Analisar as condições de vida e de trabalho da classe operária brasileira no início do século XX, compreendendo a greve geral de 1917 no âmbito deste contexto.   

Relacionar a greve geral de 1917 aos ideais anarquistas em projeção no seio do movimento operário brasileiro, no início do século XX.

06 aulas de 50 minutos

Revolução Industrial Inglesa.

Movimentos sociais durante a Revolução Industrial.

Brasil República.

Atividade 1- Vida de trabalhador urbano no começo do século XX

Nesta atividade, objetiva-se levar os alunos a refletirem sobre as condições de vida e a exploração dos trabalhadores urbanos no começo do século XX.

Dinâmica sugerida:

• Levar impressas ou projetar para os alunos as charges abaixo.
• Solicitar a análise das charges, respondendo as questões propostas.

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Charge 1

"Quaresma em crise"

Charge assinada por Vitolino

Publicado na revista O Pirralho (1917)

Extraído da Revista de História da Biblioteca Nacional

Disponível em:  http://4.bp.blogspot.com/_FK5QjE4gwZc/SaGy_j4eOWI/AAAAAAAAApc/4nT1Fe5Dj3g/s1600-h/charge_g.jpg 

Mais informações sobre O Piralho: http://www.scribd.com/doc/27834918/A-cronica-humoristica-de-O-Pirralho 

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Charge 2 

"Igualdade e Fraternidade"

Publicado originalmente em “A Plebe” n° 001, 9 de junho de 1917.

Disponível em:

http://imagemerevolucao.files.wordpress.com/2010/04/1917-06-09-n0011.jpg 

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Discutindo as charges (registrar e responder no caderno):

1. Você sabe o significado do termo “quaresma”? E qual a relação do mesmo com o “peixe” da charge.
2. Descreva a cena que você vê na charge "Quaresma em crise".
3. Qual será a relação desta charge com a situação dos trabalhadores das fábricas no começo do século XX?
4. Descreva o que você na charge "Igualdade e Fraternidade".
5. Que setor da sociedade é representado pela pessoa sentada nos sacos de dinheiro?
6. O que estaria fazendo o grupo de pessoas que também aparece na Charge 2?
7. Como as duas charges se relacionam?

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=> Como forma de socialização das percepções individuais acerca dos documentos, recomenda-se que todas as questões sejam expostas pelos alunos, discutidas e comentadas pelo professor.

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Atividade 2- A Greve Geral de 1917

Professor, esta atividade será desenvolvida em duas etapas:

1. análise de documentos de época (imagens).
2. discussão a partir de texto sobre os 90 anos da Greve Geral de 1917.

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Etapa 1

Levar para os alunos, projetar ou fornecer os links de acesso à seguinte sequência de imagens:

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Disponível em: http://www2.uel.br/cch/his/ledi/exposicaoanarquistaLEDI/3cob.jpg 

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Disponível em:

 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5c/Greve_geral_1917_%28s%C3%A3o_paulo%29.jpg 

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Disponível em: http://www.anarkismo.net/attachments/nov2010/ms_01_greve1917.jpg 

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Disponível em:

http://2.bp.blogspot.com/_R5KE3KW4eD4/S7H8WcJVQPI/AAAAAAAAACo/ZwVbYUBnTF4/s1600/Rep_Velha_Cavalarianos_da_For_a_Publica_dispersam_operarios_na_greve_de_1917_SP._Questao_social_era_caso_de_policia..jpg 

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jornal "A Plebe", Suplemento, 15 de Setembro de 1917.

Disponível em: http://imagemerevolucao.files.wordpress.com/2010/04/prisao.jpg 

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Questões acerca dos documentos (registrar e responder no caderno):

1. Você pode imaginar a pauta de reunião das pessoas que estão na 1ª fotografia?
2. Descreva o que se vê na 2ª fotografia.
3. Qual a relação da 3ª fotografia com as duas primeiras imagens?
4. Relacione a 4ª fotografia a todas as anteriores.
5. Registre as principais informações constantes na última imagem.

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Etapa 2

Levar para os alunos o texto a seguir, fornecendo o acesso ao link onde se encontra disponível.

O texto foi assinado em 25 de agosto de 2007, por Gilberto Maringoni, jornalista e membro do Diretório Nacional do PSol.

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"Os 90 anos da greve de 1917

Passou praticamente despercebida, no final de julho, a data que marca os 90 anos de uma das mobilizações sociais de maior envergadura da história do Brasil.  Em 16 de julho de 1917, chegava ao fim, vitoriosa, em São Paulo, a maior greve operária até então realizada.  O que existia antes eram manifestações localizadas de uma ou outra categoria, especialmente no Rio de Janeiro.

Iniciada a partir das mobilizações das tecelãs, em 10 de junho daquele ano, no cotonifício Crespi, no bairro da Moóca, a luta ganhou a adesão de outras categorias industriais, espalhou-se por diversas cidades do estado e teve repercussões em outras capitais do país.  O cotonifício Crespi, na rua Taquari, deveria ser um museu dos trabalhadores.  Hoje é mais uma unidade do supermercado Extra e por pouco não foi demolido.  Quando a greve aconteceu, o Brasil era uma economia exportadora de produtos agrícolas para os países desenvolvidos e dependente do mercado externo.  O centro da pauta de exportações era o café.

(...)

Uma série de paralisações e protestos localizados mostra que a insatisfação toma corpo.  A greve se inicia no cotonifício Crespi.  A mão de obra feminina, assim como a infantil, mais barata que a masculina, era incentivada por empresários.  A seção das mulheres do cotonifício torna-se uma das mais mobilizadas.

Os operários se revoltam contra o prolongamento do serviço noturno e exigem 20% de aumento salarial.   Ao longo de junho de 1917, o movimento se alastra por diversas empresas da capital, nos bairros do Brás e do Cambuci.   

As outras exigências são: jornada de oito horas, semana de cinco dias e meio e fim ao trabalho infantil.Os anarquistas logo tomam a frente das mobilizações.  O assassinato de um sapateiro espanhol, José Martinez, em 10 de julho, radicaliza ainda mais a tensão.  Seu funeral atrai milhares de pessoas, na avenida Rangel Pestana. (...)"

Para ler o restante, use este link: http://www.socialismo.org.br/portal/historia/149-artigo/802-os-90-anos-da-greve-de-1917 

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Dinâmica sugerida:

1. Solicitar aos alunos a leitura individual e vocabulário do texto.
2. Depois disso feito, propor que refaçam a análise das imagens, tendo como base as informações do texto.
3. Como última tarefa, propor uma pesquisa pelos alunos sobre quem foi José Martinez e qual a ligação dele com o movimento anarquista no Brasil.

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PROFESSOR!

É importante que toda a atividade seja registrada no caderno.

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Atividade 3-  "Proletários"

Como última atividade da aula, propor a audição de uma música que versa sobre a causa operária.

A música escolhida é "Proletários", da banda punk paulistana Garotos Podres.

=> PROFESSOR!

É importante notar que esta banda foi formada e passou a atuar a partir dos anos 80.

Portanto, outro tempo histórico - mas oriunda e atuante em São Paulo.

Para mais informações sobre a banda, use estes links:

• http://www.myspace.com/garotospodresoficial 
• http://www.dgabc.com.br/News/5807799/autenticos-garotos-podres.aspx 

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Dinâmica sugerida: 

1. Levar impressa ou projetar a letra da música para os alunos.
2. Solicitar a audição acompanhando a letra.

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">- 

Link do YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=xvHbA72ClI0&feature=player_embedded 

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LETRA- Proletários

Já não acreditamos

Em nenhuma teoria

Falsas verdades

Da elite minoria

Arreiem todas bandeiras

Destruam todas as fronteiras

Todo proletário

Se libertar

Do Estado

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Proletário (refrão)

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Deixemos os generais

Sem seus exércitos

Os patrões sem empregados

Os demagogos sem nossos votos

Os exploradores

Sem explorados

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Proletário

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Proletários

De todo mundo

Sobre as ruínas

Da hipocrisia

Marchem ombro a ombro

De cabeças erguidas

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Proletário

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Letra disponível (com alguns erros) em: http://letras.terra.com.br/garotos-podres/74036/ 

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Composição: Maú / Ciro

Gravação: Garotos Podres

Disco: Pior que antes (capa abaixo)

Editora: GEL / Continental

Ano: 1988

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Disponível em:

 http://www.popsdiscos.com.br/images/uploads/GAROTOS%20PODRES%20-%20PIOR%20QUE%20ANTES.jpg 

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Questões para pensar a música (registrar no caderno):

1. Como esta música se relaciona com os ideais e lutas do movimento operário de começo do século XX?
2. Que tipo de mensagem esta música deixa para as lutas operárias do presente?

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PROFESSOR!

Como forma de socialização do conhecimento trabalhado nesta aula, propor aos alunos a realização de um "jornal operário", denunciando a situação vivida pelos trabalhadores na época da Greve Geral de 1917.

Os alunos também podem denunciar questões operárias do presente.

E a divulgação do jornal poderá ser num dos meios abaixo:

• exposição nos corredores da escola.
• distribuição gratuita (caso haja a possibilidade de impressão de maior número de cópias).
• publicação de matéria dentro do jornal de circulação local.
• exposição na feira de iniciação científica.

LINKS para textos que recomendamos:

• site de FERNANDO KITZINGER DANNEMANN - "1917: greves operárias" http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=541675 

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• site ANARKISMO.NET - "A Greve Geral de 1917 e a LDP" - http://www.anarkismo.net/article/5284 

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Aula recomendada: "Resistências do trabalhador imigrante no século XIX e início do século XX"

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23874 

O ensino de História deve proporcionar ao aluno inquietar-se diante dos conteúdos, e a ter curiosidade investigativa fronte a textos e diferentes documentos. Ao mesmo tempo, intenta-se que o aluno relacione a aprendizagem escolar à sua experiência de vida, como telespectador, internauta, consumidor, constituinte de uma família e de uma sociedade – sujeito histórico, enfim.

E nesta aula o professor poderá avaliar o aprendizado em cada uma das etapas do trabalho desenvolvido:

• por meio da análise das charges e da sequência de imagens.
• da participação nos debates e dos registros produzidos em todas as atividades da aula.
• da capacidade de realização da socialização proposta ("jornal operário").