Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


Leitura e Interpretação do conto: A festa no céu

 

12/01/2011

Autor e Coautor(es)
Ana Letícia Lima Guedes
imagem do usuário

RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Lucia Fernanda da Silva, MIriam Abduche Kaiuca

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Ouvir e conversar sobre a história.

- Interpretar a história através de questões escritas.

- Produzir pequeno texto (diálogo).

- Comparar a história lida a outra versão do conto.

Duração das atividades
2 a 3 aulas de 60 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- Ter o domínio do código da escrita.

Estratégias e recursos da aula

-livro: A FESTA NO CÉU - Um conto do nosso Folclore, autora Angela Lago, Ed. Melhoramentos.  

- versão A festa no céu (Conto tradicional do Brasil) de Luís Câmara Cascudo

- folha com interpretação

- folha pautada para produção de texto

Atividade 1

Apresente o livro para turma, explorando a capa e as informações que traz, como o nome da autora e da editora.

"Um conto do nosso folclore" Levante o conhecimento que têm sobre Folclore.

Que características um conto deve ter para ser considerado do Folclore?

Explore as ideias do anonimato e da tradicionalidade (transmissão de geração em geração), entre outras.

Comente que a autora traduziu (título original: "Heaven party") e ilustrou o livro A festa no céu , um conto do nosso folclore.

Então convide a turma a ouvir a história da festa no céu.

Leia o livro, mostrando as ilustrações, à medida que vai contando a história.

Ao final, converse com os alunos sobre a história. Pergunte se já conheciam o conto.

Existe a versão que traz no lugar da tartaruga, o sapo. Veja se conhecem assim.

O texto com esta versão poderá ser lido em outra aula.

Aparece como sugestão na Atividade 3.

Atividade 2

Realize a interpretação da história através de perguntas escritas.

Se desejar, explore oralmente as questões com a turma e elabore as respostas coletivamente.

O trabalho também pode ser feito individualmente, com a sua interferência quando for necessário.

Sugestão de questões:

1- Onde ia acontecer uma festa?

2- Por que os bichos sem asas estavam "jururus de fazer dó"?

3- A tartaruga decidiu ir à festa. Como ela conseguiu chegar até lá?

4- Como se divertiu a tartaruga na festa?

5- Na volta, o que fez o urubu descobrir onde estava a tartaruga?

6- Qual foi a reação do urubu?

7- O que aconteceu com a tartaruga?

8- Que jeito deram os bichos para ajudá-la?

Sugestão de tema para produção de texto:

"E se você quiser saber mais sobre a festa, pergunte para ela. Ela adora contar."

O que você perguntaria para a tartaruga?

Imagine você entrevistando a tartaruga, perguntando sobre esta grande façanha de ter ido à festa no céu.

Crie seu texto, fazendo as perguntas e anotando as respostas que a tartaruga lhe deu.

Atividade 3 

Em outra aula, apresente a versão do conto que traz o sapo no lugar da tartaruga.

Leia para turma, ou ofereça o texto para os alunos lerem.

Levante com o grupo o que há de comum e de diferente entre as duas versões.

Compare, oralmente, o final do sapo e da tartaruga.

Se desejar, registre no quadro as semelhanças e diferenças entre as duas histórias e peça aos alunos para anotarem.

                                                                                                                        A festa no céu 

                                                                                                               (Conto tradicional do Brasil)

                                                                                                                                                                                     Luís Câmara Cascudo

Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu.

Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de voo.

 Imaginem quem foi dizer que ia também à festa...

 O Sapo! Logo ele, pesadão e nem sabendo dar uma carreira, seria capaz de aparecer naquelas alturas.

 Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma.

 Os bichos só faltaram morrer de rir. Os pássaros, então, nem se fala!

 O Sapo tinha seu plano. Na véspera, procurou o Urubu e deu uma prosa boa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse:

 - Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.

 O Urubu respondeu:

- Você vai mesmo?

- Se vou? Até lá, sem falta!

 Em vez de sair, o Sapo deu uma volta, entrou na camarinha do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo.

 O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...

 Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola num canto e foi procurar as outras aves.

O Sapo botou um olho de fora e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e ganhou a rua, todo satisfeito.

Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o Sapo pulando no céu! 

Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo só fazia conversa mole.

A festa começou e o Sapo tomou parte de grande.

 Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado.

 Procurou a viola e acomodou-se, como da outra feita.

 O sol saindo, acabou-se a festa e os convidados foram voando, cada um no seu destino.

O Urubu agarrou a viola e tocou-se para a Terra, rru-rru-rru...

Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o Sapo mexeu-se e o Urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.

- Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser confiado...!

 E, naquelas lonjuras, emborcou a viola. O Sapo despencou-se para baixo que vinha zunindo. E dizia, na queda:

- Béu-Béu! Se desta eu escapar, nunca mais bodas no céu!...

 E vendo as serras lá embaixo:

- Arreda pedra, se não eu te rebento!

 Bateu em cima das pedras como um genipapo, espapaçando-se todo. Ficou em pedaços.

 Nossa Senhora, com pena do Sapo, juntou todos os pedaços e o Sapo voltou à vida de novo.

 Por isso o Sapo tem o couro todo cheio de remendos.

                                                                                                                                            ( Antologia da literatura mundial   Lendas, fábulas e apólogos - vol IV                                                                                                                                                

                                                                                                                                              Seleção de Nádia Santos e Yolanda Lhullier Santos

                                                                                                                                              Livraria e Editora Logos Ltda. São Paulo, 19—)

 

Recursos Complementares

- Veja versão do conto "A festa no céu" em:

http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=13 

Avaliação

Observe o interesse e a participação dos alunos durante as atividades:

explorando a capa, conversando sobre folclore, ouvindo e interpretando a história, 

produzindo texto e comparando as versões do conto.

Avalie o retorno que deram nas respostas escritas da interpretação.

Verifique o diálogo que criaram a partir da proposta de uma entrevista com a personagem principal do conto.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 8 classificações

  • Cinco estrelas 7/8 - 87.5%
  • Quatro estrelas 1/8 - 12.5%
  • Três estrelas 0/8 - 0%
  • Duas estrelas 0/8 - 0%
  • Uma estrela 0/8 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Opiniões

Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.