir um texto argumentativo em que se evidencie sua opinião acerca das possibilidades de releitura que nos permitem os contos de fada numa postura crítica e reflexiva.
Aula 3
Atividade
Os alunos na biblioteca pesquisarão por contos de fadas e escolherão um para parodiar. Esse trabalho deverá ser feito em duplas para aguçar a criatividade. Para enriquecer o trabalho e inspirar os alunos, o professor deverá mostrar aos alunos o filme Shrek disponível para download em: http://www.filmeshd.tv/shrek-para-sempre/
http://1.bp.blogspot.com/_WWakVzdenZ8/ShbcuVxfjPI/AAAAAAAABCQ/gniouv0mz08/s320/conto+de+fadas.jpg
Aula 4
Atividade
Após a reescrita das paródias, os alunos poderão publicá-las no blog da sala ou ainda no jornal da escola e, claro, apresentá-las à comunidade escolar no painel ou mural da escola.
Professor, para complementar sua aula e seus conhecimentos sobre o assunto, leia o texto completo de Blank, Coelho, Sant´anna e entre nos sites transcritos abaixo:
BLANK. Cintia Avila. João e Maria: do conto de fadas ao discurso publicitário.s/d. Disponível em: http://www.celsul.org.br/Encontros/07/dir/arq46.pdf
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos mitos arquétipos. São Paulo: Divisão Cultural do Livro, 2003.
SANT’ANNA, Affonso Romano. Paródia, Paráfrase e Cia. São Paulo: Editora Ática, 1985.
http://www.alb.com.br/anais14/Sem16/C16019.doc
http://www.scielo.br/pdf/delta/v20n2/24271.pdf
http://www.fw.uri.br/publicacoes/linguaeliteratura/artigos/n6_4.pdf5.
A avaliação se dará a partir da participação do aluno nas discussões sobre aspectos discursivos dos contos de fada, bem como na realização do texto argumentativo e na criação da paródia sobre um conto. O importante é que o aluno perceba outras possibilidades de leituras diferentes das canônicas.
Cinco estrelas 2 classificações
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30/01/2015
Cinco estrelasMUITO BOM!!
12/02/2011
Cinco estrelasExcelente contribuição!!!