11/01/2011
LUCIANNA RIBEIRO DE LIMA; GLÁUCIA COSTA ABDALA DINIZ; FÁTIMA REZENDE NAVES DIAS
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Diálogo |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Respeito mútuo |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Solidariedade |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Justiça |
1) Identificar situações em que a mentira é utilizada pelos alunos na sala de aula e em outros espaços da escola.
2) Discutir sobre as posturas e atitudes adequadas para garantir o respeito, a amizade e a confiança na relação com o outro.
3) Compreender a importância da verdade como forma de respeitar ao outro e a si mesmo
Não são necessários conhecimentos prévios
Professor/a é importante estar atento/a ao fato de que crianças na faixa etária entre 3 e 7 anos misturam fantasia e realidade e, muitas vezes, expressam seus pensamentos fantasiosos, sendo que estas características fazem parte do processo de desenvolvimento saudável da criança. Em geral, as crianças imaginam aquilo que desejam e criam a sua verdade nas brincadeiras de faz de conta e em outros recursos. Porém, a manutenção de tal comportamento como forma de livrar-se de alguma responsabilidade ou manipular outras crianças e adultos, dentre outros motivos, merece atenção e orientações adequadas por parte dos adultos. Essa aula tem o propósito de refletir com os/as alunos/as sobre o comportamento de algumas crianças mentirem sobre questões relacionadas à vida escolar (amizades, relação professor/aluno, tarefas, dentre outros), à vida familiar (agressão dos responsáveis, negligência, etc) ou outras, para auxiliá-los a se tornarem cidadãos dotados de atitudes pautadas no respeito em relação a si mesmo e ao outro.
1º Momento: Convidar os/as alunos/as para se sentarem e assistirem ao vídeo: "A Barata diz que tem", disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=3neOVv1WRPc
2º Momento: Explorar o vídeo com os/as alunos/as, a partir das seguintes questões: As estrofes da música falam de um comportamento repetitivo da barata, que comportamento é esse? Por que será que a barata contava tanta mentira? Você conhece pessoas reais que contam mentiras? Que mentiras são essas? O que é mentira para vocês? Vocês já contaram ou contam mentiras? Elas acontecem ou aconteceram na classe ou em outros espaços da escola? Em que situações? Por quais motivos?
3º Momento: A partir da discussão, o professor listará no quadro as principais mentiras relatadas pelos alunos e os possíveis motivos que levam as pessoas a mentir. Esta lista deverá ser registrada no caderno para ser retomada em momento posterior.
1º Momento: Convidar os/as alunos/as para assistirem ao vídeo: "Chico Bento - Óia a Onça", disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=_3MxzXJrxl0
2º Momento: Refletir sobre o vídeo, questionando: O que vocês acharam do comportamento do Zé Lelé? Vocês gostam de brincar assim? Quais as consequências da brincadeira do Zé Lelé?
3º Momento: Em duplas, listar situações em que as pessoas não se saíram bem por terem utilizado a mentira para justificar algo ou para se livrar de alguma responsabilidade. Os alunos poderão refletir inicialmente sobre suas vivências pessoais, relatando-as, sem se identificarem nos relatos ou utilizar outros exemplos. Essas situações deverão ser registradas em cartazes para posterior socialização no grupo.
4º Momento: Cada dupla deverá socializar sua experiência sendo que caberá aos/as demais alunos/as da sala fazerem sugestões de formas diferentes de agir diante de situações em que a mentira é utilizada como forma de justificativa para não enfrentar as consequências dos próprios atos.
Professor/a, você poderá ainda trabalhar com a fábula "O Pastor Brincalhão", disponível em:
http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=4725
Você poderá propor um paralelo entre os dois vídeos, que abordam questões semelhantes, atentando-se para diferenciar as reais consequências decorrentes de atitudes de mentira.
Converse com os alunos sobre o que é uma assembléia, qual a finalidade, as regras de funcionamento, periodicidade, data, duração e hora.
É chegado o momento de discutir com o grupo sobre as situações em que a mentira está presente no contexto escolar e até que ponto interferem no cotidiano da sala de aula e nas relações interpessoais. O objetivo desta proposta é identificar tanto as situações em que as mentiras estão presentes nas condutas dos alunos, quanto os motivos pelos quais as crianças mentem ou mentiram, a frequência em que ocorrem e os possíveis caminhos para a adoção de posturas éticas, pautadas na verdade e no respeito a si mesmo e ao outro. Para que este diálogo seja proveitoso e de fato alcance o objetivo de se falar a verdade sobre as mentiras, é preciso que o professor propicie um espaço de confiança, em que os alunos se sintam à vontade para dizer o que pensam e sentem em relação a cada situação relatada pelos colegas ou apresentada pelo professor. Outro cuidado que se deve ter é de não adotar uma postura moralista, punitiva, que julga as atitudes dos alunos quando narrarem situações em que mentiram na escola. Deve-se procurar compreender o contexto em que ocorreram, bem como os motivos que desencadearam a mentira, se é um comportamento frequente, dentre outros.
No momento da assembléia, retome com os alunos a lista produzida na 1ª atividade, que apresenta diversas situações em que a mentira esteve presente. Socialize no grupo e solicite que discutam sobre tais situações, apresentem outras se assim o desejarem, avaliem as consequências, possíveis ou reais, de se adotar uma postura de mentir e de falar a verdade para as pessoas. Apresente as possíveis razões para atitudes pautadas na mentira, procurando verificar quais delas são predominantes, além das consequências das mesmas para as relações de coleguismo, amizade e confiança no outro.
Sabe-se que muitas vezes a mentira torna-se intencional e tem várias razões de acontecer, como: vergonha e medo de decepcionar os pais, professores ou amigos; medo de ser punido na escola, de apanhar ou ficar de castigo; querer fugir às responsabilidades; para se isentar de culpa; para não querer reviver lembranças de momentos anteriores onde a criança foi sincera e não foi compreendida; para conquistar o carinho dos pais ou chamar a atenção; para preservar sua própria imagem; para contar vantagem frente a algum amigo, dentre outras. Por esta razão, é fundamental dialogar abertamente sobre o assunto e encaminhar, juntamente com os alunos, possíveis alternativas para lidar com os problemas identificados.
A ata da assembléia deverá ser registrada e disponibilizada para o grupo retomá-la sempre que necessário.
A construção da cidadania e de relações democráticas no cotidiano escolar, disponível em:
http://www.redhbrasil.net/documentos/bilbioteca_on_line/modulo4/mod_4_ulisses.pdf
Texto virtual: As histórias, sob a ótica das crianças, disponível em:
Texto virtual: Saiba lidar com as mentiras das crianças, disponível em:
http://claudia.abril.com.br/materias/2684/
Texto virtual: Por que as crianças contam mentiras?, disponível em:
Texto virtual: As mentiras que as crianças contam, disponível em:
Sugestão de livro:
TOGNETTA, L. R. P.; VINHA, T. P. Quando a escola é democrática: um olhar sobre a prática das regras e assembléias na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2007.
Professor/a procure perceber se os/as alunos/as conseguiram identificar algumas situações em que a mentira é utilizada pelos alunos na sala de aula e em outros espaços da escola como forma de se abster de alguma responsabilidade ou dever. Pergunte aos/as alunos/as se eles/as compreenderam a importância de se cultivar a verdade na relação com os/as outros e solicite que eles/as falem sobre atitudes adequadas que devem tomar na escola para garantir o respeito, a amizade e a confiança com colegas e professores/as.
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