20/12/2010
Elmiro Lopes da Silva, Aléxia Pádua Franco
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cidadania e participação |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Ensino Fundamental Final | História | Nações, povos, lutas, guerras e revoluções |
Rio de Janeiro capital do Império.
Proclamação da República.
Atividade 1- A Vacina, a Revolta e os Revoltosos
Para iniciar o estudo sobre o movimento conhecido como "A Revolta da Vacina", trabalhar com charges e documento de época.
1º MOMENTO: Análise de documentos
-
* Professor! Se for possível que cada aluno tenha as charges e a notícia de jornal para colar no caderno, solicitar que respondam as questões após cada documento.
-
Documento 1
-
(clique na imagem para ampliar)
Título da charge: "Na hygiene dando ordens"
Autor: J. Carlos (1884-1950)
Local onde se encontra: Biblioteca Nacional (Oswaldo Cruz Monumenta Histórica, 1971)
Disponível em:
-
Questões ao analisar a charge (registrar e responder no caderno):
-
Documento 2
-
(clique na imagem para ampliar)
Charge capa da revista "O Malho", de 1904.
Disponível em:
-
Questões ao analisar a charge (registrar e responder no caderno):
-
Documento 3
“Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz.”
(Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1904).
Retirado do blog "História às avessas", no link: http://historiaasavessas.blogspot.com/2008/07/revolta-da-vacina.html
-
Questões para discutir a notícia de jornal (registrar e responder no caderno):
-
2º MOMENTO: Socialização das percepções acerca dos documentos
Como forma de socialização das percepções individuais acerca dos documentos, recomenda-se que todas as questões sejam expostas pelos alunos, discutidas e comentadas pelo professor.
-
=> Outra possibilidade, é uma pesquisa sobre a vida e obra do médico sanitarista Oswaldo Cruz, a ser realizada pelos alunos e orientada/avaliada pelos professores de História e/ou de Ciências. Abaixo uma foto do médico:
-
Imagem disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/31/Oswcruz.jpg
-
Link recomendados:
-
-
-
Atividade 2- A Revolta da Vacina
Nesta atividade, trabalharemos com o texto publicado pela revista Super Interessante (edição 86 - nov. 1994), sobre a Revolta da Vacina.
Dinâmica sugerida para desenvolvimento da atividade:
-
"A revolta da vacina
Por Cássio Leite Vieira
Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de a mais terrível das revoltas populares da República. O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos tudo feito por uma massa de 3 000 revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz.
(...)
Em nove meses, a reforma urbana derruba cerca de 600 edifícios e casas, para abrir a avenida Central (hoje, Rio Branco). A ação, conhecida como bota-abaixo, obriga parte da população mais pobre a se mudar para os morros e a periferia. A campanha de Oswaldo Cruz contra a peste bubônica correu bem. Mas o método de combate à febre amarela, que invadiu os lares, interditou, despejou e internou à força, não foi bem sucedida. (...)
O mês de novembro de 1904 pôs fogo no Rio de Janeiro
Dia 9
O jornal carioca A Notícia publica o projeto de regulamentação da lei de vacinação obrigatória. Os termos são considerados autoritários e começa a indignação popular. No dia 10, o povo se aglomera no largo de São Francisco. Morra a polícia. Abaixo a vacina, gritam os oradores. A multidão desce a rua do Ouvidor e, na praça Tiradentes, encontra policiais. Ao final, quinze presos.
Dia 11
A Liga Contra a Vacina Obrigatória marca um comício no largo de São Francisco. Seus líderes não comparecem. Mas, exaltada, a multidão recebe a polícia com pedras, paus e pedaços de ferro da construção da avenida Central (hoje, Rio Branco). À noite, cerca de 3 000 pessoas marcham contra o Palácio do Catete, sede do governo, já cercado por tropas. Na volta, pela Lapa, há novos confrontos. Tiros. Morre o primeiro popular.
Dia 12
Nos três dias seguintes, a cidade se transforma num campo de batalha, com barricadas em diversos pontos. Bondes e postes são depredados. Trilhos e calçamentos, arrancados."
Extraído de: http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_114370.shtml
-
Para discutir o texto (registrar e responder no caderno):
-
=> Professor, recomenda-se que o segundo momento desta atividade seja a socialização das percepções dos alunos acerca das questões levantadas. Dessa forma, as respostas produzidas devem ser expostas, comentadas e discutidas com a turma.
-
Atividade 3- Debatendo o Rio de Janeiro na atualidade
Como ultima atividade desta aula, propor um debate sobre a cidade do Rio de Janeiro na atualidade.
Para tal, utilizaremos uma matéria publicada no jornal O Globo, na sessão "Opinião".
-
"Confiança na polícia
Por CARLOS WERNECK - publicada em 06/12/2010, às 18h37m.
O Rio de Janeiro vive dias tão difíceis quanto significativos. Há tempos não víamos - sem nenhuma saudade - o pânico da violência tomar conta das ruas, como nas últimas semanas. A aparente vitória do Estado na Vila Cruzeiro e no Morro do Alemão é um alento para toda a sociedade, que sonha há anos com um Rio de paz.
Mas há um outro fenômeno no ar, tão fundamental quanto a própria ocupação das favelas: o reconhecimento da população ao trabalho da polícia. Algumas crianças moradoras dessas comunidades afirmaram à imprensa que desconheciam o que era um policial e o seu trabalho. Uma total inversão de valores, em que o traficante era a autoridade máxima, e não o Estado.
Uma repórter da TV Globo recebeu, em uma caixa de fósforos, um bilhete anônimo de uma moradora grata pela ação da polícia. Como este, outros pequenos gestos de adesão vieram ao longo dos dias honrando os policiais, dignificando a população e tranquilizando a quem assistiu as recentes ações.
Se a população local respondeu positivamente, também pudemos acompanhar o contentamento de quem participou da missão. Jornais e a TV explicitaram a alegria e emoção de quem dedicou horas de trabalho, energia e sacrifício em benefício do restabelecimento da ordem em áreas esquecidas pelo poder oficial há décadas. Quem invadiu a favela esperando guerra, encontrou a amizade de moradores exaustos de serem reféns do poder paralelo. (...)"
Para ler o restante, use este link: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/12/06/confianca-na-policia-923203685.asp
-
Para debater a matéria de jornal (registrar e responder no caderno):
-
=> Professor, recomenda-se que o segundo momento desta atividade seja a socialização das percepções dos alunos acerca das questões levantadas. Dessa forma, as respostas produzidas devem ser expostas, comentadas e discutidas com a turma.
Outros links recomendados:
-
-
O ensino de História deve proporcionar ao aluno inquietar-se diante dos conteúdos, e a ter curiosidade investigativa fronte a textos e diferentes documentos. Ao mesmo tempo, intenta-se que o aluno relacione a aprendizagem escolar à sua experiência de vida, como telespectador, internauta, consumidor, constituinte de uma família e de uma sociedade – sujeito histórico, enfim.
E nesta aula o professor poderá avaliar o aprendizado em cada uma das etapas do trabalho desenvolvido:
Cinco estrelas 2 calificaciones
Denuncia opiniones o materiales indebidos!
28/04/2013
Cinco estrelasmuito instrucional me ajudou a compreender muito sobre o assunto e achei uma ótima leitora sobre esse assunto.Recomendarei esse site para todos que conheço
06/12/2012
Cinco estrelasGostei muito da aula, ela apresenta um suporte conceitual sobre o conteúdo que realmente facilita a vida do professor. O encurtamento do tempo de pesquisa favorece a aplicação de aulas mais atrativas e propicia a vontade de criar trabalhos autonomos nesta mesma linha.