14/01/2011
Eliana Dias
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: modos de organização dos discursos |
Aula 01 (50 minutos)
Atividade
Para apresentar a temática da aula aos alunos, o professor deverá exibir para eles o vídeo seguinte que trata das conjunções.
Vídeo: Conjunções
http://www.youtube.com/watch?v=zDMUsPDCOsY
Após a exibição do vídeo, o professor deverá retomar alguns exemplos mencionados no vídeo para conversar com os alunos. As questões abaixo o ajudarão nessa tarefa.
a. Qual a função de uma conjunção em um texto?
b. Explique porque as conjunções são articuladores de ideias.
c. Una as frases abaixo em um só período, escolhendo conjunções para definir o sentido que você quer estabelecer.
d. Explique a relação de sentido estabelecida pelas conjunções mas e porque, no período abaixo.
e. Explique a diferença de sentido entre o período apresentado no item d e o período apresentado abaixo.
f. A partir da diferença entre os dois períodos - itens d e e - explique porque as conjunções determinam o encadeamento lógico entre as ideias de um texto.
Aula 02 (50 minutos)
Atividade
I - O professor deverá reproduzir para os alunos a cópia do texto “Dieta do homem”, de Paulo Mendes Campos.
Dieta do homem
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição; pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come.
Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte.
Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas não me disseram que, depressa, por toda parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.
Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável.
Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso.
Me ensinaram que o carbono, o hidrogênio, o azoto, o fósforo e ouros minerais são decisivos à vitalidade da célula.
Mas não me disseram (por óbvio, mas eu era um estudante tão distraído) que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum.
Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários. Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãos no mundo passam fome. [...]
Paulo Mendes Campos. O anjo bêbado. Rio de janeiro, Sabiá, 1969.
Disponível em:
http://desmontandotexto.blogspot.com/2009/09/dieta-do-homem.html
Disponível em:
http://www.releituras.com/pmcampos_bio.asp
Paulo Mendes Campos nasceu a 28 de fevereiro de 1922, em Belo Horizonte - MG, filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de D. Maria José de Lima Campos. Começou seus estudos na capital mineira, prosseguiu em Cachoeira do Campo (onde o padre professor de Português lhe vaticinou: "Você ainda será escritor") e terminou em São João del Rei.[...]
Disponível em:
http://www.releituras.com/pmcampos_bio.asp
II – Após a leitura oral do texto, feita pelo professor, os alunos deverão, em dupla, responder às questões propostas abaixo sobre o texto. O professor poderá passar as questões no quadro ou xerocá-las para os estudantes.
1. No texto, o autor vai fazendo paralelos entre o que lhe ensinaram e o que não lhe disseram na escola.
a. Releia todos o parágrafos que contam o que a escola ensinou – os parágrafos que iniciam com a expressão “Me ensinaram”.
Responda: A escola ensinou as características da alimentação dos seres humano, tal como ela é, ou ensinou apenas como alimentação dos seres humanos deve ser? Justifique sua resposta.
b. Releia todos os parágrafos que contam o que a escola não disse – os parágrafos que iniciam coma a expressão “mas não me disseram”.
Conclua: O que a escola não disse?
( ) Nem todos homens alimentam-se adequadamente.
( ) Faltam elementos essenciais na alimentação de muitos homens.
2. A escola ensinou referindo-se ao ser humano em geral, sem considerar as pessoas reais, concretas. Ensinou os conhecimentos científicos sobre nutrição, não ensinou os aspectos sociais e econômicos da nutrição.
a. Considerando a afirmação acima, pode-se dizer que a escola ensinou de maneira incorreta e falsa ou de maneira impessoal e incompleta? Justifique.
3. O professor deverá solicitar uma dupla de alunos para fazer a leitura oral do texto: - um aluno lê os parágrafos que contam o que a escola ensinou – os parágrafos que iniciam com a expressão “Me ensinaram”; e o outro lê os parágrafos que contam o que a escola não disse – os parágrafos que iniciam coma a expressão “mas não me disseram”.
Observação: O objetivo dessa leitura é mostrar aos alunos a estrutura do texto. Por meio dos paralelos, evidencia-se a distância entre conhecimentos científicos e condições reais de nutrição.
4. Leia os dois primeiros parágrafos do texto, observando o emprego da conjunção mas.
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição; pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
a. No texto, ela se relaciona especificamente com alguma palavra, ou com a situação, isto é, com tudo que foi dito anteriormente? Explique.
b. Qual destes itens traduz melhor o papel da conjunção mas no texto?
( ) Adiciona novas informações sobre nutrição;
( ) Opõe novas informações às ideias já citadas.
c. Qual destas conjunções pode substituir a conjunção mas, no contexto, sem prejuízo de sentido.
( ) portanto, por isso;
( ) porém, no entanto, não obstante;
( ) porque, visto que, já que.
5. Observe a conjunção pois neste trecho:
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição; pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
a. Explique a relação de sentido estabelecida por meio desta conjunção.
b. A conjunção pois seria melhor substituída, nesse contexto, por:
( ) porque
( ) portanto
( ) entretanto
6. A estrutura do texto em forma de paralelos e o emprego da conjunção mas evidenciam a distância que há entre o conhecimento científico e as condições reais da nutrição.
a. Qual é a crítica presente no texto? A quem ela se destina? Comente.
6. As conjunções servem para estabelecer relações lógicas e discursivas entre palavras orações, parágrafos e textos inteiros.
Explique a afirmação, a partir do texto “Dieta do homem”.
7. Discuta com seus colegas e responda: As conjunções são elementos para que um texto, falado ou escrito, apresente coerência e coesão? Justifique.
Aula 03 (50 minutos)
Atividade
Nessa aula, o professor, deverá fazer a correção das atividades sobre o texto “Dieta do homem”, criando oportunidade para que todas as duplas falem e as dúvidas sejam esclarecidas.
Aula 04 (50 minutos)
Atividade
Produção de texto
I - O professor deverá reproduzir para os alunos a cópia do poema “Ou isto ou aquilo” de Cecília Meireles.
II – A seguir, a professora deverá exibir para os alunos o vídeo com o poema.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=JKol3kx1Cww
Ou Isto ou Aquilo
Disponível em:
http://1.bp.blogspot.com/_eQrfvhuWGpk/SZ4lLw1JkrI/AAAAAAAAACc/BKriunfmWWA/s1600-h/chuva.gif
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Disponível em:
http://zecarlosfrases.blogspot.com/2008/06/ceclia-meirelles-i.html
Disponível em:
http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. [...]
Disponível em:
http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
III – PRODUÇÃO DE TEXTO
O professor deverá apresentar aos alunos a seguinte proposta de produção de texto:
No poema “Ou isto ou aquilo”, Cecília Meireles aborda os sonhos e fantasias do mundo infantil, empregando a conjunção ou para indicar a ideia de escolha.
A partir da estratégia usada pela autora, escreva um poema, empregando a conjunção mas para marcar a oposição, o contraste entre as ideias, intitulado:
Isto, mas não aquilo.
Para ampliar o conhecimento dos alunos sobre o papel das conjunções no texto, o professor poderá exibir para eles o vídeo seguinte.
GRAMÁTICA - RELAÇÃO ENTRE ORAÇÕES 01/02
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=aOH0I7cttOg
Os alunos serão avaliados coletivamente durante a realização das atividades sobre o texto “Dieta do Homem” de Paulo Mendes Campos e, individualmente, por meio da produção de um poema, criado a partir da estratégia utilizada por Cecília Meireles no poema “Ou isto ou aquilo”.
Três estrelas 2 classificações
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30/10/2012
Três estrelasO vídeo do youtube não existe mais.
23/07/2012
Quatro estrelasMuito interessante esta aula sobre as conjunções.