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Ética e Direitos Humanos: Temos direito a todos os direitos!

 

14/01/2011

Autor e Coautor(es)
Fátima Rezende Naves Dias
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Gláucia Costa Abdala Diniz, Liliane dos Guimarães Alvim Nunes, Lucianna Ribeiro de Lima.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Justiça
Ensino Fundamental Inicial Ética Diálogo
Ensino Fundamental Inicial Ética Solidariedade
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  1. Conhecer o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
  2. Compreender que a declaração trata dos valores fundamentais para todo ser humano.
  3. Elaborar uma cartilha ilustrada sobre os direitos humanos e divulgá-la no espaço escolar e no entorno da escola.
Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

É facilitador para o desenvolvimento da aula que os alunos conheçam o conceito de ética, de direito, de dever e de metáfora. É importante que tenham noções básicas de leitura, interpretação e escrita. Outro conhecimento necessário é que saibam usar o dicionário.

Estratégias e recursos da aula

Palavras iniciais para o professor:   

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento firmado pela Organização das Nações Unidas (ONU) logo após a Segunda Guerra Mundial, é o maior acordo de convivência entre os povos da terra. Ao abordar este tema com crianças do Ensino Fundamental Inicial, é importante que elas entendam que o caminho a ser trilhado pela humanidade passa pela paz, pelo respeito, pela igualdade, pela tolerância, pela solidariedade, pela justiça social, pelo amor. Converse com os alunos sobre o papel da ONU, explicando que o objetivo principal desta organização internacional é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social. Para mais informações, acesse: 

http://www.suapesquisa.com/geografia/onu.htm 

Atividade 1:

A TURMA DO MENINO MALUQUINHO E OS DIREITOS HUMANOS!   

Inicie a aula escrevendo na lousa a seguinte frase: Temos direito a todos os direitos! Em seguida, peça aos alunos que digam o que entendem por esta frase, o que para eles significa a palavra “direito”, quais são os seus direitos e se eles estão sendo respeitados, que outros direitos gostariam de ter garantidos para ser mais felizes.

Na sequência, pergunte aos alunos se eles sabem que os seus direitos e os direitos de todos os cidadãos estão reunidos em um documento chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos. Instigue a turma a dizer o que sabe acerca desse documento: como ele nasceu, quais as motivações históricas que contribuíram para o seu surgimento, quais são os direitos garantidos na declaração e outros.     

Logo após, apresente aos alunos a Cartilha Ziraldo – Os Direitos Humanos, disponível no link http://portal.mj.gov.br/sedh/documentos/CartilhaZiraldo.pdf    

Faça uma leitura dialogada da cartilha: lance para os alunos as questões ali sugeridas e ouça o que eles têm a dizer sobre cada uma delas; problematize e discuta com a turma as informações apresentadas pelo autor; solicite aos alunos que procurem no dicionário os significados das palavras desconhecidas. Aproveite para ampliar as ideias colocadas por Ziraldo, solicitando aos alunos que tragam exemplos relacionados às suas experiências de vida.   

Explore as ilustrações da cartilha, iniciando pela imagem em que as crianças estão todas usando a máscara do Menino Maluquinho, acompanhada do Artigo 5º da Constituição Brasileira “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”.   

Na imagem seguinte, veja se os alunos conseguiram perceber que as crianças retiraram as máscaras revelando, assim, as suas identidades, as suas diferenças de raça, etnia, sexo, vestuário... Esta ilustração vem acompanhada do texto que “dá o que pensar” com os alunos: “TODOS TÊM DIREITO A SER DIFERENTES... SEM PRECONCEITOS! SEM DISCRIMINAÇÃO!”.    

Durante a leitura e discussão do texto, converse com os alunos sobre a metáfora da rede de proteção atribuída aos Direitos Humanos. Incentive-os a relacionar o assunto com as suas vivências, com as notícias e informações veiculadas na TV, internet, rádio, jornais e revistas.   

Solicite aos alunos que construam uma lista dos valores abordados na cartilha, como: LIBERDADE, RESPEITO, DIGNIDADE, JUSTIÇA, COOPERAÇÃO, SOLIDARIEDADE, PAZ, dentre outros, a fim de compreender que a declaração trata dos valores fundamentais para todo ser humano.   

Peça também que listem os direitos de todos os cidadãos revelados no documento, tais como: DIREITO À SAÚDE, EDUCAÇÃO, LAZER, SEGURANÇA, MORADIA, TRABALHO e outros.   

Ao final, proponha aos alunos que façam a leitura das listas produzidas por eles e que construam, coletivamente, uma lista dos valores básicos tratados na declaração e outra dos direitos humanos, para serem utilizadas em momentos posteriores da aula.   

Professor, durante a atividade com a cartilha, seria enriquecedor contar com a colaboração do professor de Língua Portuguesa, que poderá trabalhar com a turma a interpretação de texto e as diferentes estratégias de leitura, como: predição, antecipação, inferência, checagem e outras. Para ampliar o conhecimento dos alunos acerca do conteúdo apresentado no documento, seria muito interessante o debate com os professores de História e Filosofia acerca de questões históricas abordadas na cartilha e que motivaram a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, como: a Revolução Francesa de 1789 e o surgimento da bandeira da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, a Segunda Guerra Mundial.

Atividade 2:   

AINDA SOBRE A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS...   

Dando continuidade, leia para os alunos o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adaptação de Ruth Rocha e Otávio Roth.

Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=527 

Um dia, uma porção de pessoas se reuniu.

Elas vieram de lugares diferentes e eram, elas mesmas, diferentes entre si.

Havia homens e mulheres; suas peles, seus cabelos e seus olhos tinham cores diferentes, assim como diferente era o formato de seus corpos e de seus rostos.   

Vieram de países ricos e pobres, de lugares quentes ou frios. Vieram de reinados e de repúblicas. Falavam muitas línguas. Acreditavam em diferentes deuses.

Alguns dos países que elas representavam tinham acabado de sair de uma guerra terrível, que tinha deixado muitas cidades destruídas, um número enorme de mortos, muita gente sem lar e sem família.

Muitas pessoas tinham sido maltratadas e mortas por causa de sua religião, de sua raça e de suas opiniões políticas.   

O que reunia aquelas pessoas era o desejo de que nunca mais houvesse uma guerra, de que nunca mais ninguém fosse maltratado e que não se perseguissem mais pessoas que não tinham feito mal a ninguém.   

Então elas escreveram um papel. Neste documento elas fizeram um resumo dos direitos que todos os seres humanos têm e que devem ser respeitados por todos os povos.

Este documento é chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos e diz mais ou menos o seguinte:

Todos os homens nascem livres. Todos os homens nascem iguais e têm portanto os mesmos direitos. Todos têm inteligência e compreendem o que se passa ao seu redor. Todos devem agir como se fossem irmãos.   

Não importa qual seja a raça de cada um; tampouco importa que seja homem ou mulher; não importa ainda sua língua, religião, opinião política, país ou a família de que ele venha. Não importa que ele seja rico ou pobre, nem que o país de onde ele venha seja uma república ou um reinado. Estes direitos devem ser gozados por todos.   

Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Ninguém pode ser escravo de ninguém.   

Não se podem maltratar as pessoas ou castigá-las de maneira cruel ou humilhante.

As leis devem ser iguais para todos e devem proteger as pessoas.

Todos os homens têm o direito de receber a proteção dos tribunais para que seus direitos não sejam contrariados.

Não se pode prender as pessoas ou mandá-las embora de seus país a não ser por motivos muito graves. Todo homem tem o direito de ser julgado por um tribunal justo quando é acusado de alguma falta.

Ninguém tem o direito de interferir na vida particular das pessoas, na sua família e na sua correspondência.

Toda pessoa tem o direito de se movimentar dentro das fronteiras de seu país. E tem o direito de sair e voltar ao seu país.

Ninguém deve ser privado de sua nacionalidade. Quer dizer, toda pessoa tem o direito de pertencer a alguma nação. E tem o direito de trocar de nacionalidade por sua vontade.

Todos os homens e mulheres, depois de certa idade, não importa sua raça, religião ou nacionalidade, têm o direito de se casar e começar uma família. Um homem e uma mulher só podem se casar se os dois quiserem.

Todas as pessoas têm direito à propriedade. E aquilo que uma pessoa possui não pode ser tirado dela, a não ser que haja um motivo justo.

Todas as pessoas têm o direito de pensar como e o que quiserem. Elas têm direito de trocar suas ideias e praticar sua fé em público ou particular, e de contar a todos sua opinião.

Todas as pessoas têm o direito de se reunir ou de se associar. Mas ninguém deve ser obrigado a isso.

A autoridade do governo vem da vontade do povo. O povo deve mostrar qual é a sua vontade pelo voto.Todas as pessoas têm o direito de votar.

Todas as pessoas têm direito ao tipo de trabalho que preferirem e a boas condições de trabalho.Todos devem receber remuneração igual quando fazem o mesmo trabalho e devem ganhar o suficiente para a saúde, alimentação e vestuário.

Todo homem tem o direito ao descanso e deve ter um número de horas de trabalho limitado e férias pagas.

Todas as crianças têm os mesmos direitos, sejam ou não nascidas de um casamento.

Todas as pessoas têm direito a escola gratuita. Todos têm direito de aprender uma profissão. A escola deve promover o entendimento, a compreensão e a amizade.

Todos os homens têm deveres para com o lugar onde vivem e para com as pessoas que ali vivem também.

Não se deve usar o que está escrito neste documento para destruir os direitos e deveres aqui estabelecidos.

Há muitos anos esta declaração foi aprovada, mas ainda existem países que não obedecem este documento. Para que isto aconteça, é preciso que todos aprendam, nas escolas de todo o mundo, o conteúdo desta declaração.   

Referência Bibliográfica: ROCHA, Ruth & ROTH, Otávio (Adaptação). Declaração Universal dos Direitos Humanos. São Paulo: Salamandra, 2010.

Em seguida, convide os alunos para assistir ao vídeo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, acessando o link http://www.youtube.com/watch?v=bIXSSA99uP8&feature=related    

Após a leitura do texto de Ruth Rocha e a exibição do vídeo, converse com os alunos sobre quais foram as informações mais curiosas e interessantes, o que ainda puderam aprender acerca dos direitos humanos, que dados poderiam ser acrescentados às listas elaboradas coletivamente por eles acerca dos valores fundamentais das pessoas e dos direitos humanos tratados na declaração.   

Atividade 3:   

CONSTRUINDO A CARTILHA SOBRE OS DIREITOS HUMANOS!   

Inicie a atividade distribuindo para os alunos uma cópia dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, disponível no sítio http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2010/ap/declaracao.htm para que eles possam acompanhar a leitura e os comentários que poderão ser feitos pelo professor.    

Na sequência, peça aos alunos que identifiquem os artigos correspondentes aos direitos humanos listados por eles anteriormente, podendo para isto consultar o texto distribuído pelo professor.

Prosseguindo, solicite aos alunos que se organizem em grupos para construir a cartilha sobre os direitos humanos. Os grupos deverão representar, de forma criativa, um determinado artigo da declaração escolhido por eles, como por exemplo:   

Artigo 3. Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.   

Artigo 5. Ninguém será submetido a torturas ou castigo cruel.   

Artigo 13. Toda pessoa tem o direito de ir e vir, bem como o de residir dentro ou fora de seu país.   

Artigo 15. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.   

Artigo 16. Toda pessoa tem o direito de constituir família, mas não será obrigada a isso.   

Artigo 24. Toda pessoa tem direito ao repouso, ao lazer e a férias remuneradas.   

Artigo 25. Toda pessoa tem direito à saúde, ao bem-estar e à proteção social, principalmente as mães e as crianças.

Artigo 26. Toda pessoa tem direito a uma educação de qualidade, que garanta o pleno desenvolvimento da personalidade humana.

Artigo 27. Toda pessoa tem direito a participar da vida cultural e receber os benefícios do progresso da ciência.

Disponibilize para os grupos materiais diversos, tais como: revistas, jornais, tesouras, tubos de cola, papéis de cores e texturas variadas, lápis de cor, canetas hidrocor, giz de cera, sucatas variadas, dentre outros. Nesse momento, o professor de Educação Artística da escola poderá sugerir recursos artísticos, diversificando, assim, as ilustrações da cartilha.  

Para a montagem da cartilha, defina, juntamente com os alunos, qual será a sua estrutura. Sugira à turma que analise o modo como Ziraldo organizou a sua cartilha e a forma como outras cartilhas disponíveis na Biblioteca da escola são organizadas, a fim de que apreendam a estrutura discursiva própria desta modalidade de texto. Neste momento de construção da cartilha, é fundamental a colaboração do professor de Informática da escola.   

Sugestão de estrutura da cartilha:   

. Título.

. Dados de Identificação: nome da escola; cidade; nome dos alunos, do professor de sala e dos professores colaboradores; ano de ensino e ano letivo.

. Palavras iniciais para os leitores.

. Os valores fundamentais para todo ser humano tratados na declaração (Para isto, consultar a lista elaborada pelos alunos durante a aula).

. Os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

. Cada um dos artigos ilustrados pelos grupos de alunos.

. Agradecimentos.   

Solicite aos alunos que construam faixas e cartazes para serem afixados no espaço escolar, em frente à escola e em algum espaço coletivo próximo a ela, convidando toda a comunidade escolar e os moradores do entorno da escola, a participar da atividade de divulgação da cartilha. No material de divulgação, colocar o dia, horário e local do evento.   

É chegado o dia do lançamento da cartilha! O espaço escolar deverá ser devidamente organizado para receber os convidados. A apresentação da cartilha deverá acontecer de forma bem criativa, utilizando para isto recursos diversos, tais como: teatro de fantoche, teatro de vara, dramatizações e outros. Bom trabalho!   

Recursos Complementares

Professor, sugerimos abaixo alguns sítios de informações/vídeo sobre o assunto, para seu conhecimento ou para ser utilizado com os alunos durante o desenvolvimento da aula:  

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/dezembro/dia-da-declaracao-universal-dos-direitos-do-homem.php   A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 1948    

http://portal.mj.gov.br/sedh/edh/pnedhpor.pdf   Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH)  

http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=640&id=12316&option=com_content&view=article   Programa Educação em Direitos Humanos  

http://www.direitoshumanos.gov.br/promocaodh   Educação em Direitos Humanos

http://www.mp.rs.gov.br/infancia/doutrina/id455.htm   DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES    

http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2010/index.php#   5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul    

http://www.youtube.com/watch?v=vKB9G5Y8Kdo   Direitos Humanos (Parte 1)

Avaliação

A avaliação deverá ser contínua, processual e diagnóstica durante todo o desenvolvimento da aula: acompanhar e avaliar os alunos nas diferentes etapas do processo de aprendizagem, compreender as estratégias utilizadas por eles na construção do conhecimento e organizar formas de intervenção adequadas às reais necessidades dos alunos e que possibilitem avanços cognitivos.   

Autoavaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos momentos da aula propostos pelo professor.

Avaliação dos alunos pelo professor: Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos nas atividades propostas. Avaliar se os alunos foram capazes de compreender que a declaração trata dos valores fundamentais para todo ser humano; ler e interpretar textos a fim de elaborar listas sobre os valores básicos tratados na declaração e também sobre os direitos humanos; identificar os artigos da declaração correspondentes aos direitos humanos listados por eles; participar ativamente da elaboração e divulgação da cartilha ilustrada sobre os direitos humanos.

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Opiniões

  • Débora Pina, Prefeitura Municipal de Campinas , São Paulo - disse:
    debyspina@hotmail.com

    16/02/2014

    Cinco estrelas

    Excelente material de consulta, com links, que facilitaram a elaboração de meu projeto. Perfeito. Adequado à várias faixas etárias e passível de adequação a qualquer projeto. Obrigada pelas contribuições. Material sugerido riquíssimo.


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