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MST: as origens da luta pela terra no Brasil

 

12/01/2011

Autor e Coautor(es)
Rosângela Nasser Ganimi
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson V. F. Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Geografia Espaços agrários, globalização e modernização
Ensino Médio Geografia Formação territorial brasileira
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno deverá conhecer o processo de distribuição e aquisição de terras no Brasil no período colonial; diferenciar a questão agrária e a questão agrícola no país e compreender as bases e as diretrizes do MST.

Duração das atividades
Uma aula de cinquenta minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • A distribuição de terra no território brasileiro.
  • Sistemas de produção agrícola.
  • As relações de trabalho e de produção no campo.
Estratégias e recursos da aula

1º Passo:

O professor deverá iniciar a aula com a seguinte questão:

Vocês sabem como foi a distribuição e/ou a aquisição de terras, no período do Brasil colonial?

Muitas discussões serão feitas, e o professor deve chamar a atenção para alguns pontos fundamentais, caso eles não sejam levantados pelos próprios alunos, e dessa maneira apenas orientados/conduzidos pelo professor.

Pontos fundamentais para discussão inicial: (devem ser registrados no quadro de giz)

  • Brasil colônia;
  • Capitanias Hereditárias: (As Capitanias Hereditárias deixaram marcas profundas na divisão das terras brasileiras. Futuramente, essa divisão/distribuição de terras gerou os latifúndios e uma grande desigualdade no campo. Nos nossos dias, podemos verificar claramente a ausência de terras para uma maioria e grandes propriedades nas mãos de poucos latifundiários);
  • Origens da desigualdade na distribuição de terras no Brasil;
  • A origem dos conflitos fundiários e a questão fundiária.

Dica: muitos assuntos devem ser retomados nesse momento, lembrando de muitos temas trabalhados nas aulas de história e que devem ser enriquecidos com a participação dos alunos.

2º passo:

Levantar e discutir as seguintes questões:

  • Qual é a diferença entre questão agrária e questão agrícola?
  • O problema da fome no Brasil e no mundo está na produção de alimentos?
  • De que maneira, essas questões (agrária e agrícola) podem ser observadas no Brasil?
  • O que é o Estatuto da Terra?
  • O que é o módulo rural?

Nesse momento levantar os fatores responsáveis pela definição do módulo rural em cada região (localização da propriedade, fertilidade do solo e clima, tipo de produto cultivado). Discutir as categorias de imóveis rurais (minifúndio, latifúndio por dimensão, latifúndio por exploração e empresa rural) definidas pelo módulo, explicando o aproveitamento de cada uma delas no território brasileiro .

Dica: os pontos chaves da discussão devem ser registrados pelo professor no quadro e pelos alunos no caderno, com o objetivo de organizar e entender a proposta da aula.

3º passo:

O professor deve trabalhar o seguinte texto sobre o MST:

http://www.brasilescola.com/sociologia/mst.htm 

"Nossa História":

7 de julho de 2009

26 anos do Movimento Sem Terra

"Há 26 anos, em Cascavel (PR), centenas de trabalhadores rurais decidiram fundar um movimento social camponês, autônomo, que lutasse pela terra, pela Reforma Agrária e pelas transformações sociais necessárias para o nosso país. Eram posseiros, atingidos por barragens, migrantes, meeiros, parceiros, pequenos agricultores... Trabalhadores rurais sem terras, que estavam desprovidos do seu direito de produzir alimentos. Expulsos por um projeto autoritário para o campo brasileiro, capitaneado pela ditadura militar, que então cerceava direitos e liberdades de toda a sociedade. Um projeto que anunciava a “modernização” do campo quando, na verdade, estimulava o uso massivo de agrotóxicos e a mecanização, baseados em fartos (e exclusivos ao latifúndio) créditos rurais; ao mesmo tempo em que ampliavam o controle da agricultura nas mãos de grandes conglomerados agroindustriais. Mas seria injusto dizer que começamos ali. A semente para o surgimento do MST talvez já estivesse lançada quando os primeiros indígenas levantaram-se contra a mercantilização e apropriação pelos invasores portugueses do que era comum e coletivo: a terra, bem da natureza [...]".

"Nossos objetivos":

"Desde a nossa fundação, o Movimento Sem Terra se organiza em torno de três objetivos principais":

  • Lutar pela terra;
  • Lutar pela Reforma Agrária;
  • Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.

Fonte: http://www.mst.org.br/taxonomy/term/324

É importante deixar o aluno opinar sobre o movimento; chamar atenção para as categorias de trabalhadores envolvidos e citados no texto (posseiros, migrantes, meeiros, parceiros, pequenos produtores, etc.)

Pedir aos alunos ao final da aula que elaborem um texto contendo palavras chaves sobre a discussão realizada:

  • distribuição de terras no Brasil;
  • questão fundiária;
  • questão agrária;
  • questão agrícola;
  • Estatuto da Terra;
  • módulo rural;
  • categorias de imóveis rurais;
  • luta pela terra;
  • Reforma Agrária;
  • MST;
  • e outros termos que façam parte da reflexão do aluno sobre o assunto.

Pode ser sugerida uma pesquisa sobre o Estatuto da Terra (Lei instituída em 1964) e o módulo rural (decorrente do Estatuto e que expressa uma unidade de medida em hectares). A pesquisa colocará o aluno inteirado sobre outras ações tomadas e relacionadas ao espaço rural brasileiro.

Recursos Complementares

SILVA, José Graziano da. O que é questão agrária. São Paulo: Brasiliense, 2001.

Sites:

www.mst.org.br 

http://www.brasilescola.com/sociologia/mst.htm   

http://www.infoescola.com/geografia/mst-movimento-dos-trabalhadores-rurais-sem-terra/ 

Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados pela sua participação e comprometimento com as discussões e atividades propostas.

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • Giselle, Emeb Annita Magrini Guedes , São Paulo - disse:
    giselleprofessora@yahoo.com.br

    05/05/2013

    Cinco estrelas

    Sou professora do Ensino Fundamental I e fiquei muito admirada ao ver uma proposta de trabalho tão boa, bem elaborada e comprometida. Gostaria de ter tido uma professora assim. Obrigada por servir à educação desta forma.


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