• Identificar os valores humanos implícitos no contexto da história “A libélula e a Tartaruga”;
• Caracterizar os personagens da história;
• Formular hipóteses;
• Inferir sentido a expressões utilizadas pelo autor;
• Pesquisar e apropriar-se do significado de palavras que não são do contexto infantil;
• Reconstruir a história modificando o final;
• Identificar traços do cenário, características do local onde se passa a história;
• Retratar com desenhos passagens da história;
• Identificar efeitos de ironia ou humor na história.

Aproximadamente 240 minutos – 4 atividades de 60 minutos cada uma.

Professor, é necessário que o aluno esteja inserido no processo de alfabetização, que reconheça palavras e seja  capaz de expor seu pensamento.

Nossa aula está estruturada em quatro atividades. Você poderá desenvolver as sugestões ou extrapolar conforme sua necessidade e criatividade.

• Ouvindo história;
• Levantando hipóteses sobre o contexto da história e o sentido das expressões;
• Participando da dinâmica da flor;
• Fazendo arte;
• Produzindo texto (grupo e coletivo);
• Estudando um texto (diálogo);
• Trabalhando a ordem alfabética;
• Montando um dicionário.

Alguns recursos que vamos utilizar.          

Imagem 1- Fonte: acervo da autora

 Livro: A Libélula e a Tartaruga;

 Rubem Alves - Edições Paulinas.      

• Material escolar: caderno, lápis e borracha; 
•  Flor de papel;        
• Copo transparente com água;        
• Lápis de cor;        
• Dicionário.

 Atividade 1 – aproximadamente 60 minutos.

Imagem 2- Fonte: CD Clipart vol5

                

Professor, combine com a bibliotecária da escola um momento para levar seus alunos até a biblioteca para ler a história “A Libélula e a Tartaruga” de Rubem Alves. Solicite que organize o espaço, de preferência que possam se assentar em um tapete no chão de forma que fiquem confortáveis. Caso sua escola não tenha uma biblioteca ou o espaço não seja suficiente para acomodar sua turma, procure um lugar fora da sala de aula, mas que não tenha muitas interferências ou ruídos externos.

Ao chegar à biblioteca:         

• Apresente este espaço;          
• Conte: para que serve, qual sua importância e como se organiza;        
•  Defina os combinados: como se deve agir para ouvir histórias;                                                                                                                                                                                                                                                                                     ·         
• Apresente o livro: explore a capa (autor, editora, ilustrador) e leia a história buscando dar ênfase nas falas das personagens, para que os alunos os identifiquem pelo tom de sua voz.

 A libélula terá uma voz mais suave e a tartaruga uma voz mais grave, pois as características de cada uma refletem esta impressão. Durante a leitura, procure trabalhar com os alunos a capacidade de inferir sentido a expressões utilizadas pelo autor e os efeitos de ironia nas falas dos personagens. Repita as expressões e peça aos alunos que levantem hipóteses sobre o que o autor quis dizer:

1. “Em você tudo é esbanjamento”

2. “Mas para voar, tem de ser frágeis e diáfanas. Sobrevivem um tempo efêmero e logo se vão!”.

3.  “Nós somos prudentes. Voar é coisa arriscada”.

4. “Mas é erro de ortografia!”.

5. “As armaduras varam os séculos. Como eu: impenetráveis,  constantes...”.

6.“Mas este é o preço da sobrevivência”

7.“Neste instante algo inesperado aconteceu. Um mísero mosquitinho que voava por ali entrou, distraidamente, no nariz da tartaruga”.

8. “Quanto à libélula, voou ao sabor do vento...”.

9.“Nesse momento um bem-te-vi que estava encarapitado num galho vendo a     libelula"...         

                                                                                          

Atividade 2 – aproximadamente 60 minutos.

      Imagem 3- Fonte: CD Clipart vol 5   

Após a leitura, explore os valores humanos implícitos na história, pois é uma oportunidade para formar conceitos e provocar mudanças de atitudes para melhorar as relações interpessoais.

 DINÂMICA DA FLOR: EXPLORANDO OS VALORES HUMANOS.

• Leve para sala uma flor de papel recortada e dobrada (veja o modelo abaixo).  Peça que os alunos escrevam no centro da flor, palavras que expressem valores humanos, o que a história faz suscitar: amizade, solidariedade, humildade, diálogo, amor, respeito, tolerância...;
• Coloque sobre as mesas um copo descartável (pode ser usado), ou um copo de garrafa pet transparente e encha de água limpa. (Dê exemplo de consciência ecológica, sempre reaproveitando , utilizando sucatas e materiais reciclados);
• Explique que cada aluno deverá dar sua flor (já dobrada) para um colega que irá colocá-la cuidadosamente sobre a água no copo ao seu sinal;
• Peça que observem o que vai acontecer (a flor vai se abrir lentamente) e aparecerá no centro da flor o que o colega escreveu;
• O aluno que recebeu a flor com o valor escrito deverá levantar uma hipótese sobre o significado daquela palavra e falar qual sua importância para se relacionar bem ou em que ele pode atrapalhar (se for o oposto de um valor), para um bom relacionamento de amizade;
•  Pontuar com os alunos qual personagem tem atitudes ou demonstra que possui este valor ou seu oposto, situar em que momento da história se percebe isso. Ex. Quando a tartaruga afirma: ”uma pessoa leviana é alguém que não se deve levar a sério.” Ou “A libélula ia dizer que ser leve é coisa muito gostosa, dá sempre uma vontade enorme de rir. Mas se calou, com medo de ser acusada de leviana.” Este trecho demonstra preconceito da tartaruga em relação à libélula, aproveite e discuta a importância do respeito às diferenças. No trecho a seguir a tartaruga se coloca presunçosa e prepotente: “As armaduras varam os séculos. Como eu: impenetráveis, constantes, sempre as mesmas. Eu serei amanhã o que sou hoje. Por isto podem confiar em mim. Sou totalmente previsível. Quanto a você, não sei onde estará levada pelo vento.”   

FLOR DE PAPEL   

-Faça um molde de uma flor com mais ou menos 10 cm de diâmetro, o centro da flor terá  em média de 4 a 5 cm de diâmetro, com pelo menos 8  pétalas e devem ficar separadas;

-Dobre uma folha de papel tamanho ofício em 4 partes, coloque o molde sobre o papel dobrado que terá 4 flores recortadas de uma só vez;

-Você poderá levar as flores recortadas ou solicitar que eles recortem, escrevam as palavras e depois dobrem;   

-Ao colocá-las na água, dobrada, a umidade no papel faz com que elas se abram lentamente;

-Faça uma para você verificar;

-Veja o modelo de uma flor a seguir:

Imagens  4 e 5 - Fonte: acervo da autora

Atividade 3- aproximadamente 60 minutos.

Imagem 6 - Fonte CD Clipart, vol 5.

-Reproduza  6 imagens da história, cole em um papelão de caixa de camisa ou sapato, recorte na quantidade de  partes que deseja para formar os grupos, nomeie as partes. Exemplo: imagem da página 3. (5 partes).

-Entregue aleatoriamente, depois explique que é um critério para formação de grupos, escreva no quadro quais imagens (quantos quebra cabeças) têm para serem formados e cada um forma um grupo de trabalho, portanto, deverão localizar as partes de seu quebra cabeça e  ajuntá-las.

Atividades dos grupos

Atividade 1 - Montar a imagem, juntando as partes. Identificar e anotar qual parte da história ela retrata.

Atividade 2- Representar em desenho o trecho sugerido pelo professor, de acordo com as características descritas pelo autor. Deverão observar e retratar todos os elementos (cenário e personagens).

-Professor, você poderá dar um trecho para cada grupo, assim terá um trabalho de cada um, ou deixe que criem a vontade, a partir das cinco passagens.

1. “Uma libélula recém-nascida que pairava com suas leves asas sobre a água transparente de um ribeirinho viu imóvel sobre uma pedra, uma tartaruga que tomava banho de sol.”
2. “A libélula espantada ante coisa tão estranha, pousou sobre uma flor de capim, para ver melhor. A tartaruga, achando que a libélula estava admirando-a, dirigiu-lhe a palavra...”
3. “Também as pipas. Para voar tem de ser feitas de varetas finas e papel de seda e logo terminam enroscadas em um galho de árvore.”
4. “Nesse momento um bem-te-vi que estava encarapitado num galho vendo a libélula tão distraída, deu um mergulho em sua direção, com claras intenções de devorá-la.”
5. “Um mísero mosquitinho que voava por ali entrou, distraidamente,     no nariz da tartaruga... E ela sentiu uma cócega enorme. Espirrou, sacudiu-se toda, desequilibrou-se e caiu da pedra onde estava. De pernas para cima...”

 ILUSTRADORES DA HISTÓRIA: A LIBÉLULA E A TARTARUGA

Monte um painel no pátio da escola, coloque o título e os dados da produção dos alunos para que todos possam compreender o trabalho realizado.

AUTOR: Rubem Alves

Solicite que os alunos copiem a passagem do livro que ilustraram, colem o desenho que o grupo fez e escrevam os nomes dos membros do grupo.

01

02

03

04

05

Atividade 4- aproximadamente 60 minutos. 

PRODUZINDO TEXTO

Dê o início do último parágrafo da história e peça para o grupo modificá-lo:

Foi quando...

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Segunda sugestão para produção de texto: diálogo

Discuta com os alunos sobre a característica da história, que se passa a partir de um diálogo entre a tartaruga e a libélula, o que te dá condições de explorar sobre este tipo de texto e o uso da pontuação nesta estrutura textual. É comum nos livros didáticos o uso de: (dois pontos), passa para outra linha, parágrafo e __(travessão), para identificar a fala de um personagem. Rubem Alves usa estes recursos e acrescenta as aspas para identificar a fala dos personagens, mas nas séries iniciais mantenha as orientações dos livros de alfabetização.

-Proponha uma produção de texto coletiva, explore o diálogo e desenvolva uma conversa entre dois personagens sugeridos pelos alunos. O tema será valores humanos, pois é uma estratégia que te propiciará dados quanto a compreensão do tema abordado na história.   

-Para embasar sua produção você pode trabalhar um diálogo e explorar a estrutura deste tipo de texto: Sugestão: Hein?...Hã?...Como?...

Você pensa que vida de autor de história é fácil? Pois veja o que aconteceu com o autor do livro Um homem no sótão quando ele se encontra com um dos personagens da história que estava escrevendo. Aproveite faça a exploração oral, pois é um texto que tem traços de humor, mas deixe os alunos perceberem e localizarem as expressões que o caracterizam. Leve-os a identificar: narrador, personagens, assunto ou tema, onde se passa a história e qual característica marca a personagem feminina..   

...Apareceu uma velhinha, bem velhinha, toda enrugada, vestida de preto, com uma vela na mão. O autor se apresentou:                 

__Boa noite, minha senhora. Desculpe invadir sua casa. É que eu bati na porta e ninguém atendeu. Como ela estava aberta...                 

__Como?__disse a velha com a mão no ouvido.                

 __Desculpe entrar assim sem pedir licença...

__Doença?

__Não, não, licença...

__Mas...quem está doente?

__Não__sorriu o homem

__,a senhora entendeu errado...

__Resfriado???

__Ora...quer dizer ...bem, eu estava lá fora e...

__Chi!  Catapora?

__Senhora, por favor, não confunda...

__Caxumba!!!Cuidado menino, isso é perigoso...Sabe, eu sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba...

__Minha senhora...

__Se demora? Nada. Faço num minutinho.

__Puxa! Eu só queria falar com a moça que entrou aqui, ora essa...

__Que? Está com pressa? É pena. Não faz mal. Olhe: vá para casa, vitamina C e cama.

__Mas não é nada disso! A senhora está ouvindo mal!

__Hã?...Ah!...Tchau, tchau__disse a velhinha, sorrindo com um lencinho branco na mão.

O escritor foi embora chateado.                                                                                                

Trecho adaptado do livro Um homem no sótão - autor: Ricardo Azevedo.                                                      

São Paulo, Melhoramentos, 1992.

Sugestão de texto com diálogo para turmas de alfabetização:

Faça um cartaz com a piada abaixo para as crianças visualizarem e leia com elas.

Duas formigas japonesas se encontraram no meio da rua:                

 __Qual é o seu nome?                

 __Fu.                 

__Fu o quê?                 

__Fu Miga. E o seu?                

 __Ota.                                                                                                               

__Ota o quê?                 

__Ota Fu Miga.                                                                                                             

Autor desconhecido.

Imagem  7 - Fonte: CD Clipart, vol 5

 1-Esse  texto é:

(   ) recado       

(   ) propaganda    

(    ) piada   

2- Para que serve este tipo de texto?

(   ) vender      

(   ) informar           

(   ) divertir   

3- O que o travessão indica no texto: 

(   ) pergunta   

(   ) final da frase   

(   ) fala de um personagem   

4- Para quê o autor usa o ponto de interrogação?    

 5-Montando um dicionário libelês e tartaruguês:

-Professor, peça que os alunos relacionem no caderno de Língua Portuguesa em ordem alfabética, as palavras retiradas da história. Depois sugira como tarefa de casa a pesquisa no dicionário, a fim de que escolham o significado que melhor se enquadra na fala dos personagens e copiem em um bloquinho (dicionário)

ESBANJAR	PRUDENTE	RETRUCAR	FLUTUA	DIÁFANAS	EFÊMERO	LEVIANO
ENCARAPITADO	IMPENETRÁVEL	SOBREVIVÊNCIA	PREVISÍVEL	PONDERAR	ENROSCADA	RETRATAR

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=19247    Acesso em 10/12/2010    

http://sacolaludicadamonoludica.blogspot.com/p/alfabetizacao-e-letramento.html  Acesso em 10/12/2010

http://picasaweb.google.com.br/mabortolazzo?fgl=true&pli=1 Acesso em 10/12/2010

Professor, a avaliação das aulas de literatura, acontece basicamente via observação da interação dos alunos durante a leitura da história e levantamento das hipóteses, contudo o envolvimento dos alunos na construção dos desenhos referentes às passagens da história, participação na dinâmica da flor, produção de textos, pesquisa no dicionário oferecem dados significativos para você replanejar e melhorar suas aulas, por isso registre os avanços e as dificuldades que eles apresentaram ao longo das atividades.