• Aumentar a auto-estima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social.

• Reconhecer e valorizar os conhecimentos científicos e históricos, assim como a produção literária e artística como patrimônios culturais da humanidade.

• Desenvolver estratégias de compreensão e fluência na leitura.

• Buscar e selecionar textos de acordo com suas necessidades e interesses.

• Analisar oralmente a linguagem usada nesses textos quanto à clareza e objetividade.

• Ler legendas de fotografias, utilizar fotografias e ilustrações como chave de leitura para prever o conteúdo das matérias.

•  Levantar hipóteses a cerca do conteúdo de um texto a partir das saliências textuais.

• Levantar perguntas antes de ler, utilizando as saliências textuais.

• Produzir textos a  partir das saliências textuais.

05 horas/aula

- Dominar o processo da leitura.

- Conhecimentos básicos da escrita.  

As estratégias a serem utilizadas são:

- aula interativa;

- trabalhos em grupos;

- seleção e leitura de textos;

- debate.

DESENVOLVIMENTO

1ª ATIVIDADE:   Uma ou mil palavras: uma mensagem a ser decifrada

1) O professor inicia aula apresentando o cartaz abaixo, solicitando aos alunos que leiam a mensagem procurando explorar todas as palavras, desenhos, numerais, etc.

                                                                      Foto: Mirian Chaves

2) Em seguida o professor propõe uma discussão a partir das questões:

• Que texto é este?
• Onde ele é encontrado?
• A quem ele é dirigido?
• Para que esse texto foi escrito?
• Que informações ele nos dá?
• Todos os textos que lemos apresentam suas mensagens de forma simples como a que foi lemos acima?

 OBS: É importante informar aos alunos que, para a leitura de todo e qualquer texto, serão necessários considerar: o conteúdo, as características do gênero e do suporte e também da experiência do leitor com leitura e com leitura de mundo. Um texto pode ser simples para algumas pessoas e muito complexo para outras.

3) O professor apresenta a imagem abaixo solicitando a leitura da mesma.

Foto: Mirian Chaves

4) O professor propõe uma discussão a partir das questões:

a) O que estão vendo nessa imagem?

b) Para que seria este saquinho com este bonequinho?

5) Em seguida, o professor apresenta o texto abaixo solicitando a leitura do mesmo e propondo que, a partir das informações contidas nele, os alunos respondam para que servem o saquinho e o bonequinho presentes na imagem anterior.

Foto: Mirian Chaves

6) Após ouvir alguns alunos, o professor propõe:

- E agora, o que significa esta ilustração?

(Saquinho com o boneco do Chicotinho Queimado dentro)

 Foto: Mirian Chaves

7) Em seguida o professor propõe que, coletivamente, elaborem uma conclusão sobre o que estudaram até aqui. Para isso, é importante informar aos alunos que:

a) O texto lido são as instruções para a brincadeira infantil de Chicotinho queimado. Este texto sozinho traz alguma dificuldade para quem não conhece a brincadeira? Pode trazer, pois ficaremos sem saber como é o “símbolo” para se esconder. Poderíamos criar qualquer outro, se não conhecêssemos o bonequinho de feltro e o saquinho.

b) É mais fácil, agora, deduzir que dentro do saquinho está a cabeça de boneco do “Chicotinho queimado” e a brincadeira já pode começar.

c) Para uma leitura ser bem feita, só de texto, só de imagem ou de ambos, é preciso analisar tudo, todas as informações que nos são apresentadas.

2ª Atividade: Perguntando a partir das saliências textuais

1) O professor apresenta os textos e a imagem abaixo solicitando a leitura dos mesmos

Os donos-de-casa

O que muda quando as mulheres trabalham e os maridos passam a tomar conta das crianças

Tatiana Chiari

Hélcio, com o menino Mauro: o engenheiro virou consultor e hoje cuida da educação do filho

http://veja.abril.com.br/030500/p_091.html 

2) Em seguida o professor solicita que os alunos identifiquem as informações que os textos e a imagem nos fornecem.

OBS: Nesse momento o professor destaca que essas informações fazem parte do texto e são chamadas de saliências textuais ( ver recursos complementares).

3) A partir das saliências textuais apresentadas, o professor propõe que, coletivamente, levantem perguntas ( que deverão ser registradas no quadro) sobre o assunto em discussão e que gostariam que o texto respondesse.

OBS: Sugerimos algumas questões:

a) O que muda nas relações familiares quando as mulheres trabalham e os maridos passam a tomar conta das crianças?

b) Como a sociedade enxerga os homens que são donos-de-casa?

c) Como a sociedade enxerga as mulheres que trabalham fora enquanto os maridos são donos-de-casa?

d) Como sente o homem nessa inversão de papéis?

e) Como sente a mulher nessa inversão de papéis?

f) Como sentem os filhos nessa inversão de papéis?

4) Após o levantamento das perguntas e o registro das mesmas no quadro, o professor entrega o texto abaixo para que os alunos possam fazer a leitura do mesmo buscando as respostas para as questões elaboradas pela turma.

Os donos-de-casa

O que muda quando as mulheres trabalham e os maridos passam a tomar conta das crianças

Tatiana Chiari

Hélcio, com o menino Mauro:o engenheiro virou consultor e hoje cuida da educação do filho

O último censo americano apresentou um dado surpreendente: quase 5 milhões de homens nos Estados Unidos são donos-de-casa. Eles se ocupam das tarefas domésticas e, principalmente, se responsabilizam pela educação dos filhos. No Brasil, ainda não se sabe ao certo quantos lares vivem nessa situação. Mas sabe-se que aumenta o número de pais que, por força das circunstâncias, trocam de lugar com a mãe. É incrível imaginar que crianças acostumadas a dormir com canções do tipo "papai foi trabalhar" experimentem a situação inversa. Na casa delas, mamãe é quem foi trabalhar e o papai está ali para passar, lavar e preparar a comida. Não há dúvida de que o rearranjo familiar muda a dinâmica da casa. Mas, como o fenômeno é recente, não há estudo conclusivo a respeito do efeito dessa troca sobre as crianças. Os especialistas concordam que os pais tendem a ser mais rigorosos que as mães com alguns aspectos da educação dos filhos. Preocupam-se mais que elas com a pontualidade das tarefas, por exemplo. Ou são implicantes demais quando o garoto ou a garota lhes desobedecem. "As mães têm mais dificuldade na hora de impor autoridade", diz Maria da Conceição Uvaldo, professora de psicologia da Universidade de São Paulo.

Da década de 70 para cá, houve uma mudança significativa no papel da figura paterna. Nesse tempo, o pai perdeu a primazia de ser o chefe de família. No Brasil, as mulheres já chefiam uma em cada quatro casas. As razões são conhecidas: houve o aumento da presença feminina no mercado de trabalho e também na renda do casal. A presença do pai em casa é subproduto dessa onda de transformações. A troca acontece em algumas circunstâncias específicas, quase sempre quando a renda do casal não é suficiente para pagar uma babá, um dos dois se vê obrigado a deixar o emprego e ela ganha bem mais que ele. Ou então quando o marido perde o emprego e, diante da dificuldade de voltar ao mercado, se acomoda no papel de dono -de- casa. Raramente isso acontece por opção do homem, mas por necessidade. Do ponto de vista dos filhos, eis outro aspecto a ser estudado. Será que o pai está feliz nesse novo papel? Em alguns casos, sim, garante o engenheiro eletrônico Hélcio Dias Leite, de São Paulo. Quando seu filho Mauro nasceu, sua mulher tinha uma carreira em ascensão. Ele não. Em comum acordo, ficou acertado que Hélcio iria assumir a educação do menino. Hoje, é ele quem lava, passa e prepara as refeições de Mauro. Nas horas vagas, presta consultoria. A atual configuração familiar requer cuidados, já que ambos, pai e mãe, estão pisando em campo desconhecido. A mãe sente que seu espaço está sendo invadido e o pai tem de galgar sozinho um caminho para o qual nunca foi treinado. Para os especialistas, a inversão de papéis é apenas uma alternativa para lidar com as variantes de um mundo dinâmico. E uma possibilidade a mais para quem, em algum momento, precisa se adaptar às regras do jogo.

http://veja.abril.com.br/030500/p_091.html 

5) Em seguida o professor socializa as respostas e faz os comentários necessários.

OBS: Nesse momento, o professor pode propor uma pesquisa para a busca de respostas às perguntas não respondidas pelo texto.

3ª Atividade: Lendo e discutindo as saliências textuais

1) O professor organiza a turma em 09 grupos e entrega a cada um deles uma das imagens abaixo solicitando a leitura da mesma.

 Revista Nova Escola: Número 166 - Outubro de 2003.

2) Em seguida o professor propõe que o grupo discuta:

a) Que texto é este que aparece na imagem?

b) Qual a mensagem que ele nos passa?

c) Vocês acham que ele está completo?

d) O que está faltando ou não nele?

3) O professor socializa as respostas dos grupos, faz os comentários necessários e apresenta o texto abaixo solicitando a leitura do mesmo.

 Revista Nova Escola: Número 166 - Outubro de 2003.

4) Após a leitura, o professor discute com a turma quais são as saliências textuais apresentadas no texto. Enquanto os alunos vão se manifestando, o professor escreve-as no quadro.

OBS: São as saliências nesse texto: a imagem, a frase que a acompanha, o símbolo da casa, a frase que acompanha esse símbolo, o símbolo do governo federal, o slogan da campanha.

5) Em seguida o professor propõe uma discussão a partir das questões:

1. Qual a importância das saliências textuais?
2. Em que elas ajudam na compreensão do texto?
3. Qual a relação delas com o assunto do texto?
4. O que significam as saliências textuais em um texto?
5.  Para que elas servem?

4ª Atividade: Produzindo a partir das saliências textuais

1) O professor organiza a turma em grupos e entrega a cada uma das equipes o material abaixo, solicitando a leitura do mesmo.

OS DEZ MANDAMENTOS DO ENSINO

AQUELE ABRAÇO

João Amós Comênio

 Revista Nova Escola: Número 166 - Outubro de 2003.

Os registros provam que o pedagogo - um dos mais antigos da história - João Amós Comênio, contribuiu muito para a transformação na Educação européia. E até os dias atuais suas idéias são importantes fontes de pesquisa, pois nota-se, foram embasadas na prática do estudioso e teólogo. Nascido em 1592 na República Tcheca (antes Morávia, Boêmia), lecionou a partir de 1614. Em 1632 concluiu a obra Didática Magna, com a qual , nos deixa o legado dos fundamentos para ensinar e aprender com facilidade.

http://mariegog.blogspot.com/2008/06/joo-ams-comnio.html 

2) Em seguida o professor propõe uma discussão a partir das questões:

a) O que deve significar a expressão “Aquele abraço”?

b) Quem é José Amós Comênio?

c) Quais seriam os dez mandamentos do ensino propostos por ele?

3) Após a discussão o professor propõe que cada equipe, a partir das saliências textuais apresentadas anteriormente, escreva um texto com os dez mandamentos do ensino.

4) O professor socializa as produções, faz os comentários necessários, propõe a correção textual e apresenta o texto original para que os grupos identifiquem as semelhanças e diferenças entre eles.

http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO=103214&tipo=ob&cp=000099&cb=&n1=&n2=Orienta%E7%F5es%20Pedag%F3gicas&n3=Ensino%20M%E9dio&n4=L%EDngua%20Portuguesa&b=s www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/306-4.pdf    

SALIÊNCIAS TEXTUAIS: Saliência [do lat. Salientia] s.f. proeminência, que se destaca, que sobressai + textual, adj. relativo ao texto, que está no texto, aquilo que se destaca no texto (Cf:, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Nova Fronteira).

A invenção das saliências textuais percorreu um longo caminho histórico, que começou com a separação de palavras por espaços em branco, e está relacionada à invenção de novos modos de ler (como a leitura silenciosa, a leitura para busca de dados ou informações).

Os textos são, em geral, marcados por elementos que se destacam, que se sobressaem, como título, subtítulos, aspas, negrito, itálico, destaques gráficos, formatação especial de letra, espaços em branco, notas de rodapé, quadros, tabelas. Esses elementos possibilitam melhor legibilidade e são colocados intencionalmente por quem escreve. O bom leitor utiliza essas informações numa leitura de inspeção, isto é, quando passa os olhos pelo texto.

Atento aos elementos destacados, ele seleciona aqueles que mais lhe interessam de acordo com seu objetivo de leitura. Essa ação ajuda o leitor a criar expectativas sobre o assunto, antecipar idéias, identificar conceitos importantes, permitindo, ainda, que suas hipóteses interpretativas o levem a uma leitura mais fluente. As formas de tornar salientes, informações importantes variam dependendo do veículo em que o texto se encontra, dos gêneros, da circulação social dos textos, das intenções de quem os produz, dos efeitos de sentido desejados. Numa notícia, as letras do título são maiores do que as do corpo do texto, há legendas sob as fotos e itálicos marcando sentidos especiais. Já numa propaganda aparecem em destaque, com letras maiores ou cores diferentes, o nome do produto, o preço, o nome da loja, o endereço. No anúncio de um show, devem estar salientes a data, o horário e o local.

No ensino, a exploração apropriada das saliências textuais pode contribuir para que o aluno aprenda a usar estratégias adequadas de leitura. Essa é uma das atividades a serem realizadas antes de o aluno começar a ler o texto propriamente dito. Na tarefa de produzir textos, o aluno-escritor também precisa estar atento ao papel das saliências textuais, utilizando com propriedade elementos que possam contribuir para a construção de sentidos pelo leitor.

FONTE: JORNAL LETRA A PUBLICAÇÃO DO CEALE

Belo Horizonte, maio/junho de 2007 - Ano 3 - n° 10

 http://www.ceale.fae.ufmg.br/nomade/midia/docs/153/phpSw3xEN.pdf 

A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas de discussão, a leitura dos textos e imagens, a elaboração de perguntas a partir das saliências textuais, a produção do texto, a discussão das questões apresentadas pelo educador, somadas às intervenções dele, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.