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Lixo espacial - uma ameaça ao nosso Planeta

 

11/01/2011

Autor e Coautor(es)
Amélia Pereira Batista Porto
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Recursos tecnológicos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Reconhecer objetos produzidos pelo ser humano, sem função útil que circulam na órbita terrestre, como lixo espacial;   

Identificar riscos e impactos ambientais causados pelo lixo espacial;   

Conhecer soluções que podem reduzir os riscos e os impactos ambientais causados pelo lixo espacial.

Duração das atividades
2h/a
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Saber o que é lixo e que tipos de impacto ambiental ele pode ocasionar.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor  

Vários momentos, da prática pedagógica em sala de aula, vêm sendo destinados às atividades relativas a atitudes que contribuam para a melhoria do ambiente. As atividades propostas, na maioria das vezes, envolvem a valorização de atitudes individuais do aluno atribuindo a ele a responsabilidade de preservar o planeta e promover um desenvolvimento sustentável.

Os PCNs propõem a discussão dos assuntos relativos ao meio ambiente como tema transversal, por seu caráter interdisciplinar, e lista como capacidades que devem ser adquiridas pelos alunos:   

. Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;

. Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;

. Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto global; entre outras.

Temos questionado sobre a necessidade de rever nossa maneira de relacionarmos com o ambiente, reduzindo a produção de lixo, estimulando a reciclagem e reutilização de materiais, buscando novas alternativas que minimizem os impactos ambientais conseqüentes da produção excessiva de lixo não degradável.

Para isso, percebemos que a educação ambiental deve constituir-se em um processo contínuo de responsabilidade de todos.

Nas pesquisas que fizemos para a elaboração desta aula, pouco destaque foi dado quanto aos impactos ambientais causados pelo lixo espacial. Foram destacados riscos maiores para a estação espacial internacional, satélites de comunicação e prospecção científica e eventuais acidentes envolvendo foguetes e naves espaciais. Contudo, ficam as dúvidas quanto ao futuro, se não forem encontradas alternativas que possam reduzir esses tipo de lixo que orbita em torno do nosso planeta.

Lixo espacial é o nome dado aos objetos criados na Terra e lançados à órbita que após desempenharem suas funções permanecem em volta do planeta inutilmente. O lixo espacial possui desde luvas e ferramentas até pedaços de satélites, naves, foguetes e outros.

Lixo espacial caído no estado de Goiás em março de 2008.

http://www.brasilescola.com/geografia/lixo-espacial.htm consultado em dezembro de 2010

Os objetos que estão inutilmente em órbita são bastante perigosos tanto onde estão, por colocarem em risco a vida de astronautas, quanto para os satélites de comunicações que estão em órbita e para a vida no planeta, pois podem a qualquer momento entrar na atmosfera e atingir algo ou alguém. Esses objetos são projetados para serem destruídos ao tentar adentrar na atmosfera. Entretanto alguns objetos conseguem passar pela atmosfera e atingir áreas habitadas comprometendo a região e a saúde das pessoas.

Por incrível que pareça, existem aproximadamente nove mil fragmentos inoperantes sobre o planeta, quantidade essa que tende a aumentar com o passar do tempo, já que os lançamentos são constantes. Apesar de existir a preocupação com o lixo espacial, não existem métodos eficientes e econômicos para resolver ou amenizar o problema.

Infelizmente não há nada que obrigue o país ou a instituição privada que lança algo no espaço e deixa o lixo por lá, a assumir as responsabilidades por qualquer problema proveniente de lixos espaciais que provocam danos no espaço ou ao planeta. A legislação nesse ponto é falha, pois nada relata a respeito desse grave problema. Também não é interesse para nenhum país desenvolvido que sejam criadas regras que limitem seus lançamentos ou suas ações espaciais.

Por Gabriela Cabral Equipe Brasil Escola Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/lixo-espacial.htm - consultado em dezembro de 2010. 

Os perigos do lixo espacial

A Rede Americana de Vigilância do Espaço, departamento que responde à Nasa e é responsável por rastrear detritos flutuando no espaço, relata a existência na órbita da Terra de 13.000 objetos com mais de 10 cm de diâmetro criados pelo homem [fonte: National Geographic News]. Em 2000, eram 9.000 objetos. E a organização estima que haja também milhões de objetos muito menores flutuando por aí. Juntando tudo isso, o peso total chegaria a 5.500 toneladas.

Todo esse lixo espacial cria problemas para as estações espaciais? E para o pessoal no solo?

Pode ser difícil de acreditar, mas muitos desses objetos viajam na órbita da Terra a mais de 35.000 km/h. Qualquer coisa se movendo a essa velocidade poderia provocar dano considerável em uma estação espacial no caso de um impacto direto. Mesmo um fragmento de tinta a essa velocidade pode fazer um furo de mais de meio centímetro de diâmetro na janela de uma estação espacial.

O tanque propulsor principal de um veículo de lançamento Delta 2 que caiu em Georgetown, no Texas, em 22 de janeiro de 1997. (Cortesia da NASA)

O lado bom do lixo espacial em queda

Como o lixo espacial pode ajudar as pessoas? Um improvável boom econômico aconteceu para vilarejos russos perto do Cosmódromo de Plesetsk, de cujas 9 plataformas já foram feitos mais de 1.500 lançamentos. Alguns dias antes da decolagem de naves espaciais como as Soyuz, Molniya, Cosmos-3M, Cyclone-3 e Rockot, os habitantes locais são avisados para se manter distantes do local de lançamento. Depois de alguns dias os habitantes voltam para procurar valiosos destroços de metal dos estágios iniciais dos foguetes. Os destroços podem ser vendidos, ou as pessoas podem guardar para usar em casa algumas coisas, como pilhas para lanternas e aço inoxidável para construção.

Tantos objetos em órbita fazem temer a produção de ainda mais fragmentos no caso de colisões. Mesmo se parasse agora o lançamento de equipamentos espaciais, o total de detritos no espaço permaneceria constante até 2055 [fonte: National Geographic News]. Depois disso, as coisas iriam piorar, porque o material em órbita iria inevitavelmente colidir e criar mais lixo espacial. Especialistas creem que isso já esteja ocorrendo. O caso mais recente de uma colisão assim ocorreu em 17 de janeiro de 2005, quando um pedaço de um foguete chinês que havia explodido se chocou com um foguete americano de 31 anos que havia sido abandonado. O choque produziu somente 4 pedaços de detritos, mas é só uma questão de tempo até que esses pedaços criem um reação em cadeia que não poderá ser interrompida.

A boa notícia para os astronautas é que a maioria do lixo espacial fica entre 900 e 1.000 km acima da superfície da Terra, ao passo que a Estação Espacial Internacional fica em órbita a 400 km de altitude, e os ônibus espaciais normalmente não vão além de 600 km de altitude. Os programas espaciais também procuram criar projetos de foguetes que liberem menos detritos durante o lançamento.

Para os que ficam na Terra, a preocupação é com lixo espacial em queda. Ele pode atingir o chão? Tudo que está em órbita uma hora será atraído pela gravidade da Terra. Quando isso vai ocorrer depende da altura e da velocidade do objeto. Quanto mais alto o objeto, mais tempo levará para cair - e quanto mais veloz, mais tempo ficará em órbita. Esses objetos podem ficar em órbita por milhares de anos.

E qual é o risco de ser atingido na cabeça por lixo espacial em queda? Felizmente a maioria dos detritos se queima durante a reentrada, e até hoje ninguém morreu atingido por lixo espacial - bolsas de apostas de Londres estimam em 1 em 20 bilhões a chance de lixo espacial aterrissar numa pessoa [fonte: The Scotsman].

Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/lixo-espacial2.htm  - consultado em dezembro de 2010. 

Estratégia:   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:   

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de conversa dialogada em que vão expor suas ideias sobre o que é lixo espacial, estratégias que ajudam a reduzir este tipo de lixo e questões ambientais a ele relacionadas; por meio das atividades desenvolvidas para explorar o assunto da aula.   

Como o professor irá ativar esse processo:   

Levantando situações – problema em que os alunos serão estimulados a emitir suas ideias sobre o que é lixo espacial e os perigos a ele relacionados. Através das discussões e atividades desenvolvidas esperamos contribuir para a construção dos conhecimentos e sistematização do estudo.

Atividade 1   

Temos sugerido em nossas aulas que sempre ao introduzirmos um assunto novo, os alunos devem ser estimulados a se manifestarem, emitindo suas ideias sobre o tema em questão.

Hoje abordaremos com os alunos um assunto mais distante de sua realidade, o lixo espacial, mas que está relacionado a outro assunto bem mais próximo, o nosso lixo de cada dia.

Assim, antes de falar do lixo espacial, faça um ligeiro apanhado com a turma sobre a coleta de lixo em sua cidade ou bairro, se todos colaboram para manter as ruas e passeios públicos livres de lixos e entulhos entre outras questões, envolvendo a importância da coleta seletiva.

A seguir, pergunte-lhes:

.Vocês já ouviram falar de lixo espacial?

.Que tipos de materiais compõem esse lixo?

.Será que o lixo espacial constitui ameaça para o nosso planeta?

.Quais as origens do lixo espacial? Deixe que as crianças manifestem livremente sobre o assunto.

.Todos da turma já haviam ouvido falar desse tipo de lixo? Teria como evitá-lo?

Explique para a turma que o lixo espacial é constituído de objetos criados na Terra e lançados à órbita que após desempenharem suas funções, permanecem em volta do nosso planeta, mas que perderam a sua utilidade. Esse tipo de lixo possui desde luvas e ferramentas até pedaços de satélites, naves, foguetes e outros.

Atividade 2

Nesta atividade sugerimos que selecione imagens de lixo espacial e exiba para a turma, promovendo uma discussão para que avaliem se esse tipo de lixo oferece ou não riscos para o nosso planeta e seus habitantes. Outra alternativa é a busca de imagens e reportagens via internet.  

http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/ciencia306.htm-consultado - em dezembro de 2010. 

Selecionamos dois vídeos para ser exibido para a turma, com características bem diferentes, um deles trata-se de uma entrevista em que são comentados alguns acidentes já ocorridos com o lixo espacial e o outro uma animação infantil que também explora ideias relacionadas ao lixo espacial e reciclagem. Exiba primeiro o vídeo de animação, estimulando o imaginário das crianças sobre a natureza do lixo espacial.  Explore as ideias de reciclagem sugeridas pelos personagens.

http://www.dailymotion.com/video/xajqak_o-lunar-jim-a-estrela-cadente-lixo_people - O Lunar Jim - A Estrela Cadente / Lixo Espacial – consultado em dezembro de 2010.  

A seguir, exiba esse outro vídeo. Neste vídeo de origem lusitana, um repórter entrevista um estudioso sobre o lixo espacial e durante a entrevista são mostrados no vídeo alguns dados sobre esse lixo.

http://videos.sapo.pt/BQPSnZSHhQe2z9uboAyD - vídeo sobre lixo espacial e riscos que oferecem, em forma de entrevista.

Assista aos vídeos previamente e selecione as informações que devem ser destacadas com a sua turma de acordo com o interesse e faixa etária dos mesmos. 

Atividade 3   

Apresente para a turma o texto “os perigos do lixo espacial” sugerido na introdução desta aula. Peça-lhes que leiam o texto, que grifem as palavras que desconhecem e anotem o que mais lhes chamaram a atenção.

A seguir, organize-os em semicírculo e promovam uma discussão sobre os temas abordados tanto nos vídeos como no texto lido.

Retome algumas perguntas feitas no primeiro momento da aula. Verifique se as atividades promovidas geraram novos conhecimentos para a turma.

Sugestão de diálogo:

.O que é lixo espacial?

.Por que o lixo espacial ameaça satélites, espaçonaves e astronautas que estão no espaço?

.Que tipos de risco eles oferecem a quem está na Terra? Por quê?

.Que tipo de sugestão está sendo dada para minimizar esse problema?

Recursos Complementares

A seguir links relacionados ao tema que podem ser consultados por você para obter maiores informações e disponibilizados para os alunos.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/lixo-espacial-1.php  

consultado em dezembro de 2010

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/lixo-espacial/satelite-colisao-poluicao-orbita.shtml 

consultado em dezembro de 2010

http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111185.shtml 

consultado em dezembro de 2010

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

Proponha às crianças que imaginem a seguinte situação: Eles estão caminhando pelo campo e encontram um objeto com características de lixo espacial.

.Que reações eles teriam ao ver o objeto?

.A quem eles recorreriam para esclarecer a situação?

.Que destino dariam a esse objeto?

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