Participar de uma discussão sobre o tema brinquedos e brincadeiras.

Ler com desenvoltura e fluência um conto.

Compreender e interpretar o conto lido.

Identificar as características do gênero conto.

Correlacionar o tema às informações contidas no conto.

Desenvolver atitudes de cooperação e respeito participando da "hora do brincar".

Registrar, por escrito, as brincadeiras realizadas.

É necessário que o aluno já tenha trabalhado com o gênero conto.

1º MOMENTO

1. Realizar uma conversa orientada com os alunos sobre brinquedos e brincadeiras que eles costumam fazer.

a) Explicar aos alunos que, muitas vezes, podemos brincar sem utilizar um brinquedo específico.

b) Lembrar aos alunos que existem brincadeiras em que se criam situações engraçadas, como as brincadeiras de assustar os outros.

c) Perguntar aos alunos se eles já brincaram de assustar os outros. Como? Quando?

2. A seguir, apresentar o conto  Sobrou pra mim, de Ruth Rocha. 

Explicar aos alunos que o conto é um gênero textual que possui as seguintes características:

- É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa.

- A linguagem é simples e direta, não se utiliza de muitas figuras de linguagem ou de expressões com pluralidade de sentidos.

- Todas as ações se encaminham diretamente para o desfecho.

- Envolve poucas personagens e, as que existem, se movimentam em torno de uma única ação.

- As ações se passam em um só espaço, constituem um só eixo temático e um só conflito.

- A habilidade com as palavras é muito importante, principalmente para fazer alusões ou sugestões, frequentemente presentes nesse tipo de texto.

2º MOMENTO

Sobrou pra mim

 http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/sobrou-pra-mim-543498.shtml 

Ilustração: Suppa

       Quando eu tinha uns 8 anos, mais ou menos, eu morava com minha avó e com a irmã dela, tia Emília. Nossa rua era sossegada, quase não passava carro nem caminhão.

       Eu ia à escola de manhã, de tarde eu fazia minhas lições e ia pra rua brincar com meus amigos.

       Às cinco e meia, em ponto, minha avó me chamava para tomar banho e rezar, minha avó e minha tia rezavam todas as tardes às seis horas.

       Depois do jantar ficávamos na sala, eu, lendo, minha avó e minha tia bordando ou costurando.

       Televisão a gente só via uma vez ou outra. Minha avó me deixava ver jogos de futebol ou basquete, mas tinha horror a novelas e a programas de auditório. Era chato de matar!

       A luz era muito pouca, que a minha avó tinha mania de fazer economia, ela dizia que não era sócia da Light.

       Então eu cansava de ler e ficava inventando outras coisas pra fazer. Eu ficava desenhando, ficava enchendo os "ós" do jornal, brincava com as minhas joaninhas…

       Uma vez eu amarrei um fio de linha na perna de um besouro e quando ele voou, com o fio pendurado, minha tia levou o maior susto.

       Uma outra vez, eu inventei uma coisa legal! Enquanto minha avó e minha tia ficavam rezando, às seis horas, eu amarrei um fio de linha na perna da cadeira de balanço. Depois do jantar nós fomos para a sala. Então, de vez em quando, eu puxava o fio e a cadeira dava uma balançadinha.

       No começo elas não viram nada. Até que tia Emília, muito assustada, chamou a atenção da vovó.

       – Ó, Amélia – minha avó se chamava Amélia – Ó, Amélia, você não viu a cadeira balançar?

       Minha avó não ligou muito. Mas tia Emília ficou de olho. Daí a pouco ela cutucou minha avó:

       – Olha só, Amélia, ainda está balançando. Minha avó olhou e ficou desconfiada.

       As duas se olharam e fizeram sinais para não assustar o menino…

       Naquele dia, eu não mexi mais na cadeira. Mas no dia seguinte, eu fiz tudo de novo, só a minha tia é que viu a cadeira balançar. Ela estava apavorada!

       Então eu deixei passar uns dois dias e de novo dei uma balançadinha na cadeira. E dessa vez as duas velhas viram! Gente, que susto que elas tomaram! Me agarraram pela mão e correram para o oratório para rezar.

      Até aí eu estava me divertindo! Mas o que eu não podia imaginar é que no dia seguinte, na hora em que eu costumava ir para a rua brincar, minha avó me chamou, me mandou tomar banho, me vestir e me levou para a igreja.

     Nove segundas-feiras eu tive que ir à igreja com minha vó e minha tia para rezar pelas almas do purgatório!  

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/sobrou-pra-mim-543498.shtml 

3. Pedir aos alunos para que façam a leitura silenciosa do texto.

4. Realizar a leitura oral do texto, em pequenos grupos (cada um lê um parágrafo)

5. Realizar uma discussão oral sobre o texto.

6. Pedir aos alunos que, em duplas, façam o estudo do texto, entregando uma folha com as seguintes questões para serem respondidas.

a) Num conto, o narrador é quem conta a história. O narrador dessa história é um menino ou uma menina? Como vocês descobriram?

b) Que idade tinha o narrador quando essa história se passou?

c) Quem são as personagens dessa história?

d) Leiam o trecho a seguir:

* Qual é a opinião de vocês sobre esse tipo de brincadeira?

* Será que o besouro se machucou?

* Será que passar susto nos outros é bom?

e) Algumas vezes, à noitinha, o menino via televisão. Outras vezes, lia ou ficava inventando coisas para passar o tempo. Qual das brincadeiras feitas pelo menino assustou avó e a tia?

f) O que a tia e a avó fizeram com o menino logo depois dele repetir essa brincadeira?

g) Após esse dia, o menino teve que acompanhar a tia e a avó à igreja. O que eles iam fazer lá? Por quê?

7) Pensem sobre o modo com a história foi escrita e respondam.

a) O que é contado no começo da história?

b) Há uma segunda parte da história em que os fatos ficam mais movimentados e começam a se complicar. Que complicação acontece na história?

c) Na terceira parte é dada uma solução para a brincadeira de susto feita pelo menino. Qual foi essa solução?

8. Ao final da atividade, realizar uma discussão oral ouvindo e comentando as respostas dadas por cada dupla.

3º MOMENTO

9. Após a correção das atividades, propor aos alunos a HORA DO BRINCAR. 

PROFESSOR: É importante que essa atividade seja realizada num horário e num local previamente agendado com os alunos. Os alunos poderão formar pequenos grupos e cada grupo escolher uma brincadeira: cabra-cega, passa-anel, rouba-bandeira, etc. Salientar aos alunos que não pode ser brincadeira em que eles possam se machucar. Peça aos alunos que, antes de começarem a brincar, informem a você qual brincadeira escolheram.

10. Após todos terem brincado, fazer uma grande roda e:

a) contar para os colegas quais foram as brincadeiras feitas;

b) conversar sobre a participação do grupo e a dos demais colegas, como: todos participaram, todos colaboraram, todos se comportaram bem?

c) todos gostaram da  HORA DO BRINCAR?

4º MOMENTO

11. Depois da realização das brincadeiras, as duplas deverão registrá-las, por escrito.

12. Ao final do registro, as duplas poderão trocar entre elas e, posteriormente, tecer comentários sobre o texto dos colegas, dando sugestões.

a) Os alunos poderão apresentar o conto estudado de forma dramatizada, em forma de uma peça de teatro.

b) A peça de teatro poderá ser apresentada num palco improvisado.

Almanaque, de Ruth Rocha. São Paulo, Ática, 2005. Um livro ao mesmo tempo criativo, útil, engraçado, cheio de idéias, curiosidades. Dividido em 12 meses, neste livro leitor o encontra brinquedos e brincadeiras, charadas, canções, datas comemorativas, estações do ano, experiências científicas, fases da lua, fatos históricos, folclore, personalidades, piadas, provérbios e muito mais. Um livro para todos os anos e o ano inteiro.

Ao final das atividades o professor avaliará se o aluno:

Participou de uma discussão sobre o tema brinquedos e brincadeiras.

Leu com desenvoltura e fluência um conto.

Compreendeu e interpretou o conto lido.

Identificou as características do gênero conto.

Correlacionou o tema às informações contidas no conto.

Desenvolveu atitudes de cooperação e respeito participando da "hora do brincar".

Registrou, por escrito, as brincadeiras realizadas.