•  Conhecer, através de pesquisas nas ruas e praças dos municípios onde os alunos estudam, a preservação da memória através da nomeação de espaços públicos e da construção de monumentos;
•  Analisar criticamente o porquê da homenagem a alguns sujeitos e fatos históricos em detrimento de outros.

Para o desenvolvimento desta aula, é interessantes que os alunos já tenham estudado a história da formação do município em que moram.

ATIVIDADE 1: Em busca da memória nos monumentos e na toponímia dos municípios

Apresentar a seguinte problemática aos alunos:

Será que os nomes das ruas, avenidas e praças de nossa cidade e os monumentos nelas construídos preservam alguma memória?

Para responder a esta questão, propor aos alunos que realizem, individualmente ou em grupo, a seguinte atividade:

1. Passeiem pelas praças, ruas, avenidas  de seu bairro e/ou centro da cidade e fotografem os  monumentos que encontrarem, as placas com os nomes das ruas, avenidas e praças.
2. Pesquisem quem são as pessoas que têm seus nomes registrados nas placas e nos monumentos fotografados.
3. Preparem uma apresentação para socializar para toda a sua turma as fotografias tiradas e a pesquisa realizada.

ATIVIDADE 2: Analisando a memória oficial  preservada nos monumentos e na toponímia dos municípios

A partir do que os alunos levantaram e apresentaram, criar atividades para discutir quais os sujeitos históricos privilegiados na preservação da memória realizada através dos monumentos e toponímia.

Como exemplo, serão apresentadas a seguir, atividades elaboradas  a partir da pesquisa realizada por alunos da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia. Cada professor, a partir das ideias aqui apresentadas, deve adequar as atividades realizadas à memória e à história  de seu municipio.

EXEMPLO 1: A memória preservada no nome das ruas, avenidas e praças

 Conforme pesquisa realizada por alunos e alunos do 5º ano da ESEBA, os nomes das principais avenidas e praças  de Uberlândia preservam a história de alguns personagens históricos de nossa região, como:

- Av. Rondon Pacheco: esta avenida recebeu o nome de um político nascido na cidade em 1919 e que foi deputado estadual e federal, secretário do governador de Minas Gerais em 1961 e, depois, ministro do Presidente da República Costa e Silva. Algumas pessoas que escrevem sobre a história de Uberlândia fazem questão de destacar como, enquanto político, ele trouxe para a  cidade vários benefícios como a construção do aeroporto e das primeiras faculdades de ensino superior.

 - Praça Coronel Carneiro: esta praça também recebeu o nome de um  político da cidade, que, no final do século XIX e início deste século, representando os interesses dos empresários de Uberlândia, lutou junto ao governo mineiro e brasileiro para que a estrada de ferro Mogiana passasse por aqui, para a construção da Ponte Afonso Pena que facilitou a ligação de Uberlândia com as cidades de Goiás. Ele também foi o dono de uma das primeiras lojas comerciais de Uberabinha situada na Praça da Matriz e investiu na construção do primeiro cinema da cidade, da sua companhia de luz.

 - Praça Tubal Vilela: esta praça recebeu o nome de um importante empresário de Uberlândia no início desse século, dono de armazéns, posto de gasolina, empresa imobiliária. Ele também foi eleito prefeito de Uberlândia de 1951 a 1955 e comandou a realização de obras como: reservatórios de abastecimento de água na cidade, Avenida Getúlio Vargas, campo de futebol.                  

 De acordo com estes exemplos, os nomes das mais conhecidas avenidas e praças da cidade valorizam a participação de quem na construção da cidade de Uberlândia: das pessoas mais ricas e poderosas como políticos e empresários ou dos trabalhadores assalariados? Você concorda que só estas pessoas devem ser lembradas nos nomes das ruas e praças da cidade como sendo as principais responsáveis pela construção de Uberlândia ou você acha que outras pessoas também deveriam ser lembradas?

 EXEMPLO 2:

Caminhando pela  Praça Coronel Carneiro que fica no bairro mais antigo de Uberlândia, um aluno do 5º ano  fotografou um monumento criado para homenagear um dos antigos moradores do Arraial de Uberabinha: Felisberto Alves Carrejo.

      Leia com  atenção os dizeres da placa, pesquise  o texto “A formação de São Pedro de Uberabinha, hoje Uberlândia: bandeirantes e sesmeiros” publicado no blog Ensinando História na Eseba (http://gephiseseba.blogspot.com/2010/12/formacao-de-sao-pedro-de-uberabinha.html), e responda:  

Por que Felisberto Alves Carrejo é considerado o fundador de nossa cidade?

Reflita sobre o processo de formação e transformação do município de Uberlândia, e dê a sua opinião sobre a seguintes questão:  Será que Felisberto Alves Carrejo fundou nossa cidade sozinho?  Só ele deveria  ser homenageado como aquele que fundou Uberlândia?  Registre sua opinião através de um texto ou de uma charge.

Analise a charge produzida pelo aluno Heitor, em 2009, e diga se ele concorda ou não com a memória preservada neste monumento?

ATIVIDADE 3: Criando novos monumentos para nossa cidade

Em uma atividade multidisciplinar envolvendo as área de Artes, História e Português, desenvolva a seguinte atividade:

A partir dos nossos estudos sobre a história de nosso município, crie o esboço de um monumento que deveria ser construído em nossa cidade.

Elabore a placa que deve acompanhar este monumento, explicando quem é a pessoa ou são as pessoas homenageadas (nome, data de nascimento e morte, contribuições para a história de nosso município).

Para saber mais sobre os lugares de preservação da memória, os professores podem consultar o  Boletim n.4, de abril de 2005, do programa Salto para o Futuro da TV Escola, MEC, intitulado Memória, patrimônio e identidade:  http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/145632MemoriaPatriIdent.pdf 

Através do desenvolvimento das atividades sugeridas em Estratégias e Recursos, o professor deve avaliar se o aluno consegue compreender e analisar criticamente como a nomeação de ruas, praças e a construção de monumentos é uma estratégia de preservação da memória, a qual privilegia alguns sujeitos históricos em detrimento de outros.