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O REGIME DE CUBA

 

12/01/2011

Autor e Coautor(es)
Vânia Lúcia Lima Vieira de Mello
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Sulamita Nagem Dias Lima

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cidadania e participação
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Entender a forma de governo de Cuba.

- Analisar as relações diplomáticas de Cuba com os outros países.

- Entender a relação de Cuba com a OEA .

- Conhecer o processo histórico da revolução Cubana.

- Avaliar as consequências do bloqueio a Cuba.

- Analisar o motivo da polêmica sobre a revolução  Cubana.

- Respeitar ao outro como portador de uma ideologia diferente.

- Interessar-se pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte.

- Dominar o mecanismo e os recursos do sistema de representação escrita, compreendendo suas funções.

- Desenvolver estratégias de compreensão e fluência na leitura.

- Expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando-se por ampliar seus recursos expressivo     e enriquecer seu vocabulário.

Duração das atividades
05 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Domínio da leitura e da escrita.

Estratégias e recursos da aula

  • Leitura de texto.
  • Discussão.
  • Trabalho de Grupo.
  • Interpretação de Texto.
  • Produção de textos.

Desenvolvimento

1ª ATIVIDADE

1) Para iniciar a aula, o professor propõe uma conversa informal com o objetivo de fazer uma sondagem  sobre  o que os alunos já sabem  a respeito de Cuba:

a) Quais os principais problemas enfrentados por Cuba na atualidade?

b) Como é o relacionamento de Cuba com os países do mundo?

c) Quais as causas das dificuldades que Cuba enfrenta para relacionar com países capitalistas como, por exemplo, os Estados Unidos?

d) O que sabem sobre Fidel Castro?

2) O professor solicita que  os alunos tragam reportagens ou notícias de jornal que falem sobre Cuba. Recomende-os  que registrem a fonte da notícia, nome do jornal ou revista, data de publicação e outras informações.

3) O professor organiza  a turma em grupos e propõe que respondam, por escrito, as questões abaixo:

     a) Como foi o processo político de Cuba até adotar o socialismo.

     b) Como vocês acham que ocorreram as mudanças no país?

4) O professor socializa as respostas dos grupos e faz os comentários necessários.

2ª ATIVIDADE

1) O professor entrega uma cópia do texto abaixo solicitando a leitura  do mesmo.

Breve história de Cuba, de Cristóvão Colombo a Fulgêncio Batista

Rodrigo Gurgel*

Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação

Quando Cristóvão Colombo desembarcou em Cuba, em 28 de outubro de 1492, acreditou ter chegado à Ásia e obrigou a tripulação do navio a firmar uma ata na qual se declarava que a ilha - cujo nome, Juana, representava uma homenagem ao primogênito dos reis católicos, Juan de Castilla, herdeiro do trono espanhol - era, na verdade, um continente.

O erro seria corrigido alguns anos mais tarde, por Nicolás de Ovando, responsável pelo governo das "Índias" depois de Colombo, que mandou circunavegar o "continente".

A conquista do território foi iniciada por Diogo de Velásquez, mas o representante dos espanhóis encontrou o primeiro opositor da história cubana: o cacique Hatuey, que fugira dos espanhóis no Haiti, mas que, em Cuba, acabou sendo queimado vivo.

Monocultura e escravidão

Seguindo a prática comum do amplo processo de colonização das Américas espanhola e portuguesa, a população indígena foi submetida a um regime de trabalho escravo, exaustivo, de maneira que já não existiam índios habitando a ilha no século XVI.

O escravo de origem africana, exatamente como ocorreu no Brasil, também seria amplamente utilizado, representando uma alternativa de mão-de-obra barata. E o sistema da monocultura, outra característica comum às colônias espanholas e portuguesas, elegeu o açúcar e o tabaco como produtos preferenciais.

As primeiras sedições acontecem no início do século XVIII. Com a alta do preço do tabaco, as "vegas" (amplos terrenos semeados com tabaco) passam a produzir grandes lucros. A Espanha, então, decreta, em 1716, a Lei do Estanco, proibindo os "vegueros" de vender livremente sua produção. Contra o monopólio espanhol, uma série de rebeliões - a Insurreição dos Vegueros - ocorre na ilha, mas os chefes acabam enforcados em 1723.

Sociedade secreta

Em 1821, sob influência dos processos de independência da Colômbia e da Venezuela, surge a sociedade secreta "Soles y Rayos de Bolívar", que se ramificou por toda a ilha. Os conspiradores, que pretendiam tornar Cuba independente, são delatados e condenados à prisão e ao exílio.

O movimento de independência, no entanto, segue gerando conspirações, nascidas na própria ilha, no México, ou entre os emigrantes cubanos que, durante todo o século XIX, partiam em grande número para os Estados Unidos da América (EUA). Todas essas conjurações foram severamente reprimidas.

Muitas das lideranças políticas daquela época acreditavam que a melhor solução para o país seria Cuba tornar-se um Estado dos EUA. As idéias de anexação difundiram-se a ponto de, ainda no século XIX, haver uma onda de propaganda que procurou mobilizar a sociedade no sentido de transferir Cuba do jugo espanhol para os braços dos norte-americanos.

O líder desses grupos, Narciso López, um militar venezuelano, oficial do exército espanhol, emigrou para os EUA e lá organizou três expedições - todas frustradas - com o objetivo de ocupar a ilha. López foi condenado à morte em 1859. Várias expedições continuaram sendo organizadas, sem jamais alcançar sucesso. Algumas, inclusive, fracassaram devido à interferência das próprias autoridades norte-americanas.

A Guerra dos Dez Anos

Após um período durante o qual a Espanha tentou realizar reformas que pudessem conciliar os interesses da monarquia e dos latifundiários cubanos - reformas, aliás, que só serviram para aprofundar os ressentimentos de espanhóis e cubanos -, teve início a Guerra dos Dez Anos, uma reação dos grandes proprietários de Cuba contra as leis comerciais espanholas.

Em 1868, sob a chefia de Carlos Manuel de Céspedes, a revolta se generalizou nas províncias orientais da ilha. Entretanto, depois de algumas vitórias dos revoltados, os espanhóis começaram a ganhar força no final de 1869. De nada adiantou o apoio de alguns países latino-americanos ou a simpatia dos EUA. A repressão implacável do exército espanhol e as divisões internas dos revolucionários impediram que o movimento prosperasse. Em 1874, o declínio já se anunciava inevitável.

Após a Guerra dos Dez Anos, uma trégua, entre 1878 e 1895, permitiu o surgimento do Partido Autonomista, que divergia dos separatistas radicais e dos espanhóis entreguistas. Pretendendo conquistar a autonomia de Cuba dentro do quadro institucional da monarquia espanhola, o movimento não alcançou êxito, em parte devido às oscilações políticas da monarquia, em parte devido às pressões dos espanhóis instalados em Cuba.

A Guerra da Independência

Com o adiamento da autonomia, a idéia de independência ganhou nova força em Cuba e entre os exilados, nos EUA. José Martí tornou-se, a partir de 1887, a principal liderança dos emigrados independentistas, desenvolvendo intensa propaganda para influenciar a opinião pública. Ele funda, então, o Partido Revolucionário Cubano (1891), que passa a organizar, sob o comando de Máximo Gómez, a guerra de libertação.

Quando o ataque estava pronto, a expedição que pretendia chegar a Cuba foi frustrada por ordem do presidente norte-americano, Stephen G. Cleveland. Mesmo tendo os navios repletos de armamentos apreendidos, os conspiradores não desistiram. Em fevereiro de 1895, a rebelião teve início. José Martí seria morto logo depois, lutando contra uma unidade militar espanhola.

Em outubro de 1895 os rebeldes haviam ocupado uma larga faixa territorial, do Oriente ao Ocidente da ilha. Evitando batalhas em campo aberto, nas quais certamente levariam desvantagem em relação aos exércitos espanhóis, optaram pela guerrilha, fazendo incursões ofensivas de surpresa e incendiando os canaviais dos que não os apoiavam.

Mas os espanhóis não se intimidaram. Uma medida extremamente impopular e desumana contribuiria para enfraquecer o movimento de independência: a chamada "reconcentración", isto é, a distribuição, em campos de concentração, nas cidades e povoados, de milhares de famílias de camponeses, coniventes ou suspeitos de conivência com os revoltosos. As más condições sanitárias e a falta de alimentos causaram cerca de 50 mil mortes.

Os campos de concentração e a repressão do exército enfraqueceram os revolucionários. A luta seguiu, entretanto, e em novembro de 1897 o governo espanhol, depois de acabar com a "reconcentración", outorgou autonomia a Cuba, com vigência a partir de 1898.

Intervenção dos EUA e Emenda Platt

Fatores externos, contudo, abalaram o processo de independência. A rebelião cubana causava prejuízos aos vultosos interesses dos norte-americanos, que dominavam a indústria açucareira e o comércio exterior de Cuba. Em 1896, o presidente dos EUA, William McKinley, já se mostrava favorável à intervenção em Cuba. Em fevereiro de 1898, por razões desconhecidas até hoje, o couraçado norte-americano Maine, que fora enviado a Havana para proteger os bens e as vidas dos cidadãos norte-americanos, explodiu e morreram 260 tripulantes.

Assim, apesar de todas as tentativas diplomáticas do governo espanhol, a intervenção norte-americana eclodiu. As forças navais dos EUA destruíram a pequena esquadra espanhola no Atlântico. Em terra, o exército espanhol, encurralado, rendeu-se no mês de julho. Em dezembro, por meio do Tratado de Paris, a Espanha cedeu Cuba aos americanos. A ocupação durou de 1º de janeiro 1899 a 20 de maio de 1902.

Em 1901, uma assembléia constituinte, convocada pelo governo militar dos EUA em Cuba, redigiu a primeira constituição cubana, aprovada pelo senado norte-americano, mas somente depois de incorporar ao texto a chamada Emenda Platt, que dava aos EUA o direito de intervir na ilha "para a preservação da independência cubana e a manutenção de um governo adequado à proteção da vida, propriedade e liberdade individual".

Não haveria qualquer exagero em afirmar que os rancores produzidos pela Emenda Platt repercutem até hoje na sociedade cubana. A transformação de Cuba em protetorado norte-americano amargou as relações diplomáticas dos dois países, inclusive pelo fato de, entre 1901 e 1934 - período durante o qual a Emenda Platt esteve em vigor -, os EUA terem invadido a ilha em três ocasiões.

Na última delas, uma tentativa de apressar a queda do presidente Gerardo Machado, que transformara seu segundo mandato em uma ditadura, ocorreu a ascensão ao poder de Fulgêncio Batista. A ilha passa, então, a viver os momentos históricos que antecedem a revolução de Fidel Castro, que lhe dará papel de protagonista mundial em sua história recente.

Rodrigo Gurgel* é escritor, crítico literário e editor de Palavra, suplemento de literatura do Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique (edição virtual).

http://educacao.uol.com.br/historia/historia-cuba-2.jhtm 

3-Após o estudo do vocabulário de acordo com as dificuldades da turma, o professor propõe  a leitura de cada um dos parágrafos do texto.

4- Em seguida, o professor propõe que, coletivamente, discutam e respondam as questões abaixo. Enquanto as respostas vão sendo construídas, o professor registra-as no quadro.

a) Quais são os aspectos semelhantes entre  os processos de colonização das Américas espanhola e portuguesa?

b) Qual foi  a causa das primeiras sedições ( motins, revoltas) que acontecem no início do século XVIII  na colônia espanhola.

c) Identifique os movimentos de independência ocorridos na América espanhola e que tiveram o mesmo fim dos movimentos ocorridos no Brasil no período colonial (Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana).

d) Explique as semelhanças dos ideais dos colonizados da América espanhola e portuguesa.  

e) Como foi a guerra de libertação em Cuba?

f) Explique a causa da intervenção norte-americana em Cuba.

g) O que estabelecia o Tratado de Paris?

h) Qual o significado da Emenda Platt para os Estados Unidos?

i) Argumente contra ou a favor da afirmativa do texto que a Emenda Platt  poderia produzir rancores na sociedade cubana.

3ª ATIVIDADE

1) O  professor apresenta a imagem abaixo propondo que os alunos falem um pouco do que sabem sobre o personagem em questão.

Fulgêncio Batista, Fidel Castro e a história da revolução cubana

 2) Após a conversa inicial, o professor apresenta o texto abaixo solicitando a leitura do mesmo.

Rodrigo Gurgel*

Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação

Respostas mais precisas certamente implicariam o conhecimento da história cubana, da chegada de Colombo às vésperas da própria revolução de Fidel Castro. No entanto, é possível esboçar um panorama mais breve, traçado a partir de fatos históricos mais recentes: o governo de Fulgêncio Batista - justamente aquele que Castro derrubou.

Quais as raízes históricas dessa revolução? Um movimento que garantiu, por um lado, incrível desenvolvimento - principalmente nas áreas de saúde e educação - à ilha onde Cristóvão Colombo desembarcou em 28 de outubro de 1492, mas que, por outro, é responsável por centenas de milhares de exilados, pela morte de quase 10 mil opositores e por um número desconhecido de prisões e atos de intimidação e censura?

Respostas mais precisas certamente implicariam o conhecimento da história cubana, da chegada de Colombo às vésperas da própria revolução de Fidel Castro. No entanto, é possível esboçar um panorama mais breve, traçado a partir de fatos históricos mais recentes: o governo de Fulgêncio Batista - justamente aquele que Castro derrubou.

3) Em seguida o professor questiona: o que essa parte do texto trouxe de informações novas para cada um de vocês?

4) O professor entrega a cada equipe uma das orientações abaixo:

1º grupo

O grupo deverá:

a) Ler o texto.

b) Relacionar as características do  personagem Fulgêncio Batista.

c) Descrever o governo de Batista.

d) Explicar  o confronto Batista X Fidel Castro.

e) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

1º Texto

A Era Batista

Em 1933, o sargento Fulgêncio Batista tinha derrubado o ditador que o antecedeu, chefiando uma quartelada de subalternos contra oficiais, graças a uma série de medidas favoráveis à tropa e mediante o afastamento de centenas de militares graduados. Sob governos civis fracos, ao longo de sete anos, Batista acabou assumindo a chefia das Forças Armadas cubanas e exercendo, de fato, o poder no país.

Assim, assumiu a presidência constitucional de 1940 a 1944. Não se opôs à eleição, para o mandato seguinte, de Grau San Martín, seu adversário político. Retirou-se, enriquecido, para a Flórida (EUA) e não se intrometeu também na escolha do sucessor de Grau, Carlos Prio Sacarrás. Mas, subitamente, voltou a Cuba, depôs Sacarrás e o condenou ao exílio. Passou a governar, então, como ditador, num regime de corrupção e violência, até sua queda, em 1º de janeiro de 1959.

A ditadura sangrenta e corrupta de Batista sofreu algumas tentativas de derrubada. A primeira delas, chefiada por Fidel Castro, buscou tomar o quartel de Moncada, em Santiago, no dia 26 de julho de 1953. Mais da metade dos quase duzentos jovens que participaram do ataque tombou sob o fogo das metralhadoras.

As represálias da polícia, contra opositores do regime ou suspeitos, levaram Fidel e seu irmão, Raúl, a se entregarem. Apesar de terem sido condenados a 15 anos de prisão, as pressões da opinião pública obrigaram Batista, menos de um ano depois, a anistiar os irmãos Castro e outros participantes do movimento.

2º grupo

O grupo deverá:

d) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

b) Comentar a primeira investida de Fidel Castro para tomar o poder.

c) Descrever as ações de Fidel Castro até a vitória.

d) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

2º Texto

                                               A Revolução Cubana

Fidel Castro refugiou-se, então, no México. Mas, passados três anos, em dezembro de 1956, ele desembarcou com 82 companheiros no sudeste de Cuba. Quase todos foram mortos por uma unidade do exército, mas Fidel, Raúl e o argentino Ernesto "Che" Guevara, juntamente com alguns sobreviventes, esconderam-se na região de Sierra Maestra.

A partir daí, apesar do cerco das forças de Batista, o número dos partidários de Fidel só cresceu, formando-se uma rede clandestina de grupos filiados em toda a ilha. Em março de 1957, alguns jovens penetraram no palácio presidencial e quase conseguiram matar o ditador.

Em 1958, os focos de guerrilha aumentaram e os guerrilheiros conseguiram paralisar as comunicações na ilha, acelerando ainda mais a decomposição do regime. Na madrugada de 1º de janeiro de 1959, Batista fugiu para a República Dominicana. Era a vitória da Revolução Cubana.

3º grupo

O grupo deverá:

f) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

f) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

c) Identificar  as primeiras reações com relação ao governo de Fidel Castro.

e) Identificar  as causas responsáveis pela animosidade entre os Estados Unidos e o governo de Cuba.

f) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

f) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

3º Texto

Consequências da revolução

Apesar de, inicialmente, intitular-se apenas "primeiro-ministro", Fidel Castro concentrou em suas mãos todo o poder. Em maio de 1961 afirmou que a revolução teria um caráter socialista - e apenas em dezembro do mesmo ano proclamou suas convicções marxistas-leninistas.

Nas primeiras semanas que se seguiram à queda de Batista, a opinião pública e o governo norte-americano viram com simpatia o novo governo de Cuba. Contudo, a prática constante do "paredón" - a execução, por fuzilamento, de numerosos inimigos políticos, condenados sumariamente por "tribunais populares" - fez com que a cordialidade inicial desaparecesse.

Finalmente, as medidas de desapropriação, que atingiram numerosas empresas norte-americanas, e a aproximação crescente do novo governo cubano à antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) deram início a contínuas animosidades com os EUA.

Em junho de 1959, foi decretada a reforma agrária e começou a expropriação dos latifúndios, entre os quais predominavam os pertencentes a empresas dos EUA, como a United Fruit Company. Os bancos e as minas também foram nacionalizados.

4º grupo

O grupo deverá:

d) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

b)  Descrever  o clima de tensão crescente em Cuba.

c) Explicar  a reação do presidente Eisenhower.

d) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

4º Texto

Tensão crescente

Paralelamente ao fato de as empresas petrolíferas norte-americanas sediadas em Cuba se negarem a refinar o petróleo fornecido pela ex-URSS, a refinaria da Texaco, e outras, pertencentes a grupos norte-americanos, foram nacionalizadas em junho de 1960. No mesmo mês, os EUA suspenderam a compra do açúcar cubano, cancelando, em dezembro, a quota anual do produto, o que provocou um prejuízo de 150 milhões de dólares anuais para Cuba.

Também como represália, os EUA suspenderam as exportações para a ilha, com exceção de alimentos e remédios, e impediram as viagens de turistas norte-americanos. Como resposta, Fidel nacionalizou todos os bens norte-americanos: usinas de açúcar, minas, fábricas, hotéis, etc.

Em janeiro de 1961, Eisenhower, presidente dos EUA, rompeu as relações com Cuba, e em abril, seu sucessor, John Kennedy, aprovou o plano de desembarque a ser realizado por exilados cubanos na Baía dos Porcos. A operação, no entanto, resultou em completo fracasso.

Ao mesmo tempo, os dissidentes começaram a abandonar a ilha. Até 1965, saíram, clandestinamente, 350 mil cubanos. Hoje, na Flórida, região dos EUA em que os cubanos dissidentes se concentram, há cerca de 900 mil pessoas que nasceram em Cuba.

5º grupo

O grupo deverá:

a) Ler o texto.

b) Explicar  o que foi a crise dos mísseis.

c) Descrever as medidas restritivas adotadas pelos Estados Unidos com relação à Cuba e as conseqüências geradas pelas restrições.

d) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

5º Texto

Crise dos mísseis

Em outubro de 1962, a descoberta de mísseis, que estavam sendo instalados pela ex-URSS em Cuba, provocou uma grave crise internacional. Os EUA bloquearam Cuba e tomaram providências para uma eventual invasão, dispondo-se a enfrentar, inclusive, a ex-URSS.

Durante um período de 13 dias a tensão política alcançou níveis preocupantes. A guerra nuclear parecia iminente. Em 28 de outubro, depois de infindáveis negociações, a ex-URSS aceitou retirar os mísseis, desde que os EUA retirassem os seus da Turquia. O bloqueio foi cancelado e a invasão a Cuba não ocorreu.

Desde então, os EUA procuram estrangular economicamente a ilha, recorrendo a medidas restritivas e embargos. Em 1974, contudo, os norte-americanos realizaram alguns gestos de aproximação, permitindo a exportação de veículos automotores para Cuba. Depois, o Congresso votou a favor do levantamento das sanções da Organização dos Estados Americanos - OEA. (Em 1962, os EUA haviam conseguido a exclusão de Cuba da OEA.)

Ainda na década de 1970, durante a presidência de Jimmy Carter, os EUA chegaram a abrir um escritório em Havana, permitindo que Cuba abrisse uma representação em Washington.

Mais tarde, entre 1980 e 1981, as restrições à emigração foram afrouxadas, promovendo um verdadeiro êxodo de cubanos para os EUA, cujo governo avaliou como uma tentativa deliberada de despejar na Flórida centenas de elementos indesejáveis.

Com o início da administração Ronald Reagan, no entanto, as relações entre os dois países pioraram, conformando uma situação de animosidade que perdura até hoje.

6º grupo

O grupo deverá:

a) Ler o texto.

b) Explicar  como o historiador Eric Hobsbawm  descreve a Revolução Cubana.

c) Comentar  o lado desumano da  ditadura  cubana.

d) Identificar  as maneiras  como as pessoas perceberam a Revolução Cubana.

e) Elaborar, pelo menos 03 perguntas que poderão ser respondidas a partir do conteúdo do texto.

6º Texto

Entre o heroísmo e a tirania

Para o historiador Eric Hobsbawm, "a revolução cubana era tudo: romance, heroísmo nas montanhas, ex-líderes estudantis com a desprendida generosidade de sua juventude - os mais velhos mal tinham passado dos trinta -, um povo exultante, num paraíso turístico tropical pulsando com os ritmos da rumba".

De fato, ainda citando Hobsbawm, "o exemplo de Fidel inspirou os intelectuais militantes em toda parte da América Latina". Mas a aura romântica lentamente se perdeu. Em um dos vários momentos que causaram enorme indignação mundial nas últimas décadas, três dissidentes foram fuzilados em 2003 e dezenas de opositores ao regime desapareceram nas masmorras cubanas.

Como costuma acontecer em todos os processos revolucionários, quando o arroubo inicial da sociedade, responsável por gerar a revolução, desaparece frente às dificuldades políticas e, principalmente, econômicas, o Estado quase sempre age no sentido de se autopreservar. E, em nome dessa autopreservação, acaba por cometer crimes semelhantes àqueles que, no passado, foram a causa da revolução.

Do gesto de heroísmo romântico à ditadura desumana, a Revolução Cubana comprovou, infelizmente, os dois extremos do pensamento da filósofa Hanna Arendt: "A forma extrema de poder é o Todos contra Um, a forma extrema de violência é o Um contra Todos".

Rodrigo Gurgel* é escritor, crítico literário e editor de Palavra, suplemento de literatura do Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique (edição virtual).

http://educacao.uol.com.br/historia/historia-cuba-1.jhtm 

5-  O professor socializa as respostas dos grupos, faz os comentários necessários e propõe a troca dos textos entre as equipes para que sejam respondidas as perguntas elaboradas.

6- O professor socializa as respostas e faz os comentários necessários.

4ª ATIVIDADE

1- O professor apresenta a imagem abaixo propondo uma exploração dos representantes do governo cubano a partir das questões:

a) Quem são os personagens da gravura?

b) Por que eles usam fardas para se apresentarem em público?

c) Como os demais presidentes se vestem nas cerimônias oficiais?

Raúl Castro e Fidel Castro                  

http://www.brasilescola.com/geografia/a-situacao-atual-cuba.htm  

O professor apresenta o texto abaixo solicitando que os alunos acompanhem a leitura que ele vai fazer.

                           A situação atual de Cuba 

Localizado na América Central, no mar do Caribe, o território cubano possui 110,8 mil quilômetros quadrados, onde residem 11,2 milhões de pessoas, sendo a densidade demográfica (população relativa) de 101 habitantes por quilômetro quadrado. De acordo com dados divulgados em 2009, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país é 0,863.

Foi a única nação do continente americano que adotou o socialismo como sistema político. Essa posição de Cuba teve como consequência o embargo econômico de muitas nações do mundo, sobretudo dos Estados Unidos. Entretanto, o regime foi apoiado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sendo que essa grande potência importava os principais produtos cubanos (açúcar, arroz, tabaco, entre outros), além de fornecer subsídios financeiros ao país.

Contudo, com a desintegração da União Soviética, em 1991, Cuba passou a enfrentar diversos problemas econômicos. Nos últimos anos, visando reverter a situação, o governo passou a estimular investimentos estrangeiros (de forma moderada), promoveu a aproximação com a Venezuela (esse país fornece 100 mil barris de petróleo diários com preços inferiores) e incentiva o turismo, que é proporcionado em virtude das belezas naturais da ilha. 

Em julho de 2006, em razão de um problema de saúde, o grande líder Fidel Castro, após 49 anos no poder, foi afastado da presidência nacional. Seu irmão, Raúl Castro, que participou da revolução cubana, assumiu o cargo de presidente, mas Fidel continua como líder do Estado cubano. Durante o novo governo, foi liberada a aquisição de computadores, no entanto, o uso da Internet é restrito. Outra medida foi o acesso a celulares, contudo, o serviço é muito caro, sendo inacessível à maioria da população. 

As pressões internacionais e os constantes embargos econômicos fizeram com que Cuba, em 2004, libertasse cinco presos políticos. Como consequência dessa atitude, a União Europeia (UE) e outros países da América reataram relações diplomáticas com Cuba. A nação estuda a possibilidade de reintegração à Organização dos Estados Americanos (o país foi expulso da entidade em 1962), para que isso ocorra, Cuba deve respeitar os princípios elementares da organização. 

Equipe Brasil Escola                   

Graduado em Geografia

Equipe Brasil Escola 

http://www.brasilescola.com/geografia/a-situacao-atual-cuba.htm 

3- Em seguida o professor propõe que coletivamente discutam e responda as questões abaixo. Enquanto os alunos elaboram suas respostas, o professor registra-as no quadro.

 a) Qual o sistema político adotado  por Cuba?

b) Quais os principais problemas que Cuba enfrenta atualmente?

c) Quais as causas desses problemas?

d) Como você analisa os avanços, relatados no texto, do novo governo de Cuba?

e) Como estão as relações diplomáticas de Cuba e a União Européia e outros países da América?

f) O que você pensa sobre a  a situação atual de Cuba?  

5ª ATIVIDADE

1) O professor organiza turma em grupos e entrega a cada equipe as orientações abaixo:

O grupo deverá:

a) Ler as notícias trazidas sobre Cuba.

b) Organizá-las em um cartaz, dando um título para ele.

c) Transformar as notícias escritas em notícias para um jornal falado na TV.

d) Preparar o jornal falado.

2) O professor propõe a apresentação dos cartazes e do jornal falado, faz os comentários necessários e organiza a exposição dos cartazes no espaço da sala de aula.           

Recursos Complementares
Avaliação

A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas de discussão, a leitura textos, a elaboração das perguntas, a produção dos cartazes e das notícias para o jornal falado, a discussão das questões apresentadas pelo educador, somadas às intervenções dele, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.

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